sexta-feira, 31 de julho de 2015

« - a minha liberdade pra matar a fome - »

António Barahoma. Rizoma. Guimarães Editores, Lisboa, 1983., p 73
«PROCURO tornar-me um monstro pra morrer só
De outro modo não teria olhado para ti
O abismo onde as crianças gostam de subir»

António Barahoma. Rizoma. Guimarães Editores, Lisboa, 1983., p 65

''íntimo teatro triste''

António Barahoma. Rizoma. Guimarães Editores, Lisboa, 1983., p 57

''fénix sonâmbula, ex-apostólica''

António Barahoma. Rizoma. Guimarães Editores, Lisboa, 1983., p 51
«Desanca-a e fere-a com mil esporas
ante o abismo rasgado plas roseiras»

António Barahoma. Rizoma. Guimarães Editores, Lisboa, 1983., p 45

''perpétuo cão''

António Barahoma. Rizoma. Guimarães Editores, Lisboa, 1983., p 37
«Dedicava-se à dissonância
pra morrer amanhã por música»

António Barahoma. Rizoma. Guimarães Editores, Lisboa, 1983., p 33
«ESTE momento entre a lâmpada e o poeta
- só um milhão de noites mortíferas na gaveta.»

António Barahoma.
 Rizoma. Guimarães Editores, Lisboa, 1983., p 24

''náusea do rumor das asas''

António Barahoma. Rizoma. Guimarães Editores, Lisboa, 1983., p 21

Kate Moss’s Flowered Flower by Tim Walker for Love NO.9 SS 2013.


«(...) Em certos casos, quanto mais nobre o génio, menos nobre o destino. Um pequeno génio ganha fama, um grande génio ganha descrédito, um génio ainda maior ganha desespero; um deus ganha crucificação.»

Fernando Pessoa

«É justa a guerra, é justa a paz que sigo.»

CAMÕES

"Não sou triste, mas sou melancólico"

José Saramago

quinta-feira, 30 de julho de 2015

«quanto eu no peito, meu amor,
trago por vós tristeza e dor.»

Vasco Graça Moura. Alguns Amores de Ronsard. Bertrand Editora, 2003., p. 89
«Aquele que aqui jaz, viveu sem coração,
morreu sem coração, sem coração repousa.»

Vasco Graça Moura. Alguns Amores de Ronsard. Bertrand Editora, 2003., p. 83

vanidade


nome feminino
1. carácter do que é vão
2. coisa inútil ou sem valor; inutilidade
3. insignificância

«desde o tempo em que dela sou ausente.»

Vasco Graça Moura. Alguns Amores de Ronsard. Bertrand Editora, 2003., p. 75

«cantando de outro modo morreria.»

Vasco Graça Moura. Alguns Amores de Ronsard. Bertrand Editora, 2003., p. 75

« mas tendes o coração de uma Leoa altiva.»

Vasco Graça Moura. Alguns Amores de Ronsard. Bertrand Editora, 2003., p. 71
«Maria, vós mostrais a face tão vermelha
quanto a rosa de Maio e o cabelo toucado
entre castanho e louro em mil nós frisado,
em gentis caracóis a darem a volta à orelha.»

Vasco Graça Moura. Alguns Amores de Ronsard. Bertrand Editora, 2003., p. 71

«boca com boca e flanco sobre flanco.»

Vasco Graça Moura. Alguns Amores de Ronsard. Bertrand Editora, 2003., p. 65

Kate Moss, Outtakes from the Love #9 magazine editorial photographed by Tim Walker, Spring/Summer 2013.


''ó doce errar''

«tem belo fim quem morre amando bem».

Vasco Graça Moura. Alguns Amores de Ronsard. Bertrand Editora, 2003., p. 61
«Um e outro o mesmo mal torna capaz,
eu de morrer e vós de me matar.»

Vasco Graça Moura. Alguns Amores de Ronsard. Bertrand Editora, 2003., p. 57
«Quando vos vejo ou trago em pensamento,
vibra-me o coração num arrepio,
ferve-me o sangue e de um pensar desfio
outro pensar, tão doce é o argumento.»


Vasco Graça Moura. Alguns Amores de Ronsard. Bertrand Editora, 2003., p. 57
«Se a imagem da coisa faz somente
a coisa a nossos olhos conceber»

Vasco Graça Moura. Alguns Amores de Ronsard. Bertrand Editora, 2003., p. 53

Ser-se indigente e dar-se o que se tem

«Ser-se indigente e dar-se o que se tem,
fingir-se rir, de coração em ferida,
verdade odiar e amar coisa fingida,
possuir tudo e nada gozar quem,

(...)»

Vasco Graça Moura. Alguns Amores de Ronsard. Bertrand Editora, 2003., p. 51

quarta-feira, 29 de julho de 2015

FIDELIDADE

Diz-me devagar coisa nenhuma, assim
como a só presença com que me perdoas
esta fidelidade ao meu destino.
Quanto assim não digas é por mim
que o dizes. E os destinos vivem-se
como outra vida. Ou como solidão
E quem lá entra? E quem lá pode estar
mais que o momento de estar só consigo?

Diz-me assim devagar coisa nenhuma:
o que à morte se diria, se ela ouvisse,
ou se diria aos mortos, se voltassem.

1956

Jorge de Sena por Eugénio Lisboa. Colecção Poetas. Editorial Presença, Lisboa., p. 103

libérrimo


adjetivo
superlativo absoluto sintético de livre
muito livre, completamente livre

«Por nós, por ti, por mim, falou a dor.
E a dor é evidente - libertada.»

Jorge de Sena por Eugénio Lisboa. Colecção Poetas. Editorial Presença, Lisboa., p. 100
« (...)                     Nem sei se penso
ou pensarei quando de mim fugir.»


Jorge de Sena por Eugénio Lisboa. Colecção Poetas. Editorial Presença, Lisboa., p. 100

«Perdidas uma a uma as coisas todas,»

Jorge de Sena por Eugénio Lisboa. Colecção Poetas. Editorial Presença, Lisboa., p. 98

« nessa verdade que, de o ser, já mente,»

Jorge de Sena por Eugénio Lisboa. Colecção Poetas. Editorial Presença, Lisboa., p. 96

«Alguém que eu fui ou não cheguei a ser,»

Jorge de Sena por Eugénio Lisboa. Colecção Poetas. Editorial Presença, Lisboa., p. 95
«Beijemo-nos então. Língua na língua,
essa outra vida que trazeis, distingo-a,
e como liberdade aceito a dor.»


Jorge de Sena por Eugénio Lisboa. Colecção Poetas. Editorial Presença, Lisboa., p. 95

Voar (fragmento), Helena Almeida, 2001


«Metia-me sozinho pelos caminhos à beira-mar, ou nos campos, caminhava depressa, para me cansar, para esquecer; mas não podia esquecer. »

Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 107
«Nunca mais, desde então, as duas feridas que eles abriram em mim cicatrizaram por completo.»

Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 107
«Mas quanto mais eu sentia o meu espírito abrir-se e deslocar as fronteiras da verdade, tanto mais o coração se me enchia, transbordava de tristeza. A vida parecia-me demasiado pequena, não podia já conter-me, o que me levava a desejar violentamente a morte; só esta me parecia infinita e podia conter-me.»

Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 106

« Morreu? Que quer isso dizer? Mas ninguém me explicava. Escondi-me num canto da casa, atrás do canapé, peguei numa almofada, tapei o rosto e pus-me a chorar; não por desgosto, nem mesmo por medo, mas porque não compreendia.»


Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 100

''lutei para fazer a história!''

Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 95
« - Um homem verdadeiro - disse-me - é aquele que deixa as pessoas sem lhes dizer adeus. - E eu, que queria ser um homem verdadeiro, endureci o coração e calei-me.»

Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 93

«(...); e sobre o altar, em grandes jarros de vidro, braçados de lírios brancos. Não eram mudados muitas vezes, ficavam dias e dias na água, apodreciam, e quando pela manhã eu entrava na capela o cheiro quase me fazia vomitar; um dia, lembro-me, desmaiei.»

Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 90

Francesca Woodman, Polka Dots, Providence, Rhode Island, 1976


''gosto salgado em curvas sem segredos''

Jorge de Sena por Eugénio Lisboa. Colecção Poetas. Editorial Presença, Lisboa., p. 87
''ouço os teus passos crepitando tristes.»

Jorge de Sena por Eugénio Lisboa. Colecção Poetas. Editorial Presença, Lisboa., p. 83

''angústia melancólica''

''primaveras morrendo ignoradas''

Jorge de Sena por Eugénio Lisboa. Colecção Poetas. Editorial Presença, Lisboa., p. 82

«Um dia nos libertaremos da morte sem deixar de morrer.»

Jorge de Sena por Eugénio Lisboa. Colecção Poetas. Editorial Presença, Lisboa., p. 77

terça-feira, 28 de julho de 2015






My life, your life
Don't cross them lines
What you like, what I like
Why can't we both be right?
Attacking, defending
Until there's nothing left worth winning
Your pride and my pride
Don't waste my time

I don't wanna fight no more

Take from my hand
Put in your hands
The fruit of all my grief
Lying down ain't easy
When everyone is pleasing
I can't get no relief
Living ain't no fun
The constant dedication
Keeping the water and power on
There ain't nobody left
Why can't I catch my breath?
I'm gonna work myself to death

No, no, no, no!
I don't wanna fight no more
I don't wanna fight, I don't wanna fight!
I don't wanna fight no more


OFÍCIO DE VÉSPERAS

"Devo ser o último tempo
A chuva definitiva sobre o último animal nos pastos
O cadáver onde a aranha dcide o círculo.
Devo ser o último degrau na escada de Jacob
E o último sonho nele
Devo ser-lhe a última dor no quadril.
Devo ser o mendigo à minha porta
E a casa posta à venda.
Devo ser o chão que me recebe
E a árvore que me planta.
E, silêncio e devagar no escuro
Devo ser a véspera, Devo ser o sal
Voltado para trás.
Ou a pergunta na hora de partir."



Daniel Faria. Explicação das Árvores e de Outros Animais.

domingo, 26 de julho de 2015

O VINHO E AS ROSAS.

Como pode um homem
atravessar paredes
permanecer no meio do fogo sem se queimar?
Não por causa da sua audácia
ou da sua astúcia


A sua vitalidade o seu poder
residem no Tao
Quando o homem é todo um
não há falha nele
por onde possa ser atingido
Da mesma forma um homem embriagado
quando cai fica confuso mas não destruído
Os seus ossos são como os ossos dos outros homens
mas a sua queda é diferente
O seu espírito é completo. Não está consciente
de ter subido
nem de ter caído

A vida e a morte nada significam para ele
Desconhece o pânico enfrenta os obstáculos
sem preocupação
Esta segurança que existe no vinho
só é comparável à do Tao
O homem sábio esconde-se no Tao
Nada o pode atingir



Organização: Jorge Sousa Braga. O Vinho e as Rosas: Antologia de Poemas Sobre a Embriaguez

sábado, 25 de julho de 2015

ANTIMEMÓRIAS

"Quando esperava o coração e ardia,
que hoje arde, mas arder já será vão,
por culpa da furiosa, injusta mão
que à minha espr'ança o fio quebraria,
formosa saia vi, de branca e fria
neve, estendida sobre um verde chão,
tão pura que nem sol nem pé vilão
a tocar tal beleza se atrevia.
Bem a pude prender, bem perto tive
com que amansar meu fogo, e perturbou-me
tanto que a mão estendi, e me detive.
E então (pra onde?) minha vizinha glória
fugiu qual sonho ou sombra, e aí restou-me
dela somente a dor e a memória."


Francisco de Figueroa"Antologia da Poesia Espahola do Siglo de Oro"

sexta-feira, 24 de julho de 2015


"Livre não sou, que nem a própria vida
Mo consente.
Mas a minha aguerrida
Teimosia
É quebrar dia a dia 
Um grilhão da corrente.
Livre não sou, mas quero a liberdade.
Trago-a dentro de mim como um destino.
E vão lá desdizer o sonho do menino
Que se afogou e flutua
Entre nenúfares de serenidade
Depois de ter a lua!"

Miguel Torga, in 'Cântico do Homem'

quinta-feira, 23 de julho de 2015

«Um gato preto com manchas amarelas, escanzelado e pustulento, ronronava perto da chaminé.»

Nikos Kazantzaki. Os irmãos inimigos. Tradução de Celeste Costa. Editorial Estúdios Cor, Lisboa., p. 115

''indomável obstinação''

Nikos Kazantzaki. Os irmãos inimigos. Tradução de Celeste Costa. Editorial Estúdios Cor, Lisboa., p. 114

«Cães esfaimados farejavam o chão em busca de cadáveres.»

Nikos Kazantzaki. Os irmãos inimigos. Tradução de Celeste Costa. Editorial Estúdios Cor, Lisboa., p. 109
«Na verdade, Deus virou o rosto, e o mundo, privado do seu olhar, transformou-se em trevas. Eclipse de Deus, eclipse de Deus...»

Nikos Kazantzaki. Os irmãos inimigos. Tradução de Celeste Costa. Editorial Estúdios Cor, Lisboa., p. 109

«O sofrimento e a iniquidade não terão jamais fim neste mundo?»

Nikos Kazantzaki. Os irmãos inimigos. Tradução de Celeste Costa. Editorial Estúdios Cor, Lisboa., p. 105

''Cáfila de traidores!''

Nikos Kazantzaki. Os irmãos inimigos. Tradução de Celeste Costa. Editorial Estúdios Cor, Lisboa., p. 102

«Vós, os leitores, perdei-vos sempre em pormenores...»

Nikos Kazantzaki. Os irmãos inimigos. Tradução de Celeste Costa. Editorial Estúdios Cor, Lisboa., p. 98

lóbis

quarta-feira, 22 de julho de 2015

SOLIDÃO RUIDOSA

"Talvez o grande erro seja acreditar que estamos sós,
Que os outros vieram e partiram - um pontinho momentâneo -
Quando, afinal, o espaço pode estar a abarrotar de trânsito,
A rebentar pelas costuras com uma energia que nem sentimos
Nem vemos, e a brotar até nós,a viver, a morrer, a decidir,
De pés bem assentes em planetas em planetas por todo o lado,
Prestando reverência às grandes estrelas que dirigem, arremessando rochas
Para as suas luas, sejam elas quais forem. Vivem na dúvida:
Serão eles os únicos, apenas conhecem o desejo de conhecer,
E o grandioso negrume da distância em palpitam - eles e nós."


 Eric Weinstein/ Jeremy Schmall/ Katherine Larson/ Stephen Motika/ Tracy K. ''Smith. Uma Fonte no Quintal: Antologia"


“12. Conservando todas as tarefas de coordenação que provavelmente sempre serão necessárias, ter-se-á como objectivo da comunidade o enfraquecimento progressivo do Estado, com o máximo de resoluções a nível dos agrupamentos regionais, constituídos por sua vez pela reunião dos menores núcleos populacionais de comum ecologia humana.

13. Terá cada indivíduo como direito e dever decidir por suas próprias convicções, o mais independente que lhe seja possível de grupos, partidos ou órgãos de governo.


14. Deveria ter cada partido como sua obrigação precípua o amplo esclarecimento das ideias que defenda e a sua comparação com as ideias de outros partidos, tendendo, pelo pôr em relevo do que une e não do que separa, à eliminação da hostilidade e ao se próprio desaparecimento como linha de clivagem e como incitador de concorrência”



Agostinho Silva, Proposição (texto escrito a seguir ao 25 de Abril de 1974, com uma proposta de organização política para Portugal), in Dispersos, apresentação e organização de Paulo Borges, Lisboa, ICALP, 1989, 2ª edição, p.603
«Uma velha gorda, bigoduda, passou, descalça, esfarrapada, carregando um molho de lenha; uma larga fita escarlate segurava-lhe as madeixas grisalhas. Dois garotos perseguiam-na, apedrejavam-na, a gritar:
-Quem quer dormir comigo esta noite? Quem quer dormir comigo esta noite?...
   A pobre velha, curvada sob o feixe, tinha os olhos fitos no chão e não respondia.»

Nikos Kazantzaki. Os irmãos inimigos. Tradução de Celeste Costa. Editorial Estúdios Cor, Lisboa., p. 95


«Mas o seu coração não experimentava orgulho nem consolação. O seu coração tornara-se um pedaço de carne cheio de sangue e não de reconforto divino, um pedaço de carne que sofria e gritava.
  - Senhor - murmurou -, perdoa ao meu coração que grita. Ele não sabe o que quer, o impertinente. Mas como pode sabê-lo, se o infeliz caminha no meio do caos, de cabeça perdida?»

Nikos Kazantzaki. Os irmãos inimigos. Tradução de Celeste Costa. Editorial Estúdios Cor, Lisboa., p. 94

''tanchões de camomila''

Nikos Kazantzaki. Os irmãos inimigos. Tradução de Celeste Costa. Editorial Estúdios Cor, Lisboa., p. 93
«Não pregara o olho durante a noite. Tinha o coração sombrio e perturbado;»

Nikos Kazantzaki. Os irmãos inimigos. Tradução de Celeste Costa. Editorial Estúdios Cor, Lisboa., p. 93

Quarta-Feira Santa

« - Deixa o coração em paz. O coração é uma senhora vizinha, não o mistures nestes assuntos complicados. Ele vai sempre contra o espírito e, para o seguir, é preciso ter as pernas sólidas, o que não é o meu caso.»

Nikos Kazantzaki. Os irmãos inimigos. Tradução de Celeste Costa. Editorial Estúdios Cor, Lisboa., p. 88

Livros?

« - Livros? Também tu, na solidão, arrastavas contigo todos os demónios do mundo?»

Nikos Kazantzaki. Os irmãos inimigos. Tradução de Celeste Costa. Editorial Estúdios Cor, Lisboa., p. 79
«- Pouco a pouco a sua loucura foi aumentando. Começou a passear nu no meio das laranjeiras, a rebolar-se pelo chão, a gritar.»

Nikos Kazantzaki. Os irmãos inimigos. Tradução de Celeste Costa. Editorial Estúdios Cor, Lisboa., p. 75
«A alma é sem dúvida uma centelha do fogo de Deus, que arde escondida sob a carne e pode inflamá-la como a um molho de feno.»


Nikos Kazantzaki. Os irmãos inimigos. Tradução de Celeste Costa. Editorial Estúdios Cor, Lisboa., p. 72
« - Quem te feriu? - perguntou docemente, como se procurasse saber um grande segredo.
-Farias melhor se me perguntasses quem me não feriu...Decerto um comunista, porque sou cristão; decerto um cristão, porque sou comunista; não consegui distinguir.»

Nikos Kazantzaki. Os irmãos inimigos. Tradução de Celeste Costa. Editorial Estúdios Cor, Lisboa., p. 70/1

MORTE, NÃO TE TEMO

Nikos Kazantzaki. Os irmãos inimigos. Tradução de Celeste Costa. Editorial Estúdios Cor, Lisboa., p. 70
«O homem é demasiado miserável para poder suportar a justiça;»

Nikos Kazantzaki. Os irmãos inimigos. Tradução de Celeste Costa. Editorial Estúdios Cor, Lisboa., p. 69

INTERVIEW WITH … ANDO FUCHS

''What is photography to you ? And what should not be instead ?

Photography let me see the world with different eyes. The most important hings for mee in my pictures are expression, atmosphere, content.. and less the technical quality. I target on making the audience “feel” the picture. If I am able to reych this, it’s a personal success and satisfaction for my work.''

« O homem que se deixa bater por sarcasmos e indirectas ficará em estado lastimável.»

William Shakespeare. Muito Barulho Por Nada. Introdução, tradução e notas por Maria João Pires, Campo das Letras, Porto, 1ª edição 2003., p. 146
«As nossas mãos estão em guerra com os nossos corações.»

William Shakespeare. Muito Barulho Por Nada. Introdução, tradução e notas por Maria João Pires, Campo das Letras, Porto, 1ª edição 2003., p. 146

''ser enterrado nos teus olhos''

William Shakespeare. Muito Barulho Por Nada. Introdução, tradução e notas por Maria João Pires, Campo das Letras, Porto, 1ª edição 2003., p. 139
«BENEDITO  Tu e eu somos demasiadamente sábios para nos cortejarmos em paz.»


William Shakespeare. Muito Barulho Por Nada. Introdução, tradução e notas por Maria João Pires, Campo das Letras, Porto, 1ª edição 2003., p. 138

terça-feira, 21 de julho de 2015



MORTE BELA

"Que me vais magoar, morte?
Não me faz doer a vida?
Porque hei-de ser mais ousado
para o viver exterior
que para o fundo morrer?
A terra, que é mais que o ar?
Porque nos há-de asfixiar,
porque nos há-de cegar,
Porque nos há-de esmagar,
Porque nos há-de calar?
Porque morrer há-de ser,
o que chamamos morrer,
e viver só o viver,
o que calamos viver?
Porque o morrer verdadeiro
(o que calamos morrer)
não há-de ser doce e suave
como o viver verdadeiro
(o que chamamos viver?)"

 Juan Ramón Jimenez. Antologia Poética.

'Sofrer de amor'

«BENEDITO  'Sofrer de amor' - uma bela expressão! Sofro de amor, na verdade, porque te amo, contra a minha vontade.»


William Shakespeare. Muito Barulho Por Nada. Introdução, tradução e notas por Maria João Pires, Campo das Letras, Porto, 1ª edição 2003., p. 137
«BENEDITO   Assustaste as palavras e fizeste-as sair do seu sentido próprio, tão violento é o teu espírito.»

William Shakespeare. Muito Barulho Por Nada. Introdução, tradução e notas por Maria João Pires, Campo das Letras, Porto, 1ª edição 2003., p. 137
«Contudo, pelo seu modo de falar, creio que se ela não o odiasse até à morte, amá-lo-ia até à loucura.»


William Shakespeare. Muito Barulho Por Nada. Introdução, tradução e notas por Maria João Pires, Campo das Letras, Porto, 1ª edição 2003., p. 128

Belle de Jour (1967)


«Quando a luta é desigual, não pode mostrar-se o valor.»

William Shakespeare. Muito Barulho Por Nada. Introdução, tradução e notas por Maria João Pires, Campo das Letras, Porto, 1ª edição 2003., p. 126
«ANTÓNIO   Não carregueis sobre vós todo o peso da dor;
                             Fazei sofrer os que vos ofenderam.»


William Shakespeare. Muito Barulho Por Nada. Introdução, tradução e notas por Maria João Pires, Campo das Letras, Porto, 1ª edição 2003., p. 122
«Os homens podem aconselhar e confortar a dor
Que não sentem; vivê-la, transforma
Em paixão o conselho que antes
Dava remédios contra a raiva
Acorrentava a loucura com fios de seda,
Acalmava a dor com sons e a agonia com palavras.»


William Shakespeare. Muito Barulho Por Nada. Introdução, tradução e notas por Maria João Pires, Campo das Letras, Porto, 1ª edição 2003., p. 121

«Remendar as mágoas com provérbios»

William Shakespeare. Muito Barulho Por Nada. Introdução, tradução e notas por Maria João Pires, Campo das Letras, Porto, 1ª edição 2003., p. 121

"Decades"

Here are the young men, the weight on their shoulders,
Here are the young men, well where have they been?
We knocked on the doors of Hell's darker chamber,
Pushed to the limit, we dragged ourselves in,
Watched from the wings as the scenes were replaying,
We saw ourselves now as we never had seen.
Portrayal of the trauma and degeneration,
The sorrows we suffered and never were free.

Where have they been?
Where have they been?
Where have they been?
Where have they been?

Weary inside, now our heart's lost forever,
Can't replace the fear, or the thrill of the chase,
Each ritual showed up the door for our wanderings,
Open then shut, then slammed in our face.

Where have they been?
Where have they been?
Where have they been?
Where have they been?


Writer(s): Bernard Sumner, Peter Hook, Ian Kevin Curtis, Stephen Paul David Morris

domingo, 19 de julho de 2015





"Forget Her"


While this town is busy sleeping,
All the noise has died away.
I walk the streets to stop my weeping,
'Cause she'll never change her ways.

Don't fool yourself, she was heartache from the moment that you met her.
Ah, my heart feels so still as I try to find the will to forget her, somehow.
Ooh, I think I've forgotten her now.

Her love is a rose, pale and dying.
Dropping her petals in land unknown
All full of wine, the world before her, was sober with no place to go.

Don't fool yourself, she was heartache from the moment that you met her.
My heart is frozen still as I try to find the will to forget her, somehow.
She's somewhere out there now.

[Guitar Solo]

Well my tears falling down as I try to forget,
Her love was a joke from the day that we met.
All of the words, all of her men,
All of my pain when I think back to when.

Remember her hair as it shone in the sun,
The smell of the bed when I knew what she'd done.
Tell yourself over and over you won't ever need her again.

But don't fool yourself,
She was heartache from the moment that you met her.
Oh, my heart is frozen still as I try to find the will to forget her, somehow.
She's out there somewhere now.

Oh She was heartache from the day that I first met her.
My heart is frozen still as I try to find the will to forget you, somehow.
'Cause I know you're somewhere out there right now

«Cora de culpa e não de inocência.»

William Shakespeare. Muito Barulho Por Nada. Introdução, tradução e notas por Maria João Pires, Campo das Letras, Porto, 1ª edição 2003., p. 104
«Se um mau pensamento não torcer uma boa palavra, eu não ofenderei ninguém.»

William Shakespeare. Muito Barulho Por Nada. Introdução, tradução e notas por Maria João Pires, Campo das Letras, Porto, 1ª edição 2003., p. 96
«BENEDITO  Bem, todos sabem dominar os males, menos aquele que os padece.»

William Shakespeare. Muito Barulho Por Nada. Introdução, tradução e notas por Maria João Pires, Campo das Letras, Porto, 1ª edição 2003., p. 83

Gata em Telhado de Zinco Quente, (1958)


«(...) pois o que o coração sente a língua diz.»

William Shakespeare. Muito Barulho Por Nada. Introdução, tradução e notas por Maria João Pires, Campo das Letras, Porto, 1ª edição 2003., p. 82

«Alguns Cupidos matam como setas, outros com rede.»

William Shakespeare. Muito Barulho Por Nada. Introdução, tradução e notas por Maria João Pires, Campo das Letras, Porto, 1ª edição 2003., p. 81
«(...): ninguém sabe
O dano que uma má palavra pode causar ao amor.»

William Shakespeare. Muito Barulho Por Nada. Introdução, tradução e notas por Maria João Pires, Campo das Letras, Porto, 1ª edição 2003., p. 80

«Espantais-me, julgava o seu espírito resistente ao afecto.»

William Shakespeare. Muito Barulho Por Nada. Introdução, tradução e notas por Maria João Pires, Campo das Letras, Porto, 1ª edição 2003., p. 69

«BENEDITO   (Aparte) Se um cão se tivesse permitido ladrar assim, mandá-lo-iam enforcar. Só peço a Deus que essa má voz não seja presságio de uma desgraça. Preferia ter ouvido a coruja, qualquer que fosse a praga que me trouxesse.»


William Shakespeare. Muito Barulho Por Nada. Introdução, tradução e notas por Maria João Pires, Campo das Letras, Porto, 1ª edição 2003., p. 68
«(...) mas enquanto todas as graças não estiverem reunidas numa só mulher, nenhuma delas me cairá em graça.»


William Shakespeare. Muito Barulho Por Nada. Introdução, tradução e notas por Maria João Pires, Campo das Letras, Porto, 1ª edição 2003., p. 66
«(...) quando nos toca a felicidade não encontramos palavras para expressá-la.»

William Shakespeare. Muito Barulho Por Nada. Introdução, tradução e notas por Maria João Pires, Campo das Letras, Porto, 1ª edição 2003., p. 59
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