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domingo, 2 de abril de 2023

domingo, 13 de junho de 2021

sexta-feira, 28 de abril de 2017

''boca suturada, emudecida, ''


Helena Almeidaintus. Civilização Editora, Lisboa, 2006., p. 79

«Para ela, ''ver-me'' significa  ''ouve-me com os teus olhos''. Sob o título Ouve-me, a artista apresenta uma fotografia da sua boca cosida.»



Helena Almeidaintus. Civilização Editora, Lisboa, 2006., p. 79

«No teatro-dança, a coreografia, a própria dança, apenas se materializava no acto de ser dançada - a questão colocada por Yeats, ''como distinguir a dançarina da dança?'' vem assim antecipar algumas das mais importantes obras feministas e de body art da década de 1970...»


Helena Almeidaintus. Civilização Editora, Lisboa, 2006., p. 72

''desenho habitado''

«É preciso não nos levarmos muito a sério.»


Helena Almeidaintus. Civilização Editora, Lisboa, 2006., p. 59

«Voltando ao vídeo, foi um registo que a Helena trabalhou nos finais dos anos 70 mas nunca tinha inserido música e neste último, A experiência do Lugar II, introduz no final uma parte da ária do Orfeu e Eurídice de Gluck, numa versão do Hector Berlioz. Porquê?

Inseri, porque pensei que o Orfeu fez a verdadeira experiência do lugar, tinha ido ao Inferno, tinha ido aos mortos buscar a sua Eurídice na condição de nunca olhar para trás. Portanto eu sou uma mistura dos dois, nunca olhar para trás e simultaneamente sentir a descida aos infernos. Penso muito na descida aos infernos, talvez por todas estas coisas horríveis que acontecem no mundo.»



Helena Almeidaintus. Civilização Editora, Lisboa, 2006., p. 56


«Há coisas que me transcendem, há coisas que eu não suspeitava e que me espantam quando as vejo nos trabalhos. Por outro lado, tenho também que me isolar. Eu era uma pessoa muito mais sociável , passava muito mais tempo com os meus amigos e o ser artista para mim implica isolamento e concentração, que não é compatível com a uma vida social intensa e isso também é pesado. Os trabalhos resultam de uma mistura de muita concentração e, simultaneamente, do estar muito descontraída e de deixar entrar o que vier. É algo que eu sei fazer, mas que não sei explicar como se deve fazer, é agarrar as coisas como um cão de caça.»


Helena Almeidaintus. Civilização Editora, Lisboa, 2006., p. 55/6

«(...), porque há coisas que são arrancadas, que a pessoa não fica a mesma depois de as fazer, deixam marcas.»


Helena Almeidaintus. Civilização Editora, Lisboa, 2006., p. 55
''amor com humor''

«Ando em círculo; os ciclos voltam.»


Helena Almeidaintus. Civilização Editora, Lisboa, 2006., p. 53

«(...) porque é que tenho esta solidão e a solidão de outros corpos?»

Helena Almeidaintus. Civilização Editora, Lisboa, 2006., p. 53

''azul-cobalto; azul-ultramarino''

«Se a fotografia é o registo do que aconteceu (e, nesse sentido, é morte), o vídeo é o registo do que está acontecendo (e, nesse sentido, é o acto de morrer).


Helena Almeidaintus. Civilização Editora, Lisboa, 2006., p. 15

quarta-feira, 26 de abril de 2017

''o som dos joelhos''


Helena Almeidaintus. Civilização Editora, Lisboa, 2006., p. 15

« Mas se não são personagens, muito menos serão auto-retratos porque nada nos dizem sobre o corpo concreto ou a natureza psicológica de Helena Almeida. Olhando para as suas fotografias nada ficamos a saber sobre a sua personalidade, gostos, pensamentos, concepção do mundo ou sobre como ela é, hipoteticamente, quando de manhã atravessa a rua para ir tomar um café. Aliás, é comum, nas inaugurações das exposições de Helena Almeida, os espectadores que não a conhecem perguntarem: ''Quem é a Helena Almeida? Onde é que ela está?'' Apesar de estarem rodeados de obras cuja matéria-prima é a imagem da própria artista, são, no entanto, incapazes de a reconhecer ''ao vivo''. Este facto não se deve a qualquer cegueira momentânea ou a uma distância entre o sujeito e o objecto representado, tanto mais que a artista não recorre a máscaras ou acessórios, nem a cenários artificiosos que mudam constantemente, mas apenas a ela própria, o mais neutra possível - com um vestido preto e largo - , e ao seu atelier, também, quase sempre despido de qualquer objecto ou peça de mobiliário.
  Trata-se de um corpo ficcional, na medida em que a sua representação (ou imagem) não possui nem o carácter da personagem, nem a natureza do auto-retrato.»


Helena Almeida. intus. Civilização Editora, Lisboa, 2006., p. 13

sexta-feira, 14 de abril de 2017

Intus

''de dentro''
«A-EXPERIÊNCIA-DO-CORPO-ENQUANTO-EXPERIÊNCIA-DO-MUNDO-ENQUANTO-EXPERIÊNCIA-DA-ARTE»

segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

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