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sábado, 23 de novembro de 2024

 «as groselheiras pendem dos muros
e tudo o sol concede a exacta porção»

 José Tolentino Mendonça. A Noite Abre Meus Olhos. 4ª Edição, Assírio&Alvim, Porto, 2021. p. 274
 ''dou comigo a pensar
confusamente em tudo isto''

 José Tolentino Mendonça. A Noite Abre Meus Olhos. 4ª Edição, Assírio&Alvim, Porto, 2021. p. 254

 « certas manhãs o pensamento do tempo encoraja o rosto antes de uma 

                                                                                                     jornada devorada

e então eu sei mesmo sem olhar os teus olhos»


 José Tolentino Mendonça. A Noite Abre Meus Olhos. 4ª Edição, Assírio&Alvim, Porto, 2021. p. 237

terça-feira, 19 de novembro de 2024

 « O amor, ditam os frios de coração, é ruinoso

qualquer momento em chamas

denunciará a imprecisa inquietação que nos toma


Os inocentes que se amam dizem

teu corpo está a nevar

tua alma é uma flor

um prado tranquilo sua noite »


 José Tolentino Mendonça. A Noite Abre Meus Olhos. 4ª Edição, Assírio&Alvim, Porto, 2021. p. 193

domingo, 10 de novembro de 2024

 « Que os biliões nos não matem, a nós, os dos biliões.
Nós que estamos milénios atrasados de Nós mesmos.»


José Almada Negreiros. Teatro Escolhido. Deseja-se Mulher. Edição de Fernando Cabral Martins e Luís Manuel Gaspar. Assírio&Alvim. 1ª Edição, 2017., p. 135
 Não uses palavras
qualquer palavra que me digas há-de doer
pelo menos mil anos

José Tolentino Mendonça. A Noite Abre Meus Olhos. 4ª Edição, Assírio&Alvim, Porto, 2021. p. 160
 Lançaste ao fogo cidades
afogaste os exércitos
no vermelho mar da sua ira
hipotecaste terras tão preciosas
para estares junto de mim


José Tolentino Mendonça.
 A Noite Abre Meus Olhos. 4ª Edição, Assírio&Alvim, Porto, 2021. p. 157
 Um dia acordamos tristes da sua tristeza
pois o fortuito significado dos campos
explica por outras palavras
aquilo que tornava os olhos incomparáveis


José Tolentino Mendonça. A Noite Abre Meus Olhos. 4ª Edição, Assírio&Alvim, Porto, 2021. p. 148
 é assim que rodo
à volta de lugares desconhecidos
nenhum corte me doeu
nunca estive sozinha

José Tolentino Mendonça. A Noite Abre Meus Olhos. 4ª Edição, Assírio&Alvim, Porto, 2021. p. 131

mas tu não, tu nunca choraste 
por amores que se perdem


José Tolentino Mendonça. A Noite Abre Meus Olhos. 4ª Edição, Assírio&Alvim, Porto, 2021. p. 84

A CASA ONDE ÀS VEZES REGRESSO

 Tivesse ainda tempo e entregava-te
o coração


José Tolentino Mendonça. A Noite Abre Meus Olhos. 4ª Edição, Assírio&Alvim, Porto, 2021. p. 83

sábado, 26 de outubro de 2024

 recolhida ave nocturna
assim o seu coração
se ocultava do dia

José Tolentino Mendonça. A Noite Abre Meus Olhos. 4ª Edição, Assírio&Alvim, Porto, 2021. p. 53

 Se fechar meus braços outro os abrirá
no escuro da roda as orações são perpétuas
os vagabundos coroam até a pequena irmã
que na sua loucura
incessante procura o poço da quinta

José Tolentino Mendonça. A Noite Abre Meus Olhos. 4ª Edição, Assírio&Alvim, Porto, 2021. p. 42
 A mão preferida pelo silêncio
folheia o livro dos incêndios
torna-se irremediavelmente suja
sobre o muro traça os vincos
os primeiros versos

José Tolentino Mendonça. A Noite Abre Meus Olhos. 4ª Edição, Assírio&Alvim, Porto, 2021. p. 40
 Diz-me se 
toda a imagem é engano


José Tolentino Mendonça. A Noite Abre Meus Olhos. 4ª Edição, Assírio&Alvim, Porto, 2021. p. 16

 

Diz-me apenas 
a altura das searas
perto do rio
se o vento tornou
a encher de folhas
o pátio da casa
verde

 José Tolentino Mendonça. A Noite Abre Meus Olhos. 4ª Edição, Assírio&Alvim, Porto, 2021. p. 15
 Nesse tempo
ainda era possível
encontrar Deus 
pelos baldios


José Tolentino Mendonça. A Noite Abre Meus Olhos. 4ª Edição, Assírio&Alvim, Porto, 2021. p. 10

sábado, 28 de setembro de 2024

 «Deuses precisam por vezes de se sentir vivos.
A crise da meia-idade gera
incontinentes e continentes
e tu, matrona, com as tuas colinas cansadas
olharás com acinte a ninfa: o teu espelho passado.
Aproxima-te. Eu sou um touro.
Eu sou um touro, belo, manso, branco.»

Daniel Jonas. Cães de Chuva. Assírio & Alvim, Porto Editora.2021 , p. 112

quinta-feira, 26 de setembro de 2024

 « Não se usa a nota escrita pelo catavento da alma à espera
de notícias sobre o armistício de uma guerra, numa terra onde
nunca esteve nem estará, como se fosse uma pátria sua, não 
se usa. Desusadamente, abro a porta aos ventos que trazem
desgraçados do outro lado do mar, e isso não se usa.»

Lídia Jorge. O Livro das Tréguas. Poesia. Publicações Dom Quixote. Lisboa, 2019.,p. 46

sábado, 21 de setembro de 2024

 ''e Cindy é um nome para uma adolescente deprimida
crescendo em solavancos num baloiço.''

Daniel Jonas. Cães de Chuva. Assírio & Alvim, Porto Editora.2021 , p. 73

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