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terça-feira, 4 de março de 2025

PODERIA FALAR-TE DO AMOR, ESSA COISA

«Poderia falar-te do amor, essa coisa
cinzenta e tenebrosa que faz sorrir
as criancinhas - mas não,
prefiro falar-te dum campo com erva
verde, muita erva muito
verde e com árvores
azuis onde à noite vai morrer

o vento. (...)»

Adolfo Luxúria Canibal. No rasto dos duendes eléctricos (Poesia 1978-2018). Porto Editora, 2019., p. 53

 Assim as lágrimas que aos nossos olhos aflorarem

                                                                                 feridas; 

Adolfo Luxúria Canibal. No rasto dos duendes eléctricos (Poesia 1978-2018). Porto Editora, 2019., p. 42

É TÃO CURTA A VIDA, MEU AMOR

 é tão curta a vida, meu amor
e tão infinita a morte,

Adolfo Luxúria Canibal. No rasto dos duendes eléctricos (Poesia 1978-2018). Porto Editora, 2019., p. 33

              e seios e braços e mãos e ventre e ancas

              e vulva e rabo e coxas e pés e sexo e tudo

                                                                             mas  tudo

                                                                                             BELO

No fim, virão os bichos

                                     lagartos

                                                     comer-nos!...

Adolfo Luxúria Canibal. No rasto dos duendes eléctricos (Poesia 1978-2018). Porto Editora, 2019., p. 31
 Ama-me
Inflama-me este sofrer
Que provoca tão estranho prazer 

Adolfo Luxúria Canibal. No rasto dos duendes eléctricos (Poesia 1978-2018). Porto Editora, 2019., p. 28

 Eu sou irmão da solidão

                  e com ela mantenho incestuosa relação.


Adolfo Luxúria Canibal. No rasto dos duendes eléctricos (Poesia 1978-2018). Porto Editora, 2019., p. 18

 Teu rosto.

Uma tintura de fogo

Na planície dos dedos.


Hilda Hilst, excerto, in Cantares

domingo, 2 de março de 2025

 «Bebo-te toda assim, bruta, como em sonhos
           e deixo-me levar/vagar por ti
           feito sonâmbulo»

Adolfo Luxúria Canibal. No rasto dos duendes eléctricos (Poesia 1978-2018). Porto Editora, 2019., p. 16

terça-feira, 7 de janeiro de 2025

 Sou dependente dos livros

sem eles posso morrer

perco-me de tão perdida se proibida de ler


Maria Teresa HortaEu Sou a Minha Poesia. Antologia Pessoal. Publicações Dom Quixote, 2019., p. 244
 Eu insistindo 
em partir
e tu teimando em gostar


Maria Teresa HortaEu Sou a Minha Poesia. Antologia Pessoal. Publicações Dom Quixote, 2019., p. 234

 Mas se o desejo crescesse
pela bainha do vidro?

Maria Teresa HortaEu Sou a Minha Poesia. Antologia Pessoal. Publicações Dom Quixote, 2019., p. 233
 Entre Alice e ser-se Alice
entre querer e recusar

Maria Teresa HortaEu Sou a Minha Poesia. Antologia Pessoal. Publicações Dom Quixote, 2019., p. 232

A MINHA SECRETÁRIA

 Tenho um ramo 
de nuvens
na minha secretária

(...)

Maria Teresa HortaEu Sou a Minha Poesia. Antologia Pessoal. Publicações Dom Quixote, 2019., p. 227

domingo, 5 de janeiro de 2025

 - Nós somos a queda
   entre o excesso
                           e o nada


Maria Teresa HortaEu Sou a Minha Poesia. Antologia Pessoal. Publicações Dom Quixote, 2019., p. 206

baixando os olhos...

                                 a custo

Maria Teresa HortaEu Sou a Minha Poesia. Antologia Pessoal. Publicações Dom Quixote, 2019., p. 203
Sabe curar poetas
esvaídos

Escuta as paixões
as dores seculares

Os ódios mortais
e os amores malditos


Maria Teresa HortaEu Sou a Minha Poesia. Antologia Pessoal. Publicações Dom Quixote, 2019., p. 200
 Tinha paixões
que sempre rasurava

Maria Teresa HortaEu Sou a Minha Poesia. Antologia Pessoal. Publicações Dom Quixote, 2019., p. 194

O lince da tua boca

 O lince da tua boca
deitado no meu poema
bebe o corpo dos meus versos
devora-lhe a alma acesa

Maria Teresa HortaEu Sou a Minha Poesia. Antologia Pessoal. Publicações Dom Quixote, 2019., p. 190
 Desafio os teus poderes
alcandorados
no medo

Maria Teresa HortaEu Sou a Minha Poesia. Antologia Pessoal. Publicações Dom Quixote, 2019., p. 182
 Te exorcizo lobo
negro
em noites de lua alta

Maria Teresa HortaEu Sou a Minha Poesia. Antologia Pessoal. Publicações Dom Quixote, 2019., p. 182
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