segunda-feira, 7 de setembro de 2015
« - Puxa a cortina para que eu veja o quadro.
- A cortina é o quadro - respondeu-lhe o pintor. A cortina que eu via à minha frente, montanhas, árvores, mares, homens, era isso que o quadro que eu usufruía com uma alegria leal e ávida.»
Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 167
- A cortina é o quadro - respondeu-lhe o pintor. A cortina que eu via à minha frente, montanhas, árvores, mares, homens, era isso que o quadro que eu usufruía com uma alegria leal e ávida.»
Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 167
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«Helena tornou-se um grito de amor que atravessa os séculos, acorda em cada homem o desejo do beijo e da perpetuidade, e metamorfoseia em Helena a mais insignificante mulher que tivermos nos braços.»
Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 153
Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 153
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«O nome é uma prisão, Deus é livre.»
Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 146
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« - Aquele que não pode dançar, não pode rezar - disse ele. - Os anjos têm boca, mas não têm palavra; dançam para falarem com Deus.»
Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 146
Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 146
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'' pequenos príncipes penteados com penas de pavão''
Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 144
« O meu espírito abarrotava com perguntas, mas não falei.»
Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 144
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« - É muito difícil - murmurou - brincar com Deus sem nos ferirmos.»
Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 143
Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 143
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''o espírito era útil como servo''
Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 142
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«Não há existência alguma
Que não tenha amor; nenhuma;
Porque o amor é, em suma,
Essência de todo o ser:
Há sempre quem nos atraia.»
(...)
João de Deus. Campo de Flores. Poesias Líricas Completas. Lello & Irmão - Editores, Porto, 1981., 164
Que não tenha amor; nenhuma;
Porque o amor é, em suma,
Essência de todo o ser:
Há sempre quem nos atraia.»
(...)
João de Deus. Campo de Flores. Poesias Líricas Completas. Lello & Irmão - Editores, Porto, 1981., 164
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«Um amor ideal é sempre fútil!»
João de Deus. Campo de Flores. Poesias Líricas Completas. Lello & Irmão - Editores, Porto, 1981., 134
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«Mal sabes o que sofro num momento
De dúvida ou ciúme; se soubesses,
Tão bem formado coração pareces
Que me não davas nunca este tormento.»
(...)
João de Deus. Campo de Flores. Poesias Líricas Completas. Lello & Irmão - Editores, Porto, 1981., 129
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QUEM CONSEGUIR ESQUECER
Quem conseguir esquecer
Que veio cá para morrer
Pode guardar ambições
Pode rir pode viver
Se não pensar em morrer
Pode viver de ilusões
Quem conseguir esquecer
Que veio cá para morrer
É mais feliz do que eu
Faça o que eu fizer
Não posso deixar de ver
Morrer tudo o que nasceu
Amália Rodrigues. Versos. Edições Cotovia, 1ª Edição, Lisboa, 1997., p. 91
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«Se o desespero ensinasse
Eu já sabia viver»
Amália Rodrigues. Versos. Edições Cotovia, 1ª Edição, Lisboa, 1997., p. 90
Eu já sabia viver»
Amália Rodrigues. Versos. Edições Cotovia, 1ª Edição, Lisboa, 1997., p. 90
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«A rosa dum só amor»
Amália Rodrigues. Versos. Edições Cotovia, 1ª Edição, Lisboa, 1997., p. 55
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SE ME QUISERES VER DESCALÇA
Amália Rodrigues. Versos. Edições Cotovia, 1ª Edição, Lisboa, 1997., p. 52
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«Ai como dói
A solidão quase loucura»
Amália Rodrigues. Versos. Edições Cotovia, 1ª Edição, Lisboa, 1997., p. 43
A solidão quase loucura»
Amália Rodrigues. Versos. Edições Cotovia, 1ª Edição, Lisboa, 1997., p. 43
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«Tinha uma cabeça louca»
Amália Rodrigues. Versos. Edições Cotovia, 1ª Edição, Lisboa, 1997., p. 22
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domingo, 6 de setembro de 2015
«Um demónio sanguinário o obscuro despertou no seu peito.»
Nikos Kazantzaki. Os irmãos inimigos. Tradução de Celeste Costa. Editorial Estúdios Cor, Lisboa., p. 335
Nikos Kazantzaki. Os irmãos inimigos. Tradução de Celeste Costa. Editorial Estúdios Cor, Lisboa., p. 335
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«E como são longas as noites! Não gosto de dormir só.»
Nikos Kazantzaki. Os irmãos inimigos. Tradução de Celeste Costa. Editorial Estúdios Cor, Lisboa., p. 329
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« um relâmpago negro despedaçou-lhe o cérebro.»
Nikos Kazantzaki. Os irmãos inimigos. Tradução de Celeste Costa. Editorial Estúdios Cor, Lisboa., p. 325
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''enxugou o sangue dos olhos''
Nikos Kazantzaki. Os irmãos inimigos. Tradução de Celeste Costa. Editorial Estúdios Cor, Lisboa., p. 323
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«As feridas, de novo reabertas, sangravam.»
Nikos Kazantzaki. Os irmãos inimigos. Tradução de Celeste Costa. Editorial Estúdios Cor, Lisboa., p. 322
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«Palavras...», pensou. «Meteram-lhas na boca e eles repetem-nas para nos assustar. Contudo, no fundo dos seus corações, Deus trabalha sem que disso eles se apercebam. Sejamos pacientes!...»
Nikos Kazantzaki. Os irmãos inimigos. Tradução de Celeste Costa. Editorial Estúdios Cor, Lisboa., p. 319
Nikos Kazantzaki. Os irmãos inimigos. Tradução de Celeste Costa. Editorial Estúdios Cor, Lisboa., p. 319
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«A estrela da manhã agonizava com um último sorriso melancólico para os rochedos.»
Nikos Kazantzaki. Os irmãos inimigos. Tradução de Celeste Costa. Editorial Estúdios Cor, Lisboa., p. 317
Nikos Kazantzaki. Os irmãos inimigos. Tradução de Celeste Costa. Editorial Estúdios Cor, Lisboa., p. 317
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«A dor cegava-me, perdoa-me.»
Nikos Kazantzaki. Os irmãos inimigos. Tradução de Celeste Costa. Editorial Estúdios Cor, Lisboa., p. 310
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«Tinha o rosto voltado para os combatentes e os seus olhos, na meia penumbra, luziam como se na verdade estivessem cheios de lágrimas.»
Nikos Kazantzaki. Os irmãos inimigos. Tradução de Celeste Costa. Editorial Estúdios Cor, Lisboa., p. 307
Nikos Kazantzaki. Os irmãos inimigos. Tradução de Celeste Costa. Editorial Estúdios Cor, Lisboa., p. 307
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"Sobre o teu corpo nu deixo cair agora, cuidadosamente, uma rosa de pólvora- Suplico-te em surdina, não te mexas, como para te esculpir na pedra do eterno. Porém um braço teu me alcança, censurando-me o gesto, soltando no espaço a lindíssima flor expansiva."
-"A Prisão e Paixão de Egon Schiele"
- Vasco Gato
-"A Prisão e Paixão de Egon Schiele"
- Vasco Gato
quinta-feira, 3 de setembro de 2015
- «De tristeza ou de alegria
cada um sabe de si
e só Deus sabe de todos.»
Manuel Fragoso. Terras de Sol. Prefácio de David Mourão-Ferreira. Edição da Casa do Alentejo, Lisboa, p. 15
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A PROA DUMA GALERA
«Corpo de ferrugem; o iodo das algas
traçou-lhe os gestos
e as ondas, e os ventos, a oscilação
das vestes.
Tem no lugar das asas arrancadas
duas feridas gangrenadas,
e o sonho empasta-lhe
os cabelos verdes,
pelas costas abaixo.
Chagas azuis corroem o côncavo
das órbitas
donde há muito os olhos vítreos
se poluiram através dos mares.
Na boca cheia de sal, leva
uma concha
e com ela espalha
a maresia venenosa.
A o largo de Vila do Conde
Arthur Lambert da Fonseca. ITINERÁRIO DOS TEMPOS. Livraria Athena, Porto, p. 49
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«O frio que um amanhecer de névoa já esvanece.»
Manuel Forcadela. Refutação da Musa. Tradução de Luís Filipe Sarmento. Editorial Teorema, 2001., p. 15
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«As pálpebras abrindo com medo ao novo dia»
Manuel Forcadela. Refutação da Musa. Tradução de Luís Filipe Sarmento. Editorial Teorema, 2001., p 15
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«O sangue, em borbotões, jorrou-lhe para a camisa (...)»
Nikos Kazantzaki. Os irmãos inimigos. Tradução de Celeste Costa. Editorial Estúdios Cor, Lisboa., p. 305
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«Sofrera muito durante a vida, agora estava livre.»
Nikos Kazantzaki. Os irmãos inimigos. Tradução de Celeste Costa. Editorial Estúdios Cor, Lisboa., p. 303
Nikos Kazantzaki. Os irmãos inimigos. Tradução de Celeste Costa. Editorial Estúdios Cor, Lisboa., p. 303
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«Eu não conheço Deus, conheço-me a mim: não passo dum ferreiro mal acabado, de cabeça e coração duros. Mas se fosse eu que tivesse feito o mundo, tê-lo-ia criado melhor.»
Nikos Kazantzaki. Os irmãos inimigos. Tradução de Celeste Costa. Editorial Estúdios Cor, Lisboa., p. 284
Nikos Kazantzaki. Os irmãos inimigos. Tradução de Celeste Costa. Editorial Estúdios Cor, Lisboa., p. 284
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«O coração do homem é um ninho de lagartas. Sopra-lhes em cima, Senhor, e transforma-as em borboletas.»
Nikos Kazantzaki. Os irmãos inimigos. Tradução de Celeste Costa. Editorial Estúdios Cor, Lisboa., p. 279
Nikos Kazantzaki. Os irmãos inimigos. Tradução de Celeste Costa. Editorial Estúdios Cor, Lisboa., p. 279
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terça-feira, 1 de setembro de 2015
segunda-feira, 31 de agosto de 2015
«Mas se a bandeira me ficar nos dentes,
Poderei rir de quem me corta as mãos!»
Pedro Homem de Mello. Poesias Escolhidas. Imprensa Nacional-Casa da Moeda, Lisboa, 1983., p. 453
Poderei rir de quem me corta as mãos!»
Pedro Homem de Mello. Poesias Escolhidas. Imprensa Nacional-Casa da Moeda, Lisboa, 1983., p. 453
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«Onde se deita o meu amor ausente...»
Pedro Homem de Mello. Poesias Escolhidas. Imprensa Nacional-Casa da Moeda, Lisboa, 1983., p. 450
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«Conto as almas, uma a uma,
Pelo lume dos cigarros.»
Pedro Homem de Mello. Poesias Escolhidas. Imprensa Nacional-Casa da Moeda, Lisboa, 1983., p. 407
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SINCERIDADE
Deixa que eu beije
Teus olhos que me viram!
Mas não beijes os meus
Que te mentiram...
Pedro Homem de Mello. Poesias Escolhidas. Imprensa Nacional-Casa da Moeda, Lisboa, 1983., p. 400
Teus olhos que me viram!
Mas não beijes os meus
Que te mentiram...
Pedro Homem de Mello. Poesias Escolhidas. Imprensa Nacional-Casa da Moeda, Lisboa, 1983., p. 400
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«Sempre onde há rosas, há-de haver serpentes.»
Pedro Homem de Mello. Poesias Escolhidas. Imprensa Nacional-Casa da Moeda, Lisboa, 1983., p. 383
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«A flor que as roseiras dão...»
Pedro Homem de Mello. Poesias Escolhidas. Imprensa Nacional-Casa da Moeda, Lisboa, 1983., p. 374
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«Escutai naquela cama
A oração da malcasada!»
Pedro Homem de Mello. Poesias Escolhidas. Imprensa Nacional-Casa da Moeda, Lisboa, 1983., p. 362
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«É neve o seu cabelo.
Conta setenta primaveras.»
Pedro Homem de Mello. Poesias Escolhidas. Imprensa Nacional-Casa da Moeda, Lisboa, 1983., p. 348
Conta setenta primaveras.»
Pedro Homem de Mello. Poesias Escolhidas. Imprensa Nacional-Casa da Moeda, Lisboa, 1983., p. 348
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«Amar por amar não posso.»
Pedro Homem de Mello. Poesias Escolhidas. Imprensa Nacional-Casa da Moeda, Lisboa, 1983., p. 341
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«Lembro-me de tanta gente
Que nem me lembro de ti.»
Pedro Homem de Mello. Poesias Escolhidas. Imprensa Nacional-Casa da Moeda, Lisboa, 1983., p. 339
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” «El arte nunca debe menospreciar sentimientos o utilizarlos para ganar dinero».”
Cineasta Francis Ford Coppola critica comercialización del arte. Juventudrebelde.cu, 2011
Cineasta Francis Ford Coppola critica comercialización del arte. Juventudrebelde.cu, 2011
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«Mordem na minha garganta
Apelos que ninguém quer.»
Pedro Homem de Mello. Poesias Escolhidas. Imprensa Nacional-Casa da Moeda, Lisboa, 1983., p. 325
Apelos que ninguém quer.»
Pedro Homem de Mello. Poesias Escolhidas. Imprensa Nacional-Casa da Moeda, Lisboa, 1983., p. 325
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«Os que nos roubam só têm fome,»
Pedro Homem de Mello. Poesias Escolhidas. Imprensa Nacional-Casa da Moeda, Lisboa, 1983., p. 324
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domingo, 30 de agosto de 2015
«Beleza que era beleza
Só porque era juventude.»
Pedro Homem de Mello. Poesias Escolhidas. Imprensa Nacional-Casa da Moeda, Lisboa, 1983., p. 299
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«Amar, mentindo sempre.
Eis a divisa.
Mentir,
Mentir,
Mentir,
Até mais não.»
Pedro Homem de Mello. Poesias Escolhidas. Imprensa Nacional-Casa da Moeda, Lisboa, 1983., p. 269
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[um poema de LEÓN FELIPE]
UIVOS
Passam os dias e os anos, a vida corre
e a gente não sabe por que vive...
Passam os dias e os anos, a morte chega
e a gente não sabe por que morre.
E um dia o homem põe-se a chorar sem mais nem menos,
sem saber por que chora...
e o que significa uma lágrima.
E tão-pouco alguém por si o sabe.
E quando mais tarde a gente abala para sempre,
sem saber quem é
nem o que veio cá fazer...
pensa que talvez tenha vindo apenas chorar
e uivar como um cão...
pelo cão de ontem que se foi,
pelo cão de amanhã que virá
e partirá também sem saber para onde
e por todos os pobres cães mortos do mundo.
Porque: não é o homem um pobre cão perdido e solitário sem dono e sem domicilio conhecido?...
E não pode o Homem chorar e uivar no Vento
sem mais nem menos... porque sim
como uiva o mar... Por que uiva o mar?
Senhor Arcipreste... por que uiva o mar?
e a gente não sabe por que vive...
Passam os dias e os anos, a morte chega
e a gente não sabe por que morre.
E um dia o homem põe-se a chorar sem mais nem menos,
sem saber por que chora...
e o que significa uma lágrima.
E tão-pouco alguém por si o sabe.
E quando mais tarde a gente abala para sempre,
sem saber quem é
nem o que veio cá fazer...
pensa que talvez tenha vindo apenas chorar
e uivar como um cão...
pelo cão de ontem que se foi,
pelo cão de amanhã que virá
e partirá também sem saber para onde
e por todos os pobres cães mortos do mundo.
Porque: não é o homem um pobre cão perdido e solitário sem dono e sem domicilio conhecido?...
E não pode o Homem chorar e uivar no Vento
sem mais nem menos... porque sim
como uiva o mar... Por que uiva o mar?
Senhor Arcipreste... por que uiva o mar?
(in 'O Sapateiro de Van Gogh', tradução de Rui Caeiro, &etc, 1993 - original de 'El Ciervo y otros poemas', 1982)
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sábado, 29 de agosto de 2015
«E pensar eu que foi para o teu rosto
Que eu, homem, inventei a flor do nardo!»
Pedro Homem de Mello. Poesias Escolhidas. Imprensa Nacional-Casa da Moeda, Lisboa, 1983., p. 237
Que eu, homem, inventei a flor do nardo!»
Pedro Homem de Mello. Poesias Escolhidas. Imprensa Nacional-Casa da Moeda, Lisboa, 1983., p. 237
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«E uma dança
Nascia de eu falar ao teu ouvido...»
Pedro Homem de Mello. Poesias Escolhidas. Imprensa Nacional-Casa da Moeda, Lisboa, 1983., p. 197
Nascia de eu falar ao teu ouvido...»
Pedro Homem de Mello. Poesias Escolhidas. Imprensa Nacional-Casa da Moeda, Lisboa, 1983., p. 197
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«E um cravo pára a meio da brancura...»
Pedro Homem de Mello. Poesias Escolhidas. Imprensa Nacional-Casa da Moeda, Lisboa, 1983., p. 193
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«Caiu-me a noite no peito.
Disse-lhe adeus. Era tarde.
Estava o sonho desfeito!»
Pedro Homem de Mello. Poesias Escolhidas. Imprensa Nacional-Casa da Moeda, Lisboa, 1983., p. 182
Disse-lhe adeus. Era tarde.
Estava o sonho desfeito!»
Pedro Homem de Mello. Poesias Escolhidas. Imprensa Nacional-Casa da Moeda, Lisboa, 1983., p. 182
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«Dizias-me ao partir, chorando: - É cedo.»
Pedro Homem de Mello. Poesias Escolhidas. Imprensa Nacional-Casa da Moeda, Lisboa, 1983., p. 179
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«Não dizem nunca roubo, mas, esmola.
Não dizem vício e amor, mas, sofrimento.»
Pedro Homem de Mello. Poesias Escolhidas. Imprensa Nacional-Casa da Moeda, Lisboa, 1983., p. 177
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«E as nossas mãos brincavam com o lume
À beira da impaciência
E do ciúme...»
Pedro Homem de Mello. Poesias Escolhidas. Imprensa Nacional-Casa da Moeda, Lisboa, 1983., p. 164
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«Saudades o que são? São cinzas frias
Que foram fogo e luz no coração;»
Anrique Paço D' Arcos. Poesias Completas. 2.ª Edição. Imprensa Nacional-Casa da Moeda, Lisboa, 2006., p.
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«Fui pedir um sonho ao jardim dos mortos.»
Pedro Homem de Mello. Poesias Escolhidas. Imprensa Nacional-Casa da Moeda, Lisboa, 1983., p. 66
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«E havia um cristal no vento
E havia um cristal no mar.
E havia no pensamento
Uma flor por esfolhar...»
Pedro Homem de Mello. Poesias Escolhidas. Imprensa Nacional-Casa da Moeda, Lisboa, 1983., p. 56
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«Tive presságios de adeus.»
Pedro Homem de Mello. Poesias Escolhidas. Imprensa Nacional-Casa da Moeda, Lisboa, 1983., p. 42
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QUANDO O VENTO
DOBROU TODO O SALGUEIRO...
Quando o vento dobrou todo o salgueiro
E as folhas caíram sobre o tanque
Disseste-me em segredo:
- A vida é como as folhas
E a morte como as águas!
Depois, à nossa frente,
Um pássaro cortou com o seu voo azul
Os caminhos do vento.
E tu disseste ainda:
-O amor é como as aves...
Mas quando aquele pássaro, ferido
Já não sei por que bala,
Veio cair no tanque,
Mais negros e mais fundos os teus olhos
Prenderam-se nos meus!
E não disseste nada...
Pedro Homem de Mello. Poesias Escolhidas. Imprensa Nacional-Casa da Moeda, Lisboa, 1983., p. 35
DOBROU TODO O SALGUEIRO...
Quando o vento dobrou todo o salgueiro
E as folhas caíram sobre o tanque
Disseste-me em segredo:
- A vida é como as folhas
E a morte como as águas!
Depois, à nossa frente,
Um pássaro cortou com o seu voo azul
Os caminhos do vento.
E tu disseste ainda:
-O amor é como as aves...
Mas quando aquele pássaro, ferido
Já não sei por que bala,
Veio cair no tanque,
Mais negros e mais fundos os teus olhos
Prenderam-se nos meus!
E não disseste nada...
Pedro Homem de Mello. Poesias Escolhidas. Imprensa Nacional-Casa da Moeda, Lisboa, 1983., p. 35
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«De tanto pensar na morte
Mais de cem vezes morri.»
Pedro Homem de Mello. Poesias Escolhidas. Imprensa Nacional-Casa da Moeda, Lisboa, 1983
Mais de cem vezes morri.»
Pedro Homem de Mello. Poesias Escolhidas. Imprensa Nacional-Casa da Moeda, Lisboa, 1983
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«...Compreendi então que nunca mais
a poderia deixar quando me beijou
pela primeira vez e a sua boca sabia a
esperma ainda fresco»
Jorge de Sousa Braga. O Poeta Nu. Fenda Edições, 1991., p. 71
a poderia deixar quando me beijou
pela primeira vez e a sua boca sabia a
esperma ainda fresco»
Jorge de Sousa Braga. O Poeta Nu. Fenda Edições, 1991., p. 71
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A LUA E MARILYN
(...)
«Gostaria de me encontrar depois contigo num dos
manicómios desta cidade (há vários e vai ser
difícil escolher)
Talvez nos pudéssemos dedicar aí a cultivar rosas
amarelas e fragantes
nos jardins da nossa inconsistência.»
Jorge de Sousa Braga. O POETA NU. Fenda Edições, 1991., p. 63
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DOUGLAS MORRISON
JAMES
1943-1971
cogumelos vermelhos com pintas brancas cresciam
livremente sobre a sepultura
estava inchado mas os seus olhos perdidos algures no
Pacífico
conservavam o mesmo brilho de sempre
Instalei-me o melhor que pude tinha chovido há
pouco e a relva estava molhada
Premi o botão do gravador e
fiz-lhe a primeira pergunta: - Jim
segundo a Agência Noticiosa do Paraíso ocorreram
incidentes lamentáveis durante o teu último
concerto
em Jerusalém
que te masturbaste freneticamente para cima da
assistência enquanto entoavas um salmo do
Antigo Testamento
-O espectador é um animal agonizante-
comentou -
foi uma reacção contra o onanismo de Deus
-O que é a loucura Jim?
-É teres-te esquecido da mala de viagem no útero
da tua mãe
e quereres voltar atrás para a recuperar
ou semeares arroz nas planícies dos teus olhos quando
já não há lágrimas para chorar
Passei então a explorar
a sua infância em Melbourne na Florida os tempos
do Whiskey a Go-Go em Los Angeles
as suas ligações mal conhecidas com o profeta Isaías
-Jim a como está o grama de marijuana no Paraíso?
-A um dólar e dez cents - disse ele.
-Jim uma última pergunta
Que sentido faz um poeta depois de morto? ... -
Não cheguei a ouvir a sua resposta porque entretanto
acordei
estava deitado na minha cama os primeiros raios de
sol penetravam como que a medo pelas frin-
chas das persianas
um pássaro cantava no telhado
Jorge de Sousa Braga. O POETA NU. Fenda Edições, 1991., p. 51/2
JAMES
1943-1971
cogumelos vermelhos com pintas brancas cresciam
livremente sobre a sepultura
estava inchado mas os seus olhos perdidos algures no
Pacífico
conservavam o mesmo brilho de sempre
Instalei-me o melhor que pude tinha chovido há
pouco e a relva estava molhada
Premi o botão do gravador e
fiz-lhe a primeira pergunta: - Jim
segundo a Agência Noticiosa do Paraíso ocorreram
incidentes lamentáveis durante o teu último
concerto
em Jerusalém
que te masturbaste freneticamente para cima da
assistência enquanto entoavas um salmo do
Antigo Testamento
-O espectador é um animal agonizante-
comentou -
foi uma reacção contra o onanismo de Deus
-O que é a loucura Jim?
-É teres-te esquecido da mala de viagem no útero
da tua mãe
e quereres voltar atrás para a recuperar
ou semeares arroz nas planícies dos teus olhos quando
já não há lágrimas para chorar
Passei então a explorar
a sua infância em Melbourne na Florida os tempos
do Whiskey a Go-Go em Los Angeles
as suas ligações mal conhecidas com o profeta Isaías
-Jim a como está o grama de marijuana no Paraíso?
-A um dólar e dez cents - disse ele.
-Jim uma última pergunta
Que sentido faz um poeta depois de morto? ... -
Não cheguei a ouvir a sua resposta porque entretanto
acordei
estava deitado na minha cama os primeiros raios de
sol penetravam como que a medo pelas frin-
chas das persianas
um pássaro cantava no telhado
Jorge de Sousa Braga. O POETA NU. Fenda Edições, 1991., p. 51/2
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«Eu sou a má consciência do meu século. Tenho a
cabeça cheia de ratos e não consigo ver-me livre
deles. Nenhum raticida (o trigo roxo inclusive) se
revelou ainda eficaz.»
Jorge de Sousa Braga. O POETA NU. Fenda Edições, 1991., p. 50
cabeça cheia de ratos e não consigo ver-me livre
deles. Nenhum raticida (o trigo roxo inclusive) se
revelou ainda eficaz.»
Jorge de Sousa Braga. O POETA NU. Fenda Edições, 1991., p. 50
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«A não ser que se tomem as devidas providências
dentro em breve será celebrada na catedral de S.
Marcos a primeira missa submarina para alguns
cardumes de peixes boquiabertos.»
Jorge de Sousa Braga. O POETA NU. Fenda Edições, 1991., p. 48
dentro em breve será celebrada na catedral de S.
Marcos a primeira missa submarina para alguns
cardumes de peixes boquiabertos.»
Jorge de Sousa Braga. O POETA NU. Fenda Edições, 1991., p. 48
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«& a visão da primeira bomba no céu de Hiroshima:
fez-me crescer momentâneamente a água na boca
assim como à milhares de apreciadores de cogumelos.»
Jorge de Sousa Braga. O POETA NU. Fenda Edições, 1991., p. 44
fez-me crescer momentâneamente a água na boca
assim como à milhares de apreciadores de cogumelos.»
Jorge de Sousa Braga. O POETA NU. Fenda Edições, 1991., p. 44
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«Era quase tão bela como a Vénus de Milo. Um dia,
cortou os braços a sangue frio.
Jorge de Sousa Braga. O Poeta Nu. Fenda Edições, 1991., p. 36
cortou os braços a sangue frio.
Jorge de Sousa Braga. O Poeta Nu. Fenda Edições, 1991., p. 36
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Um tufão chamado Marilyn varreu recentemente uma
das ilhas do Japão, tendo deixado um rasto de inúme-
ros cabelos loiros presos nas árvores.
Jorge de Sousa Braga. O Poeta Nu. Fenda Edições, 1991., p. 32
das ilhas do Japão, tendo deixado um rasto de inúme-
ros cabelos loiros presos nas árvores.
Jorge de Sousa Braga. O Poeta Nu. Fenda Edições, 1991., p. 32
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HOMENAGEM AOS MORTOS DA GRANDE
GUERRA
Uns caíram porque não tinham pernas
Outros caíram porque foram empurrados
Outros ainda caíram porque tinham que cair
Eu cheguei atrasado como sempre
(quase duas décadas depois)
e só tive tempo para enxugar os olhos
Jorge de Sousa Braga. O Poeta Nu. Fenda Edições, 1991., p. 21
GUERRA
Uns caíram porque não tinham pernas
Outros caíram porque foram empurrados
Outros ainda caíram porque tinham que cair
Eu cheguei atrasado como sempre
(quase duas décadas depois)
e só tive tempo para enxugar os olhos
Jorge de Sousa Braga. O Poeta Nu. Fenda Edições, 1991., p. 21
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DE MANHÃ VAMOS TODOS ACORDAR COM
UMA PÉROLA NO CU
Jorge de Sousa Braga. O Poeta Nu. Fenda Edições, 1991.,
UMA PÉROLA NO CU
Jorge de Sousa Braga. O Poeta Nu. Fenda Edições, 1991.,
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«Nem a tristeza
Me pesa
Se te encontras a meu lado.»
José Régio. Música Ligeira. Volume Póstumo. Portugália Editora. 1ª edição: 1970. p. 55
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tela
Calam-se as vozes, pensam-se saudades.
José Manuel Capêlo. corpo-terra. Trelivro, Lisboa, 1982., p. 75
José Manuel Capêlo. corpo-terra. Trelivro, Lisboa, 1982., p. 75
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«Não precisavas de mais nada
a não ser
os necessários comprimidos
que te aguentavam o coração
ou, todos os amigos
de que precisavas e não vinham
ou, o grande amor que há dentro
da tua alma refugiada no pano de pó.»
José Manuel Capêlo. corpo-terra. Trelivro, Lisboa, 1982., p. 61
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em times square
Rasgaram-se as rosas
no encadeado dos dedos
bem como o apetite
de quem tem raiva nos olhos...
Parti à procura da luz
que vinha do sexo
(por onde me debruçava)
acabando por encontrar a
tua face
enamorada de outras rugas!
Times Square
não tinha mudado de sítio
nem tão pouco
as mãos dos pobres
que se estendiam a cada canto.
Quando plenamente te ris-te
compreendi que tinha
outro céu
à minha frente...
22.Outubro.1981
Lisboa/Portugal
José Manuel Capêlo. corpo-terra. Trelivro, Lisboa, 1982., p. 56
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«Puxo de vários cigarros e fumo-os avidamente.
No meio deles, reparo
há metade do meu vazio
como no choro de uma criança
que não tivesse lágrimas
como nas badaladas dum sino
que não tivesse horas.»
José Manuel Capêlo. corpo-terra. Trelivro, Lisboa, 1982., p. 20
No meio deles, reparo
há metade do meu vazio
como no choro de uma criança
que não tivesse lágrimas
como nas badaladas dum sino
que não tivesse horas.»
José Manuel Capêlo. corpo-terra. Trelivro, Lisboa, 1982., p. 20
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«Se me dói o ventre de não amar.»
Ana Maria Botelho. Céu de Linho. Sociedade de Expansão Cultural, Lisboa, 1972.p 89
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FOI UM BURBURINHO NA CIDADE
NINGUÉM TINHA PÃO PARA A CRIANÇA
QUE QUERIA MAIS PÃO
O jornal dias depois
divulgou a notícia:
Ana Maria Botelho. Céu de Linho. Sociedade de Expansão Cultural, Lisboa, 1972., p. 83
NINGUÉM TINHA PÃO PARA A CRIANÇA
QUE QUERIA MAIS PÃO
O jornal dias depois
divulgou a notícia:
«Encontradas misteriosamente mortas, uma mulher e uma criança num quarto alugado de um terceiro andar da Avenida Almirante Reis. Estavam trancadas as portas. A Senhora Fulana de Tal moradora no segundo andar do mesmo prédio, deu pelo triste sucesso, ao atender de manhã no patamar da escada o padeiro, por sentir um cheiro nauseoso que vinha de cima. Preveniu imediatamente a esquadra. O Chefe Tal está procedendo a investigação para esclarecer a origem deste acto tão desumano e tresloucado.»
Ana Maria Botelho. Céu de Linho. Sociedade de Expansão Cultural, Lisboa, 1972., p. 83
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«Gemer não vale a pena
traz saudades»
Ana Maria Botelho. Céu de Linho. Sociedade de Expansão Cultural, Lisboa, 1972.p. 67
traz saudades»
Ana Maria Botelho. Céu de Linho. Sociedade de Expansão Cultural, Lisboa, 1972.p. 67
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«Hoje não senti
O frio da minha alma.»
Ana Maria Botelho. Céu de Linho. Sociedade de Expansão Cultural, Lisboa, 1972.p 33
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A MINHA POEIRA AO VENTO
Ana Maria Botelho. Céu de Linho. Sociedade de Expansão Cultural, Lisboa, 1972.
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sexta-feira, 28 de agosto de 2015
«Olhou por cima do ombro para a hóstia branca da Lua que vogava na poeira revolvida pelo vento.»
John Steinbeck. A um deus desconhecido. Tradução de Manuel do Carmo. Publicações Europa-América., p. 220
John Steinbeck. A um deus desconhecido. Tradução de Manuel do Carmo. Publicações Europa-América., p. 220
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«A Lua, duma frialdade de pedra, subiu ao céu e seguiu Joseph.»
John Steinbeck. A um deus desconhecido. Tradução de Manuel do Carmo. Publicações Europa-América., p. 219
John Steinbeck. A um deus desconhecido. Tradução de Manuel do Carmo. Publicações Europa-América., p. 219
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«O seu espírito era como uma estrada poeirenta»
John Steinbeck. A um deus desconhecido. Tradução de Manuel do Carmo. Publicações Europa-América., p. 202
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''longas linhas ziguezagueantes''
John Steinbeck. A um deus desconhecido. Tradução de Manuel do Carmo. Publicações Europa-América., p. 201
«Caminhava na direcção que a memória lhe indicava.»
John Steinbeck. A um deus desconhecido. Tradução de Manuel do Carmo. Publicações Europa-América., p. 199
John Steinbeck. A um deus desconhecido. Tradução de Manuel do Carmo. Publicações Europa-América., p. 199
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''Temos de utilizar a água para proteger o coração (...)''
John Steinbeck. A um deus desconhecido. Tradução de Manuel do Carmo. Publicações Europa-América., p. 199
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«Porque será que a terra parece vingativa, agora, que está morta?»
John Steinbeck. A um deus desconhecido. Tradução de Manuel do Carmo. Publicações Europa-América., p. 198
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«Lançou água sobre as cicatrizes deixadas pelos pés de Elizabeth ao escorregar.»
John Steinbeck. A um deus desconhecido. Tradução de Manuel do Carmo. Publicações Europa-América., p. 198
John Steinbeck. A um deus desconhecido. Tradução de Manuel do Carmo. Publicações Europa-América., p. 198
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«A camisa escurecia-lhe com a transpiração.»
John Steinbeck. A um deus desconhecido. Tradução de Manuel do Carmo. Publicações Europa-América., p. 197
John Steinbeck. A um deus desconhecido. Tradução de Manuel do Carmo. Publicações Europa-América., p. 197
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''Os seus olhos seguiram as cicatrizes da água (...)''
John Steinbeck. A um deus desconhecido. Tradução de Manuel do Carmo. Publicações Europa-América., p. 197
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FRANCISCO DUARTE MANGAS acerca de CESARE PAVESE
«A memória da luta parece infinita. Tecida na mais íntima matéria perecível, tão frágil, afinal, é de verdade. Sempre que releio Pavese, paro nas colinas: vício absurdo, eu sei.»
[Virá a Morte e Terá os Teus Olhos]
Tu não sabes as colinas
onde se derramou o sangue.
Todos nós fugimos
todos nós largámos
a arma e o nome. Uma mulher
olhava para nós quando fugíamos.
De nós só um
parou de punho cerrado,
olhou para o céu vazio,
inclinou a cabeça e morreu
contra o muro, em silêncio.
Agora é um trapo de sangue
e um nome. Uma mulher
espera-nos nas colinas.
[Virá a Morte e Terá os Teus Olhos]
Tu não sabes as colinas
onde se derramou o sangue.
Todos nós fugimos
todos nós largámos
a arma e o nome. Uma mulher
olhava para nós quando fugíamos.
De nós só um
parou de punho cerrado,
olhou para o céu vazio,
inclinou a cabeça e morreu
contra o muro, em silêncio.
Agora é um trapo de sangue
e um nome. Uma mulher
espera-nos nas colinas.
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A fome apátrida das aves
livro de Francisco Duarte Mangas
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