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quinta-feira, 10 de outubro de 2024

“Tenho muitas alegrias através da cor preta. Às vezes, por isso, é como se fosse encarnado.”

Amália Rodrigues

domingo, 7 de agosto de 2022

sexta-feira, 18 de março de 2022

quinta-feira, 22 de julho de 2021


 

Amália Rodrigues: Erros meus

 



Erros meus, má fortuna amor ardente
Em minha perdição se conjuraram
Os erros e a fortuna sobejaram
Que para mim bastava amor somente
Os erros e a fortuna sobejaram
Que para mim bastava amor somente
Tudo passei, mas tenho tão presente
A grande dor das coisas que passaram
Que as magoadas iras me ensinaram
A não querer já nunca ser contente
Que as magoadas iras me ensinaram
A não querer já nunca ser contente
Errei tudo o discurso dos meus anos
Dei causa a que a fortuna castigasse
As minhas mal fundadas esperanças
As minhas mal fundadas esperanças
De amor, não vi se não breves enganos
Oh, quem tanto pudesse que fartasse
Este meu duro génio de vingança
De amor, não vi se não breves enganos
Oh, quem tanto pudesse que fartasse
Este meu duro génio de vingança
Compositores: Alain Oulman / Alain Bertrand / Robert Oulman

Amália Rodrigues - Barco Negro

 


De manhã, que medo, que me achasses feia
Acordei, tremendo, deitada na areia
Mas logo os teus olhos disseram que não
E o sol penetrou no meu coração
Mas logo os teus olhos disseram que não
E o sol penetrou no meu coração
Vi depois, numa rocha, uma cruz
E o teu barco negro dançava na luz
Vi teu braço acenando, entre as velas já soltas
Dizem as velhas da praia, que não voltas
São loucas
São loucas
Eu sei, meu amor
Que nem chegaste a partir
Pois tudo, em meu redor
Me diz que estás sempre comigo
Eu sei, meu amor
Que nem chegaste a partir
Pois tudo, em meu redor
Me diz que estás sempre comigo
No vento que lança areia nos vidros
Na água que canta, no fogo mortiço
No calor do leito, nos bancos vazios
Dentro do meu peito, estás sempre comigo
No calor do leito, nos bancos vazios
Dentro do meu peito, estás sempre comigo
Ah ah ah
Eu sei, meu amor
Que nem chegaste a partir
Pois tudo, em meu redor
Me diz que estás sempre comigo
Eu sei, meu amor
Que nem chegaste a partir
Pois tudo, em meu redor
Me diz que estás sempre
Comigo
Compositores: Caco Velha / David Mourao Ferreira / David Mourao-ferreira / Piratini


 

Filme Capas Negras | Amália Rodrigues 1947

Amália Rodrigues - Não sei porque te foste embora

Não sei por que te foste embora

Não sei que mal te fiz que importa
Só sei que o dia corre e àquela hora
Não sei por que não vens bater-me à porta
Não sei se gostas de outra agora
Se eu estou ou não para ti já morta
Não sei, não sei nem me interessa
Não me sais é da cabeça
Que não vê que eu te esqueci
Não sei, não sei o que é isto
E já não gosto e não resisto
Não te quero e penso em ti
Não quero este meu querer no peito
Não quero esperar por ti, nem espero
Não quero que me queiras contrafeito
Nem quero que tu saibas que eu te quero
Depois de este meu querer desfeito
Nem quero o teu amor sincero
Não quero mais encontrar-te
Nem ouvir-te, nem falar-te
Nem sentir o teu calor
Porque eu não quero que vejas
Que este amor que não desejas
Só deseja o teu amor
Porque eu não quero que vejas
Que este amor que não desejas
Só deseja o teu amor

Compositores: Jose Galhardo / Frederico Valerio

sábado, 17 de julho de 2021

domingo, 13 de junho de 2021

domingo, 16 de maio de 2021


Amália e Celeste Rodrigues

 

segunda-feira, 29 de março de 2021

quarta-feira, 10 de março de 2021

segunda-feira, 8 de março de 2021

domingo, 7 de março de 2021


Amália Rodrigues, no filme " Ilhas Encantadas ", 1965

quinta-feira, 4 de março de 2021

quarta-feira, 3 de março de 2021

Amália Rodrigues " Ilhas Encantadas " 1965


As Ilhas Encantadas (1965)

Les Iles Enchantées

Produção Rodagem: Abr/Jun 1964

M/14

89 min

Drama  

Realização:  ·  Carlos Vilardebó

Argumento:  ·  Carlos Vilardebó  ·  José Cardoso Pires  ·  Raymond Bellour

No passado século XIX, em ilha deserta do Atlântico, dá-se o encontro entre Pierre Duchemin, jovem marinheiro dum barco francês, e Hunila, solitária desde a morte do marido, Filipe, e do irmão, que exploravam os parcos recursos da pesca à tartaruga.
Esta relação paradisíaca terá, porém, um fim e, recolhida por um veleiro português, em 1830, Hunila conta a sua história...
[Fonte: José de Matos-Cruz, O Cais do Olhar, 1999, p.129]


O mar, uma espécie de libertação | «Tenho a mania das flores, das árvores e do mar. Gosto de passear nas árvores. Não sou nada bicho da cidade, o barulho faz-me mal, psicologicamente; começo a perguntar-me onde é que tudo vai ter e sofro. Tenho tendência é para o mar. A primeira vez que fui para o mar já não era muito pequena. Nunca fui para o mar para fazer bem à saúde. Fui daquelas que foi forte… Tive as minhas cicatrizes nos pulmões, os gânglios, asma nervosa… mas curei tudo sem dar por isso. Quando ia para o mar, tinha de passar a noite de véspera a fritar peixe para o farnel. Ia-se carregado, vinha-se carregado, era uma estafa. E o mar era para mim como para as outras crianças, para brincar, fazer covas na areia. Hoje é uma espécie de libertação, um horizonte grande que se tem à frente.
Como aprendeu a gostar do mar?
Foi talvez uma necessidade… Com as flores é diferente, sempre gostei. Agora encho a casa de flores, de todas as qualidades, vou à praça e apetece-me comprar as flores todas. As minhas irmãs até me chamam o “tilim das flores”. Quando me dão uma prenda, um cinzeiro ou uns chinelos de quarto, dizem sempre, “Toma lá isto para pores flores”. Mas a tentação do mar só veio mais tarde, penso que por necessidade. E costumo dizer: “Deus deu-me um lugar bom para morrer”.»

 R&T [Rádio & Televisãoespectáculos, «Amália: “Globetrotter do fado”», 2 de Setembro de 1972, entrevista por Regina Louro, fotografias por Corrêa dos Santos.

 

Fonte da Publicação: ver aqui.

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