«A memória da luta parece infinita. Tecida na mais íntima matéria perecível, tão frágil, afinal, é de verdade. Sempre que releio Pavese, paro nas colinas: vício absurdo, eu sei.»
[Virá a Morte e Terá os Teus Olhos]
Tu não sabes as colinas
onde se derramou o sangue.
Todos nós fugimos
todos nós largámos
a arma e o nome. Uma mulher
olhava para nós quando fugíamos.
De nós só um
parou de punho cerrado,
olhou para o céu vazio,
inclinou a cabeça e morreu
contra o muro, em silêncio.
Agora é um trapo de sangue
e um nome. Uma mulher
espera-nos nas colinas.
Mostrar mensagens com a etiqueta Francisco Duarte Mangas. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Francisco Duarte Mangas. Mostrar todas as mensagens
sexta-feira, 28 de agosto de 2015
A fome apátrida das aves
livro de Francisco Duarte Mangas
Etiquetas:
Francisco Duarte Mangas,
livros de poesia,
poetas portugueses,
títulos
Subscrever:
Mensagens (Atom)