O tempo da Saudade é, portanto, um tempo sem passado, sem presente e sem futuro, a sua vivência, dando-se ao nível da consciência, anula a importância de qualquer marcação de duração de extensão. Diríamos, pois, que a extensão da Saudade é puramente temporal, e que essa temporalidade é a experiência imediata do confronto com a irreversibilidade como verdade.
Noronha, Maria Teresa de (2007) A SAUDADE: Contribuições fenomenológicas, lógicas e ontológicas. Lisboa: Imprensa Nacional Casa da Moeda., p. 203