«Helena tornou-se um grito de amor que atravessa os séculos, acorda em cada homem o desejo do beijo e da perpetuidade, e metamorfoseia em Helena a mais insignificante mulher que tivermos nos braços.»
Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 153
Mostrar mensagens com a etiqueta Helena de Tróia. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Helena de Tróia. Mostrar todas as mensagens
segunda-feira, 7 de setembro de 2015
segunda-feira, 22 de julho de 2013
«HELENA - Chega! Mas como tu és cansativo! Que cansativos se tornaram todos os homens desta terra, desde os reis ao mais enlouquecido vagabundo! A falta que lhes faz a guerra! O mais parecido que agora acharam para se entreterem é insultarem as mulheres!»
Hélia Correia. O Rancor. Exercício sobre Helena. Relógio D'Água Editores, Lisboa, 2000., p. 64/5
domingo, 21 de julho de 2013
Somente as inocentes enlouquecem.
« HELENA (insistindo) - Veio agarrado a mim todo este sangue, escorreu-me pelas pernas à medida que eu ia caminhando. Olha ali, olha, a marca de uma sandália minha. Está o meu rasto a sangue em toda a parte.
ETRA - Estás a ver tanto sangue como eu. Helena, pára. Só estou eu aqui. Já não caio nessa história há muito tempo.
HELENA (parando, olha para Etra como uma criança) - O sangue está em toda a parte. Em toda a parte. Nunca mais deixa de escorrer por mim abaixo.
ETRA - Ela e as suas grandes atitudes! Imitas muito bem as loucas, querida. Mas não conseguirás enlouquecer. Somente as inocentes enlouquecem. (Tira-lhe o balde com violência)
Hélia Correia. O Rancor. Exercício sobre Helena. Relógio D'Água Editores, Lisboa, 2000., p. 48
ETRA - Estás a ver tanto sangue como eu. Helena, pára. Só estou eu aqui. Já não caio nessa história há muito tempo.
HELENA (parando, olha para Etra como uma criança) - O sangue está em toda a parte. Em toda a parte. Nunca mais deixa de escorrer por mim abaixo.
ETRA - Ela e as suas grandes atitudes! Imitas muito bem as loucas, querida. Mas não conseguirás enlouquecer. Somente as inocentes enlouquecem. (Tira-lhe o balde com violência)
Hélia Correia. O Rancor. Exercício sobre Helena. Relógio D'Água Editores, Lisboa, 2000., p. 48
(...) Pirro agride e domina Helena, numa ambiguidade de intenções
PIRRO - O meu pai! O meu pai não é para aqui chamado. Julgas que não se sabe que também ele te desejou que nem um doido? Tu porque não o aceitaste, tu, que dormiste com todo o cão vadio?
HELENA - Deixa-me. Que queres tu? Fazer-me medo? Se é o medo que tu amas, nunca, mas nunca, ouviste? o verás nos meus olhos.»
Hélia Correia. O Rancor. Exercício sobre Helena. Relógio D'Água Editores, Lisboa, 2000., p. 46
PIRRO - O meu pai! O meu pai não é para aqui chamado. Julgas que não se sabe que também ele te desejou que nem um doido? Tu porque não o aceitaste, tu, que dormiste com todo o cão vadio?
HELENA - Deixa-me. Que queres tu? Fazer-me medo? Se é o medo que tu amas, nunca, mas nunca, ouviste? o verás nos meus olhos.»
Hélia Correia. O Rancor. Exercício sobre Helena. Relógio D'Água Editores, Lisboa, 2000., p. 46
(...)
«HELENA - Eu tinha de fazer qualquer coisa...
HERMÍONE - Estraçalhar maridos é um bom passatempo.
PIRRO - Minha mulher Hermíone tem carácter. Sai à mãe.
ETRA - Se é carácter andar de uma cama para a outra...
HELENA - Que dizes?
ETRA - Nada, Helena. Orava aos deuses. Para que entre nós a paz não seja breve e esta doméstica alegria se prolongue pelos restantes dias da nossa vida.»
Hélia Correia. O Rancor. Exercício sobre Helena. Relógio D'Água Editores, Lisboa, 2000., p. 23
«HELENA - Eu tinha de fazer qualquer coisa...
HERMÍONE - Estraçalhar maridos é um bom passatempo.
PIRRO - Minha mulher Hermíone tem carácter. Sai à mãe.
ETRA - Se é carácter andar de uma cama para a outra...
HELENA - Que dizes?
ETRA - Nada, Helena. Orava aos deuses. Para que entre nós a paz não seja breve e esta doméstica alegria se prolongue pelos restantes dias da nossa vida.»
Hélia Correia. O Rancor. Exercício sobre Helena. Relógio D'Água Editores, Lisboa, 2000., p. 23
sábado, 15 de janeiro de 2011
«Alexandre era também o nome que Homero deu a Páris, filho de Príamo, que raptou Helena de Tróia. Páris tinha-se enamorado de Enon, uma ninfa, antes de conhecer Helena; ferido durante o cerco de Tróia, foi conduzido a Enon, a única que podia curar-lhe as feridas, mas que, por despeito e ciúme, o deixou morrer, suicidando-se de seguida sobre o cadáver do amado.»
Etiquetas:
Enon,
Helena de Tróia,
Homero,
Mitologia Grega,
Páris
FAUSTO - Foi este o rosto que lançou ao mar mil barcos
E às imensas torres de Tróia lançou fogo?
Faz-me imortal com um beijo, doce Helena.
Sugam-me a alma os lábios dela: vede onde voa.
Aqui quero viver, que o Céu está nestes lábios,
E tudo é impuro o que não é Helena.
Christopher Marlowe. Doutor Fausto. Edição Bilingue. Publicações Europa-América, 2003., p.133
E às imensas torres de Tróia lançou fogo?
Faz-me imortal com um beijo, doce Helena.
Sugam-me a alma os lábios dela: vede onde voa.
Aqui quero viver, que o Céu está nestes lábios,
E tudo é impuro o que não é Helena.
Christopher Marlowe. Doutor Fausto. Edição Bilingue. Publicações Europa-América, 2003., p.133
Etiquetas:
autores ingleses,
Christopher Marlowe,
excerto,
Helena de Tróia
quarta-feira, 23 de junho de 2010
«(...)Fausto, perante a irreversibilidade (certamente que modalizada) de seu destino, face ao que Lacan chamaria de “segunda morte”, busca na beleza de uma mulher suporte para a sua angústia. E assim surge Helena de Tróia, personagem da Ilíada, comparada ao Paraíso perdido, como aquela que é capaz de devolver a alma de Fausto.
Foi este o rosto que lançou ao mar mil barcos
E às imensas torres de Tróia lançou fogo?
Faz-me imortal com um beijo, doce Helena.
Sugam-me a alma os lábios dela: vede onde voa.
Vem, Helena, vem devolver-me a alma!
Aqui quero viver, que o Céu está nestes lábios,
E tudo é impuro o que não é Helena
MARLOWE, C. (1987), p. 133.
Aristides Alonso. A queda para o alto: o Fausto de Marlowe. Comum - Rio de Janeiro - v.9 - nº 22 - p. 39 a 55 - janeiro / junho 2004.
Etiquetas:
artigos literários,
Fausto,
Helena de Tróia,
Marlowe
Subscrever:
Mensagens (Atom)