(...) Pirro agride e domina Helena, numa ambiguidade de intenções
PIRRO - O meu pai! O meu pai não é para aqui chamado. Julgas que não se sabe que também ele te desejou que nem um doido? Tu porque não o aceitaste, tu, que dormiste com todo o cão vadio?
HELENA - Deixa-me. Que queres tu? Fazer-me medo? Se é o medo que tu amas, nunca, mas nunca, ouviste? o verás nos meus olhos.»
Hélia Correia. O Rancor. Exercício sobre Helena. Relógio D'Água Editores, Lisboa, 2000., p. 46