quinta-feira, 24 de agosto de 2017
terça-feira, 22 de agosto de 2017
'' os órgãos sexuais que os seres humanos passeiam sob as roupas''
Marguerite Yourcenar. Mishima ou a Visão do Vazio. Relógio D'Água, 1ª edição, Lisboa., p. 68
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''A busca do amor roça a busca do infinito''
Marguerite Yourcenar. Mishima ou a Visão do Vazio. Relógio D'Água, 1ª edição, Lisboa., p. 67
«E, no entanto, o nível de desgosto e da sensação de vazio ia subindo, um vazio que ainda não era o Vazio perfeito do jardim da abadessa, mas o vazio de toda a vida, fracassada ou conseguida, ou ao mesmo tempo uma coisa e outra.»
Marguerite Yourcenar. Mishima ou a Visão do Vazio. Relógio D'Água, 1ª edição, Lisboa., p. 65
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vazio
«A sua vida tinha conhecido outros desaires.»
Marguerite Yourcenar. Mishima ou a Visão do Vazio. Relógio D'Água, 1ª edição, Lisboa., p. 64
''ingenuamente ávido de honras''
Marguerite Yourcenar. Mishima ou a Visão do Vazio. Relógio D'Água, 1ª edição, Lisboa., p. 63
a atracção pela morte é frequente nos seres ávidos de vida
«O que nos interessa é ver por que caminhos o Mishima brilhante, adulado, ou, o que acaba por resultar no mesmo, detestado pelas suas provocações e o seu êxito, se tornou, pouco a pouco, um homem determinado a morrer. De facto, uma tal pesquisa é parcialmente vã: a atracção pela morte é frequente nos seres ávidos de vida;»
Marguerite Yourcenar. Mishima ou a Visão do Vazio. Relógio D'Água, 1ª edição, Lisboa., p. 63
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« - Cada um de nós deve decidir de acordo com o seu coração, diz a abadessa.»
Marguerite Yourcenar. Mishima ou a Visão do Vazio. Relógio D'Água, 1ª edição, Lisboa., p. 61
A memória é um espelho de fantasmas.
« - A memória é um espelho de fantasmas. Às vezes mostra objectos demasiado longínquos para poderem ser vistos e outras faz com que pareçam muito próximos.»
Marguerite Yourcenar. Mishima ou a Visão do Vazio. Relógio D'Água, 1ª edição, Lisboa., p. 61
Marguerite Yourcenar. Mishima ou a Visão do Vazio. Relógio D'Água, 1ª edição, Lisboa., p. 61
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«Toru é um monstro, que a inumana inteligência torna ainda mais monstruoso. Este robot criado por uma sociedade mecanizada vai aproveitar a oportunidade. Estuda, apesar de não ter qualquer gosto em aprender.»
Marguerite Yourcenar. Mishima ou a Visão do Vazio. Relógio D'Água, 1ª edição, Lisboa., p. 56
Marguerite Yourcenar. Mishima ou a Visão do Vazio. Relógio D'Água, 1ª edição, Lisboa., p. 56
''saleiro entornado''
Marguerite Yourcenar. Mishima ou a Visão do Vazio. Relógio D'Água, 1ª edição, Lisboa., p. 44
«Já houve demasiados adeuses.»
«Não é apenas ao seu amante que ela renuncia, mas a si própria. «Já houve demasiados adeuses.»
Marguerite Yourcenar. Mishima ou a Visão do Vazio. Relógio D'Água, 1ª edição, Lisboa., p. 42
Marguerite Yourcenar. Mishima ou a Visão do Vazio. Relógio D'Água, 1ª edição, Lisboa., p. 42
A insipidez da vida social e mundana
«A insipidez da vida social e mundana é tal que o autor não precisa de fazer o esforço, tradicional em França, e constante em Proust, de o condimentar com humor e ironia. A sua total insipidez redu-la, de certo modo, a nada.»
Marguerite Yourcenar. Mishima ou a Visão do Vazio. Relógio D'Água, 1ª edição, Lisboa., p. 41
Marguerite Yourcenar. Mishima ou a Visão do Vazio. Relógio D'Água, 1ª edição, Lisboa., p. 41
«Mais tarde, quando Kioyashi, depois de um ballet de hesitações, de esquivas e mentiras, deseja quase sacrilegamente esta rapariga, agora noiva de um príncipe imperial, é num local quase mágico que ela se lhe entrega, numa confusão de tecidos revolvidos e cintas desenroladas pelo chão.»
Marguerite Yourcenar. Mishima ou a Visão do Vazio. Relógio D'Água, 1ª edição, Lisboa., p. 40
«Não é raro que um grande escritor (a correspondência de Thomas Mann com o erudito Karl Kerenyi é disso prova) se lance sobre os manuais para construir os andaimes da estrutura básica da sua obra.»
Marguerite Yourcenar. Mishima ou a Visão do Vazio. Relógio D'Água, 1ª edição, Lisboa., p. 37
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segunda-feira, 21 de agosto de 2017
É IMPRÓPRIO SER FAMOSO
É impróprio ser famoso
Pois não é isso que eleva.
E não vale a pena ter arquivos
Nem perder tempo com manuscritos velhos.
O caminho da criação é a entrega total
E não fazer barulho ou ter sucesso.
Infelizmente, nada significa
Como uma alegoria andar de boca em boca.
Mas é preciso viver sem pretensões,
Viver de tal modo que no fim de contas
Venha até nós um amor ideal
E ouçamos o apelo dos anos que hão-de vir.
O que é preciso é rever
É o destino, não antigos papéis;
Lugares e capítulos de uma vida inteira
Anotar ou emendar.
E mergulhar no anonimato,
E ocultar nele os nossos passos,
Como foge a paisagem na neblina
Em plena escuridão.
Que outros nesse rasto vivo
Seguirão o teu caminho passo a passo,
Mas tu próprio não deves distinguir
A derrota da vitória.
E não deves por um só instante
Recuar ou trair o que tu és,
Mas estar vivo, e só vivo,
E só vivo - até ao fim.
Boris Pasternak. Antologia da Poesia Soviética. Tradução directa do russo, selecção, prefácio e notas de Manuel de Seabra. Editorial Futura., Lisboa, 1973., p. 97/8
Pois não é isso que eleva.
E não vale a pena ter arquivos
Nem perder tempo com manuscritos velhos.
O caminho da criação é a entrega total
E não fazer barulho ou ter sucesso.
Infelizmente, nada significa
Como uma alegoria andar de boca em boca.
Mas é preciso viver sem pretensões,
Viver de tal modo que no fim de contas
Venha até nós um amor ideal
E ouçamos o apelo dos anos que hão-de vir.
O que é preciso é rever
É o destino, não antigos papéis;
Lugares e capítulos de uma vida inteira
Anotar ou emendar.
E mergulhar no anonimato,
E ocultar nele os nossos passos,
Como foge a paisagem na neblina
Em plena escuridão.
Que outros nesse rasto vivo
Seguirão o teu caminho passo a passo,
Mas tu próprio não deves distinguir
A derrota da vitória.
E não deves por um só instante
Recuar ou trair o que tu és,
Mas estar vivo, e só vivo,
E só vivo - até ao fim.
Boris Pasternak. Antologia da Poesia Soviética. Tradução directa do russo, selecção, prefácio e notas de Manuel de Seabra. Editorial Futura., Lisboa, 1973., p. 97/8
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«Todas as datas, tudo passou:
Só resta a alma, nascida em qualquer parte.»
Marina Tsvetayeva. Antologia da Poesia Soviética. Tradução directa do russo, selecção, prefácio e notas de Manuel de Seabra. Editorial Futura., Lisboa, 1973., p. 90
Só resta a alma, nascida em qualquer parte.»
Marina Tsvetayeva. Antologia da Poesia Soviética. Tradução directa do russo, selecção, prefácio e notas de Manuel de Seabra. Editorial Futura., Lisboa, 1973., p. 90
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''Sou a tua andorinha, a tua Psique!''
Marina Tsvetayeva. Antologia da Poesia Soviética. Tradução directa do russo, selecção, prefácio e notas de Manuel de Seabra. Editorial Futura., Lisboa, 1973., p. 88
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Misericórdia
Santo Agostinho
"O que é a misericórdia? Não é outra coisa senão carregar no coração um pouco da miséria [do outro]. "O que é a misericórdia? Não é outra coisa senão carregar no coração um pouco da miséria [do outro]. A palavra "misericórdia" deriva da dor pelo "mísero". Miséria e coração: ambas as palavras estão contidas naquele termo. Quando o teu coração é tocado e atingido pela miséria do outro, então isso é a misericórdia"
domingo, 20 de agosto de 2017
“Ama-se por memória”
Álvaro de Campos (Fernando Pessoa)
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Fernando Pessoa / heterónimos,
sobre o amor
Poema de canção sobre a esperança
I
I
Dá-me lírios, lírios,
E rosas também.
Mas se não tens lírios
Nem rosas a dar-me,
Tem vontade ao menos
De me dar os lírios
E também as rosas.
Basta-me a vontade,
Que tens, se a tiveres,
De me dar os lírios
E as rosas também,
E terei os lírios —
Os melhores lírios —
E as melhores rosas
Sem receber nada.
A não ser a prenda
Da tua vontade
De me dares lírios
E rosas também.
E rosas também.
Mas se não tens lírios
Nem rosas a dar-me,
Tem vontade ao menos
De me dar os lírios
E também as rosas.
Basta-me a vontade,
Que tens, se a tiveres,
De me dar os lírios
E as rosas também,
E terei os lírios —
Os melhores lírios —
E as melhores rosas
Sem receber nada.
A não ser a prenda
Da tua vontade
De me dares lírios
E rosas também.
II
Usas um vestido
Que é uma lembrança
Para o meu coração.
Usou-o outrora
Alguém que me ficou
Lembrada sem vista.
Tudo na vida
Se faz por recordações.
Ama-se por memória.
Certa mulher faz-nos ternura
Por um gesto que lembra a nossa mãe.
Certa rapariga faz-nos alegria
Por falar como a nossa irmã.
Certa criança arranca-nos da desatenção
Porque amámos uma mulher parecida com ela
Quando éramos jovens e não lhe falávamos.
Tudo é assim, mais ou menos,
O coração anda aos trambulhões.
Viver é desencontrar-se consigo mesmo.
No fim de tudo, se tiver sono, dormirei.
Mas gostava de te encontrar e que falássemos.
Estou certo que simpatizaríamos um com o outro.
Mas se não nos encontrarmos, guardarei o momento
Em que pensei que nos poderíamos encontrar.
Guardo tudo,
(Guardo as cartas que me escrevem,
Guardo até as cartas que não me escrevem —
Santo Deus, a gente guarda tudo mesmo que não queira,
E o teu vestido azulinho, meu Deus, se eu te pudesse atrair
Através dele até mim!
Enfim, tudo pode ser…
És tão nova — tão jovem, como diria o Ricardo Reis —
E a minha visão de ti explode literariamente,
E deito-me para trás na praia e rio como um elemental inferior,
Arre, sentir cansa, e a vida é quente quando o sol está alto.
Boa noite na Austrália!
Que é uma lembrança
Para o meu coração.
Usou-o outrora
Alguém que me ficou
Lembrada sem vista.
Tudo na vida
Se faz por recordações.
Ama-se por memória.
Certa mulher faz-nos ternura
Por um gesto que lembra a nossa mãe.
Certa rapariga faz-nos alegria
Por falar como a nossa irmã.
Certa criança arranca-nos da desatenção
Porque amámos uma mulher parecida com ela
Quando éramos jovens e não lhe falávamos.
Tudo é assim, mais ou menos,
O coração anda aos trambulhões.
Viver é desencontrar-se consigo mesmo.
No fim de tudo, se tiver sono, dormirei.
Mas gostava de te encontrar e que falássemos.
Estou certo que simpatizaríamos um com o outro.
Mas se não nos encontrarmos, guardarei o momento
Em que pensei que nos poderíamos encontrar.
Guardo tudo,
(Guardo as cartas que me escrevem,
Guardo até as cartas que não me escrevem —
Santo Deus, a gente guarda tudo mesmo que não queira,
E o teu vestido azulinho, meu Deus, se eu te pudesse atrair
Através dele até mim!
Enfim, tudo pode ser…
És tão nova — tão jovem, como diria o Ricardo Reis —
E a minha visão de ti explode literariamente,
E deito-me para trás na praia e rio como um elemental inferior,
Arre, sentir cansa, e a vida é quente quando o sol está alto.
Boa noite na Austrália!
17-6-1929
Álvaro de Campos – Livro de Versos . Fernando Pessoa. (Edição crítica. Introdução, transcrição, organização e notas de Teresa Rita Lopes.) Lisboa: Estampa, 1993. – 106.
Álvaro de Campos – Livro de Versos . Fernando Pessoa. (Edição crítica. Introdução, transcrição, organização e notas de Teresa Rita Lopes.) Lisboa: Estampa, 1993. – 106.
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E O MEU CORAÇÃO JÁ NÃO BATE
E o meu coração já não bate
Na minha voz, de alegria e tristeza.
Acabou...E o meu canto galopa
Para a noite vazia, onde tu já não estás.
Anna Akhmatova. Antologia da Poesia Soviética. Tradução directa do russo, selecção, prefácio e notas de Manuel de Seabra. Editorial Futura., Lisboa, 1973., p. 80
Na minha voz, de alegria e tristeza.
Acabou...E o meu canto galopa
Para a noite vazia, onde tu já não estás.
Anna Akhmatova. Antologia da Poesia Soviética. Tradução directa do russo, selecção, prefácio e notas de Manuel de Seabra. Editorial Futura., Lisboa, 1973., p. 80
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sábado, 19 de agosto de 2017
terça-feira, 15 de agosto de 2017
«As cidades da morte,»
Alexei Gastev. Antologia da Poesia Soviética. Tradução directa do russo, selecção, prefácio e notas de Manuel de Seabra. Editorial Futura., Lisboa, 1973., p. 74
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ADEUS, MEU AMIGO, ADEUS
Adeus, meu amigo, adeus,
Querido amigo, que trago no coração.
A separação predestinada
Para mais tarde promete novo encontro.
Adeus, meu amigo, sem aperto de mão nem palavras,
Não lamentes e não haja dor nem pena, -
Nesta vida morrer não é nada de novo,
Mas também nada de novo é viver.
* Este poema foi encontrado junto do cadáver do poeta. Foi, sem dúvida, o seu último poema.
Velemir Khlebnikov. Antologia da Poesia Soviética. Tradução directa do russo, selecção, prefácio e notas de Manuel de Seabra. Editorial Futura., Lisboa, 1973., p. 69
Querido amigo, que trago no coração.
A separação predestinada
Para mais tarde promete novo encontro.
Adeus, meu amigo, sem aperto de mão nem palavras,
Não lamentes e não haja dor nem pena, -
Nesta vida morrer não é nada de novo,
Mas também nada de novo é viver.
* Este poema foi encontrado junto do cadáver do poeta. Foi, sem dúvida, o seu último poema.
Velemir Khlebnikov. Antologia da Poesia Soviética. Tradução directa do russo, selecção, prefácio e notas de Manuel de Seabra. Editorial Futura., Lisboa, 1973., p. 69
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«Não acordes aquele que esgotou todos os sonhos,
Não perturbes aquele que não se realizou, -
Demasiado cedo o sofrimento e o cansaço
Encheram totalmente a minha vida.»
Velemir Khlebnikov. Antologia da Poesia Soviética. Tradução directa do russo, selecção, prefácio e notas de Manuel de Seabra. Editorial Futura., Lisboa, 1973., p. 67
Não perturbes aquele que não se realizou, -
Demasiado cedo o sofrimento e o cansaço
Encheram totalmente a minha vida.»
Velemir Khlebnikov. Antologia da Poesia Soviética. Tradução directa do russo, selecção, prefácio e notas de Manuel de Seabra. Editorial Futura., Lisboa, 1973., p. 67
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«Agora já não quero sofrer mais.
É tempo de lavar o coração confuso.»
Velemir Khlebnikov. Antologia da Poesia Soviética. Tradução directa do russo, selecção, prefácio e notas de Manuel de Seabra. Editorial Futura., Lisboa, 1973., p. 65
É tempo de lavar o coração confuso.»
Velemir Khlebnikov. Antologia da Poesia Soviética. Tradução directa do russo, selecção, prefácio e notas de Manuel de Seabra. Editorial Futura., Lisboa, 1973., p. 65
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«Estou pronto a pôr a minha melhor gravata
Ao pescoço de qualquer vadio.»
Velemir Khlebnikov. Antologia da Poesia Soviética. Tradução directa do russo, selecção, prefácio e notas de Manuel de Seabra. Editorial Futura., Lisboa, 1973., p. 65
Ao pescoço de qualquer vadio.»
Velemir Khlebnikov. Antologia da Poesia Soviética. Tradução directa do russo, selecção, prefácio e notas de Manuel de Seabra. Editorial Futura., Lisboa, 1973., p. 65
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«E enterrar-me-ão sem me lavarem
Ao som dos cães a ladrar.»
Velemir Khlebnikov. Antologia da Poesia Soviética. Tradução directa do russo, selecção, prefácio e notas de Manuel de Seabra. Editorial Futura., Lisboa, 1973., p. 64
Ao som dos cães a ladrar.»
Velemir Khlebnikov. Antologia da Poesia Soviética. Tradução directa do russo, selecção, prefácio e notas de Manuel de Seabra. Editorial Futura., Lisboa, 1973., p. 64
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«Como deve ser triste viver sem poesia»
Velemir Khlebnikov. Antologia da Poesia Soviética. Tradução directa do russo, selecção, prefácio e notas de Manuel de Seabra. Editorial Futura., Lisboa, 1973., p. 62
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«Lançando flores no coração»
Velemir Khlebnikov. Antologia da Poesia Soviética. Tradução directa do russo, selecção, prefácio e notas de Manuel de Seabra. Editorial Futura., Lisboa, 1973., p. 56
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'Muita
porcaria
pode ser escrita em livros!'
Vladimir Ilitch Lenin. Antologia da Poesia Soviética. Tradução directa do russo, selecção, prefácio e notas de Manuel de Seabra. Editorial Futura., Lisboa, 1973., p. 44
porcaria
pode ser escrita em livros!'
Vladimir Ilitch Lenin. Antologia da Poesia Soviética. Tradução directa do russo, selecção, prefácio e notas de Manuel de Seabra. Editorial Futura., Lisboa, 1973., p. 44
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Pesou
o mundo
Vladimir Ilitch Lenin. Antologia da Poesia Soviética. Tradução directa do russo, selecção, prefácio e notas de Manuel de Seabra. Editorial Futura., Lisboa, 1973., p. 40
o mundo
Vladimir Ilitch Lenin. Antologia da Poesia Soviética. Tradução directa do russo, selecção, prefácio e notas de Manuel de Seabra. Editorial Futura., Lisboa, 1973., p. 40
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Vladimir Ilitch Lenin
«(...)
deitado
cobriu
os olhos cansados
como se
o seu coração
sob as palavras estivesse exausto,
como se
a sua alma
se arrastasse sob as frases.
Mas eu sabia
que aqueles olhos
captavam
verdadeiramente
tudo
o que se dizia - »
Vladimir Ilitch Lenin. Antologia da Poesia Soviética. Tradução directa do russo, selecção, prefácio e notas de Manuel de Seabra. Editorial Futura., Lisboa, 1973., p. 40
deitado
cobriu
os olhos cansados
como se
o seu coração
sob as palavras estivesse exausto,
como se
a sua alma
se arrastasse sob as frases.
Mas eu sabia
que aqueles olhos
captavam
verdadeiramente
tudo
o que se dizia - »
Vladimir Ilitch Lenin. Antologia da Poesia Soviética. Tradução directa do russo, selecção, prefácio e notas de Manuel de Seabra. Editorial Futura., Lisboa, 1973., p. 40
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Vladimir Ilitch Lenin
«Eu que me aguente comigo e com os comigos de mim.»
Fernando Pessoa
Fernando Pessoa
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«A noite traz-me a sensação do abismo!»
Soledade Summavielle. Tempo Inviolado. Edição da Autora, Lisboa, 1977., p. 61
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«Não importam os olhos marejados
De dores e nostalgias.»
Soledade Summavielle. Tempo Inviolado. Edição da Autora, Lisboa, 1977., p. 57
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«E numa só palavra digo tudo.»
Soledade Summavielle. Tempo Inviolado. Edição da Autora, Lisboa, 1977., p. 53
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«Dizendo Amor, não sei dissociar-te»
Soledade Summavielle. Tempo Inviolado. Edição da Autora, Lisboa, 1977., p. 53
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Horas doridas
Soledade Summavielle. Tempo Inviolado. Edição da Autora, Lisboa, 1977., p. 41
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segunda-feira, 14 de agosto de 2017
«ondulação da água escura»
Marguerite Yourcenar. Mishima ou a Visão do Vazio. Relógio D'Água, 1ª edição, Lisboa., p. 31
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Mishima
«A célebre cena em que o rapaz e a rapariga encharcados pela chuva se despem e aquecem separados pela lareira feita de ramos secos, ultrapassa em pouco a verosimilhança num país onde o nu quotidiano, por exemplo, nos banhos em que participam os dois sexos, se manteve como tradição nos meios que não sofreram demasiado a influência ocidental.»
Marguerite Yourcenar. Mishima ou a Visão do Vazio. Relógio D'Água, 1ª edição, Lisboa., p. 30
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Mishima
«(...) o nosso mal-estar nasce de uma incerteza»
Marguerite Yourcenar. Mishima ou a Visão do Vazio. Relógio D'Água, 1ª edição, Lisboa., p. 25
Marguerite Yourcenar. Mishima ou a Visão do Vazio. Relógio D'Água, 1ª edição, Lisboa., p. 25
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sábado, 12 de agosto de 2017
I'm So Lonely
I watch the tides roll in
I stood there and watch them roll away again
Thinkin' about that woman
Oh, that I loved
I'm so lonely
Oh, I'm so lonely
I'm so lonely
I could die
Why was man made for love
When love is so hard to find
And I'm still searching
For that love of mine
I'm so lonely, babe
Oh, I'm so lonely now
Oh, I'm lonely
Oh, I'm lonely
I could die
Yeah, I never like this
In my life before
And how long it's gonna last
Lord, I just don't know
I tell you
I'm lonely, Father
Oh, I'm some kind of lonely
Right now
Oh Lord, I'm lonely
Oh, I'm so lonely
Oh Lord, I could die
I'm alone
And I'm tired
And I'm lonely
And I'm real tired now
I'm living my way across the water
I'm looking way across the water now
And all I see is darkness all around
I can't see nothing but darkness around that water
Oh my Lord
Oh Lord, don't you know
I'm lonely
quarta-feira, 9 de agosto de 2017
domingo, 6 de agosto de 2017
“A velhice é um outono, rico de frutos maduros; é também um inverno estéril, do qual se evocam a
frieza, as neves, as geadas. Tem a serenidade das belas noites. Mas a ela também é atribuída a
tristeza sombria dos crepúsculos “
(Beauvoir, Simone).
(Beauvoir, Simone).
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Simone de Beauvoir,
sobre o envelhecimento
sábado, 5 de agosto de 2017
Jigai - ritual de suicídio feminino
O ritual feminino era contudo, menos elaborado e não se fazia necessário de um kaishakunin. Antes de cometer o suicídio, a mulher mantinha as suas pernas unidas — amarrando os tornozelos um ao outro — para evitar que na queda as mesmas se abrissem deselegantemente, expondo as suas partes íntimas.
“De resto, tenho uma perninha no bem e outra no mal
e mijo no meio, é honesto imaginar-me assim. ”
e mijo no meio, é honesto imaginar-me assim. ”
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Raquel Nobre Guerra,
versos soltos
quinta-feira, 3 de agosto de 2017
«Desnudas-te cinzenta e angustiada
Em frente dos meus olhos solitários.»
Soledade Summavielle. Tempo Inviolado. Edição da Autora, Lisboa, 1977., p. 21
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versos soltos
quarta-feira, 2 de agosto de 2017
«Vagamente a ilusão, tão vagamente!...»
Soledade Summavielle. Tempo Inviolado. Edição da Autora, Lisboa, 1977., p. 13
terça-feira, 1 de agosto de 2017
“Se querem mesmo ouvir o que aconteceu, a primeira coisa que vão querer saber é onde eu nasci, como passei a porcaria da minha infância, o que meus pais faziam antes que eu nascesse, e toda essa lengalenga tipo David Copperfield, mas, para dizer a verdade, não estou com vontade de falar sobre isso.”
J. D. Salinger, do livro “O apanhador no campo de centeio”. [tradução Álvaro Alencar, Antônio Rocha e Jório Dauster]. 18ª ed., Rio de Janeiro: Editora do Autor, 2012.
‘O apanhador no campo de centeio’, de J. D. Salinger
‘O apanhador no campo de centeio‘ é um clássico da literatura americana. Lançado em 1951, a saga de Holden Caulfield inspirou uma geração de jovens da era anterior ao rock.
Holden Caulfield, o adolescente protagonista de “O apanhador no campo de centeio”, diz a certa altura que queria ser surdo-mudo, pois “desse modo não precisava ter nenhuma conversa imbecil e inútil com ninguém”.
“Encontrava na ponta da língua as velhas palavras, tais como haviam sido escritas. Elas me ligavam aos antigos séculos onde os astros brilhavam exactamente como hoje. E este renascimento e esta permanência me davam uma impressão de eternidade. A terra parecia-me fresca tal qual nas primeiras idades e este instante se bastava. Eu estava ali, olhava as a nossos pés os tectos com telhas, banhados de luar, sem motivo, pelo prazer de os ver. Esse desinteresse tinha um encanto pungente.
– Eis o privilégio da literatura. As figuras se deformam, empalidecem. As palavras, nós levamos connosco.”
Simone de Beauvoir, no livro “A mulher desiludida”. [tradução Helena Silveira e Maryan A. Bon Barbosa]. 2ª ed., Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2010.
“Sempre olháramos longe. Seria necessário aprender a viver o dia-a-dia? Estávamos sentados lado a lado sob as estrelas, tocados pelo aroma cipreste, nossas mãos se encontravam; o tempo havia parado um instante. Iria continuar a escorrer. E então? Sim ou não, poderia ainda trabalhar? Minha raiva contra Filipe se esfumaria? A angústia de envelhecer me retomaria? Não olhar muito longe. Longe seriam os horrores da morte e dos adeuses. Seria a dentadura, a ciática, as enfermidades, a esterilidade mental, a solidão em um mundo estranho que não compreenderíamos mais e que prosseguiria seu curso sem nós. Conseguiria não levantar os olhos para esses horizontes? Quando aprenderia a percebê-los sem pavor? Nós estamos juntos, é a nossa sorte. Nós nos auxiliaremos a viver essa derradeira aventura da qual não retornaremos. Isso no-la tornará tolerável? Não sei. Esperemos. Não temos escolha.”
Simone de Beauvoir, no livro “A mulher desiludida”. [tradução Helena Silveira e Maryan A. Bon Barbosa]. 2ª ed., Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2010.
“Comprei flores, frutos, caminhei a esmo. Ser aposentado e ser um rebotalho parece quase a mesma coisa. A palavra me congelava. Espantava-me a extensão de meus lazeres. Estava errada. O tempo, às vezes, parece custar a passar mas eu me arranjo. E que prazer viver sem obedecer ordens, sem constrangimento! Há ocasiões em que me assombro. Lembro-me do primeiro posto, de minha primeira classe, as folhas mortas que rangiam sob os passos no outono provinciano. Então, o dia da aposentadoria — distante de mim um lapso de tempo duas vezes mais longo ou quase, que minha vida anterior — me parecia irreal como a própria morte. E eis que há um ano ele chegou. Passei outras barreiras, porém fluidas. Esta tem a rigidez de uma cortina de aço.”
“O segundo sexo”
marco teórico do feminismo no século XX, publicado em 1949
Simone Beauvoir
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“Penso que amar, de facto, não é querer possuir, mas que amar seja querer criar elos com o outro ser que não são de possessão, no mesmo sentido de possuir uma roupa ou o que comemos.”
Simone Beauvoir
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