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Clepsidra
コカインの時間を介しての旅です
quinta-feira, 24 de agosto de 2017
A vida das escravas sexuais dos bordeis nazistas
O Nazismo sem dúvida foi um período turbulento, marcado por inúmeras crueldades durante um evento mais trágico para o mundo, a Segunda Guerra Mundial.
Além de milhares de mortos pela Alemanha, pela URSS, e ao redor do mundo, algo que era muito triste de fato era saber que o regime nazista obrigou mulheres à prostituição em sistemas de bordeis nos campos de concentração, a fim de elevar a produtividade dos oficiais que trabalhavam no local
Heinrich Himmler, o chefe de segurança de Adolf Hitler, acreditava na potência sexual dos homens, que geraria um impacto em sua produtividade. Segundo o autor Robert Sommer, autor de “Das KZ-Bordell” que fala sobre o assunto com maiores detalhes, os prisioneiros poderiam ter noites de prazer e inclusive fazer o uso de cigarros.
Foi em 1942 que surgiu o primeiro bordel desse tipo no campo de concentração de Mauthausen e em seguida o programa foi levado a dez outros campos, incluindo os maiores, como Buchenwald, Dachau, Ravensbrueck, Sachsenhausen e o famoso campo de Auschwitz.
O autor passou quase dez anos fazendo pesquisas nos mais diferentes livros e conseguiu localizar alguns dos homens que afirmaram ter feito o uso dos bordeis. Segundo eles em suas entrevistas, era impossível se comunicar com as trabalhadoras escravas sexuais e elas tinham diferentes nacionalidades. Um dos homens, John Demjanjunk, é suspeito de ter sido guarda num campo de concentração e será julgado pela acusação de ter ajudado a matar 27.900 judeus durante a guerra.
Sobre as mul
heres, havia cidadãs de toda nacionalidade: alemã (em sua maior parte), ucraniana, polonesa e holandesa, incluindo prisioneiras políticas e mulheres rotuladas pelos nazistas como “antissociais”, além de como mendigas, desempregadas ou alcoólatras.
Os guardas de SS não podiam frequentar os bordeis para não se “misturarem”, e os prisioneiros judeus e russos também não. Sommer afirma que um prisioneiro alemão só poderia se relacionar com uma mulher alemã, um prisioneiro polonês com uma mulher polonesa, etc.
Algumas sobreviventes que preferem não ter sua identidade revelada afirmaram coisas terríveis ao autor: caso engravidassem, seriam conduzidas à enfermaria e fariam todos os procedimentos corretos para o aborto. Algumas delas eram espancadas pelos clientes, de forma que perdiam suas funções reprodutivas ou vinham a falecer.
A pesquisa do autor revelou que cerca de 200 mulheres de 17 a 35 anos foram usadas como escravas sexuais nos campos. Elas sabiam que não iriam sobreviver por muito tempo e a SS as recrutava sob promessas de que iriam ser libertas por um ano e meio – o que nunca acontecia.''
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