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segunda-feira, 21 de agosto de 2017

sábado, 4 de março de 2017

quarta-feira, 16 de abril de 2014



segunda-feira, 10 de março de 2014

«Num epodo de Arquíloco, publicado apenas em 1973 (frg. 196a W.)7 o sujeito seduz uma jovem, comparada a uma cerva, em campos verdejantes e odoríferos, terminando por sossegá-la e quase consumar o acto sexual (vv. 42-53):

Tais foram as minhas palavras. Tomei então a donzela
            e num leito de flores
            a estendi. Com sedoso manto
a cobri e o seu colo rodeei com meus braços,
            acalmando o seu sobressalto,
            tal como uma cerva ...
Os seus seios gentis com as mãos acariciei:
            tenra brilhava a sua pele,
            feitiço da sua juventude .
Todo o seu belo corpo percorri
           e então libertei o branco vigor,
           ao toque dos seus louros cabelos?


Cântico dos Cânticos (II. 8-13)

«Na literatura grega, a imagem mais comum é a do homem (identificado com o poeta) que persegue a sua presa por campos verdejantes, desejando tão só a consumação do amor. Ela foge, mas sabem ambos que a própria fuga é um esquema para aumentar o desejo e dar mais prazer ao encontro, que no fim se revelará inevitável.»


J. Tolentino Mendonça 21999: 12 refere já o paralelo com os textos do Papiro Harris 500 e do Papiro Chester Beatty I.

domingo, 1 de dezembro de 2013

domingo, 19 de fevereiro de 2012


« - Queria - e falava-me como quem acaba de deixar à vista um veneno, depois de tomá-lo -, que me amasses até na morte. Por mim, já te amo neste momento na morte. Mas não quero o teu amor senão desde que sabes que sou repugnante e que, sabendo-o, me amas.»


Georges Bataille. História do Olho e Minha Mãe. Edição ''Livros do Brasil'', Lisboa, 1988., p. 127
A VELHICE RENOVA O TERROR ATÉ AO INFI-
NITO. ELA FAZ REGRESSAR O SER, SEM  CESSAR,
AO PRINCÍPIO. O PRINCÍPIO QUE ENTREVEJO
À BEIRA DO TÚMULO É O PORCO, QUE NEM
A MORTE NEM O INSULTO PODEM MATAR EM MIM.
O TERROR À BEIRA DO TÚMULO É DIVINO, E EU
AFUNDO-ME NO TERROR DO QUE SOU FILHO.



Georges Bataille. História do Olho e Minha Mãe. Edição ''Livros do Brasil'', Lisboa, 1988., p. 116
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