Mostrar mensagens com a etiqueta poesia soviética. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta poesia soviética. Mostrar todas as mensagens
domingo, 10 de setembro de 2017
''Os vossos ombros frágeis, estreitos, magoáveis.''
Tatyana Kuzovleva. Antologia da Poesia Soviética. Tradução directa do russo, selecção, prefácio e notas de Manuel de Seabra. Editorial Futura., Lisboa, 1973., p. 213
Etiquetas:
poesia soviética,
verso solto
«O gafanhoto fica calado na sua folha
com uma terrível angústia no rosto.»
Andrei Voznesensky. Antologia da Poesia Soviética. Tradução directa do russo, selecção, prefácio e notas de Manuel de Seabra. Editorial Futura., Lisboa, 1973., p. 179
com uma terrível angústia no rosto.»
Andrei Voznesensky. Antologia da Poesia Soviética. Tradução directa do russo, selecção, prefácio e notas de Manuel de Seabra. Editorial Futura., Lisboa, 1973., p. 179
Etiquetas:
poesia soviética,
versos soltos
''ver o mundo sem as suas capas,''
Andrei Voznesensky. Antologia da Poesia Soviética. Tradução directa do russo, selecção, prefácio e notas de Manuel de Seabra. Editorial Futura., Lisboa, 1973., p. 175
Etiquetas:
poesia soviética,
verso solto
«Não trocam palavra e esse encontro
É o primeiro e não há outro, não.»
Andrei Voznesensky. Antologia da Poesia Soviética. Tradução directa do russo, selecção, prefácio e notas de Manuel de Seabra. Editorial Futura., Lisboa, 1973., p. 173
É o primeiro e não há outro, não.»
Andrei Voznesensky. Antologia da Poesia Soviética. Tradução directa do russo, selecção, prefácio e notas de Manuel de Seabra. Editorial Futura., Lisboa, 1973., p. 173
Etiquetas:
excerto,
poesia soviética,
versos soltos
''Que seria do falcão sem a serpente?''
Andrei Voznesensky. Antologia da Poesia Soviética. Tradução directa do russo, selecção, prefácio e notas de Manuel de Seabra. Editorial Futura., Lisboa, 1973., p. 172
Etiquetas:
poesia soviética,
verso solto
''Sem estupidez não havia esperteza,''
Andrei Voznesensky. Antologia da Poesia Soviética. Tradução directa do russo, selecção, prefácio e notas de Manuel de Seabra. Editorial Futura., Lisboa, 1973., p. 172
Etiquetas:
poesia soviética,
verso solto
sábado, 9 de setembro de 2017
''não só não podem - tudo podem os grandes no mundo! -''
Yevgeny Yevtuschenko. Antologia da Poesia Soviética. Tradução directa do russo, selecção, prefácio e notas de Manuel de Seabra. Editorial Futura., Lisboa, 1973., p. 167
Etiquetas:
poesia soviética,
verso solto,
Yevgeny Yevtushenko
Eu não choro. Já chorei tudo.
(...)
«Mas, vestindo a gabardina fina,
mostrando-me o anel no dedo,
uma portuguezinha diz: porque choras?
Eu não choro. Já chorei tudo.»
Yevgeny Yevtuschenko. Antologia da Poesia Soviética. Tradução directa do russo, selecção, prefácio e notas de Manuel de Seabra. Editorial Futura., Lisboa, 1973., p. 165
«Mas, vestindo a gabardina fina,
mostrando-me o anel no dedo,
uma portuguezinha diz: porque choras?
Eu não choro. Já chorei tudo.»
Yevgeny Yevtuschenko. Antologia da Poesia Soviética. Tradução directa do russo, selecção, prefácio e notas de Manuel de Seabra. Editorial Futura., Lisboa, 1973., p. 165
Etiquetas:
excerto,
poesia soviética,
Yevgeny Yevtushenko
''emigramos com os lábios de visita''
Yevgeny Yevtuschenko. Antologia da Poesia Soviética. Tradução directa do russo, selecção, prefácio e notas de Manuel de Seabra. Editorial Futura., Lisboa, 1973., p. 164
Etiquetas:
poesia soviética,
verso solto
''As estrelas olham com olhos de prisão,''
Yevgeny Yevtuschenko. Antologia da Poesia Soviética. Tradução directa do russo, selecção, prefácio e notas de Manuel de Seabra. Editorial Futura., Lisboa, 1973., p. 164
Etiquetas:
poesia,
poesia soviética,
verso solto
OS JOVENS FURIOSOS
O século XX,
ó grande era do spútnik,
como é grande a tua tristeza e mortificação,
tu - século generoso,
e canalha também,
século que assassina as nossas ideias,
século de uma juventude furiosa.
Os jovens estão extremamente furiosos.
Os seus olhos brilham de desdém pelo seu tempo.
Desprezam os partidos,
o governo,
a igreja
e as previsões dos filósofos.
Desprezam as mulheres
com quem dormem,
o mundo dos bancos
e escritórios.
Desprezam
com dolorosa perspicácia
o seu próprio lamentável desprezo.
O século XX não é pai para eles - mas padrasto.
Detestam-no muito,
enormemente.
E um fermento negro
denso
nos jovens cáusticos junto do Hudson;
e junto do Tibre,
do Sena,
e do Tamisa
os mesmos jovens passeiam tristemente.
Duros,
taciturnos,
deformados,
Como se não pertencessem ao seu tempo...
Eu sei bem -
o que eles não querem.
Só o que eles querem -
não sei compreender.
Certamente a sua crença jovem
não será apenas
praguejar!
De onde estou agora,
em Moscovo,
falo-lhes francamente
de homem para homem:
se alguma coisa me põe furioso,
não é porque em mim
haja uma triste descrença,
mas porque grito alto o amor pelo meu país.
Se alguma coisa me põe furioso -
é porque me orgulho
de estar com os amigos,
de estar nas fileiras,
de estar no combate
pelo meus direitos!
Que se passa convosco?
Procuram a verdade?
'Psicose das massas, ' -
suspiram os psiquiatras.
Jovens vagueiam tristes pela Europa.
Pela América vagueiam jovens tristes.
Ó século XX,
ó grande era do spútnik,
arranca-os às sombras e à confusão!
Não lhes dês uma comodidade plácida -
dá-lhes fé
na justiça
e no bem.
Eles são teus filhos
e não teus inimigos.
Ouves,
século XX?
Socorro!
Yevgeny Yevtuschenko. Antologia da Poesia Soviética. Tradução directa do russo, selecção, prefácio e notas de Manuel de Seabra. Editorial Futura., Lisboa, 1973., p. 160-162
ó grande era do spútnik,
como é grande a tua tristeza e mortificação,
tu - século generoso,
e canalha também,
século que assassina as nossas ideias,
século de uma juventude furiosa.
Os jovens estão extremamente furiosos.
Os seus olhos brilham de desdém pelo seu tempo.
Desprezam os partidos,
o governo,
a igreja
e as previsões dos filósofos.
Desprezam as mulheres
com quem dormem,
o mundo dos bancos
e escritórios.
Desprezam
com dolorosa perspicácia
o seu próprio lamentável desprezo.
O século XX não é pai para eles - mas padrasto.
Detestam-no muito,
enormemente.
E um fermento negro
denso
nos jovens cáusticos junto do Hudson;
e junto do Tibre,
do Sena,
e do Tamisa
os mesmos jovens passeiam tristemente.
Duros,
taciturnos,
deformados,
Como se não pertencessem ao seu tempo...
Eu sei bem -
o que eles não querem.
Só o que eles querem -
não sei compreender.
Certamente a sua crença jovem
não será apenas
praguejar!
De onde estou agora,
em Moscovo,
falo-lhes francamente
de homem para homem:
se alguma coisa me põe furioso,
não é porque em mim
haja uma triste descrença,
mas porque grito alto o amor pelo meu país.
Se alguma coisa me põe furioso -
é porque me orgulho
de estar com os amigos,
de estar nas fileiras,
de estar no combate
pelo meus direitos!
Que se passa convosco?
Procuram a verdade?
'Psicose das massas, ' -
suspiram os psiquiatras.
Jovens vagueiam tristes pela Europa.
Pela América vagueiam jovens tristes.
Ó século XX,
ó grande era do spútnik,
arranca-os às sombras e à confusão!
Não lhes dês uma comodidade plácida -
dá-lhes fé
na justiça
e no bem.
Eles são teus filhos
e não teus inimigos.
Ouves,
século XX?
Socorro!
Yevgeny Yevtuschenko. Antologia da Poesia Soviética. Tradução directa do russo, selecção, prefácio e notas de Manuel de Seabra. Editorial Futura., Lisboa, 1973., p. 160-162
Etiquetas:
poema,
poesia soviética,
século xx
sábado, 2 de setembro de 2017
QUARENTA ANOS
Quarenta anos, a vida chegou à segunda fase.
Eu amei, pensei, lutei na guerra.
Estive aqui e ali, vi algumas coisas,
E algumas vezes fui feliz.
A raiva evitou-me, passou como uma seta,
Mas das balas - dois pequenos vestígios.
E o infortúnio fugiu, como uma gota com asas,
Como água separando-se em gotas.
Venci uma parte, vencerei a segunda
Por mais pesada que seja a mochila.
Que se passa aí, por detrás da montanha?
Da altura embranquecem as minhas fontes.
Quarenta anos. Onde está a última paragem?
Onde se interromperá a minha rota?
Quarenta anos. A vida chegou à segunda parte.
E não experimentei todos os sofrimentos até agora.
David Samoilov. Antologia da Poesia Soviética. Tradução directa do russo, selecção, prefácio e notas de Manuel de Seabra. Editorial Futura., Lisboa, 1973., p. 148
Eu amei, pensei, lutei na guerra.
Estive aqui e ali, vi algumas coisas,
E algumas vezes fui feliz.
A raiva evitou-me, passou como uma seta,
Mas das balas - dois pequenos vestígios.
E o infortúnio fugiu, como uma gota com asas,
Como água separando-se em gotas.
Venci uma parte, vencerei a segunda
Por mais pesada que seja a mochila.
Que se passa aí, por detrás da montanha?
Da altura embranquecem as minhas fontes.
Quarenta anos. Onde está a última paragem?
Onde se interromperá a minha rota?
Quarenta anos. A vida chegou à segunda parte.
E não experimentei todos os sofrimentos até agora.
David Samoilov. Antologia da Poesia Soviética. Tradução directa do russo, selecção, prefácio e notas de Manuel de Seabra. Editorial Futura., Lisboa, 1973., p. 148
Etiquetas:
poema,
poesia,
poesia soviética
«Os olhos, como uma lâmina que corta a dor.»
Yevgeny Vinokurov. Antologia da Poesia Soviética. Tradução directa do russo, selecção, prefácio e notas de Manuel de Seabra. Editorial Futura., Lisboa, 1973., p. 147
Etiquetas:
poesia soviética,
verso solto
«Picasso dividiu o mundo em partes.
Rasgou a carne das coisas.»
Yevgeny Vinokurov. Antologia da Poesia Soviética. Tradução directa do russo, selecção, prefácio e notas de Manuel de Seabra. Editorial Futura., Lisboa, 1973., p. 146
Rasgou a carne das coisas.»
Yevgeny Vinokurov. Antologia da Poesia Soviética. Tradução directa do russo, selecção, prefácio e notas de Manuel de Seabra. Editorial Futura., Lisboa, 1973., p. 146
Etiquetas:
pablo picasso,
poesia soviética,
versos soltos
«...Num sonho viu os fornos de Auschwitz
E cadáveres empilhados em fossas.»
Yevgeny Vinokurov. Antologia da Poesia Soviética. Tradução directa do russo, selecção, prefácio e notas de Manuel de Seabra. Editorial Futura., Lisboa, 1973., p. 145
E cadáveres empilhados em fossas.»
Yevgeny Vinokurov. Antologia da Poesia Soviética. Tradução directa do russo, selecção, prefácio e notas de Manuel de Seabra. Editorial Futura., Lisboa, 1973., p. 145
Etiquetas:
poesia soviética,
versos soltos
Subscrever:
Mensagens (Atom)