« - A memória é um espelho de fantasmas. Às vezes mostra objectos demasiado longínquos para poderem ser vistos e outras faz com que pareçam muito próximos.»
Marguerite Yourcenar. Mishima ou a Visão do Vazio. Relógio D'Água, 1ª edição, Lisboa., p. 61
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terça-feira, 22 de agosto de 2017
domingo, 5 de fevereiro de 2017
"É preciso começar a perder a memória, ainda que se trate de fragmentos desta, para
perceber que é esta memória que faz toda a nossa vida. Uma vida sem memória não seria uma
vida, assim como uma inteligência sem possibilidade de exprimir‐se não seria uma inteligência.
A nossa memória é a nossa coerência, a nossa razão, a nossa acção, o nosso sentimento. Sem
ela, não somos nada."
domingo, 1 de janeiro de 2017
sábado, 19 de novembro de 2016
«Pode a memória ser árvore.
E nós, os nodosos ramos.»
Carlos Nejar. A Idade da Eternidade. Poesia Reunida. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2001., p. 297
E nós, os nodosos ramos.»
Carlos Nejar. A Idade da Eternidade. Poesia Reunida. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2001., p. 297
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domingo, 9 de outubro de 2016
«E a memória: teu candelabro de sonos.»
Carlos Nejar. A Idade da Eternidade. Poesia Reunida. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2001., p. 268
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terça-feira, 13 de setembro de 2016
domingo, 2 de fevereiro de 2014
NOITE PERENE
De repente abri os meus olhos na escuridão
-lua negra, ardósia imensa, precipício -
e nada pude ver. Senti que a minha memória
tinha-me igualmente abandonado.
A cidade absorvia o seu esgotado deserto,
como se a impassível escuridão
desde sempre ocupasse a sua amorfa existência.
A realidade vazava os meus sentidos
para quedas de água e desaguamentos,
precipitando-se num marasmo tenebroso
de invisíveis objectos repudiados.
Procurei a minha própria sombra e aquele nome,
mas encontrei o torpe esquecimento da linguagem.
A voz fez-se bruma, tácita transparência.
Tudo ficou em suspenso e continuei pela noite
da alma como um navio sem timoneiro e sem luz,
perdido entre as águas fantasmagóricas.
Justo Jorge Padrón. Extensão da Morte. Editorial Teorema, 2000., p. 72
-lua negra, ardósia imensa, precipício -
e nada pude ver. Senti que a minha memória
tinha-me igualmente abandonado.
A cidade absorvia o seu esgotado deserto,
como se a impassível escuridão
desde sempre ocupasse a sua amorfa existência.
A realidade vazava os meus sentidos
para quedas de água e desaguamentos,
precipitando-se num marasmo tenebroso
de invisíveis objectos repudiados.
Procurei a minha própria sombra e aquele nome,
mas encontrei o torpe esquecimento da linguagem.
A voz fez-se bruma, tácita transparência.
Tudo ficou em suspenso e continuei pela noite
da alma como um navio sem timoneiro e sem luz,
perdido entre as águas fantasmagóricas.
Justo Jorge Padrón. Extensão da Morte. Editorial Teorema, 2000., p. 72
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