Mostrar mensagens com a etiqueta suicídio. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta suicídio. Mostrar todas as mensagens

quarta-feira, 8 de abril de 2020

''Eduardo Sá (2001) refere que ninguém se mata para morrer, mas antes como forma desesperante de comunicar a dor. Considera cinco formas de comportamentos suicidários:

Desespero do abandono (separação sentida como queda no abismo);
Raiva narcísica (impulso para a morte);
Ruminação obsessiva (ninguém consegue entender ou ajudar);
Para destruir a dor (dor aguda que absorva toda a vida interior);
Para destruir as pessoas que foram abandónicas (vingança).''

terça-feira, 22 de agosto de 2017

a atracção pela morte é frequente nos seres ávidos de vida



   «O que nos interessa é ver por que caminhos o Mishima brilhante, adulado, ou, o que acaba por resultar no mesmo, detestado pelas suas provocações e o seu êxito, se tornou, pouco a pouco, um homem determinado a morrer. De facto, uma tal pesquisa é parcialmente vã: a atracção pela morte é frequente nos seres ávidos de vida;»




Marguerite Yourcenar. Mishima ou a Visão do Vazio. Relógio D'Água, 1ª edição, Lisboa., p. 63

segunda-feira, 10 de abril de 2017

«(...)Há um estudo interessante do Durkeim, da primeira década do século XX, que diz que nos grandes períodos de guerra, os suicídios diminuem. Porque a revolta é permitida.»

António Coimbra de Matos. Ver aqui.

sábado, 4 de fevereiro de 2017

''o efeito das tecnologias digitais, a mediatização das relação de comunicação e as condições de vida que o capitalismo financeiro produz estão estreitamente vinculados ao crescimento das patologias da esfera afetivo- emocional, assim como de suicídios em nível mundial.''

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

“É muito mais difícil [do que na morte na sequência de doença] encontrar ou criar um significado na morte súbita resultante do suicídio ou da injúria autoinfligida. Para o indivíduo que escolheu cometer suicídio, parece que a vida se tornou uma luta sem sentido, ou um terror para o qual a morte é a única saída. O único factor comum ao suicídio ou à injúria auto-infligida é o fazer-se mal a si próprio; a questão comum deixada aos que ficam é ‘Porquê’?” 


Stella Ridley, “Sudden death from suicide”, in Donna Dickenson, Malcolm Johnson, Jeanne
Samson Katz (org.), Death, Dying and Bereavement, London, Sage Publications, 2000, p. 55
«De acordo com um autor antigo, a lei em Atenas diria o seguinte: “Que aquele que não quer viver mais tempo exponha as suas razões ao Senado e deixe a vida se o Senado lhe der autorização para partir. Se a existência te é odiosa, morre; se o destino te é opressivo, bebe a cicuta. Se o peso da dor te faz andar curvado, abandona a vida. Que o infeliz relate os seus infortúnios, que o magistrado lhe forneça o remédio e a miséria cessará.”

(Libanius, citado por Durkheim, ibidem, p. 329).
«Em Atenas – mas também em Esparta, Tebas e Chipre –, não só estavam vedadas as honras de sepultura ao homem que se suicidava sem autorização do Estado, como se cortava uma mão ao cadáver para ser enterrada à parte.»

Joaquim Mateus Paulo Serra. O Suicídio considerado como uma das Belas Artes. Universidade da Beira Interior. Artigos LusoSofia, Covilhã, 2008., p. 6
«Pelo sofrimento e pela angústia que provoca, aos que partem e aos que ficam, a morte dá que pensar leva o homem a tornar-se pensante.»

Joaquim Mateus Paulo Serra. O Suicídio considerado como uma das Belas Artes. Universidade da Beira Interior. Artigos LusoSofia, Covilhã, 2008., p. 4

terça-feira, 30 de setembro de 2014

«A liberdade não tem preço, nós não achamos que deva pagar-se com sofrimento.»


Claude Guillon, Yves Le Bonniec. Suicídio Modo de Usar. História, Técnica, Notícia. Traduzido do francês por Júlio Henriques e Paulo da Costa Domingos. Edições Antígona, Lisboa, 1990., p.
«Tentem suicidar-se e tenham o azar de falhar, logo essas bestas dos vivos hão-de desunhar-se para vos forçar a viver, obrigando-vos a partilhar a merda deles.
   Sei que em certos momentos na vida parecem de felicidade; questão de humores, como o desespero, e nem um nem outro assentam sobre algo sólido. Tudo isso é asquerosamente provisório. O instinto de conservação é uma nojeira.»

«Vive la Mort», Chaval (reproduzido in Carton, Les Cahiers du dessin d'humour, nº2, 1975)

domingo, 25 de maio de 2014


sábado, 19 de abril de 2014

«Ela quer morrer. That's the point.É isso que ela quer, um capricho como outro qualquer.»


Marguerite DurasEmily L. Tradução de José Carlos González. Edição «Livros do Brasil» Lisboa, 1987., p. 112

segunda-feira, 29 de julho de 2013

O suicídio

«O suicídio nunca foi tratado senão como fenómeno social. Aqui, pelo contrário, para começar, importa a relação entre o pensamento individual e o suicídio. Um gesto como este prepara-se, tal como acontece com uma grande obra, no silêncio do coração. O próprio homem o ignora. Uma bela noite, dá um tiro ou atira-se à água. De um gerente de prédios de rendimento que se matara, diziam-me certo dia que ele perdera a filha havia cinco anos, que mudara muito desde então e que essa história « o havia consumido». Não se pode desejar palavra mais exacta. Começar a pensar é começar a ser consumido. A sociedade não tem grande coisa a ver com estes princípios. O veneno está no coração do homem.»



Albert Camus. O Mito de Sísifo. Ensaio sobre o absurdo. Tradução de Urbano Tavares Rodrigues. Livros do Brasil, Lisboa., p. 18

O absurdo e o suicídio

«Só há um problema filosófico verdadeiramente sério: é o suicídio. Julgar se a vida merece ou não ser vivida, é responder a uma questão fundamental da filosofia. O resto, se o mundo tem três dimensões, se o espírito tem nove ou doze categorias, depois.»
 

Albert Camus. O Mito de Sísifo. Ensaio sobre o absurdo. Tradução de Urbano Tavares Rodrigues. Livros do Brasil, Lisboa., p. 17
Powered By Blogger