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domingo, 7 de agosto de 2016

“Celui qui ne dispose pas des deux tiers de sa journée est un esclave”


Frédéric Schiffter

segunda-feira, 28 de março de 2016

“film possibly contains a whole new system of thought, a new episteme” Frampton, 2006

Sobre o Cinema #

«Para isso, Frampton, herdeiro e seguidor das ideias de Deleuze relativamente ao cinema-pensamento, lançou a hipótese de o século XX ter sido o século em que, graças ao cinema, surgiu um novo tipo de filosofia: tal como o cinema se tornou filosófico, também a filosofia se tornou fílmica. Como afirma o autor,

“What I am suggesting here is that films offers another future for philosophy.
Filmosophy is not better that philosophy, but another kind of philosophy” (Frampton
2006:183). 

Segundo Frampton,

Cinema is more than a handy catalogue of philosophical problems, and to say that film
can only present ideas in terms of story and dialogue is a narrow, literary view of film's
possible force and impact. If the starting point for these philosophers is 'what can film
do for philosophy?', how long will it take for them to realise what film offers.»
«Se “o mundo é um cérebro” (Deleuze 1985:267), este mundo não está fechado, está exposto na sua vulnerabilidade pela membrana cerebral que rompe o todo fechado. Deleuze também afirma que “o cérebro é o ecrã” (Deleuze 2003: 264) no sentido em que, enquanto imagem-cerebral, o cinema consegue dar a ver como funciona o pensamento.»

indiscernibilidade do actual e do virtual, do passado e do presente, da lembrança e da percepção

Gilles Deleuze sintetiza as duas principais diferenças entre o cinema clássico da imagem-movimento e o cinema moderno da imagem-tempo:

''D’une part, l’image cinématographique devient une présentation directe du temps,
suivant les rapports non-commensurables et les coupures irrationnelles. D’autre part,
cette image-temps met la pensée en rapport avec un impensé, l’inévocable,
l’inexplicable, l’indécidable, l’incommensurable.'' (Deleuze 1985:279)
A principal função do cinema é, para Deleuze, fazer pensar.

''Le cinéma ne met pas seulement le mouvement dans l’image, il le met aussi dans
l’esprit. La vie spirituelle, c’est le mouvement de l’esprit. On va naturellement de la
philosophie au cinéma, mais aussi du cinéma à la philosophie.'' (Deleuze 2003:264)

Sobre o Cinema #

«Thomas Wartenberg coloca-nos ainda algumas questões relevantes sobre a distinção entre filmar a filosofia e fazer filosofia cinemática. Para o autor, filmes como Rashomon (1950) de Kurosawa, O Sétimo Selo (1957) de Bergman, Crimes e escapadelas (1989) de Woody Allen e The Matrix (1999) dos irmãos Wachowski, não só foram capazes de levantar questões filosóficas como de avançar com respostas. Deste modo, um filme (qualquer um dos citados anteriormente) pode adaptar por imagens ideias ou argumentos relativamente a uma questão (ontológica, política, ética, etc) ou pode ainda adaptar toda a obra de um filósofo conjugando, como num romance, vida e obra (por exemplo, Descartes (1974) de Roberto Rossellini ou Wittgenstein (1993) de Derek Jarman).»

O cinema é um campo privilegiado para a ilustração de questões filosóficas

sábado, 19 de março de 2016

«Tudo o que concebemos, concebemo-lo como existente. Qualquer ideia que queiramos formar é a ideia de um ser; e a ideia de um ser é qualquer ideia que queiramos formar.»


David HumeTratado da Natureza Humana. Tradução de Serafim da Silva Fontes. Prefácio e Revisão Técnica da Tradução de João Paulo Monteiro. 2ª Edição. Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, 2010., p 100/101
« Um músico, ao descobrir que o seu ouvido se torna cada vez mais apurado e que se corrige por reflexão e atenção, prolonga o mesmo acto mental mesmo quando lhe falta a matéria e tem noção duma tercina ou duma oitava, sem ser capaz de dizer donde tira o seu critério.»

David HumeTratado da Natureza Humana. Tradução de Serafim da Silva Fontes. Prefácio e Revisão Técnica da Tradução de João Paulo Monteiro. 2ª Edição. Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, 2010., p 81

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

''o prazer e a dor são afecções imediatas do querer''

''Assim, o conhecimento que tenho da vontade está relacionado com o conhecimento que tenho do corpo e eu sou vontade. Perante estes pressupostos, a necessidade, quer seja interior ou exterior, pode ser uma fonte de mágoa se não for satisfeita. Para Schopenhauer, o melhor modo de lidar com esta falta é o ser humano conformar-se com a dor, ver a sua condição como destino e não manter a esperança nas suas expectativas, sendo o fatalismo uma forma de consolo. De certa forma, e a partir desta ideia do autor, podemos acrescentar que se virmos nobreza nos nossos padecimentos, se formos capazes de lhes dedicar um infortúnio que nos é superior, o sofrimento ganha uma dignidade consoladora.''

Magda Andreia Delgado Fernandes in O Belo como Consolação – a Ilusão perante a dor, 2011., p 10

Argumento do Terceiro Homem

que se pode encontrar no diálogo Parménides de Platão (130e-133b)

sábado, 26 de dezembro de 2015

"Só sabemos, seguramente, de uma amizade ou de um amor, o que temos pelos outros. De que os outros nos amem nunca poderemos estar certos. E é por isso, talvez, que a grande amizade e o grande amor são aqueles que dão sem pedir, que fazem e não esperam ser feitos; que são sempre voz activa, não passiva"

 Agostinho da Silva, Sete Cartas a um Jovem Filósofo.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015




"O essencial na vida não é convencer ninguém, nem talvez isso seja possível. O que é preciso é que eles sejam nossos amigos. Para tal, seremos nós amigos deles. Que forças hão-de trabalhar o mundo se pusermos de parte a amizade?"

Agostinho da Silva, Sete Cartas a um Jovem Filósofo.

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Em Fédon de Platão, Sócrates afirma acerca dos filósofos que “eles não têm outra ocupação senão a de morrer e estarem mortos”, acrescentando, ainda, que os filósofos “se exercitam a morrer e que não há homens que tenham menos medo do que eles em estarem mortos”.

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Nietzsche, Heidegger e Sartre




''O documentário é conduzido por Alain de Botton, escritor e produtor residente em Londres, famoso por popularizar a filosofia e divulgar o seu uso na vida quotidiana. A obra tem a marca da BBC.

Botton iniciou um doutoramento em filosofia francesa em Harvard, mas acabou por optar por escrever ficção. Para além de escrever possui a sua própria produtora, a Seneca Productions, que transmite regularmente programas e documentários de televisão, baseados nos seus trabalhos.

Humano Demasiado Humano - Jean-Paul Sartre: O Caminho Para a Liberdade 

Neste episódio é abordada a vida e a obra do mais famoso filósofo existencialista europeu, Jean-Paul Sartre (1905-1980). O homem que passou a vida a desafiar a lógica convencional amava os paradoxos. O documentário expõe estes paradoxos da sua vida e da sua obra, ao mesmo tempo em que ambos são questionados. A pergunta central que é colocada é: Se o ser humano é livre para fazer o que quiser, como justifica Sartre, então como devemos viver as nossas vidas no dia-a-dia?





Humano Demasiado Humano - Martin Heidegger: Projeto Para Viver 


O projecto do tratado Ser e Tempo, foi publicado em 1927 no mesmo ano que Minha Luta (Adolf Hitler). Este programa examina a vida e a filosofia de Martin Heidegger, descreve a sua ascensão a proeminência intelectual, expondo os motivos do seu envolvimento no partido Nazi. Entrevistas com o seu filho, Hermann Heidegger, George Steiner autor de uma influente critica da sua filosofia, contado também com o seu biógrafo Hugo Ott; e ex-aluno de Hans-Georg Gadamer, fornecem novas ideias enquanto se faz uma reconstrução dos momentos chaves da vida de Heidegger. Vida e história de um homem cujos apologistas e os antagonistas ainda amargamente se dividem.


Humano Demasiado Humano - Friedrich Nietzsche: Além do Bem e do Mal 

A semente do pensamento disseminado por Nietzsche no século 19 prefigurava o piloto do século 20 sobre os conceitos do existencialismo e da psicanálise. Este programa conta com entrevistas de grandes estudiosos do pensamento do Nietzsche sendo eles: Ronald Hayman e Leslie Chamberlain (biógrafos de Nietzsche), Andrea Bollinger (arquivista), Reg Hollingdale (tradutor), Will Self (escritor) e Keith Ansell Pearson (filosofa) que sonda a vida e os escritos de Nietzsche. Além de mostrar também o papel da irmã de Nietzsche na edição das suas obras para o uso como propaganda nazi. Conta também com partes de prosas aforísticas extraídas de obras como a parábola de um louco e assim falou Zaratustra.''




Ver Aqui a informação.


terça-feira, 4 de agosto de 2015

«Eu penso: logo sou. Mas sou quem pensa.»

Jorge de Sena por Eugénio Lisboa. Colecção Poetas. Editorial Presença, Lisboa., p. 170
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