Uma viagem de mil quilómetros começa com um simples passo.
LAO-TZU
domingo, 19 de fevereiro de 2017
Cadáver de um desconhecido
encontrado na Praia do Mastro em 3-4-1960
encontrado na Praia do Mastro em 3-4-1960
Etiquetas:
Balada da Praia dos Cães,
José Cardoso Pires,
livros
Auto-Retrato
Cardoso Pires por Cardoso Pires
"FUMAR AO ESPELHO"
Cardoso Pires por Cardoso Pires, entrev. de Artur Portela, 1ª edição, Publicações D. Quixote, 1991, 124 p., pp. 89-94
Cardoso Pires por Cardoso Pires
"FUMAR AO ESPELHO"
"Aos cinquenta anos dei por mim a fumar ao espelho e a perguntar E agora, José. Fumar ao espelho, qualquer José sabe isso, é confrontarmo-nos com o nosso rosto mais quotidiano e mais pensado. Por trás, em fundo, tem-se um cenário do presente imediato (a porta do quarto, um cabide vazio) mas esse presente, logo à segunda fumaça já é passado (a porta desfez-se, o cabide voou) e tanto mais passado quanto mais mergulhamos no cigarro. O olhar envelheceu, foi o que foi.E então, por mais que a gente diga que não, começam a aparecer as pegadas históricas do Dinossauro que nos andou a foder a vida durante cinquenta anos. Adivinhamo-las à super- -superfície do vidro, são manchas fósseis, gretadas, então não se vê logo?, e, escuta à distância, ouve-se o carrossel do medo. Aqui e ali vão-se levantando farrapos do muito que em nós se adiou e do muito que em nós se morreu, e nalguns casos podemos até distinguir o traço de liberdade que abrimos com os nossos livros nessa desolação prolongada. Pronto, estamos feitos, José. De agora em diante começa o rememorar, devias saber. |
Certo, cinquentas... muito ano. Muito silêncio, muita humilhação. Mas diz-me, espelho, vale a pena recordá-los? A que propósito agora esse arranhar de ferida, essa recriminação?
José, no espelho, encolhe os ombros. É como se não me ouvisse, como se não se ouvisse, nada a fazer.
No espelho os olhos só se vêem reflectidos noutras coisas, segreda-me por cima do ombro o honorável William Shakespeare a páginas tantas (e com franqueza, deitam um bafo podre, estas palavras). Mas nem assim, José continua na dele. José é José, suspeita que o querem despir do passado para que fique incapaz de o reconhecer quando lho puserem pela frente na primeira oportunidade. E defende-se, não desarma. Daqui a pouco está com certeza a citar Santayana (não me admirava nada) e a sublinhar desgraças. Revê exemplos, concita mortos porque (palavras de Santayana, eu não dizia?) «quem esquece o passado arrisca-se a vivê-lo outra vez» e ao chegar a este ponto não adianta mais. Disse. Ou melhor, eu disse.
Mas fumar ao espelho não é só ver para trás olhando de frente. É também um modo-josé de futurar, para lá do rosto que o repete e que fumega. E aí, deixa que te diga, o pessimismo ... que nos lixa. Porquê? Ah bom, porque... uma dor de colhões, não te rias. Absolutamente. O pessimismo, se não sabes ficas a saber, sempre teve a ver com carências afectavas. Daí que ele seja incómodo por natureza. Incómodo para o próprio que, sabe Deus, tem de viver toda a vida com essa dor, esse nó, e incómodo para a Pátria que já mandou para o Camões todos os Velhos do Restelo que lhe andavam a dar azar. Isto - por um lado, aquele a que podemos chamar Da Saúde Nacional. Mas há o outro, o da superstição. Absolutamente. O pessimismo acaba sempre por funcionar como uma superstição de prudência: prevê o pior para ir acumulando resistências contra o mau mas sempre na esperança de que o mau nunca venha a acontecer. E se acontecer, percebes, também já não perde tudo, ganhou pelo menos a glória da razão. Uma superstição pela negativa ou por efeito contrário, dirá algum, mas muitas ... realmente nesse jogo a dois gumes que acaba o austero pessimismo. Que horas serão isto?
Horas? Nos colóquios de espelho nunca é tarde nem é cedo nem hora certa sequer, quem me ensinou isto foi o reverendo Lewis Carrol que tinha a mania dos vidrinhos às cores. Se calhar ... Por isso que estes exercícios, se a gente não tiver cuidado, acabam num ritual que não interessa nem ao Menino Jesus. Um ritual, José, onde o padecente, em vez de incenso se esfumaça em nicotina. Em vez de incenso, tabaco, em vez de hossanas, Provocações, e às duas por três, se a gente não mete travões, esta coisa, este frente-frente, acaba numa auto- contemplação. Ou numa autoflagelação, para o caso tanto faz. Porque aqui tudo se passa entre o indivíduo e as suas imagens e, curiosamente, numa conversa muda que sabe tanto a círculo vicioso como este cigarro que eu tenho nos dedos. Fumo-o e ele fuma-me, estás a ver?
Fumar ao espelho, solidão dobrada - diria o meu irmão se aqui estivesse (mas não está, morreu aos vinte e um anos num avião militar), ele que, sem cigarro e sem espelho, acabou por conhecer a mais estranha e a mais ampla solidão que se pode conhecer. A do espaço final, vê tu. A da imensidão azul onde a morte o foi procurar, 3500 pés acima do planeta dos homens.
Não, nisto de alguém se interrogar ao espelho, olhos nos olhos, é consoante. Tem muitos ângulos - e tu estás aí, que não me deixas mentir. Vários ângulos. Há quem procure, santa inocência, fazer um discurso de silêncio capaz de estilhaçar o vidro e há quem espere receber, por reflexo da própria imagem, algum calor animal que desconhece. Seja como for, o que dói, e assusta, e é triste e desastradamente cómico neste exercício, é o pleonasmo de si mesma em que a pessoa se transforma. Repete-se. Se bem que com feroz independência (todo o seu esforço é esse) repete-se em imagens controversas que a possam explicar.
Quanto à solidão de há pouco não há pleonasmo nem desdobramento que a salve nem mesmo os psicanalistas que temos cofres cheios dela. Para o vulgar contribuinte, a solidão resume-se a um vocábulo lamentoso ou a um fatalismo social de crédito comprovado, mas em boa verdade talvez não passe de uma metáfora do medo, simplesmente. Seja ela o que for, peço desculpa mas sem solidão ninguém vive. Solitário, não vamos mais longe, é este escritor que aqui está quando se entrega ao acto de escrever. Quer ele queira, quer não, só assim pode cumprir linha a linha a sua escrita na qualidade simultânea de autor e de leitor que são duas figuras distintas da Utopia de si mesmo. E depois? Há algum mal nisso?
De modo que fuma, José, deixa correr. Solidões, duplicações, masturbações, é tudo conversa ou pouco menos. Queimam os dedos, reduzem-nos a fibras secas se nos deixamos arrastar por elas. Concreto, concreto, só esse alguém que nos vigia, que te vigia, aí no espelho, e que nos escuta por dentro. Mas escutar, realmente? Para te ser sincero, ainda não percebi. Ainda não sei se... por arrogância, se por desconfiança que ele nos encara com tanta dureza.
Somos três agora. (Sempre fomos, tu é que não reparaste: dois que se olham e um terceiro que os escreve, olhando-se). No entanto, o rosto que nos é comum aos três está devastado pelo tempo. Esse aí não tarda muito que lhe caiam os dentes e fique coberto de rugas a bulir de vermes. Duvidas? Então espera por mais dois ou três outonos de cigarros e já vais ver. Três outonos, não lhe dou mais. Até lá vai continuar assim, em aresta viva, e com a tal contensão que, não sendo arrogância nem suspeita, ser o quê? Orgulho?
Não, orgulho, nem pensar. E se fosse, pior para ele que se calhar pouco fez para mudar o mundo e muito para não se deixar mudar. Aceitemos que é, antes, um endurecimento defensivo, para aí, sim. E aguardemos. O resto, Deus o dirá, se alguma vez o souber ler devidamente.
Tudo isto, já te disse, tem de ser encarado a vários ângulos. Sempre a vários ângulos, não te esqueças, porque, segundo alguns, os personagens deste tipo são de visagem errante. Como toda a gente? Como toda a gente, possível. Só que esse que tens diante de ti nunca na vida soube administrar a sua ima em pública, como se pode depreender logo à primeira abordagem. Porquê, não se sabe; as razões podem ser muitas. Pudor, impaciência, falta de traquejo, sei lá. Há também a independência, a independência... demasiado impeditiva, sempre foi, mas por essa ou por outras razões, a verdade é que esse talento nunca ele teve. E não se julgue que a lacuna não é grave porque a imagem de marca que os corretores das Letras e os lobbies da Opinião põem a circular no mercado a cotações de estarrecer. Ah, os lobbies, ah, os lobbies. Ah, perfumadas sacristias onde o livro em branco, antes de ser livro, já foi condenado ou marcado com uma pétala seca na página da eternidade.
Uma vez mais, silêncio, José mantém-se olhos nos olhos. Parece desconhecer que em qualquer álbum de glórias o verdadeiro retrato do paciente pode ser desfigurado com a mesma facilidade com que o fumo do cigarro o encobre ali no espelho. Nesse caso que se lixe e cara alegre, então não é?
Deixemo-lo portanto assim. Em directo e ao natural. Como se vê, tem o cabelo mais branco neste momento mas mantém a vislumbrada malícia de si mesmo que sempre se lhe conheceu. Pelo menos... o que eu penso - ou, antes, o que ele pensa. Vez por outra nota-se-lhe um perpassar de ironia pelo olhar, mas se o tem... luz breve e em geral magoada, não dá sequer para temperar o desalinho aparente que há nele e que provém mais de uma certa Lisboa à balda do que propriamente de outra coisa.
Quanto ao mais, pouco a acrescentar. Visagem martelada (já se disse), máscara prevenida, assimetrias de quem se talhou ao azar - e é tudo.
Ah, e os cigarros! Em 1990, este autor ainda continua a fumar, imagine-se, e a perguntar todos os dias E agora, José. A cada interrogação aspira, fundo e lento, até o morrão do cigarro abrir brasa no vidro do espelho, e há alturas em que encolhe os ombros e pensa de alto «Acta est fabula», se assim me posso exprimir em sinal de despedida.
Mas é um dizer por dizer, nada de especial. Quando menos se esperar, ele aí estará outra vez nesta cadeira e neste lugar, a fazer resumo e projecto de si mesmo, e diga-se de passagem que não se dá mal assim. Como sempre, não tem angústia nem surpresa porque vai encontrar alguém que amanhã, dia comum, recomeça de novo a vida na primeira linha do capítulo que se segue.
Aqui tens, José, o homem que te interroga. Que te fuma e te duvida. Que te acredita.
E com esta me despeço, adeus até outro dia, e que a terra nos seja leve por muitos anos e bons neste lugar e nesta companhia.
Pá, apaga-me essas rugas. Riscam o espelho, não vês?
Cardoso Pires por Cardoso Pires, entrev. de Artur Portela, 1ª edição, Publicações D. Quixote, 1991, 124 p., pp. 89-94
Walt Whitman
“Gosto de animais porque não discutem a existência de Deus.”
Etiquetas:
citações,
deus,
Walt Whitman
''É mau entrar numa casa e ouvir o eco da nossa tosse.''
António Lobo Antunes, entrevista ao Jornal Expresso, 19-02-2017
Etiquetas:
António Lobo Antunes,
entrevistas
''Um homem sozinho não pode ser feliz.''
António Lobo Antunes, entrevista ao Jornal Expresso, 19-02-2017
Etiquetas:
António Lobo Antunes,
entrevistas
“Até Que as Pedras Sejam Mais Leves Que a Água”
António Lobo Antunes
Etiquetas:
António Lobo Antunes,
títulos
«Todos os livros são autobiográficos. Acabamos por só falar daquilo que, no fundo, conhecemos.»
António Lobo Antunes, entrevista ao Jornal Expresso, 19-02-2017
António Lobo Antunes, entrevista ao Jornal Expresso, 19-02-2017
Etiquetas:
António Lobo Antunes,
entrevistas
«As mulheres da idade da minha mãe metiam conversa comigo na rua. Era um assédio! Agora sou um monstro.»
António Lobo Antunes, entrevista ao Jornal Expresso, 19-02-2017
António Lobo Antunes, entrevista ao Jornal Expresso, 19-02-2017
Etiquetas:
António Lobo Antunes,
entrevistas
sábado, 18 de fevereiro de 2017
«Matar, dar tempo ao tempo.»
António Osório. Por Eduardo Lourenço. Colecção Poetas. Editorial Presença., p. 205
«As lamentações batiam como chuva inclemente e as esmolas continuavam a cair.»
António Osório. Por Eduardo Lourenço. Colecção Poetas. Editorial Presença., p. 192
«, antecedente da peste atómica, a mais requintada selvagem.»
António Osório. Por Eduardo Lourenço. Colecção Poetas. Editorial Presença., p. 179
« O Zacarias, esgalgado, falso e corno, o caseiro, parece que te roubava. Isso não te levou a despedi-lo e nunca te impediu que procurasses aí a felicidade, criando rosas de haste alta e pombos-correios, boletineiros incansáveis.»
António Osório. Por Eduardo Lourenço. Colecção Poetas. Editorial Presença., p. 178
«Nunca te poupaste a defender os humildes.»
António Osório. Por Eduardo Lourenço. Colecção Poetas. Editorial Presença., p. 178
Etiquetas:
antónio osório,
verso solto
« e acariciou-lhe os joelhos,
implorando, sem palavras, morrer entre eles.»
António Osório. Por Eduardo Lourenço. Colecção Poetas. Editorial Presença., p. 173
implorando, sem palavras, morrer entre eles.»
António Osório. Por Eduardo Lourenço. Colecção Poetas. Editorial Presença., p. 173
Etiquetas:
antónio osório,
erótico,
excerto,
poesia
« o ponto equidistante dos lábios e sua delicada união,»
António Osório. Por Eduardo Lourenço. Colecção Poetas. Editorial Presença., p. 173
«molhando a linha com a ponta da língua,»
António Osório. Por Eduardo Lourenço. Colecção Poetas. Editorial Presença., p. 161
O meu amor está na outra margem.
Um braço de mar separa-nos
e o crocodilo aguarda no banco de areia.
Desço, caminho pelas ondas.
Poderoso é o meu coração entre as vagas
e a água, terra para os meus pés,
tão forte me torna o seu amor:
para mim faz um sortilégio sobre o rio.
(XVIII Dinastia: 1580-1346 a.C,
Poeta egípcio ignoto
Um braço de mar separa-nos
e o crocodilo aguarda no banco de areia.
Desço, caminho pelas ondas.
Poderoso é o meu coração entre as vagas
e a água, terra para os meus pés,
tão forte me torna o seu amor:
para mim faz um sortilégio sobre o rio.
(XVIII Dinastia: 1580-1346 a.C,
Poeta egípcio ignoto
Etiquetas:
poema,
poesia,
poeta ignoto
«Eu não sou o que a bondade dos amigos e o entusiasmo dos admiradores fazem de mim.
Também não sou o que a calúnia e a maledicência de alguns de mim espalham.
Uns e outros estão enganados.
Eu também me deixaria enganar se, ingenuamente, aos primeiros, eu respondesse com sorrisos-pagamento e, aos outros, com insultos de contragolpe.
O que realmente eu sou ninguém sabe. Principalmente eu mesmo.»
Hermógenes. Mergulho na paz. Nova Era. 28 ª edição., p. 192
«Porque teimamos em confundir o morador com a morada.»
Hermógenes. Mergulho na paz. Nova Era. 28 ª edição., p. 191
«(...) as redes de malhas rígidas do dogmatismo.»
Hermógenes. Mergulho na paz. Nova Era. 28 ª edição., p. 184
«Quando os homens forem sábios, melhores serão as leis.»
Hermógenes. Mergulho na paz. Nova Era. 28 ª edição., p. 165
Na busca da felicidade
« Na busca da felicidade, o homem pobre está melhor do que o rico.
O homem rico, tendo a posse de muitas coisas, já descobriu que a posse não lhe deu o que andou sempre buscando - a felicidade. Para manter o que tem ou manter o ritmo de seu adquirir, subir e conquistar, perdeu a possibilidade de parar, repousar, de isolar-se, de meditar, de salvar-se. Para não perder o que conquistou, nunca mais descansará.»
Hermógenes. Mergulho na paz. Nova Era. 28 ª edição., p. 164
Etiquetas:
Hermógenes,
sobre a felicidade
sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017
“uma mentira repetida mil vezes, torna-se verdade”
Joseph Goebble, ministro da Propaganda de Adolf Hitler
«Há a empatia, tão leve que chega à boca.»
António Quadros Ferro. Ou a Empatia. Artes e letras atelier, 2015.
Etiquetas:
António Quadros Ferro,
poesia,
verso solto
«Despedi-me da floração de muitos lugares.»
António Quadros Ferro. Ou a Empatia. Artes e letras atelier, 2015.
Etiquetas:
António Quadros Ferro,
poesia,
verso solto
(...)
«Obediência estática.
Obediência, sim, imposta, como todas.»
António Quadros Ferro. Ou a Empatia. Artes e letras atelier, 2015.
«Obediência estática.
Obediência, sim, imposta, como todas.»
António Quadros Ferro. Ou a Empatia. Artes e letras atelier, 2015.
Etiquetas:
António Quadros Ferro,
excerto,
poesia
quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017
terça-feira, 14 de fevereiro de 2017
domingo, 12 de fevereiro de 2017
“Ernesto Sampaio tinha a grande rebeldia e a grande inteligência. Dentro do grupo surrealista, era dos mais lúcidos, dos que mais sabiam (…). Um sentido de humor formidável, uma agudeza de espírito extraordinária, amabilíssimo. Uma figura muito rara, de saber e dedicação (…) Desde a morte de Fernanda Alves, já não sabia viver. É a única pessoa que conheço que morreu de amor”.
Mário Cesariny
Etiquetas:
Mário Cesariny,
Morte,
sobre o amor
O Instante Antes do Beijo
Não quero o primeiro beijo:
basta-me
O instante antes do beijo.
Quero-me
corpo ante o abismo,
terra no rasgão do sismo.
O lábio ardendo
entre tremor e temor,
o escurecer da luz
no desaguar dos corpos:
o amor
não tem depois.
Quero o vulcão
que na terra não toca:
o beijo antes de ser boca.
Mia Couto, in ‘Tradutor de Chuvas’
"There is no end. There is no beginning. There is only the passion of life."
Federico Fellini
Federico Fellini
Etiquetas:
cineasta italiano Federico Fellini,
citações
sábado, 11 de fevereiro de 2017
Everything’s gonna be alright
Everything’s gonna be alright
Everything’s gonna be alright
Whoever thought the sun would come crashing down
My life in flames, my tears concrete the pain
We feel the end, the darkest, deepest riverbed
My book of life ain’t complete without you here
Alone I sit and reminisce, sometimes
I miss your touch, your kiss, your smile
And meanwhile you know I never cry
Cuz deep down inside
You know our love will never ever die
My life in flames, my tears concrete the pain
We feel the end, the darkest, deepest riverbed
My book of life ain’t complete without you here
Alone I sit and reminisce, sometimes
I miss your touch, your kiss, your smile
And meanwhile you know I never cry
Cuz deep down inside
You know our love will never ever die
Everything’s gonna be alright
Everything’s gonna be okay
Everything’s gonna be alright
Together we can take this one day at a time
Can you take my breath away?
Can you give him life today?
Is everything gonna be okay?
I’ll be your strength
I’ll be here when you wake up
Everything’s gonna be okay
Everything’s gonna be alright
Together we can take this one day at a time
Can you take my breath away?
Can you give him life today?
Is everything gonna be okay?
I’ll be your strength
I’ll be here when you wake up
Take your time, and I’ll be here when you wake up
I never thought my heart would miss a single beat
Caress your hands, as I watch you while you sleep
So sweet, I weep as I search within
To find a cure, to bring you back again
And the sun will rise, open up your eyes
Surprise, just a blink of an eye
I try, I try to be positive
You’re a fighter, so fight, wake up and live
Caress your hands, as I watch you while you sleep
So sweet, I weep as I search within
To find a cure, to bring you back again
And the sun will rise, open up your eyes
Surprise, just a blink of an eye
I try, I try to be positive
You’re a fighter, so fight, wake up and live
Everything’s gonna be alright
Everything’s gonna be okay
Everything’s gonna be alright
Together we can take this one day at a time
Can you take my breath away?
Can you give him life today?
Is everything gonna be okay?
I’ll be your strength
I’ll be here when you wake up
Everything’s gonna be okay
Everything’s gonna be alright
Together we can take this one day at a time
Can you take my breath away?
Can you give him life today?
Is everything gonna be okay?
I’ll be your strength
I’ll be here when you wake up
Everything’s gonna be alright
I’d give my life to only see you breathe again
Hand in hand as we walk on the white sands
To hear your voice, rejoice as you rise and say
This is the day that I wake, and pray, okay?
Tears in silence, as time just moves on
You can’t hear it though, but I’m playin’ my favorite songs
I miss you much, I wish you’d come back to me
You see I’d wait a lifetime, cuz you’re my destiny
Hand in hand as we walk on the white sands
To hear your voice, rejoice as you rise and say
This is the day that I wake, and pray, okay?
Tears in silence, as time just moves on
You can’t hear it though, but I’m playin’ my favorite songs
I miss you much, I wish you’d come back to me
You see I’d wait a lifetime, cuz you’re my destiny
Everything’s gonna be alright
Everything’s gonna be okay
Everything’s gonna be alright
Together we can take this one day at a time
Can you take my breath away?
Can you give him life today?
Is everything gonna be okay?
I’ll be your strength
I’ll be here when you wake up
Everything’s gonna be okay
Everything’s gonna be alright
Together we can take this one day at a time
Can you take my breath away?
Can you give him life today?
Is everything gonna be okay?
I’ll be your strength
I’ll be here when you wake up
«Pouco sabemos dos nossos mortos.»
António Osório. Por Eduardo Lourenço. Colecção Poetas. Editorial Presença., p. 113
Etiquetas:
antónio osório,
Morte,
poesia,
verso solto
«Tudo foi defraudado, sou eu
- eu ou alguém por mim - quem aperta
desde a infância o nó que me estrangula.»
António Osório. Por Eduardo Lourenço. Colecção Poetas. Editorial Presença., p. 93
Etiquetas:
antónio osório,
excerto,
poesia
‘Poetic erotica’ in the photos of Lana Prins
“The woman is the perfect means for me to get to that end: women are sensuality and innocence,” explains Prins. The pictures are exciting to look at. Erotica with a hint of poetry. Prins lets the observer fathom their own story with the photos. “I often see the images as screenshots of a movie. No beginning, no ending, but a moment in the middle. The rest is up for interpretation.”
Etiquetas:
Lana Prins,
Poetic erotica,
woman
sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017
poem Wait for Me
to Valentina Serova
Wait for me, and I'll come back!
Wait with all you've got!
Wait, when dreary yellow rains
Tell you, you should not.
Wait when snow is falling fast,
Wait when summer's hot,
Wait when yesterdays are past,
Others are forgot.
Wait, when from that far-off place,
Letters don't arrive.
Wait, when those with whom you wait
Doubt if I'm alive.
Wait for me, and I'll come back!
Wait in patience yet
When they tell you off by heart
That you should forget.
Even when my dearest ones
Say that I am lost,
Even when my friends give up,
Sit and count the cost,
Drink a glass of bitter wine
To the fallen friend -
Wait! And do not drink with them!
Wait until the end!
Wait for me and I'll come back,
Dodging every fate!
"What a bit of luck!" they'll say,
Those that would not wait.
They will never understand
How amidst the strife,
By your waiting for me, dear,
You had saved my life.
Only you and I will know
How you got me through.
Simply - you knew how to wait -
No one else but you.
1941
Etiquetas:
Konstantin Mikhailovich Simonov,
poema,
poesia,
Soviet author,
war poet
«Perdoa-me. Digo o que penso.»
Konstantin Simonov. Os Combatentes. Teatro., p. 10
Konstantin Simonov. Os Combatentes. Teatro., p. 10
Etiquetas:
Konstantin Mikhailovich Simonov,
Soviet author,
war poet
quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017
«Tentar fugir do sofrimento é a melhor maneira de amplificá-lo.»
Hermógenes. Mergulho na paz. Nova Era. 28 ª edição., p. 132
Hermógenes. Mergulho na paz. Nova Era. 28 ª edição., p. 132
Etiquetas:
Hermógenes,
saúde mental,
sofrimento
Told you that life is short but love is old
It's the end, friend of mine
It's the end, friend of mine
It's the end, friend of mine
Time is over where we could simply say I love you
Now you opened the door
Leave me crying
Trying to embrace you again
Trying to face this damn situation man
I can't
It's the end, friend of mine
It's the end, sweet friend of mine
Now you opened the door
Leave me crying
Trying to embrace you again
Trying to face this damn situation man
I can't
It's the end, friend of mine
It's the end, sweet friend of mine
Dear friend, I cannot tell the reasons why we started well
Good time, give me some wine when you open the door
You seem hurt, don't try to speak a word to me
What on earth could really go wrong with you and me?
Yet its the end, friend of mine
It's the end, sweet friend of mine
Good time, give me some wine when you open the door
You seem hurt, don't try to speak a word to me
What on earth could really go wrong with you and me?
Yet its the end, friend of mine
It's the end, sweet friend of mine
Time seems to be over where we could simply say I love you
Now you opened the door
I feel cold
Why can't I hold you in my arms
Told you that life is short but love is old
It's the end, friend of mine
It's the end, sweet friend
Now you opened the door
I feel cold
Why can't I hold you in my arms
Told you that life is short but love is old
It's the end, friend of mine
It's the end, sweet friend
Etiquetas:
70s,
acoustic,
female vocalists,
folk,
german,
letras de canções,
música,
Sibylle Baier,
singer-songwriter,
vídeos
MAIAKOVSKI
Aos trinta e seis anos
um tiro no coração.
Assim
crucificaste
este século.
Emigrante
doutro tempo,
acertaste
onde era preciso
tocar,
pôr as mãos,
encontrar o futuro,
Maiakovski.
António Osório. Por Eduardo Lourenço. Colecção Poetas. Editorial Presença., p. 61
«Cinzas
sem morte dentro,
mortas por fora.»
António Osório. Por Eduardo Lourenço. Colecção Poetas. Editorial Presença., p. 59
Etiquetas:
antónio osório,
excerto,
poesia
«ao calor da boca dos cães.»
António Osório. Por Eduardo Lourenço. Colecção Poetas. Editorial Presença., p. 57
«Alguém como eu acaso te beijou?»
António Osório. Por Eduardo Lourenço. Colecção Poetas. Editorial Presença., p. 56
quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017
POESIA
''o patinho feio entre os géneros literários''
Etiquetas:
adélia prado,
crítica literária,
imagens
segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017
«Era o que Eu Sou e me esquecera de ter sido.»
Hermógenes. Mergulho na paz. Nova Era. 28 ª edição., p. 115
desilusionismo
«Se eu pudesse, fundaria uma nova religião. Chamá-la-ia desilusionismo.»
Hermógenes. Mergulho na paz. Nova Era. 28 ª edição., p. 109
«Só as desilusões desbloqueiam a estrada.»
Hermógenes. Mergulho na paz. Nova Era. 28 ª edição., p. 102
« Ninguém chega à Verdade se está iludido. É bom aprender a amar a desilusão. Se te traírem, agradece. A traição te deu maior liberdade e proximidade da Meta.
Se teus ''mestres'', teus dogmas, tuas confortadoras convicções ruíram diante da evidência, não te lamentes.
Agradece aos céus que estão te ajudando a afastar o entulho que atravanca o caminho.»
Hermógenes. Mergulho na paz. Nova Era. 28 ª edição., p. 87
domingo, 5 de fevereiro de 2017
“Every artist is an unhappy lover. And unhappy lovers want to tell their story.”
― Iris Murdoch, The Black Prince
― Iris Murdoch, The Black Prince
“I know how much you grieve over those who are under your care: those you try to help and fail, those you cannot help. Have faith in God and remember that He will is His own way and in His own time complete what we so poorly attempt. Often we do not achieve for others the good that we intend but achieve something, something that goes on from our effort. Good is an overflow. Where we generously and sincerely intend it, we are engaged in a work of creation which may be mysterious even to ourselves - and because it is mysterious we may be afraid of it. But this should not make us draw back. God can always show us, if we will, a higher and a better way; and we can only learn to love by loving. Remember that all our failures are ultimately failures in love. Imperfect love must not be condemned and rejected but made perfect. The way is always forward, never back.”
Iris Murdoch, The Bell
Iris Murdoch, The Bell
Subscrever:
Mensagens (Atom)