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sexta-feira, 3 de janeiro de 2020
- a «fadiga-solidão»
Peter Handke. Para uma Abordagem da Fadiga. Tradução de Isabel de Almeida e Sousa. Difel, Lisboa, 1989., p. 12
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«(...) até que a fadiga do ouvinte se transmutava em irritação, a irritação em malevolência.»
Peter Handke. Para uma Abordagem da Fadiga. Tradução de Isabel de Almeida e Sousa. Difel, Lisboa, 1989., p. 12
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« Na infância, no assim denominado tempo de estudante; sim, ainda nos anos dos amores precoces: muito especialmente então. Durante uma Missa do Galo, a criança encontrava-se assentada entre os seus, na igreja da sua terra apinhada de gente, ofuscante luz, ressoando com os bem conhecidos cantos de Natal, envolta em oradores de panos e de cera, e foi acometida pela fadiga, com o ímpeto de uma moléstia.»
Peter Handke. Para uma Abordagem da Fadiga. Tradução de Isabel de Almeida e Sousa. Difel, Lisboa, 1989., p. 9
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sábado, 11 de fevereiro de 2017
domingo, 21 de setembro de 2014
sexta-feira, 23 de agosto de 2013
domingo, 17 de junho de 2012
«Eu, Bertold Brecht, vim das florestas
negras.
A minha mãe também de lá veio
quando eu habitava no seu corpo.
Nas cidades, o frio das florestas negras.
Estará comigo até ao dia da minha
morte.
As coisas pertencem a quem as tornar
melhores.»
Bertold Brecht. «O Espião» in Teatro Contemporâneo. I antologia de teatro. Pirandello - Sartre - Anouilh - Arrabal - Brecht - Ionesco. Selecção de textos de Jacinto Ramos e Trad. de Virgínia Mendes. Editorial Presença, Lisboa, 1965., p. 255
terça-feira, 20 de setembro de 2011
«Uma das minhas obrigações mais pesadas é não advertir o cansaço que me oprime, o peso enorme de todos os deveres que me são e me foram impostos, não ceder minimamente à necessidade de um pouco de distracção que a minha mente afadigada de tempos a tempos reclama. A única que posso conceder-me, quando me sinto excessivamente vencido pelo cansaço causado por um trabalho a que me entrego há muito tempo, é entregar-me a um novo trabalho.»
Luigi Pirandello. Contos Escolhidos. Prefácio do Prof. Ricardo Averini. Selecção e tradução de Carmen Gonzalez. Editorial Verbo, Lisboa, 1972.,p. 52
segunda-feira, 15 de agosto de 2011
O SERVO
Servir-te-hei quando descansas.
Servir-te-hei quando descansas.
Conservarei fresca a relva da vereda, por onde caminhas de manhã, onde a cada um dos teus passos as flores que desejam morrer abençoam o pé que as pisa. Embalar-te-hei nos ramos da septaparna, emquanto a lua, despertando cedo ao fim da tarde, se esforçará por te beijar o vestido, através das folhagens.
Eu encherei de oleo odorifero a lampada que arde ao pé do teu leito e adornarei o teu tamborete com maravilhosos ornatos de sandalo e de pasta de açafrão.
A RAINHA
E que desejas tu para tua recompensa?
O SERVO
Apenas a liçença de apertar nas minhas mãos, os teus punhos delicados, semelhantes a tenros botões de loto; de tingir a planta dos teus pés, com o succo encarnado das petalas do Ashoka e de colher n'ellas, n'um beijo, o grão de pó que por acaso lá se tenha perdido.
Rabindranhath Tagore. O Jardineiro d' Amor. Tradução de António Figueirinhas. Livraria Nacional e Estrangeira de Eduardo Tavares Martins. Porto, 1922., p. 6/7
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quarta-feira, 26 de janeiro de 2011
Acto I
Uma estrada no campo. Uma árvore.
Anoitecer.
Samuel Beckett. À espera de Godot. Trad. de José Maria Vieira Mendes. 3ª edição, Edições Cotovia, 2006
Anoitecer.
Samuel Beckett. À espera de Godot. Trad. de José Maria Vieira Mendes. 3ª edição, Edições Cotovia, 2006
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