sexta-feira, 23 de dezembro de 2016
The Healing Power of Photography
1. “Every day over one billion photos are shared online and I believe we are standing on top of a massive opportunity to change how we see and talk about mental health.” – Bryce Evans
2.The language of photography is symbolic.” — Sebastiao Salgado
3. “I wish more people felt that photography was an adventure the same as life itself and felt that their individual feelings were worth expressing. To me, that makes photography more exciting.” — Harry Callahan
4. “The moment the shutter clicked, I felt a shift within me.” — Bryce Evans
5. “Because it’s free, easy to use, and high-quality, photography is now a fixture in our daily lives – something we take for granted.” — Peter Diamandis
6. “The painter constructs, the photographer discloses.” ― Susan Sontag
7. “We are making photographs to understand what our lives mean to us.” — Ralph Hattersley
8. “You cannot see the light without the darkness.” — Bryce Evans
9. “The camera is an instrument that teaches people how to see without a camera.”
― Dorothea Lange
10. “When I look at my old pictures, all I can see is what I used to be but am no longer. I think: What I can see is what I am not.”
― Aleksandar Hemon
11. “A photograph is usually looked at- seldom looked into.”
― Ansel Adams
12. “A great photograph is a full expression of what one feels about what is being photographed in the deepest sense and is thereby a true expression of what one feels about life in its entirety.” ― Ansel Adams
13. “If we want to change how we see these issues – I think the very thing we need is a new lens to see them through” — Bryce Evans
14. “It is through living that we discover ourselves, at the same time as we discover the world around us.”
― Henri Cartier-Bresson
15. “To me, photography is an art of observation. It’s about finding something interesting in an ordinary place… I’ve found it has little to do with the things you see and everything to do with the way you see them.” — Elliott Erwitt
16. “There is only you and your camera. The limitations in your photography are in yourself, for what we see is what we are.” — Ernst Haas
17. “When I first became interested in photography, I thought it was the whole cheese. My idea was to have it recognized as one of the fine arts. Today I don’t give a hoot in hell about that. The mission of photography is to explain man to man and each man to himself.” — Edward Steichen
18. “Light makes photography. Embrace light. Admire it. Love it. But above all, know light. Know it for all you are worth, and you will know the key to photography.” — George Eastman
19. “Imagine if every photo was an opportunity to start speaking out about your own depression” – Bryce Evans
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«ao nada que dá ser ao que é querer»
Agostinho da Silva. Uns poemas de Agostinho. Ulmeiro. 1ª edição, 1989., p. 59
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«quem sabe se outra vida tu vais ter
ou se tudo se perde sem voltar»
Agostinho da Silva. Uns poemas de Agostinho. Ulmeiro. 1ª edição, 1989., p. 59
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«a vida que se ganha em se morrer.»
Agostinho da Silva. Uns poemas de Agostinho. Ulmeiro.1ª edição, 1989., p. 52
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«cada vez gosto mais de menos gente.»
Agostinho da Silva. Uns poemas de Agostinho. Ulmeiro.1ª edição, 1989., p. 36
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(...)
«o sonho vem do futuro
e voa para o passado
donde volta como névoa
donde volta reforçado»
Agostinho da Silva. Uns poemas de Agostinho. Ulmeiro.1ª edição, 1989., p. 27
«o sonho vem do futuro
e voa para o passado
donde volta como névoa
donde volta reforçado»
Agostinho da Silva. Uns poemas de Agostinho. Ulmeiro.1ª edição, 1989., p. 27
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«o perfeito querer é não querer.»
Agostinho da Silva. Uns poemas de Agostinho. Ulmeiro.1ª edição, 1989., p. 14
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«ali se nada acontece
tudo pode acontecer.»
Agostinho da Silva. Uns poemas de Agostinho. Ulmeiro.1ª edição, 1989., p. 12
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(...)
«e o Deus que tanto procuro
em que atingido me afundo
é aquele ser-não-ser
do que acontece no mundo
Agostinho da Silva. Uns poemas de Agostinho. Ulmeiro.1ª edição, 1989., p. 12
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segunda-feira, 19 de dezembro de 2016
domingo, 18 de dezembro de 2016
''When you stop expecting the people you love to be a certain way, you can start to enjoy and appreciate them for who they are. What you need to remember is that every relationship has its problems, but what makes it perfect in the end is when you wouldn’t want to be anywhere else, even when times are tough.''
Listen without defending and speak without offending
''Listen without defending and speak without offending. Communication isn’t just an important part of a relationship, it is the relationship. ''
- Alice: How long is forever?
- White Rabbit: Sometimes, just one second.
- White Rabbit: Sometimes, just one second.
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As aventuras de Alice no País das Maravilhas
"Ponho o ouvido à escuta de encontro ao mundo, ouço-me para dentro, para surpreender as coisas fundamentais que ele me ordena e são duas ou três simples, de instinto e ferocidade.
E além disso outra coisa imensa - que não existe.
Como te chamas tu? E tu, dor, como te chamas?"
-"Húmus"
- Raúl Brandão
E além disso outra coisa imensa - que não existe.
Como te chamas tu? E tu, dor, como te chamas?"
-"Húmus"
- Raúl Brandão
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e oferece-lhe o cigarro que ajuda a passar o tédio da viagem
«É tarde para regressar», diz-me, « ninguém me espera, nenhuma pátria, nem as aves que conhecem o oráculo.»
Nuno Júdice. Geometria Variável. Publicações Dom Quixote, Lisboa, 1ª edição, 2005., p. 20
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«(...) O meu gesto é este: furar os olhos
de quem me vê; abrir o peito dos que me amam; contar
os mortos que enchem esta planície, até gastar os dedos.»
Nuno Júdice. Geometria Variável. Publicações Dom Quixote, Lisboa, 1ª edição, 2005., p. 19
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« o breve gesto da despedida em que o amor se demora.»
Nuno Júdice. Geometria Variável. Publicações Dom Quixote, Lisboa, 1ª edição, 2005., p. 16
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«esse pássaro que aqui ficou por engano,»
Nuno Júdice. Geometria Variável. Publicações Dom Quixote, Lisboa, 1ª edição, 2005., p. 15
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»(...) respiro a água
do rio que corre por dentro dos olhos
da mulher amada.»
Nuno Júdice. Geometria Variável. Publicações Dom Quixote, Lisboa, 1ª edição, 2005., p. 13
do rio que corre por dentro dos olhos
da mulher amada.»
Nuno Júdice. Geometria Variável. Publicações Dom Quixote, Lisboa, 1ª edição, 2005., p. 13
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“Happiness in intelligent people is the rarest thing I know.”
Ernest Hemimgway
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sábado, 17 de dezembro de 2016
«E apesar da dor e da amargura do respirar humano
defendeste a vida com amor
e com amor a morte.»
Francisco Brines. Ensaio sobre uma despedida. Antologia (1960-86). Selecção e tradução de José Bento. Prólogo de José Olivio Jiménez. Assírio Alvim., Lisboa, 1987., p. 53
defendeste a vida com amor
e com amor a morte.»
Francisco Brines. Ensaio sobre uma despedida. Antologia (1960-86). Selecção e tradução de José Bento. Prólogo de José Olivio Jiménez. Assírio Alvim., Lisboa, 1987., p. 53
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«o teu peito encheu-se de maior solidão,
de mais fracasso, da amargura mais humana,
e já ninguém podia abeirar-se de ti.
Contemplávamos-te de longe, a luta desigual,
e tu de pé;
a injustiça do homem, as paixões gigantescas de teu espírito,
e tu de pé;
sustendo as pernas com as mãos,
mas de pé,
com a tua única defesa: teu desdenhoso semblante, teu soberano orgulho.
E era o teu espírito o mais débil,
pois tua apetência da vida era a mais intensa;»
Francisco Brines. Ensaio sobre uma despedida. Antologia (1960-86). Selecção e tradução de José Bento. Prólogo de José Olivio Jiménez. Assírio Alvim., Lisboa, 1987., p. 53
de mais fracasso, da amargura mais humana,
e já ninguém podia abeirar-se de ti.
Contemplávamos-te de longe, a luta desigual,
e tu de pé;
a injustiça do homem, as paixões gigantescas de teu espírito,
e tu de pé;
sustendo as pernas com as mãos,
mas de pé,
com a tua única defesa: teu desdenhoso semblante, teu soberano orgulho.
E era o teu espírito o mais débil,
pois tua apetência da vida era a mais intensa;»
Francisco Brines. Ensaio sobre uma despedida. Antologia (1960-86). Selecção e tradução de José Bento. Prólogo de José Olivio Jiménez. Assírio Alvim., Lisboa, 1987., p. 53
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«Tiveste um mau destino,»
«Tiveste um mau destino,
pois o fracasso foi teu hóspede constante;»
Francisco Brines. Ensaio sobre uma despedida. Antologia (1960-86). Selecção e tradução de José Bento. Prólogo de José Olivio Jiménez. Assírio Alvim., Lisboa, 1987., p. 51
pois o fracasso foi teu hóspede constante;»
Francisco Brines. Ensaio sobre uma despedida. Antologia (1960-86). Selecção e tradução de José Bento. Prólogo de José Olivio Jiménez. Assírio Alvim., Lisboa, 1987., p. 51
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« e sentiu uma tão fria solidão»
Francisco Brines. Ensaio sobre uma despedida. Antologia (1960-86). Selecção e tradução de José Bento. Prólogo de José Olivio Jiménez. Assírio Alvim., Lisboa, 1987., p. 49
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«Eu senti depois que o meu rosto se apagava.»
Francisco Brines. Ensaio sobre uma despedida. Antologia (1960-86). Selecção e tradução de José Bento. Prólogo de José Olivio Jiménez. Assírio Alvim., Lisboa, 1987., p. 47
«(...); já se sonhava
vencido na velhice e desamado.»
Francisco Brines. Ensaio sobre uma despedida. Antologia (1960-86). Selecção e tradução de José Bento. Prólogo de José Olivio Jiménez. Assírio Alvim., Lisboa, 1987., p. 37
vencido na velhice e desamado.»
Francisco Brines. Ensaio sobre uma despedida. Antologia (1960-86). Selecção e tradução de José Bento. Prólogo de José Olivio Jiménez. Assírio Alvim., Lisboa, 1987., p. 37
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«Sonhadores, os olhos, quando avançam
os dias e envelhecem, nada novo
querem.»
Francisco Brines. Ensaio sobre uma despedida. Antologia (1960-86). Selecção e tradução de José Bento. Prólogo de José Olivio Jiménez. Assírio Alvim., Lisboa, 1987., p. 35
os dias e envelhecem, nada novo
querem.»
Francisco Brines. Ensaio sobre uma despedida. Antologia (1960-86). Selecção e tradução de José Bento. Prólogo de José Olivio Jiménez. Assírio Alvim., Lisboa, 1987., p. 35
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sobre o envelhecimento
« ele sabe que as tristezas são inúteis.»
Francisco Brines. Ensaio sobre uma despedida. Antologia (1960-86). Selecção e tradução de José Bento. Prólogo de José Olivio Jiménez. Assírio Alvim., Lisboa, 1987., p. 35
« com o amor que o peito quer.»
Francisco Brines. Ensaio sobre uma despedida. Antologia (1960-86). Selecção e tradução de José Bento. Prólogo de José Olivio Jiménez. Assírio Alvim., Lisboa, 1987., p. 35
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terça-feira, 13 de dezembro de 2016
segunda-feira, 12 de dezembro de 2016
«As mãos que eu costumava descrever com «força lírica».
As tuas mãos
Que agora agarram um magro volume de autores mortos.»
Ian Hamilton. Cinquenta Poemas. Edição Bilingue. Tradução de Nuno Vidal. Edições Cotovia, Lisboa, 1995., p. 107
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«(...) Antes de sair
Dividiram os vossos trezentos livros
Pelos dois. Ele levou os que tinhas lido
E deixou ficar
Os que secretamente decidiste
Serem ilegíveis.»
Ian Hamilton. Cinquenta Poemas. Edição Bilingue. Tradução de Nuno Vidal. Edições Cotovia, Lisboa, 1995., p. 69
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Rescaldo
Comes da minha mão,
Animal exausto. O teu cabelo
Cai do meu pulso.
Quando a tua destruição surgir prometo
Que me pertencerá
Quem podia ter surgido entre ti.
Ian Hamilton. Cinquenta Poemas. Edição Bilingue. Tradução de Nuno Vidal. Edições Cotovia, Lisboa, 1995., p. 61
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A Visita
«Embora a tua cabeça ainda arda
As tuas mãos lembram-se de mim.»
Ian Hamilton. Cinquenta Poemas. Edição Bilingue. Tradução de Nuno Vidal. Edições Cotovia, Lisboa, 1995., p. 53
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«A cada alma perdida, nesta tardia hora,
A sua medicada agonia de felicidade.»
Ian Hamilton. Cinquenta Poemas. Edição Bilingue. Tradução de Nuno Vidal. Edições Cotovia, Lisboa, 1995., p. 47
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[...]
«Estou rabugenta, obtusa, velha e já não sirvo.
Sinto as minhas mãos a rondarem por mim na cama,
A sondarem ao de leve os joelhos, as mamas,
A barriga bamba,
Apertando aqui e acolá e às vezes,
A rasgarem-me, com a gana.
Vivo sozinha.»
Ian Hamilton. Cinquenta Poemas. Edição Bilingue. Tradução de Nuno Vidal. Edições Cotovia, Lisboa, 1995., p. 39
«Estou rabugenta, obtusa, velha e já não sirvo.
Sinto as minhas mãos a rondarem por mim na cama,
A sondarem ao de leve os joelhos, as mamas,
A barriga bamba,
Apertando aqui e acolá e às vezes,
A rasgarem-me, com a gana.
Vivo sozinha.»
Ian Hamilton. Cinquenta Poemas. Edição Bilingue. Tradução de Nuno Vidal. Edições Cotovia, Lisboa, 1995., p. 39
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Epitáfio
O aroma de rosas velhas e tabaco
Faz-me regressar.
Há quase vinte anos
Que não nos vemos
E a nossa desapegada paixão continua.
Foi isto que me deixaste:
A mão, entreaberta, imóvel
Sobre uma colcha verde.
O bastante para erguer
Alguns poemas melancólicos.
Se então eu te houvesse tocado
Um de nós podia ter sobrevivido.
Ian Hamilton. Cinquenta Poemas. Edição Bilingue. Tradução de Nuno Vidal. Edições Cotovia, Lisboa, 1995., p. 37
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«Tenho a mão em flor», dizes
Ian Hamilton. Cinquenta Poemas. Edição Bilingue. Tradução de Nuno Vidal. Edições Cotovia, Lisboa, 1995., p. 27
«As borboletas douradas, presas às suas folhas de seda,
Sofrem com a súbita escuridão à tua porta.»
Ian Hamilton. Cinquenta Poemas. Edição Bilingue. Tradução de Nuno Vidal. Edições Cotovia, Lisboa, 1995., p. 25
Sofrem com a súbita escuridão à tua porta.»
Ian Hamilton. Cinquenta Poemas. Edição Bilingue. Tradução de Nuno Vidal. Edições Cotovia, Lisboa, 1995., p. 25
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«As minhas mãos apenas podem cair
Sobre os teus ombros e esperar.»
Ian Hamilton. Cinquenta Poemas. Edição Bilingue. Tradução de Nuno Vidal. Edições Cotovia, Lisboa, 1995., p. 17
Sobre os teus ombros e esperar.»
Ian Hamilton. Cinquenta Poemas. Edição Bilingue. Tradução de Nuno Vidal. Edições Cotovia, Lisboa, 1995., p. 17
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A Tempestade
Ao longe, rompe um temporal. Rola para o nosso quarto.
Olhas para a luz de modo a apanhar-te um lado
Da cara, da boca apertada, do olhar sobressaltado.
Viras-te para mim e quando chamo tu vens
Cá e ajoelhas-te ao meu lado, para eu tomar
A tua cabeça entre as mãos como se fora tal
Uma taça delicada que tormenta pudesse quebrar.
Queres que me ponha entre ti e o trovão brutal.
Ao pousar na tua carne estas mãos grandes tremem,
Latejam em ti e depois, inseguramente, cingem.
O temporal invade-me enquanto a tua boca abre.
Ian Hamilton. Cinquenta Poemas. Edição Bilingue. Tradução de Nuno Vidal. Edições Cotovia, Lisboa, 1995., p. 13
Olhas para a luz de modo a apanhar-te um lado
Da cara, da boca apertada, do olhar sobressaltado.
Viras-te para mim e quando chamo tu vens
Cá e ajoelhas-te ao meu lado, para eu tomar
A tua cabeça entre as mãos como se fora tal
Uma taça delicada que tormenta pudesse quebrar.
Queres que me ponha entre ti e o trovão brutal.
Ao pousar na tua carne estas mãos grandes tremem,
Latejam em ti e depois, inseguramente, cingem.
O temporal invade-me enquanto a tua boca abre.
Ian Hamilton. Cinquenta Poemas. Edição Bilingue. Tradução de Nuno Vidal. Edições Cotovia, Lisboa, 1995., p. 13
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Wes Anderson, Richard Linklater, David Fincher, Alexander Payne, os irmãos Coen, James Gray e Paul Thomas Anderson
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domingo, 11 de dezembro de 2016
«(...) pedras que vivem e gritam, ensanguentadas. Jerusalém.»
Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 234
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«As velhas levantaram-se, reuniram as suas trouxas, apertaram os lenços negros em volta da cabeça e principiaram a fazer o sinal da cruz e a chorar.»
Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 234
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Nikos Kazantzakis
«Hoje, como há dois mil anos, a vida está novamente em decomposição, mas os problemas que agora perturbam o equilíbrio do espírito e do coração são mais complexos e a sua solução mais difícil e sangrenta.»
Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 232/33
Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 232/33
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''edredões imundos''
Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 232
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''Self cheio de lacunas que o torna permeável''
Isabel Mesquita. Disfarces de Amor. Relacionamentos Amorosos e Vulnerabilidade narcísica. Isabel Mesquita. Climepsi Editores, Lisboa, 2013., p. 101
''profundos adictos de admiração''
«No entanto, como o que procuram é a admiração a carência perdura, a falta de amor genuíno continua a corroer o seu mundo interno. O bloqueio afectivo vai ganhando terreno, o amor fica cada vez mais longe, a proximidade relacional acaba por ser evitada pois desencadeia angústias graves ao Self pouco coeso que ameaça desmoronar-se.»
Isabel Mesquita. Disfarces de Amor. Relacionamentos Amorosos e Vulnerabilidade narcísica. Isabel Mesquita. Climepsi Editores, Lisboa, 2013., p. 100
Isabel Mesquita. Disfarces de Amor. Relacionamentos Amorosos e Vulnerabilidade narcísica. Isabel Mesquita. Climepsi Editores, Lisboa, 2013., p. 100
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festa de lágrimas
«Crêem que a posse de objectos poderosos lhes torna possível esconder a dor que sentem e minimizar o seu fundo depressivo, passando a viver uma vida assente numa festa de lágrimas.»
Isabel Mesquita. Disfarces de Amor. Relacionamentos Amorosos e Vulnerabilidade narcísica. Isabel Mesquita. Climepsi Editores, Lisboa, 2013., p. 99
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enquistar
conjugação
verbo intransitivo e pronominal
1. converter-se em quisto
2. endurecer
3. figurado ficar seguro como um quisto; encaixar-se
4. figurado não evoluir; não progredir
verbo intransitivo e pronominal
1. converter-se em quisto
2. endurecer
3. figurado ficar seguro como um quisto; encaixar-se
4. figurado não evoluir; não progredir
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«Seguindo as ideias de Klein sobre as posições, Wilkinson, Gabbard (1995) referem-se à existência de um espaço romântico que se situa entre o amante e o amado. Trata-se de uma experiência intrapsíquica e interpessoal que implica a existência de modos de relacionamento depressivos e paranóides-esquizóides relacionados com cada um dos parceiros. O modo esquizóide-paranóide implicando a idealização e receptividade à relação e envolvendo a coerção do amado, através da identificação projectiva, sendo possível aos amantes fantasiarem que parte de si próprios foi depositada no amante.»
Isabel Mesquita. Disfarces de Amor. Relacionamentos Amorosos e Vulnerabilidade narcísica. Isabel Mesquita. Climepsi Editores, Lisboa, 2013., p. 95
sábado, 10 de dezembro de 2016
quinta-feira, 8 de dezembro de 2016
quinta-feira, 1 de dezembro de 2016
That these are dreams that I only dream
Do I dream alone?
Micah P. Hinson - You Will Find Me
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Were you alone?
I figured is what
It could have been
That these are dreams that I only dream
Do I dream alone?
You will find me alone
Cause I lost my way
When I was heading home to you alone
Were you alone?
I figured is what
It could have been
That these are dreams that I only dream
Do I dream alone?
Writer(s): Micah P. Hinson
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«(...) pensar os seus pensamentos e sentir os seus sentimentos.»
«Portanto é a passagem da posição esquizo-paranóide, para a posição depressiva, em que é possível pensar sobre as dores próprias, as do outro e o papel que se teve nesse processo, desenvolvendo-se o que Fonagy et al. (2004) designam de função reflexiva.»
Isabel Mesquita. Disfarces de Amor. Relacionamentos Amorosos e Vulnerabilidade narcísica. Isabel Mesquita. Climepsi Editores, Lisboa, 2013., p. 67
Isabel Mesquita. Disfarces de Amor. Relacionamentos Amorosos e Vulnerabilidade narcísica. Isabel Mesquita. Climepsi Editores, Lisboa, 2013., p. 67
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«A comunicação de sentimentos é o início da comunicação interpessoal e fornece uma educação sobre o que pode e não pode ser comunicado.»
Isabel Mesquita. Disfarces de Amor. Relacionamentos Amorosos e Vulnerabilidade narcísica. Isabel Mesquita. Climepsi Editores, Lisboa, 2013., p. 65
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''Alguém me responde, então eu existo!''
«No entanto, quando a mãe adaptativa predomina, é possível a expansão do verdadeiro Self uma vez que esta se permite ser criada para além das necessidades do bebé, está ao serviço dos seus desejos, possibilitando-lhe o sentimento de existência do Self, como refere Ken Wright (1996): ''Alguém me responde, então eu existo!'', acrescentaríamos: alguém me pensa então eu existo.»
Isabel Mesquita. Disfarces de Amor. Relacionamentos Amorosos e Vulnerabilidade narcísica. Isabel Mesquita. Climepsi Editores, Lisboa, 2013., p. 64
Isabel Mesquita. Disfarces de Amor. Relacionamentos Amorosos e Vulnerabilidade narcísica. Isabel Mesquita. Climepsi Editores, Lisboa, 2013., p. 64
«Acaso o que surja seja um descompasso entre a necessidade, o desejo e a satisfação, o progresso do Self fica retido e desenvolve-se uma resignação implicando uma lógica de: ''se não podes mudar nada, então é melhor aceitar o que vem'' (Ken Wright, 1996.»
Isabel Mesquita. Disfarces de Amor. Relacionamentos Amorosos e Vulnerabilidade narcísica. Isabel Mesquita. Climepsi Editores, Lisboa, 2013., p. 64
Isabel Mesquita. Disfarces de Amor. Relacionamentos Amorosos e Vulnerabilidade narcísica. Isabel Mesquita. Climepsi Editores, Lisboa, 2013., p. 64
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«Uma vez que o Self está continuamente em transformação, necessita de relações com o meio para se ir desenvolvendo, a estagnação corresponde à falha, ao sentimento de que algo encriptou impedindo patologicamente o desenvolvimento, conduzindo muitas vezes a repetições de relações que sistematicamente confirmam o que falta, acentuam a dor, em vez de a acalentar.»
Isabel Mesquita. Disfarces de Amor. Relacionamentos Amorosos e Vulnerabilidade narcísica. Isabel Mesquita. Climepsi Editores, Lisboa, 2013., p. 62
"...muitas vezes trepava até à cornija da janela e empoleirava-se ali, simétrico ao grande abutre da parede oposta. Durante horas ficava nesta posição, imóvel, com um olhar turvo e um malicioso sorriso nos lábios, e quando alguém entrava na sala mexia repentinamente as mãos, a imitar as asas, e cantava como um galo."
"As Lojas de Canela" de Bruno Schulz
tradução Aníbal Fernandes. Sistema Solar
terça-feira, 29 de novembro de 2016
A importância da cor no cinema
«O aparecimento das cores transformou a linguagem fílmica e contribuiu para
a sua evolução estética, aproximando a imagem da realidade ao abandonar a monotonia
do preto e branco. O cinema tornou-se mais complexo: os enquadramentos
tornaram-se mais diversificados, o ponto de vista e os movimentos da câmara
soltaram-se da forma minimalista inicial.»
Dos Irmãos Lumière aos anos 50
«O cinema pode ser definido como a arte de produzir imagens em movimento. A
origem da palavra provém de cinematógrafo, uma invenção dos irmãos Lumière,
que tem origem no grego “kinema” que significa movimento e “ghaphein”que se
refere ao registo.
O cinema nasceu de várias inovações que vão desde o domínio fotográfico até à
síntese do movimento, recorrendo a jogos ópticos. As diversas captações de imagens
sequenciais através da fotografia1
proporcionaram o surgimento do cinema.
Auguste e Louis Lumière inventaram o cinematógrafo, um aparelho portátil com
um mecanismo movido à manivela que utilizava negativos perfurados, substituindo
a utilização de várias máquinas fotográficas para a criação de movimento, conseguindo
projectar imagens ampliadas numa tela. A 28 de Dezembro de 1895, no Salão
Indiano do Grand Café do Boulevard des Capucines, em Paris, o pai dos Irmãos
Lumière organizou a primeira exibição pública paga para filmes, data esta vulgarmente
assinalada como o nascimento do cinema»
segunda-feira, 28 de novembro de 2016
domingo, 27 de novembro de 2016
«O impulso para a morte
é uma corrente fria, sólida,
sem corpo.»
Carlos Nejar. A Idade da Eternidade. Poesia Reunida. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2001., p. 405
é uma corrente fria, sólida,
sem corpo.»
Carlos Nejar. A Idade da Eternidade. Poesia Reunida. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2001., p. 405
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«E despias tantas máscaras
que até estrangeira
era a face, cercada
de todas as águas.»
Carlos Nejar. A Idade da Eternidade. Poesia Reunida. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2001., p. 401
que até estrangeira
era a face, cercada
de todas as águas.»
Carlos Nejar. A Idade da Eternidade. Poesia Reunida. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2001., p. 401
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«Não voltavas
não voltarias nunca.»
Carlos Nejar. A Idade da Eternidade. Poesia Reunida. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2001., p. 393
não voltarias nunca.»
Carlos Nejar. A Idade da Eternidade. Poesia Reunida. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2001., p. 393
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« entre os canaviais da lua»
Carlos Nejar. A Idade da Eternidade. Poesia Reunida. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2001., p. 392
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« a água
amaciando sol.»
Carlos Nejar. A Idade da Eternidade. Poesia Reunida. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2001., p. 385
amaciando sol.»
Carlos Nejar. A Idade da Eternidade. Poesia Reunida. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2001., p. 385
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«Não morri,
fui acordado.»
Carlos Nejar. A Idade da Eternidade. Poesia Reunida. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2001., p. 383
fui acordado.»
Carlos Nejar. A Idade da Eternidade. Poesia Reunida. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2001., p. 383
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«Parar
a eternidade
como um vento
na mão?»
Carlos Nejar. A Idade da Eternidade. Poesia Reunida. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2001., p. 382
a eternidade
como um vento
na mão?»
Carlos Nejar. A Idade da Eternidade. Poesia Reunida. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2001., p. 382
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«A morte se depura
quanto mais se morre.»
Carlos Nejar. A Idade da Eternidade. Poesia Reunida. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2001., p. 373
quanto mais se morre.»
Carlos Nejar. A Idade da Eternidade. Poesia Reunida. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2001., p. 373
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«Nascemos dos limites.»
Carlos Nejar. A Idade da Eternidade. Poesia Reunida. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2001., p. 371
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42
MÃO QUE VOA
Poesia
não se aperta
na mão
como um pássaro
doente.
Poesia é a mão
que voa
com o pássaro.
Carlos Nejar. A Idade da Eternidade. Poesia Reunida. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2001., p. 370
Poesia
não se aperta
na mão
como um pássaro
doente.
Poesia é a mão
que voa
com o pássaro.
Carlos Nejar. A Idade da Eternidade. Poesia Reunida. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2001., p. 370
sexta-feira, 25 de novembro de 2016
37
PASSAGEM DE UM POVO
Sou a passagem
entre ti e os mortos.
Passagem de um povo.
Escolhi.
Que me lavem no fogo
e me rodeiem
no silêncio da aurora.
A criação pousou em mim.
Eu vejo.
Sou um começo
que nem mesmo entendo.
Passagem de alguém
que reconheço
no amor de andar
em mim.
Carlos Nejar. A Idade da Eternidade. Poesia Reunida. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2001., p. 365
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