«Portanto é a passagem da posição esquizo-paranóide, para a posição depressiva, em que é possível pensar sobre as dores próprias, as do outro e o papel que se teve nesse processo, desenvolvendo-se o que Fonagy et al. (2004) designam de função reflexiva.»
Isabel Mesquita. Disfarces de Amor. Relacionamentos Amorosos e Vulnerabilidade narcísica. Isabel Mesquita. Climepsi Editores, Lisboa, 2013., p. 67
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quinta-feira, 1 de dezembro de 2016
terça-feira, 27 de setembro de 2016
Não estás deprimido, estás...
Não estás deprimido, estás distraído.
Distraído em relação à vida que te preenche, distraído em relação à vida que te rodeia, golfinhos, bosques, mares, montanhas, rios.
Não caias como caiu teu irmão que sofre por um único ser humano, quando existem cinco mil e seiscentos milhões no mundo. Além de tudo, não é assim tão ruim viver só. Eu fico bem, decidindo a cada instante o que desejo fazer, e graças à solidão conheço-me. O que é fundamental para viver.
Não faças o que fez teu pai, que se sente velho porque tem setenta anos, e esquece que Moisés comandou o Êxodo aos oitenta e Rubinstein interpretava Chopin com uma maestria sem igual aos noventa, para citar apenas dois casos conhecidos.
Distraído em relação à vida que te preenche, distraído em relação à vida que te rodeia, golfinhos, bosques, mares, montanhas, rios.
Não caias como caiu teu irmão que sofre por um único ser humano, quando existem cinco mil e seiscentos milhões no mundo. Além de tudo, não é assim tão ruim viver só. Eu fico bem, decidindo a cada instante o que desejo fazer, e graças à solidão conheço-me. O que é fundamental para viver.
Não faças o que fez teu pai, que se sente velho porque tem setenta anos, e esquece que Moisés comandou o Êxodo aos oitenta e Rubinstein interpretava Chopin com uma maestria sem igual aos noventa, para citar apenas dois casos conhecidos.
Não estás deprimido, estás distraído.
Por isso acreditas que perdeste algo, o que é impossível, porque tudo te foi dado. Não fizeste um só cabelo de tua cabeça, portanto não és dono de coisa alguma. Além disso, a vida não te tira coisas: te liberta de coisas, alivia-te para que possas voar mais alto, para que alcances a plenitude.
Do útero ao túmulo, vivemos numa escola; por isso, o que chamas de problemas são apenas lições. Não perdeste coisa alguma: aquele que morre apenas está adiantado em relação a nós, porque todos vamos na mesma direção.
E não esqueças, que o melhor dele, o amor, continua vivo em teu coração.
Não existe a morte, apenas a mudança.
E do outro lado te esperam pessoas maravilhosas: Gandhi, o Arcanjo Miguel, Whitman, São Agostinho, Madre Teresa, teu avô e minha mãe, que acreditava que a pobreza está mais próxima do amor, porque o dinheiro nos distrai com coisas demais, e nos machuca, porque nos torna desconfiados.
Faz apenas o que amas e serás feliz. Aquele que faz o que ama, está benditamente condenado ao sucesso, que chegará quando for a hora, porque o que deve ser será, e chegará de forma natural.
Não faças coisa alguma por obrigação ou por compromisso, apenas por amor.
Então terás plenitude, e nessa plenitude tudo é possível sem esforço, porque és movido pela força natural da vida. A mesma que me ergueu quando caiu o avião que levava minha mulher e minha filha;
a mesma que me manteve vivo quando os médicos me deram três ou quatro meses de vida.
Deus te tornou responsável por um ser humano, que és tu. Deves trazer felicidade e liberdade para ti mesmo.
E só então poderás compartilhar a vida verdadeira com todos os outros.
Lembra-te: "Amarás ao próximo como a ti mesmo".
Reconcilia-te contigo, coloca-te frente ao espelho e pensa que esta criatura que vês, é uma obra de Deus, e decide neste exato momento ser feliz, porque a felicidade é uma aquisição.
Aliás, a felicidade não é um direito, mas um dever; porque se não fores feliz, estarás levando amargura para todos os teus vizinhos.
Um único homem que não possuiu talento ou valor para viver, mandou matar seis milhões de judeus, seus irmãos.
Existem tantas coisas para experimentar, e a nossa passagem pela terra é tão curta, que sofrer é uma perda de tempo.
Podemos experimentar a neve no inverno e as flores na primavera, o chocolate de Perusa, a baguette francesa, os tacos mexicanos, o vinho chileno, os mares e os rios, o futebol dos brasileiros, As Mil e Uma Noites, a Divina Comédia, Quixote, Pedro Páramo, os boleros de Manzanero e as poesias de Whitman; a música de Mahler, Mozart, Chopin, Beethoven; as pinturas de Caravaggio, Rembrandt, Velázquez, Picasso e Tamayo, entre tantas maravilhas.
E se estás com câncer ou AIDS, podem acontecer duas coisas, e ambas são positivas:
se a doença ganha, te liberta do corpo que é cheio de processos (tenho fome, tenho frio, tenho sono, tenho vontades, tenho razão, tenho dúvidas)
Se tu vences, serás mais humilde, mais agradecido... portanto, facilmente feliz, livre do enorme peso da culpa, da responsabilidade e da vaidade,
disposto a viver cada instante profundamente, como deve ser.
Por isso acreditas que perdeste algo, o que é impossível, porque tudo te foi dado. Não fizeste um só cabelo de tua cabeça, portanto não és dono de coisa alguma. Além disso, a vida não te tira coisas: te liberta de coisas, alivia-te para que possas voar mais alto, para que alcances a plenitude.
Do útero ao túmulo, vivemos numa escola; por isso, o que chamas de problemas são apenas lições. Não perdeste coisa alguma: aquele que morre apenas está adiantado em relação a nós, porque todos vamos na mesma direção.
E não esqueças, que o melhor dele, o amor, continua vivo em teu coração.
Não existe a morte, apenas a mudança.
E do outro lado te esperam pessoas maravilhosas: Gandhi, o Arcanjo Miguel, Whitman, São Agostinho, Madre Teresa, teu avô e minha mãe, que acreditava que a pobreza está mais próxima do amor, porque o dinheiro nos distrai com coisas demais, e nos machuca, porque nos torna desconfiados.
Faz apenas o que amas e serás feliz. Aquele que faz o que ama, está benditamente condenado ao sucesso, que chegará quando for a hora, porque o que deve ser será, e chegará de forma natural.
Não faças coisa alguma por obrigação ou por compromisso, apenas por amor.
Então terás plenitude, e nessa plenitude tudo é possível sem esforço, porque és movido pela força natural da vida. A mesma que me ergueu quando caiu o avião que levava minha mulher e minha filha;
a mesma que me manteve vivo quando os médicos me deram três ou quatro meses de vida.
Deus te tornou responsável por um ser humano, que és tu. Deves trazer felicidade e liberdade para ti mesmo.
E só então poderás compartilhar a vida verdadeira com todos os outros.
Lembra-te: "Amarás ao próximo como a ti mesmo".
Reconcilia-te contigo, coloca-te frente ao espelho e pensa que esta criatura que vês, é uma obra de Deus, e decide neste exato momento ser feliz, porque a felicidade é uma aquisição.
Aliás, a felicidade não é um direito, mas um dever; porque se não fores feliz, estarás levando amargura para todos os teus vizinhos.
Um único homem que não possuiu talento ou valor para viver, mandou matar seis milhões de judeus, seus irmãos.
Existem tantas coisas para experimentar, e a nossa passagem pela terra é tão curta, que sofrer é uma perda de tempo.
Podemos experimentar a neve no inverno e as flores na primavera, o chocolate de Perusa, a baguette francesa, os tacos mexicanos, o vinho chileno, os mares e os rios, o futebol dos brasileiros, As Mil e Uma Noites, a Divina Comédia, Quixote, Pedro Páramo, os boleros de Manzanero e as poesias de Whitman; a música de Mahler, Mozart, Chopin, Beethoven; as pinturas de Caravaggio, Rembrandt, Velázquez, Picasso e Tamayo, entre tantas maravilhas.
E se estás com câncer ou AIDS, podem acontecer duas coisas, e ambas são positivas:
se a doença ganha, te liberta do corpo que é cheio de processos (tenho fome, tenho frio, tenho sono, tenho vontades, tenho razão, tenho dúvidas)
Se tu vences, serás mais humilde, mais agradecido... portanto, facilmente feliz, livre do enorme peso da culpa, da responsabilidade e da vaidade,
disposto a viver cada instante profundamente, como deve ser.
Não estás deprimido, estás desocupado.
Ajuda a criança que precisa de ti, essa criança que será sócia do teu filho. Ajuda os velhos e os jovens te ajudarão quando for tua vez.
Aliás, o serviço prestado é uma forma segura de ser feliz, como é gostar da natureza e cuidar dela para aqueles que virão.
Dá sem medida, e receberás sem medida.
Ama até que te tornes o ser amado; mais ainda converte-te no próprio Amor.
E não te deixes enganar por alguns homicidas e suicidas.
O bem é maioria, mas não se percebe porque é silencioso.
Uma bomba faz mais barulho que uma caricia, porém, para cada bomba que destrói há milhões de carícias que alimentam a vida.
Ajuda a criança que precisa de ti, essa criança que será sócia do teu filho. Ajuda os velhos e os jovens te ajudarão quando for tua vez.
Aliás, o serviço prestado é uma forma segura de ser feliz, como é gostar da natureza e cuidar dela para aqueles que virão.
Dá sem medida, e receberás sem medida.
Ama até que te tornes o ser amado; mais ainda converte-te no próprio Amor.
E não te deixes enganar por alguns homicidas e suicidas.
O bem é maioria, mas não se percebe porque é silencioso.
Uma bomba faz mais barulho que uma caricia, porém, para cada bomba que destrói há milhões de carícias que alimentam a vida.
Facundo Cabral
sábado, 24 de setembro de 2016
domingo, 31 de julho de 2016
domingo, 20 de dezembro de 2015
quinta-feira, 5 de dezembro de 2013
não exprimir o que se pensa ou sente; reprimir-se; dominar-se
contém In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2013. [Consult. 2013-12-05].
Disponível na www:http://www.infopedia.pt/pesquisa-global/cont%C3%A9m
>.Muitas vezes, demasiadas vezes até, não exprimo o que penso ou sinto; reprimo dentro de mim as palavras, numa espécie de mutismo.contém In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2013. [Consult. 2013-12-05].
Disponível na www:
sexta-feira, 4 de novembro de 2011
« 22 - Persuade-te que tudo é opinião e a opinião de ti depende. Elimina, quando quiseres, a tua opinião e, tal um navio que dobrou o cabo, encontrarás logo bom tempo, todos os elementos acalmados e uma enseada ao abrigo das vagas.»
Marco Aurélio. Pensamentos. Versão Portuguesa de João Maia. Editorial Verbo, Lisboa, 1971., p. 153
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« 17 - Se não é conveniente, não o faças; se não é verdade, não o digas: pertençam-te todas as iniciativas!»
Marco Aurélio. Pensamentos. Versão Portuguesa de João Maia. Editorial Verbo, Lisboa, 1971., p. 152
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«E a razão é que andamos sempre cheios das apreensões sobre o que os outros pensam de nós; e não do que nós mesmos pensamos.»
Marco Aurélio. Pensamentos. Versão Portuguesa de João Maia. Editorial Verbo, Lisboa, 1971., p. 150
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33 - «Procurar um figo na árvore, no Inverno, é loucura: o mesmo é reclamar o filho que a morte levou.»
Epicteto, Conversações, III, 24, 86-87
34 - «Ao abraçares o teu filho, é bom dizer para contigo: talvez amanhã já não existas. - Que presságio sinistro nestas palavras! - Nada de sinistro há aí, a simples indicação dum facto natural. Será um presságio sinistro dizer que as searas são para se ceifarem?»
Epicteto, Conversações, III, 22, 105.
Marco Aurélio. Pensamentos. Versão Portuguesa de João Maia. Editorial Verbo, Lisboa, 1971., p. 147
Epicteto, Conversações, III, 24, 86-87
34 - «Ao abraçares o teu filho, é bom dizer para contigo: talvez amanhã já não existas. - Que presságio sinistro nestas palavras! - Nada de sinistro há aí, a simples indicação dum facto natural. Será um presságio sinistro dizer que as searas são para se ceifarem?»
Epicteto, Conversações, III, 22, 105.
Marco Aurélio. Pensamentos. Versão Portuguesa de João Maia. Editorial Verbo, Lisboa, 1971., p. 147
« (...); mas o homem é ele que se separa do seu próximo quando lhe vota ódio ou aversão, sem ver a triste consequência de se amputar ao mesmo tempo de todo o corpo social.»
« Em suma, não podemos comparar o raminho que continuou a crescer e a respirar na espessura da árvore com o ramo enxertado após ter sido arrancado, por mais que digam os jardineiros. Crescer sobre o mesmo tronco, mas não professar os mesmos princípios.»
Marco Aurélio. Pensamentos. Versão Portuguesa de João Maia. Editorial Verbo, Lisboa, 1971., p. 138/9
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terça-feira, 25 de outubro de 2011
« 36 - Ao fim e ao cabo, a podridão é que se encontra em último termo de tudo o que é material: da água, do pó, das ossadas, no remate duma infecção; ou por outra: o mármore que é? - uma crosta mais dura da terra; e o oiro?, e o dinheiro? - sedimentos vis; os vestidos - pelame de cabras; a púrpura - um pouco de sangue, e o resto pelo teor. O ar que respiras é coisa pelo estilo e cabe bem nessas categorias.»
Marco Aurélio. Pensamentos. Versão Portuguesa de João Maia. Editorial Verbo, Lisboa, 1971., p. 118
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segunda-feira, 24 de outubro de 2011
« 59 - Como os homens são feitos uns para os outros, educa-os ou suporta-os.»
Livro VIII
Marco Aurélio. Pensamentos. Versão Portuguesa de João Maia. Editorial Verbo, Lisboa, 1971., p. 108
Livro VIII
Marco Aurélio. Pensamentos. Versão Portuguesa de João Maia. Editorial Verbo, Lisboa, 1971., p. 108
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domingo, 23 de outubro de 2011
«(...) Não te queixes de pessoa alguma. Se és capaz, corrige-a; se és incapaz de o fazer, corrige ao menos o que ela fez; se até disto fores incapaz, de que serve lamentares-te? Não faças nada ao acaso.»
Livro VIII
Marco Aurélio. Pensamentos. Versão Portuguesa de João Maia. Editorial Verbo, Lisboa, 1971., p. 97/98
Livro VIII
Marco Aurélio. Pensamentos. Versão Portuguesa de João Maia. Editorial Verbo, Lisboa, 1971., p. 97/98
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« 16 - Lembra-te que mudar de opinião, seguir quem te ponha no bom caminho, é por igual fazer acto de liberdade, que é actividade própria tua, pois se desenvolve até ao fim a partir de um primeiro movimento e de um juízo que são teus, por aí em conformidade com a inteligência que tens.»
Livro VIII
Marco Aurélio. Pensamentos. Versão Portuguesa de João Maia. Editorial Verbo, Lisboa, 1971., p. 97
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DOR
« 64 - Toda a vez que a dor te bater à porta, lembra-te disto: não é vergonha nenhuma, a dor não lesa a inteligência que me governa; a dor não a corrompe na sua dimensão racional, nem na sua dimensão social.
Além disso, nas maiores dores, auxilie-te esta máxima de Epicuro: «A dor não é intolerável nem eterna se te lembrares dos seus limites e vires que para lá dos limites nada existe.» Lembra-te ainda que muitas coisas que nos enojam são, sem o parecer, verdadeiras dores, por exemplo a sonolência, o excesso de calor, a falta de apetite. Portanto, se algum destes achaques te apoquenta, diz para contigo: é a dor que me vence.»
Livro VII
Marco Aurélio. Pensamentos. Versão Portuguesa de João Maia. Editorial Verbo, Lisboa, 1971., p. 91
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