quinta-feira, 29 de dezembro de 2016


«Toda a gente tem paciência e sofre a sua vida. Cada um sofre à sua maneira.»



Máximo Gorki. Albergue Nocturno. Livros de Bolso Europa América. p. 74

«Senhor! Terei também de sofrer no outro mundo...no Céu também?»


Máximo Gorki. Albergue Nocturno. Livros de Bolso Europa América. p. 74

"Quando eu, amor, ao certo em mim souber
que força te consente a minha imagem
e qual das dores que, nela, há por paisagem
te alegra, ao ser maior, e me não fere,

e porque o que de ti pura mulher
me é tão amargo em ventres de passagem,
embora os risos, que ouço maus, me ultrajem,
precisamente o amor com que eu tiver,

isento de maldade, o teu carinho
e o desses tristes ventres renovados,
e lembrem que não só por estar sozinho
apenas choro os seres nunca gerados,

ao certo saberei que imagem tenho
e a qual Amor, de mim a ti, eu venho."


 Jorge de Sena. "Visão Perpétua"

quarta-feira, 28 de dezembro de 2016


"Importemo-nos apenas com o lugar onde estamos
Há beleza bastante em estar aqui
e não noutra parte qualquer"
Alberto Caeiro
Cesariny “os gatos são os únicos burgueses/ com quem ainda é possível pactuar –/ vêem com tal desprezo esta sociedade capitalista!/ Servem-se dela, mas do alto, desdenhando-a…/ Não, a probabilidade do dinheiro ainda não estragou inteiramente o gato/ mas de gato para cima – nem pensar nisso é bom!”

BUBNOV

Que estás tu a resmungar?

SÁTINE

Palavras...ainda há mais: transcendental!.

BUBNOV

Que quer isso dizer?

SÁTINE

Não sei...Já me esqueci...

BUBNOV

Então para que dizes essas coisas?

SÁTINE

Olha, meu caro amigo, pelo seguinte: estou farto dessas palavras que toda a gente diz, das nossas palavras...Sim, já estou enjoado...Tenho-as ouvido mais de mil vezes.


Máximo Gorki. Albergue Nocturno. Livros de Bolso Europa América. p. 20/1

Diary of a mad old man



KVAQUENIA

Ah! Não, menino, sei bem o que digo: dessa estou eu livre! Já passei por tudo isso, sei bem o que digo; e agora, nunca, nem mesmo por cem lagostas bem cozidas, eu me casava.


Máximo Gorki. Albergue Nocturno. Livros de Bolso Europa América. p. 10

''lê um livro esfarrapado''

Máximo Gorki. Albergue Nocturno. Livros de Bolso Europa América. p. 10
«Aceitar o desespero, a angústia, a frustração. E ver através disso.»

Atingir o paraíso através do Inferno

pensamento de William Blake

aspectos perversos do amor

amor pueril



Amor insensato (1924; Companhia das Letras, 2004)

Voragem (1928; idem, 2001)


Há quem prefira urtigas (1930; idem, 2003)


A chave (1956; idem, 2000)


Diário de um velho louco
(Estação Liberdade, 2002)


Ensaio Elogio da Sombra.

"Rei Cisne" ou "Rei de Conto de Fadas"

«O rei Ludwig II, da Baviera era um romântico sonhador. Muitas vezes um incompreendido. Durante seu reinado mandou construir castelos e palácios extravagantes, gastava dinheiro feito um louco, daí para muitos era chamado de Rei Louco. Seu ministério, com medo de suas dívidas, o diagnosticou com uma doença mental. Um dia antes de sua morte foi deposto e preso. Aliás, sua morte foi um mistério que até hoje não foi solucionado.»



Henry Miller Asleep and Awake (Legendado) from Revista Usina on Vimeo.

« e uma tensa tremura em mim se cala»



António Salvado. Afloramentos. p. 120

báscula


nome feminino
balança de braços desiguais para grandes pesos

''Tremem folhagens''


António Salvado. Afloramentos. p. 120

Teorema (1968) By Pier Paolo Pasolini


«Não mintas ao repouso de teus dias,»



António Salvado. Afloramentos. p. 119

segunda-feira, 26 de dezembro de 2016


«Um cão fiel     à infidelidade: »


António Salvado. Afloramentos. p. 96

«quando os lábios sofriam por mordidos
e o fascínio ofegava como as ondas.»



António Salvado. Afloramentos. p. 92

''sufocar em sede''

António Salvado. Afloramentos. p. 85

delido
adjetivo
1.desfeitoroto
2.arruinado
3.puídogasto

«Esta incerteza me constrói mais só, »


António Salvado. Afloramentos. p. 71

desar


nome masculino
1.desairerevés de fortunadesgosto
2.defeito físico ou moral
3.ato indecoroso

« a vontade de andar quando indeciso»


António Salvado. Afloramentos. p. 44

florido roseiral

«Disseram quantas vezes que não há
palavras que definam o Teu rosto,»


António Salvado. Afloramentos. p. 30

domingo, 25 de dezembro de 2016

acólitos

abutres da cultura pop ...

The invisible girl


“Ninguém estaria disposto a sacrificar um amor, apesar das suas sequelas traumáticas e por vezes terríveis.” Esta é a frase de alguém que viveu e que conhece bem essas sequelas. 

Nesta frase há uma verdade profunda. O amor é uma experiência fundamental na vida de um ser humano. E não significa apenas felicidade, mas também dilaceração, frustração, trauma. Paga-se um preço, mas é um preço que todos estamos dispostos a pagar porque, no fim, fazendo as somas e as subtrações, os benefícios e a exaltação que o amor trazem não são substituíveis.


excerto de entrevista a Mario Vargas Llosa, no Jornal Expresso

autossequestro

''electricidade rock, pulsão electrónica ou tensão pós-punk''

Elza Soares

A Mulher do Fim do Mundo é a sua história e o seu testamento artístico – “Meu choro não é nada além de Carnaval / É lágrima de samba na ponta dos pés”

pianada de Pops

forma enxuta

Study for Hi-Rise Planting (1993)


«Como te destruir se te sonhei?»



António Salvado. Afloramentos. p. 21

van.gló.ri.a

«para tão curto amor tão longa vida.»



Agostinho da SilvaUns poemas de Agostinho. Ulmeiro. 1ª edição, 1989., p. 73

(...)

«certo de que o pensamento
é nada sem coração.»


Agostinho da SilvaUns poemas de Agostinho. Ulmeiro. 1ª edição, 1989., p. 94

sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

« e sou de tudo o meu e só juiz»


Agostinho da SilvaUns poemas de Agostinho. Ulmeiro. 1ª edição, 1989., p. 73

«vivo a vida que aos outros pouco diz»


Agostinho da SilvaUns poemas de Agostinho. Ulmeiro. 1ª edição, 1989., p. 73

«amor de mim me solta de sofrer
e já nem a mim amo inteiro dou
o que não sendo sou aos outros todos»


Agostinho da SilvaUns poemas de Agostinho. Ulmeiro. 1ª edição, 1989., p. 72

(...)

«sem morte que nos destrua
sem vida que nos ofenda.»

Agostinho da SilvaUns poemas de Agostinho. Ulmeiro. 1ª edição, 1989., p. 62

The Healing Power of Photography



1. “Every day over one billion photos are shared online and I believe we are standing on top of a massive opportunity to change how we see and talk about mental health.” – Bryce Evans

2.The language of photography is symbolic.” — Sebastiao Salgado

3. “I wish more people felt that photography was an adventure the same as life itself and felt that their individual feelings were worth expressing. To me, that makes photography more exciting.” — Harry Callahan

4. “The moment the shutter clicked, I felt a shift within me.” — Bryce Evans

5. “Because it’s free, easy to use, and high-quality, photography is now a fixture in our daily lives – something we take for granted.” — Peter Diamandis

6. “The painter constructs, the photographer discloses.” ― Susan Sontag

7. “We are making photographs to understand what our lives mean to us.” — Ralph Hattersley

8. “You cannot see the light without the darkness.” — Bryce Evans


9. “The camera is an instrument that teaches people how to see without a camera.”
― Dorothea Lange

10. “When I look at my old pictures, all I can see is what I used to be but am no longer. I think: What I can see is what I am not.”
― Aleksandar Hemon

11. “A photograph is usually looked at- seldom looked into.”
― Ansel Adams

12. “A great photograph is a full expression of what one feels about what is being photographed in the deepest sense and is thereby a true expression of what one feels about life in its entirety.” ― Ansel Adams

13. “If we want to change how we see these issues – I think the very thing we need is a new lens to see them through” — Bryce Evans


14. “It is through living that we discover ourselves, at the same time as we discover the world around us.”
― Henri Cartier-Bresson

15. “To me, photography is an art of observation. It’s about finding something interesting in an ordinary place… I’ve found it has little to do with the things you see and everything to do with the way you see them.” — Elliott Erwitt

16. “There is only you and your camera. The limitations in your photography are in yourself, for what we see is what we are.” — Ernst Haas

17. “When I first became interested in photography, I thought it was the whole cheese. My idea was to have it recognized as one of the fine arts. Today I don’t give a hoot in hell about that. The mission of photography is to explain man to man and each man to himself.” — Edward Steichen

18. “Light makes photography. Embrace light. Admire it. Love it. But above all, know light. Know it for all you are worth, and you will know the key to photography.” — George Eastman

19. “Imagine if every photo was an opportunity to start speaking out about your own depression” – Bryce Evans

«ao nada que dá ser ao que é querer»


Agostinho da SilvaUns poemas de Agostinho. Ulmeiro. 1ª edição, 1989., p. 59

«quem sabe se outra vida tu vais ter
ou se tudo se perde sem voltar»

Agostinho da SilvaUns poemas de Agostinho. Ulmeiro. 1ª edição, 1989., p. 59

«a vida que se ganha em se morrer.»


Agostinho da SilvaUns poemas de Agostinho. Ulmeiro.1ª edição, 1989., p. 52

«cada vez gosto mais de menos gente.»

Agostinho da SilvaUns poemas de Agostinho. Ulmeiro.1ª edição, 1989., p. 36
(...)
«o sonho vem do futuro
e voa para o passado
donde volta como névoa
donde volta reforçado»



Agostinho da Silva. Uns poemas de Agostinho. Ulmeiro.1ª edição, 1989., p. 27

«o perfeito querer é não querer.»


Agostinho da Silva. Uns poemas de Agostinho. Ulmeiro.1ª edição, 1989., p. 14

«ali se nada acontece
tudo pode acontecer.»


Agostinho da Silva. Uns poemas de Agostinho. Ulmeiro.1ª edição, 1989., p. 12

(...)

«e o Deus que tanto procuro
em que atingido me afundo
é aquele ser-não-ser
do que acontece no mundo



Agostinho da Silva. Uns poemas de Agostinho. Ulmeiro.1ª edição, 1989., p. 12


Antes teor que teorema
vê lá se além de poeta
és tu poema.


Agostinho da Silva. Uns poemas de Agostinho. Ulmeiro.1ª edição, 1989., p. 10

A quem faz pão ou poema
só se muda o jeito à mão
e não ao tema.

Agostinho da Silva. Uns poemas de Agostinho. Ulmeiro.1ª edição, 1989., p. 9

Para que tenhais o gosto
de ficardes vós confusos
como eu às vezes estou
vos chega um livro composto
de poemas abstrusos
da névoa que também sou.




Agostinho da Silva. Uns poemas de Agostinho. Ulmeiro.1ª edição, 1989

segunda-feira, 19 de dezembro de 2016


“O maior patrimônio do homem é uma esposa amorosa.”

 Eurípedes
“Nunca encontrei uma pessoa tão ignorante que não pudesse ter aprendido algo com sua ignorância.”

 Galileu Galilei
“Mesmo as noites completamente sem estrelas, podem anunciar a aurora de uma grande realização.”

 Martin Luther King Jr.
“Aquele que conheceu apenas a sua mulher, e a amou, sabe mais de mulheres do que aquele que conheceu mil.”

 Leon Tolstoi


“Quando as pessoas falam de forma muito elaborada e sofisticada, ou querem contar uma mentira ou querem admirar a si mesmas. Ninguém deve acreditar em tais pessoas. A fala boa é sempre clara, inteligente e compreendida por todos.”

Leon Tolstoi

domingo, 18 de dezembro de 2016


''When you stop expecting the people you love to be a certain way, you can start to enjoy and appreciate them for who they are. What you need to remember is that every relationship has its problems, but what makes it perfect in the end is when you wouldn’t want to be anywhere else, even when times are tough.''

Listen without defending and speak without offending

''Listen without defending and speak without offending.  Communication isn’t just an important part of a relationship, it is the relationship. ''
Don’t expect the important people in your life to read your mind, and don’t play foolish games with their heads and hearts.
''It’s not always where you are in life, but who you have by your side that matters.''
- Alice: How long is forever?
- White Rabbit: Sometimes, just one second.

"Ponho o ouvido à escuta de encontro ao mundo, ouço-me para dentro, para surpreender as coisas fundamentais que ele me ordena e são duas ou três simples, de instinto e ferocidade.
E além disso outra coisa imensa - que não existe.
Como te chamas tu? E tu, dor, como te chamas?"


-"Húmus"
- Raúl Brandão

e oferece-lhe o cigarro que ajuda a passar o tédio da viagem


«É tarde para regressar», diz-me, « ninguém me espera, nenhuma pátria, nem as aves que conhecem o oráculo.»


Nuno JúdiceGeometria Variável. Publicações Dom Quixote, Lisboa, 1ª edição, 2005., p. 20

''roupas ensanguentadas''


«(...) O meu gesto é este: furar os olhos
de quem me vê; abrir o peito dos que me amam; contar
os mortos que enchem esta planície, até gastar os dedos.»



Nuno JúdiceGeometria Variável. Publicações Dom Quixote, Lisboa, 1ª edição, 2005., p. 19

« o breve gesto da despedida em que o amor se demora.»

Nuno JúdiceGeometria Variável. Publicações Dom Quixote, Lisboa, 1ª edição, 2005., p. 16

«esse pássaro que aqui ficou por engano,»

Nuno JúdiceGeometria Variável. Publicações Dom Quixote, Lisboa, 1ª edição, 2005., p. 15

''Lua imóvel''

»(...)                              respiro a água
do rio que corre por dentro dos olhos
da mulher amada.»


Nuno Júdice. Geometria Variável. Publicações Dom Quixote, Lisboa, 1ª edição, 2005., p. 13


“Happiness in intelligent people is the rarest thing I know.”

Ernest Hemimgway

sábado, 17 de dezembro de 2016

(Apenas um poderoso cadáver que sonhasse
nos poderia criar desta maneira.)




Francisco Brines. Ensaio sobre uma despedida. Antologia (1960-86). Selecção e tradução de José Bento. Prólogo de José Olivio Jiménez. Assírio Alvim., Lisboa, 1987., p. 57
«E apesar da dor e da amargura do respirar humano
defendeste a vida com amor
e com amor a morte.»



Francisco Brines. Ensaio sobre uma despedida. Antologia (1960-86). Selecção e tradução de José Bento. Prólogo de José Olivio Jiménez. Assírio Alvim., Lisboa, 1987., p. 53
«o teu peito encheu-se de maior solidão,
de mais fracasso, da amargura mais humana,
e já ninguém podia abeirar-se de ti.
Contemplávamos-te de longe, a luta desigual,
e tu de pé;
a injustiça do homem, as paixões gigantescas de teu espírito,
e tu de pé;
sustendo as pernas com as mãos,
mas de pé,
com a tua única defesa: teu desdenhoso semblante, teu soberano orgulho.
E era o teu espírito o mais débil,
pois tua apetência da vida era a mais intensa;»


Francisco Brines. Ensaio sobre uma despedida. Antologia (1960-86). Selecção e tradução de José Bento. Prólogo de José Olivio Jiménez. Assírio Alvim., Lisboa, 1987., p. 53


«Tiveste um mau destino,»

«Tiveste um mau destino,
pois o fracasso foi teu hóspede constante;»


Francisco Brines. Ensaio sobre uma despedida. Antologia (1960-86). Selecção e tradução de José Bento. Prólogo de José Olivio Jiménez. Assírio Alvim., Lisboa, 1987., p. 51

« e sentiu uma tão fria solidão»


Francisco Brines. Ensaio sobre uma despedida. Antologia (1960-86). Selecção e tradução de José Bento. Prólogo de José Olivio Jiménez. Assírio Alvim., Lisboa, 1987., p. 49

The Red Park


«Eu senti depois que o meu rosto se apagava.»


Francisco Brines. Ensaio sobre uma despedida. Antologia (1960-86). Selecção e tradução de José Bento. Prólogo de José Olivio Jiménez. Assírio Alvim., Lisboa, 1987., p. 47
«(...); já se sonhava
vencido na velhice e desamado.»


Francisco Brines. Ensaio sobre uma despedida. Antologia (1960-86). Selecção e tradução de José Bento. Prólogo de José Olivio Jiménez. Assírio Alvim., Lisboa, 1987., p. 37

Rosais

«Sonhadores, os olhos, quando avançam
os dias e envelhecem, nada novo
querem.»


Francisco Brines. Ensaio sobre uma despedida. Antologia (1960-86). Selecção e tradução de José Bento. Prólogo de José Olivio Jiménez. Assírio Alvim., Lisboa, 1987., p. 35

« ele sabe que as tristezas são inúteis.»

Francisco Brines. Ensaio sobre uma despedida. Antologia (1960-86). Selecção e tradução de José Bento. Prólogo de José Olivio Jiménez. Assírio Alvim., Lisboa, 1987., p. 35

« com o amor que o peito quer.»

Francisco Brines. Ensaio sobre uma despedida. Antologia (1960-86). Selecção e tradução de José Bento. Prólogo de José Olivio Jiménez. Assírio Alvim., Lisboa, 1987., p. 35

terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Saber não é suficiente, é preciso aplicar. Boa vontade não é suficiente, é preciso fazer.

 (Van Goethe)

segunda-feira, 12 de dezembro de 2016


«As mãos que eu costumava descrever com «força lírica».
As tuas mãos
Que agora agarram um magro volume de autores mortos.»



Ian HamiltonCinquenta Poemas. Edição Bilingue. Tradução de Nuno Vidal. Edições Cotovia, Lisboa, 1995., p. 107

céu enluarado

companheiros literários

janelas gradeadas




«(...) Antes de sair
Dividiram os vossos trezentos livros
Pelos dois. Ele levou os que tinhas lido
E deixou ficar
Os que secretamente decidiste
Serem ilegíveis.»


Ian HamiltonCinquenta Poemas. Edição Bilingue. Tradução de Nuno Vidal. Edições Cotovia, Lisboa, 1995., p. 69

Rescaldo


Comes da minha mão,
Animal exausto. O teu cabelo
Cai do meu pulso.

Quando a tua destruição surgir prometo
Que me pertencerá
Quem podia ter surgido entre ti.


Ian HamiltonCinquenta Poemas. Edição Bilingue. Tradução de Nuno Vidal. Edições Cotovia, Lisboa, 1995., p. 61

A Visita


«Embora a tua cabeça ainda arda
As tuas mãos lembram-se de mim.»


Ian HamiltonCinquenta Poemas. Edição Bilingue. Tradução de Nuno Vidal. Edições Cotovia, Lisboa, 1995., p. 53

saraivada


«A cada alma perdida, nesta tardia hora,
A sua medicada agonia de felicidade.»


Ian HamiltonCinquenta Poemas. Edição Bilingue. Tradução de Nuno Vidal. Edições Cotovia, Lisboa, 1995., p. 47
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