sábado, 17 de outubro de 2015
«Se dia, porque dia, como dia,
se agora, mas ainda, com que foi,
palavras, cumprimento, anoitecia,
mas nada, porque nada, porque dói.»
Pedro Tamen. Retábulo das Matérias (1956-2001). Gótica, 2000, Lisboa., p. 134
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Tu tens uma natureza terrivelmente ciumenta
«RITA Se eu descobrir que te sou indiferente, que tu já não me amas como dantes.
ALLMERS Mas Rita: qualquer relação humana muda com o passar dos anos. É uma lei à qual todos estamos submetidos.
RITA Eu não! Nem tu. Não quero saber de mudanças em ti. Não quero, já disse, Alfred! Quero conservar-te só para mim.
ALLMERS (com um olhar preocupado) Tu tens uma natureza terrivelmente ciumenta.»
Henrik Ibsen. Peças escolhidas 1. O pequeno Eyolf. Edições Cotovia, Lda, Lisboa, 2006., p. 186/7
«Eu quero criar na alma dele o sentimento da felicidade.»
Henrik Ibsen. Peças escolhidas 1. Quando nós, os mortos, despertamos. Edições Cotovia, Lda, Lisboa, 2006., p. 178
«EYOLF Diga-me, Tia, a Tia não acha que ela tem um nome estranho, a mulher dos ratos?
ASTA As pessoas chamam-lhe assim porque ela anda pelos campos e pelas praias a expulsar os ratos.
ALLMERS Acho que o verdadeiro nome dela é Sra. Lupus.
EYLOF Lupus é lobo em latim!»
Henrik Ibsen. Peças escolhidas 1. Quando nós, os mortos, despertamos. Edições Cotovia, Lda, Lisboa, 2006., p. 169
«GIOVANNA (compreende que dormira apoiada no vizinho - '' I'm so sorry.'' (Com um sorriso doce, entre a afirmação e a interrogação.) ''You were not here when I fell asleep..''
JEAN (mentindo) - ''And you were not so close to me when I fell asleep myself. It's amazing. We met in dreams befores we spoke to each other.''
José Morais. A beleza e a felicidade. Fantasia Científica. Campo das Letras, Porto, 2003., p. 20
«A mão da mulher, branca, de unhas polidas e dedos longos, quase roça a do homem. Ele consegue, sem a acordar, que as suas mãos se toquem. (Plano americano dos dois.) O contacto fá-la estremecer, mas ela não se afasta. Pelo contrário, aperta-se mais contra ele.»
José Morais. A beleza e a felicidade. Fantasia Científica. Campo das Letras, Porto, 2003., p. 19
«Todas as coisas são um centauro. Se assim não fosse o mundo apodreceria, estéril e inerte.»
Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 278
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«O espírito é uma ave carnívora que jamais cessa de ter fome, que devora a carne e a faz desaparecer, assimilando-a.»
Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 277
Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 277
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sexta-feira, 16 de outubro de 2015
« - Cheguei ao fim e no fim de cada caminho encontrei sempre o abismo.»
Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 261
Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 261
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«Deus é um estremecimento; uma doce lágrima.»
Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 255
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inane
1. que não contém nada no interior; vazio; oco
2. figurado vão; baldado
3. figurado fútil
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«Passam fome e nunca comem até à saciedade (...)»
Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 253
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«Esta garganta sem árvores (...)
Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 249
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quinta-feira, 15 de outubro de 2015
(...)
«condena os nossos pés, esmaga-nos, acaba.»
Pedro Tamen. Retábulo das Matérias (1956-2001). Gótica, 2000, Lisboa., p. 115
«condena os nossos pés, esmaga-nos, acaba.»
Pedro Tamen. Retábulo das Matérias (1956-2001). Gótica, 2000, Lisboa., p. 115
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« É nas unhas mais sujas
que o espelho nos reflecte e nos abate o medo.»
Pedro Tamen. Retábulo das Matérias (1956-2001). Gótica, 2000, Lisboa., p. 113
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«(...)
no verde-mar dos dedos,
na loucura dos medos,
na perfeição do ramo está a pedra.»
Pedro Tamen. Retábulo das Matérias (1956-2001). Gótica, 2000, Lisboa., p. 96
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I
Agora muitos montes; e o rio
se levanta e corre nos intervalos
dos gestos. Saber sentir o frio
de todos os ribeiros é amá-los.
Agora é ir correndo os dedos
pela pele; abrir o peito
a todos os cuidados e segredos,
amar-me já refeito.
Agora perder tudo; ter aberta
a carne de aventura naufragada.
Agora receber e estar alerta,
agora ter razão na mão molhada.
Agora desnudar a lama certa
e esperar vê-la escorrida e bafejada.
Pedro Tamen. Retábulo das Matérias (1956-2001). Gótica, 2000, Lisboa., p. 95
se levanta e corre nos intervalos
dos gestos. Saber sentir o frio
de todos os ribeiros é amá-los.
Agora é ir correndo os dedos
pela pele; abrir o peito
a todos os cuidados e segredos,
amar-me já refeito.
Agora perder tudo; ter aberta
a carne de aventura naufragada.
Agora receber e estar alerta,
agora ter razão na mão molhada.
Agora desnudar a lama certa
e esperar vê-la escorrida e bafejada.
Pedro Tamen. Retábulo das Matérias (1956-2001). Gótica, 2000, Lisboa., p. 95
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«Não há montanhas se não há palavras.»
Pedro Tamen. Retábulo das Matérias (1956-2001). Gótica, 2000, Lisboa., p. 83
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verso solto
[Eu creio que esta mulher dormiu descoberta
Num dia em que nevava.
Uma escama de neve escorregou-lhe para a boca
E assim no seu seio foi concebido o menino.]
[Toma cuidado, então, senhora, porque se sabe
Que, nascido o menino, quando o sol lhe der
Se voltará em líquido.]
(De um mistério medieval inglês)
Num dia em que nevava.
Uma escama de neve escorregou-lhe para a boca
E assim no seu seio foi concebido o menino.]
[Toma cuidado, então, senhora, porque se sabe
Que, nascido o menino, quando o sol lhe der
Se voltará em líquido.]
(De um mistério medieval inglês)
''mar que nós sujámos''
Pedro Tamen. Retábulo das Matérias (1956-2001). Gótica, 2000, Lisboa., p. 65
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« GARRETT
(...) Já nos conhecemos da embaixada. Estava de verde e com fitas pretas no cabelo. Também nos pulsos tinha fitas pretas. ''A que veste de verde com a sua beleza se atreve'', pensei eu.
AMORIM
Quem são?
GARRETT
Ele, não sei. Ela não me é desconhecida. Uma mulher bonita nunca é uma desconhecida.»
Agustina Bessa-Luís. Garret O Eremita Do Chiado. Guimarães Editores, 1998, Lisboa., p. 103
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«MARIA
Não me trate por filha do coração nem por adorada filha da minha alma. São mimos a mais que me parecem humilhações.
GARRETT
Porquê, Maria? Que posso fazer se quando tosses é a mim que me dói o peito?
MARIA
Não gosto de tanto amor. Ele esconde arrependimento.»
Agustina Bessa-Luís. Garret O Eremita Do Chiado. Guimarães Editores, 1998, Lisboa., p. 87
Não me trate por filha do coração nem por adorada filha da minha alma. São mimos a mais que me parecem humilhações.
GARRETT
Porquê, Maria? Que posso fazer se quando tosses é a mim que me dói o peito?
MARIA
Não gosto de tanto amor. Ele esconde arrependimento.»
Agustina Bessa-Luís. Garret O Eremita Do Chiado. Guimarães Editores, 1998, Lisboa., p. 87
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«Eu não me levo muito a sério. É a melhor maneira de viver.
Aquele que se leva a sério está sempre numa situação de inferioridade perante a vida.»
Agustina Bessa-Luís
Aquele que se leva a sério está sempre numa situação de inferioridade perante a vida.»
Agustina Bessa-Luís
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quarta-feira, 14 de outubro de 2015
terça-feira, 13 de outubro de 2015
|| pensamentos ||
"Quando surge um verdadeiro génio, reconhecêmo-lo por este sinal: os imbecis congregam-se todos contra ele."
"Ninguém deve ter vergonha de dizer que errou; é uma forma de dizer que nos tornámos mais sábios do que eramos antes"
"Somos suficientemente religiosos para nos odiarmos, mas não o suficiente para nos amarmos uns aos outros."
-"Pensamentos"
- Jonathan Swift
- Jonathan Swift
«O ar cheirava a frutos apodrecidos, a incenso e a suor humano, pesado, repugnante.»
Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 243
Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 243
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«Há muitas inquietações que te consomem, és muito exigente, fazes muitas perguntas, torturas o coração.»
Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 242
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segunda-feira, 12 de outubro de 2015
«RUBEK Não fazes a menor ideia de como funciona a cabeça de um artista.
MAJA Não sei como funciona a minha própria cabeça.
RUBEK (continua imperturbável) Nós, artistas, vivemos num ritmo, Maja...Por exemplo: vivi toda uma existência nos poucos anos em que tu e eu nos conhecemos. Descobri que não encontro felicidade no prazer ocioso. Para mim - e para os da minha espécie - a vida não é isso. Eu devo trabalhar e criar uma obra e depois outra - até ao fim da minha morte. (Procurando a melhor forma:) É por isso que já não posso continuar contigo, Maja...Já não só contigo.»
Henrik Ibsen. Peças escolhidas 1. Quando nós, os mortos, despertamos. Edições Cotovia, Lda, Lisboa, 2006., p. 46
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« SOTO MAIOR
Este homem é capaz de fazer chorar as pedras.»
Agustina Bessa-Luís. Garret O Eremita Do Chiado. Guimarães Editores, 1998, Lisboa., p. 75
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«(...) Levo a maior parte da vida no meu quarto, de roupão e chinelas de moiro, deitado no sofá, lendo pouco mas folheando muitos livros velhos.
AMORIM
É um bom retrato. Nem precisa de retoques. Garretismo puro.»Agustina Bessa-Luís. Garret O Eremita Do Chiado. Guimarães Editores, 1998, Lisboa., p. 74/5
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«DEPUTADO
Está a ser incoerente.
SOTO MAIOR
Os homens apaixonados são incoerentes.
BORJACA
E ridículos. Eu, quando namorava a minha senhora, fartei-me de ser ridículo e não me importava.»
Agustina Bessa-Luís. Garret O Eremita Do Chiado. Guimarães Editores, 1998, Lisboa., p. 73
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«Às vezes os escritores escondem-se nas confissões doutro sexo para dizer as verdades mais dolorosas.»
Agustina Bessa-Luís. Garret O Eremita Do Chiado. Guimarães Editores, 1998, Lisboa., p. 72
Agustina Bessa-Luís. Garret O Eremita Do Chiado. Guimarães Editores, 1998, Lisboa., p. 72
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vate
nome masculino
1. indivíduo que faz vaticínios; profeta
2. poeta
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«(...) São má companhia os homens tristes. Tu sempre foste um homem triste. Até aos vinte anos devias ser triste como a noite.
GARRETT
Aos vinte anos já eu tinha reumatismo. O reumatismo é a tristeza dos ossos, não é uma doença. »
Agustina Bessa-Luís. Garret O Eremita Do Chiado. Guimarães Editores, 1998, Lisboa., p. 66
GARRETT
Aos vinte anos já eu tinha reumatismo. O reumatismo é a tristeza dos ossos, não é uma doença. »
Agustina Bessa-Luís. Garret O Eremita Do Chiado. Guimarães Editores, 1998, Lisboa., p. 66
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«JOVEM LITERATO
Senhor Almeida Garrett, ilustre vate. Já leu a minha peça?
GARRETT
Já. (Para o CRIADO.) Dá cá esses papéis. (Para o LITERATO.)
Aqui tem a sua peça.
LITERATO
Mas não leu! Prometeu-me que punha cruzes em tudo o que não gostasse. Não vejo cruzes nenhumas.
GARRETT
Se pusesse cruzes me tudo o que não gosto, a sua peça ia parecer um cemitério.»
Agustina Bessa-Luís. Garret O Eremita Do Chiado. Guimarães Editores, 1998, Lisboa., p. 65
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«Fico pálido quando a pátria cora.»
Agustina Bessa-Luís. Garret O Eremita Do Chiado. Guimarães Editores, 1998, Lisboa., p. 61
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1º DEPUTADO
«Tem talento a mais para ser boa pessoa. É o que eu penso. E mais uma coisa: ele tem a política da alma, que é uma espécie de condescendência que leva os outros a concordar com ele. Esquecemo-nos de nós mesmos pelo prazer de lhe agradar. Mas isto não é bondade. É sangue-frio.»
Agustina Bessa-Luís. Garret O Eremita Do Chiado. Guimarães Editores, 1998, Lisboa., p. 59
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«As mulheres não são de papel, como tu as inventas.»
Agustina Bessa-Luís. Garret O Eremita Do Chiado. Guimarães Editores, 1998, Lisboa., p. 42
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GARRETT
«O que produz o amor não se sabe. (Começam a entrar os amigos e a rodeá-los.) Há três espécies de mulheres neste mundo: a mulher que se admira, a mulher que se deseja e a mulher que se ama. Pode-se admirar uma mulher sem a desejar; e pode-se desejar sem a amar.»
Agustina Bessa-Luís. Garret O Eremita Do Chiado. Guimarães Editores, 1998, Lisboa., p. 38
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Truão
nome masculino
1. bobo
2. figurado pessoa que diverte as outras; palhaço
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«És a minha desgraça, Garrett. Hei-de acabar no asilo por te ter conhecido.»
Agustina Bessa-Luís. Garret O Eremita Do Chiado. Guimarães Editores, 1998, Lisboa., p. 37
Agustina Bessa-Luís. Garret O Eremita Do Chiado. Guimarães Editores, 1998, Lisboa., p. 37
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"O amor é o único mito de pura exaltação que a humanidade conheceu. O único que parte do coração do desejo e visa a sua satisfação total. O único grito de angústia capaz de se metamorfosear em canto de alegria. Com o amor, o maravilhoso perde o carácter sobrenatural, extraterrestre ou celeste que possui em todos os mitos, regressando de algum modo à sua origem para se inscrever nos limites da existência humana.
Dando corpo às aspirações primordiais do indivíduo, o amor oferece uma via de transmutação que culmina no acordo da carne e do espírito, tendente a fundi-los numa unidade superior. O desejo, no amor, longe de perder de vista o ser de carne que lhe deu origem, sublima o seu objecto numa espécie de sexualização do universo que restabelece no homem uma coesão anteriormente inexistente.
O amor não admite a menor restrição: tudo ou nada, sendo o tudo a vida e o nada a morte."
Ernesto Sampaio. ''Fernanda"
sexta-feira, 9 de outubro de 2015
« Maja (levantando-se um pouco) Vais-me deixar sentar nos teus joelhos - como antigamente?»
Henrik Ibsen. Peças escolhidas 1. Quando nós, os mortos, despertamos. Edições Cotovia, Lda, Lisboa, 2006., p. 41
Henrik Ibsen. Peças escolhidas 1. Quando nós, os mortos, despertamos. Edições Cotovia, Lda, Lisboa, 2006., p. 41
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«MAJA (...) Mas, hoje em dia, tens um olhar tão cansado - um olhar de derrota ... - nas raríssimas ocasiões em que te dás ao trabalho de olhar para mim.»
Henrik Ibsen. Peças escolhidas 1. Quando nós, os mortos, despertamos. Edições Cotovia, Lda, Lisboa, 2006., p. 40
Henrik Ibsen. Peças escolhidas 1. Quando nós, os mortos, despertamos. Edições Cotovia, Lda, Lisboa, 2006., p. 40
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«IRENE (depois de um momento de silêncio) Que poemas escreveste depois disso? Em mármore, claro. Desde o dia em que eu te deixei?
RUBEK Não fiz mais poemas desde esse dia...Só andei a modelar coisas sem importância.»
Henrik Ibsen. Peças escolhidas 1. Quando nós, os mortos, despertamos. Edições Cotovia, Lda, Lisboa, 2006., p. 35
RUBEK Não fiz mais poemas desde esse dia...Só andei a modelar coisas sem importância.»
Henrik Ibsen. Peças escolhidas 1. Quando nós, os mortos, despertamos. Edições Cotovia, Lda, Lisboa, 2006., p. 35
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«IRENE Caí-te aos pés e servi-te, Arnold. (Com o punho cerrado na direcção dele:) Mas tu...!Tu...!
RUBEK (na defensiva) Eu nunca te fiz mal, Irene, nunca.
IRENE Fizeste. Feriste-me profundamente.
RUBEK (recua) Eu?
IRENE Sim, tu! Mostrei-me completamente, sem reservas, para que me completasses (docemente:) e tu não me tocaste uma única vez!
RUBEK Irene, não compreendes que muitas e muitas vezes a tua beleza este a pontos de me levar à loucura?»
Henrik Ibsen. Peças escolhidas 1. Quando nós, os mortos, despertamos. Edições Cotovia, Lda, Lisboa, 2006., p. 33/4
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«Cuidado para não os empanturrares! Ossos frescos mas sem muita carne, hum? E certifica-te que estão crus e sangrentos!»
Henrik Ibsen. Peças escolhidas 1. Quando nós, os mortos, despertamos. Edições Cotovia, Lda, Lisboa, 2006., p.
Henrik Ibsen. Peças escolhidas 1. Quando nós, os mortos, despertamos. Edições Cotovia, Lda, Lisboa, 2006., p.
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«Não é vaidade, é costume de actor e veia de amante parecer melhor do que sou.»
Agustina Bessa-Luís. Garret O Eremita Do Chiado. Guimarães Editores, 1998, Lisboa., p. 36
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«Quando era criança apanhei um puxão de orelhas por ter comprado na Feira da Ladra um retrato de Napoleão.»
Agustina Bessa-Luís. Garret O Eremita Do Chiado. Guimarães Editores, 1998, Lisboa., p. 30
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Esse ar de Clorinda mata-mouros
GARRETT
«(...) Esse ar de Clorinda mata-mouros, de que eu me ria ao almoço, parece-me deslumbrante à merenda. À ceia não sei que pensamento te vou dedicar. Não há feitios indeléveis. Mas deve-se ser homem apesar da sorte. Diz-me a sorte que te ame; e o homem diz-me que te deixe. Como numa contradança nos chegamos e nos afastamos. Somos impúdicos e depois virtuosos. A educação corrige a condição do amor. Mas o amor é incorrigível.»
Agustina Bessa-Luís. Garret O Eremita Do Chiado. Guimarães Editores, 1998, Lisboa., p. 26
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«(...) De resto estou pior de aturar. O meu génio acorda pela manhã com um esgar e um bocejo. Ou faço vítimas ou não faço nada.»
Agustina Bessa-Luís. Garret O Eremita Do Chiado. Guimarães Editores, 1998, Lisboa., p. 24
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«Flirtava com seis, não namorava com nenhuma.»
Agustina Bessa-Luís. Garret O Eremita Do Chiado. Guimarães Editores, 1998, Lisboa., p. 23
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«(...) São precisas as trevas para acender o coração. E o exílio é sempre mais noite que dia.»
Agustina Bessa-Luís. Garret O Eremita Do Chiado. Guimarães Editores, 1998, Lisboa., p. 22
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«Só gostei de mulheres lindíssimas. Acho que foi por isso que nunca amei de verdade.»
Agustina Bessa-Luís. Garret O Eremita Do Chiado. Guimarães Editores, 1998, Lisboa., p. 22
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«LUÍSA
Tens olhos de amigado. Verdes e falsos. Bem sei que estás viúvo duma amante, e eu não te quero mal por isso. Cada um cria em casa a ave de que mais gosta. Uns criam pombas, outros criam corvos. A mancebia e ninho de corvos e põe ovos de corvos na cama.»
Agustina Bessa-Luís. Garret O Eremita Do Chiado. Guimarães Editores, 1998, Lisboa., p. 17
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«Fedorento é o que cheira e não quer comer por engulho e desespero da servidão.»
Agustina Bessa-Luís. Garret O Eremita Do Chiado. Guimarães Editores, 1998, Lisboa., p. 19
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''condenado à burla das ambições e ao mérito fingido''
Agustina Bessa-Luís. Garret O Eremita Do Chiado. Guimarães Editores, 1998, Lisboa., p. 19
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«Não gosto de donzelas; são, em geral, doidas por jóias e pão de ló.»
Agustina Bessa-Luís. Garret O Eremita Do Chiado. Guimarães Editores, 1998, Lisboa., p. 17
Agustina Bessa-Luís. Garret O Eremita Do Chiado. Guimarães Editores, 1998, Lisboa., p. 17
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« GARRETT
Não. Mas que importa? As asas não são sérias nos ombros. Só os chumaços o são.
2º JANOTA
Onde aprendeste a ser tão arrogante?
GARRETT
Não sou arrogante. Sou um homem de quem não se tem pena. Há coisa mais escandalosa para os portugueses? Querem-nos a pedir à porta dos ministérios ou nas escadas das igrejas. Querem-nos calados e em farrapos. Se temos talento, tem que ser às escondidas. Se temos dinheiro é no Banco de Londres, porque aqui parece mal. Se temos mulher, tem que ser feia e mal vestida, senão chamam-nos cornudos. Não sou arrogante, sou feliz.»
Agustina Bessa-Luís. Garret O Eremita Do Chiado. Guimarães Editores, 1998, Lisboa., p. 17
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GARRETT
«Argumento com lógica, a ironia é lenta como uma procissão porque a ironia quer-se ponderada para parecer justa e não cruel. Sou claro sem vulgaridade, sou elevado sem afectação, sou, enfim, verdadeiro sem ferir a vaidade dos outros. Sou um mestre mas não ensino ninguém: apenas os assombro.»
Agustina Bessa-Luís. Garret O Eremita Do Chiado. Guimarães Editores, 1998, Lisboa., p. 16
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