sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Esse ar de Clorinda mata-mouros




GARRETT


«(...) Esse ar de Clorinda mata-mouros, de que eu me ria ao almoço, parece-me deslumbrante à merenda. À ceia não sei que pensamento te vou dedicar. Não há feitios indeléveis. Mas deve-se ser homem apesar da sorte. Diz-me a sorte que te ame; e o homem diz-me que te deixe. Como numa contradança nos chegamos e nos afastamos. Somos impúdicos e depois virtuosos.  A educação corrige a condição do amor. Mas o amor é incorrigível.»


Agustina Bessa-LuísGarret O Eremita Do Chiado. Guimarães Editores, 1998, Lisboa., p. 26

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