segunda-feira, 12 de dezembro de 2016
«As borboletas douradas, presas às suas folhas de seda,
Sofrem com a súbita escuridão à tua porta.»
Ian Hamilton. Cinquenta Poemas. Edição Bilingue. Tradução de Nuno Vidal. Edições Cotovia, Lisboa, 1995., p. 25
Sofrem com a súbita escuridão à tua porta.»
Ian Hamilton. Cinquenta Poemas. Edição Bilingue. Tradução de Nuno Vidal. Edições Cotovia, Lisboa, 1995., p. 25
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«As minhas mãos apenas podem cair
Sobre os teus ombros e esperar.»
Ian Hamilton. Cinquenta Poemas. Edição Bilingue. Tradução de Nuno Vidal. Edições Cotovia, Lisboa, 1995., p. 17
Sobre os teus ombros e esperar.»
Ian Hamilton. Cinquenta Poemas. Edição Bilingue. Tradução de Nuno Vidal. Edições Cotovia, Lisboa, 1995., p. 17
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A Tempestade
Ao longe, rompe um temporal. Rola para o nosso quarto.
Olhas para a luz de modo a apanhar-te um lado
Da cara, da boca apertada, do olhar sobressaltado.
Viras-te para mim e quando chamo tu vens
Cá e ajoelhas-te ao meu lado, para eu tomar
A tua cabeça entre as mãos como se fora tal
Uma taça delicada que tormenta pudesse quebrar.
Queres que me ponha entre ti e o trovão brutal.
Ao pousar na tua carne estas mãos grandes tremem,
Latejam em ti e depois, inseguramente, cingem.
O temporal invade-me enquanto a tua boca abre.
Ian Hamilton. Cinquenta Poemas. Edição Bilingue. Tradução de Nuno Vidal. Edições Cotovia, Lisboa, 1995., p. 13
Olhas para a luz de modo a apanhar-te um lado
Da cara, da boca apertada, do olhar sobressaltado.
Viras-te para mim e quando chamo tu vens
Cá e ajoelhas-te ao meu lado, para eu tomar
A tua cabeça entre as mãos como se fora tal
Uma taça delicada que tormenta pudesse quebrar.
Queres que me ponha entre ti e o trovão brutal.
Ao pousar na tua carne estas mãos grandes tremem,
Latejam em ti e depois, inseguramente, cingem.
O temporal invade-me enquanto a tua boca abre.
Ian Hamilton. Cinquenta Poemas. Edição Bilingue. Tradução de Nuno Vidal. Edições Cotovia, Lisboa, 1995., p. 13
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domingo, 11 de dezembro de 2016
«(...) pedras que vivem e gritam, ensanguentadas. Jerusalém.»
Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 234
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«As velhas levantaram-se, reuniram as suas trouxas, apertaram os lenços negros em volta da cabeça e principiaram a fazer o sinal da cruz e a chorar.»
Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 234
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«Hoje, como há dois mil anos, a vida está novamente em decomposição, mas os problemas que agora perturbam o equilíbrio do espírito e do coração são mais complexos e a sua solução mais difícil e sangrenta.»
Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 232/33
Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 232/33
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''edredões imundos''
Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 232
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''Self cheio de lacunas que o torna permeável''
Isabel Mesquita. Disfarces de Amor. Relacionamentos Amorosos e Vulnerabilidade narcísica. Isabel Mesquita. Climepsi Editores, Lisboa, 2013., p. 101
''profundos adictos de admiração''
«No entanto, como o que procuram é a admiração a carência perdura, a falta de amor genuíno continua a corroer o seu mundo interno. O bloqueio afectivo vai ganhando terreno, o amor fica cada vez mais longe, a proximidade relacional acaba por ser evitada pois desencadeia angústias graves ao Self pouco coeso que ameaça desmoronar-se.»
Isabel Mesquita. Disfarces de Amor. Relacionamentos Amorosos e Vulnerabilidade narcísica. Isabel Mesquita. Climepsi Editores, Lisboa, 2013., p. 100
Isabel Mesquita. Disfarces de Amor. Relacionamentos Amorosos e Vulnerabilidade narcísica. Isabel Mesquita. Climepsi Editores, Lisboa, 2013., p. 100
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festa de lágrimas
«Crêem que a posse de objectos poderosos lhes torna possível esconder a dor que sentem e minimizar o seu fundo depressivo, passando a viver uma vida assente numa festa de lágrimas.»
Isabel Mesquita. Disfarces de Amor. Relacionamentos Amorosos e Vulnerabilidade narcísica. Isabel Mesquita. Climepsi Editores, Lisboa, 2013., p. 99
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verbo intransitivo e pronominal
1. converter-se em quisto
2. endurecer
3. figurado ficar seguro como um quisto; encaixar-se
4. figurado não evoluir; não progredir
verbo intransitivo e pronominal
1. converter-se em quisto
2. endurecer
3. figurado ficar seguro como um quisto; encaixar-se
4. figurado não evoluir; não progredir
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«Seguindo as ideias de Klein sobre as posições, Wilkinson, Gabbard (1995) referem-se à existência de um espaço romântico que se situa entre o amante e o amado. Trata-se de uma experiência intrapsíquica e interpessoal que implica a existência de modos de relacionamento depressivos e paranóides-esquizóides relacionados com cada um dos parceiros. O modo esquizóide-paranóide implicando a idealização e receptividade à relação e envolvendo a coerção do amado, através da identificação projectiva, sendo possível aos amantes fantasiarem que parte de si próprios foi depositada no amante.»
Isabel Mesquita. Disfarces de Amor. Relacionamentos Amorosos e Vulnerabilidade narcísica. Isabel Mesquita. Climepsi Editores, Lisboa, 2013., p. 95
sábado, 10 de dezembro de 2016
quinta-feira, 8 de dezembro de 2016
quinta-feira, 1 de dezembro de 2016
That these are dreams that I only dream
Do I dream alone?
Micah P. Hinson - You Will Find Me
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Micah P. Hinson
Were you alone?
I figured is what
It could have been
That these are dreams that I only dream
Do I dream alone?
You will find me alone
Cause I lost my way
When I was heading home to you alone
Were you alone?
I figured is what
It could have been
That these are dreams that I only dream
Do I dream alone?
Writer(s): Micah P. Hinson
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«(...) pensar os seus pensamentos e sentir os seus sentimentos.»
«Portanto é a passagem da posição esquizo-paranóide, para a posição depressiva, em que é possível pensar sobre as dores próprias, as do outro e o papel que se teve nesse processo, desenvolvendo-se o que Fonagy et al. (2004) designam de função reflexiva.»
Isabel Mesquita. Disfarces de Amor. Relacionamentos Amorosos e Vulnerabilidade narcísica. Isabel Mesquita. Climepsi Editores, Lisboa, 2013., p. 67
Isabel Mesquita. Disfarces de Amor. Relacionamentos Amorosos e Vulnerabilidade narcísica. Isabel Mesquita. Climepsi Editores, Lisboa, 2013., p. 67
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«A comunicação de sentimentos é o início da comunicação interpessoal e fornece uma educação sobre o que pode e não pode ser comunicado.»
Isabel Mesquita. Disfarces de Amor. Relacionamentos Amorosos e Vulnerabilidade narcísica. Isabel Mesquita. Climepsi Editores, Lisboa, 2013., p. 65
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''Alguém me responde, então eu existo!''
«No entanto, quando a mãe adaptativa predomina, é possível a expansão do verdadeiro Self uma vez que esta se permite ser criada para além das necessidades do bebé, está ao serviço dos seus desejos, possibilitando-lhe o sentimento de existência do Self, como refere Ken Wright (1996): ''Alguém me responde, então eu existo!'', acrescentaríamos: alguém me pensa então eu existo.»
Isabel Mesquita. Disfarces de Amor. Relacionamentos Amorosos e Vulnerabilidade narcísica. Isabel Mesquita. Climepsi Editores, Lisboa, 2013., p. 64
Isabel Mesquita. Disfarces de Amor. Relacionamentos Amorosos e Vulnerabilidade narcísica. Isabel Mesquita. Climepsi Editores, Lisboa, 2013., p. 64
«Acaso o que surja seja um descompasso entre a necessidade, o desejo e a satisfação, o progresso do Self fica retido e desenvolve-se uma resignação implicando uma lógica de: ''se não podes mudar nada, então é melhor aceitar o que vem'' (Ken Wright, 1996.»
Isabel Mesquita. Disfarces de Amor. Relacionamentos Amorosos e Vulnerabilidade narcísica. Isabel Mesquita. Climepsi Editores, Lisboa, 2013., p. 64
Isabel Mesquita. Disfarces de Amor. Relacionamentos Amorosos e Vulnerabilidade narcísica. Isabel Mesquita. Climepsi Editores, Lisboa, 2013., p. 64
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«Uma vez que o Self está continuamente em transformação, necessita de relações com o meio para se ir desenvolvendo, a estagnação corresponde à falha, ao sentimento de que algo encriptou impedindo patologicamente o desenvolvimento, conduzindo muitas vezes a repetições de relações que sistematicamente confirmam o que falta, acentuam a dor, em vez de a acalentar.»
Isabel Mesquita. Disfarces de Amor. Relacionamentos Amorosos e Vulnerabilidade narcísica. Isabel Mesquita. Climepsi Editores, Lisboa, 2013., p. 62
"...muitas vezes trepava até à cornija da janela e empoleirava-se ali, simétrico ao grande abutre da parede oposta. Durante horas ficava nesta posição, imóvel, com um olhar turvo e um malicioso sorriso nos lábios, e quando alguém entrava na sala mexia repentinamente as mãos, a imitar as asas, e cantava como um galo."
"As Lojas de Canela" de Bruno Schulz
tradução Aníbal Fernandes. Sistema Solar
terça-feira, 29 de novembro de 2016
A importância da cor no cinema
«O aparecimento das cores transformou a linguagem fílmica e contribuiu para
a sua evolução estética, aproximando a imagem da realidade ao abandonar a monotonia
do preto e branco. O cinema tornou-se mais complexo: os enquadramentos
tornaram-se mais diversificados, o ponto de vista e os movimentos da câmara
soltaram-se da forma minimalista inicial.»
Dos Irmãos Lumière aos anos 50
«O cinema pode ser definido como a arte de produzir imagens em movimento. A
origem da palavra provém de cinematógrafo, uma invenção dos irmãos Lumière,
que tem origem no grego “kinema” que significa movimento e “ghaphein”que se
refere ao registo.
O cinema nasceu de várias inovações que vão desde o domínio fotográfico até à
síntese do movimento, recorrendo a jogos ópticos. As diversas captações de imagens
sequenciais através da fotografia1
proporcionaram o surgimento do cinema.
Auguste e Louis Lumière inventaram o cinematógrafo, um aparelho portátil com
um mecanismo movido à manivela que utilizava negativos perfurados, substituindo
a utilização de várias máquinas fotográficas para a criação de movimento, conseguindo
projectar imagens ampliadas numa tela. A 28 de Dezembro de 1895, no Salão
Indiano do Grand Café do Boulevard des Capucines, em Paris, o pai dos Irmãos
Lumière organizou a primeira exibição pública paga para filmes, data esta vulgarmente
assinalada como o nascimento do cinema»
segunda-feira, 28 de novembro de 2016
domingo, 27 de novembro de 2016
«O impulso para a morte
é uma corrente fria, sólida,
sem corpo.»
Carlos Nejar. A Idade da Eternidade. Poesia Reunida. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2001., p. 405
é uma corrente fria, sólida,
sem corpo.»
Carlos Nejar. A Idade da Eternidade. Poesia Reunida. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2001., p. 405
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«E despias tantas máscaras
que até estrangeira
era a face, cercada
de todas as águas.»
Carlos Nejar. A Idade da Eternidade. Poesia Reunida. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2001., p. 401
que até estrangeira
era a face, cercada
de todas as águas.»
Carlos Nejar. A Idade da Eternidade. Poesia Reunida. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2001., p. 401
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«Não voltavas
não voltarias nunca.»
Carlos Nejar. A Idade da Eternidade. Poesia Reunida. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2001., p. 393
não voltarias nunca.»
Carlos Nejar. A Idade da Eternidade. Poesia Reunida. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2001., p. 393
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« entre os canaviais da lua»
Carlos Nejar. A Idade da Eternidade. Poesia Reunida. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2001., p. 392
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« a água
amaciando sol.»
Carlos Nejar. A Idade da Eternidade. Poesia Reunida. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2001., p. 385
amaciando sol.»
Carlos Nejar. A Idade da Eternidade. Poesia Reunida. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2001., p. 385
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«Não morri,
fui acordado.»
Carlos Nejar. A Idade da Eternidade. Poesia Reunida. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2001., p. 383
fui acordado.»
Carlos Nejar. A Idade da Eternidade. Poesia Reunida. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2001., p. 383
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«Parar
a eternidade
como um vento
na mão?»
Carlos Nejar. A Idade da Eternidade. Poesia Reunida. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2001., p. 382
a eternidade
como um vento
na mão?»
Carlos Nejar. A Idade da Eternidade. Poesia Reunida. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2001., p. 382
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«A morte se depura
quanto mais se morre.»
Carlos Nejar. A Idade da Eternidade. Poesia Reunida. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2001., p. 373
quanto mais se morre.»
Carlos Nejar. A Idade da Eternidade. Poesia Reunida. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2001., p. 373
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«Nascemos dos limites.»
Carlos Nejar. A Idade da Eternidade. Poesia Reunida. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2001., p. 371
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42
MÃO QUE VOA
Poesia
não se aperta
na mão
como um pássaro
doente.
Poesia é a mão
que voa
com o pássaro.
Carlos Nejar. A Idade da Eternidade. Poesia Reunida. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2001., p. 370
Poesia
não se aperta
na mão
como um pássaro
doente.
Poesia é a mão
que voa
com o pássaro.
Carlos Nejar. A Idade da Eternidade. Poesia Reunida. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2001., p. 370
sexta-feira, 25 de novembro de 2016
37
PASSAGEM DE UM POVO
Sou a passagem
entre ti e os mortos.
Passagem de um povo.
Escolhi.
Que me lavem no fogo
e me rodeiem
no silêncio da aurora.
A criação pousou em mim.
Eu vejo.
Sou um começo
que nem mesmo entendo.
Passagem de alguém
que reconheço
no amor de andar
em mim.
Carlos Nejar. A Idade da Eternidade. Poesia Reunida. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2001., p. 365
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«Nenhuma lucidez é feliz»
Carlos Nejar. A Idade da Eternidade. Poesia Reunida. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2001., p. 364
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«Voltava da eternidade
ou do amor quando te vi.»
Carlos Nejar. A Idade da Eternidade. Poesia Reunida. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2001., p. 366
ou do amor quando te vi.»
Carlos Nejar. A Idade da Eternidade. Poesia Reunida. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2001., p. 366
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«A eternidade era o sangue
que roubei do equilíbrio.»
Carlos Nejar. A Idade da Eternidade. Poesia Reunida. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2001., p. 364
que roubei do equilíbrio.»
Carlos Nejar. A Idade da Eternidade. Poesia Reunida. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2001., p. 364
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«os teus sonhos
não dormem.»
Carlos Nejar. A Idade da Eternidade. Poesia Reunida. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2001., p. 363
não dormem.»
Carlos Nejar. A Idade da Eternidade. Poesia Reunida. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2001., p. 363
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(...)
« o bando de estorninhos
sobre a alma.»
Carlos Nejar. A Idade da Eternidade. Poesia Reunida. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2001., p. 362
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incoativo
adjetivo
1. que começa
2. GRAMÁTICA (verbo) que exprime começo de uma ação (como adormecer e anoitecer)
Do latim inchoatīvu-, «que indica começo»
1. que começa
2. GRAMÁTICA (verbo) que exprime começo de uma ação (como adormecer e anoitecer)
Do latim inchoatīvu-, «que indica começo»
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«(...) E dali
descíamos
e não era o mar,
a escuridão.
Descíamos
para dentro dos vivos.»
Carlos Nejar. A Idade da Eternidade. Poesia Reunida. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2001., p. 361
descíamos
e não era o mar,
a escuridão.
Descíamos
para dentro dos vivos.»
Carlos Nejar. A Idade da Eternidade. Poesia Reunida. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2001., p. 361
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''¿Quién dijo que cuando nos hacemos mayores ya no podemos crear? El que nace artista, morirá artista y seguirá creando en nuevos mundos. La madre de Tony Luciani ya no era capaz de cuidar de sí misma, entonces el artista canadiense, se encargó de ser su cuidador a tiempo completo. Así que se le ocurrió ir más allá de los cuidados básicos y comenzar una aventura artística junto a su madre. El objetivo, hacerle sentir útil y reforzar…''
quarta-feira, 23 de novembro de 2016
''cada instante dói''
Carlos Nejar. A Idade da Eternidade. Poesia Reunida. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2001., p. 359
ESTA CHAMA
O coração é jovem.
Envelhece a razão.
Carlos Nejar. A Idade da Eternidade. Poesia Reunida. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2001., p. 359
Envelhece a razão.
Carlos Nejar. A Idade da Eternidade. Poesia Reunida. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2001., p. 359
sábado, 19 de novembro de 2016
«Inocentes somos
quando amamos.»
Carlos Nejar. A Idade da Eternidade. Poesia Reunida. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2001., p. 325
quando amamos.»
Carlos Nejar. A Idade da Eternidade. Poesia Reunida. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2001., p. 325
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«Sozinho não vou.
Não quero ir.»
Carlos Nejar. A Idade da Eternidade. Poesia Reunida. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2001., p. 322
Não quero ir.»
Carlos Nejar. A Idade da Eternidade. Poesia Reunida. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2001., p. 322
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«Quero abraçar-te, morte»
Carlos Nejar. A Idade da Eternidade. Poesia Reunida. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2001., p. 314
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XLVI
UM DIA
Um dia a aurora
na cesta do pão.
Um dia as coisas
vergarão a aurora.
Um dia
amor e amantes
colherão
no dobrar das mãos.
O mundo
ao lado de outro
mundo.
Um dia.
Carlos Nejar. A Idade da Eternidade. Poesia Reunida. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2001., p. 297
«Pode a memória ser árvore.
E nós, os nodosos ramos.»
Carlos Nejar. A Idade da Eternidade. Poesia Reunida. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2001., p. 297
E nós, os nodosos ramos.»
Carlos Nejar. A Idade da Eternidade. Poesia Reunida. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2001., p. 297
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«Quando te vi, perdi a morte»
Carlos Nejar. A Idade da Eternidade. Poesia Reunida. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2001., p. 296
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sexta-feira, 18 de novembro de 2016
quinta-feira, 17 de novembro de 2016
XXXIV
- NÃO CARREGUEM OS MORTOS
Uma terra que não seca
está connosco.
Não carreguem os mortos.
Os ramos se renovam.
E o coração
tem uma corola de fôlegos.
Carlos Nejar. A Idade da Eternidade. Poesia Reunida. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2001., p. 292
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«As coisas pedem pouso quando amam.»
Carlos Nejar. A Idade da Eternidade. Poesia Reunida. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2001., p. 286
«Quem te amou,
estava em mim,»
Carlos Nejar. A Idade da Eternidade. Poesia Reunida. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2001., p. 286
estava em mim,»
Carlos Nejar. A Idade da Eternidade. Poesia Reunida. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2001., p. 286
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''a solidão de um homem''
Carlos Nejar. A Idade da Eternidade. Poesia Reunida. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2001., p. 280
«Mitchel (1988) refere que as pessoas continuam ao longo da vida a procurar relações insatisfatórias porque, em todo o caso, elas representam protótipos de graus de segurança, esta é auferida na ligação ao anteriormente já experimentado.
Da Saúde Mental faz parte a integração de novas experiências de relação, renovadoras e promotoras do desenvolvimento. Contudo, é necessário que se tenha construído internamente um sentimento de ter sido desejado e amado de modo continuado por alguém, de forma a se poder partir em busca de novas relações, também essas geradoras de amor e de crescimento emocional e afectivo.»
Isabel Mesquita. Disfarces de Amor. Relacionamentos Amorosos e Vulnerabilidade narcísica. Isabel Mesquita. Climepsi Editores, Lisboa, 2013., p. 63
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Self real
Self imaginário
Self ideal
Self patológico
Self descaracterizado
Self nevoento
Self deturpado
Self grandioso
Self ambivalente
....
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Self, Self, Self, Self, Self
Self, Self, Self, Self, Self
Self, Self, Self, Self, Self
Self imaginário
Self ideal
Self patológico
Self descaracterizado
Self nevoento
Self deturpado
Self grandioso
Self ambivalente
....
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segunda-feira, 7 de novembro de 2016
sábado, 5 de novembro de 2016
«Continuamente sinto que fui outro, que senti outro, que pensei outro. Aquilo a que assisto é um espetáculo com outro cenário. E aquilo a que assisto sou eu.»
Fernando Pessoa
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terça-feira, 1 de novembro de 2016
«(...feridas internas, as lesões sofridas no Self,''
Isabel Mesquita. Disfarces de Amor. Relacionamentos Amorosos e Vulnerabilidade narcísica. Climepsi Editores, Lisboa, 2013., p. 19
quarta-feira, 26 de outubro de 2016
«Eu megalômano, narcísico,»
Isabel Mesquita. Disfarces de Amor. Relacionamentos Amorosos e Vulnerabilidade narcísica. Climepsi Editores, Lisboa, 2013., p. 15
anestesia afectiva
Isabel Mesquita. Disfarces de Amor. Relacionamentos Amorosos e Vulnerabilidade narcísica. Climepsi Editores, Lisboa, 2013., p. 14
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