sábado, 6 de maio de 2017


o advogado «uma consciência alugada»


Pitigrillia decadência do paradoxo. Tradução Portuguesa de Dr. Souza-Soares. Editorial Minerva, Lisboa., p. 16

o pranto, «uma solução de água e cloreto de sódio»

Pitigrillia decadência do paradoxo. Tradução Portuguesa de Dr. Souza-Soares. Editorial Minerva, Lisboa., p. 16

a cólera, «uma descarga adrenalínica»

Pitigrillia decadência do paradoxo. Tradução Portuguesa de Dr. Souza-Soares. Editorial Minerva, Lisboa., p. 16

«Só uma coisa é pior que os cheiros ordinários: os perfumes ordinários.»


Pitigrillia decadência do paradoxo. Tradução Portuguesa de Dr. Souza-Soares. Editorial Minerva, Lisboa., p. 15

«na minha desordem é que está a ordem»


Pitigrillia decadência do paradoxo. Tradução Portuguesa de Dr. Souza-Soares. Editorial Minerva, Lisboa., p. 13

« le mari de toutes les femmes et la femme de tous les maris.»


Pitigrillia decadência do paradoxo. Tradução Portuguesa de Dr. Souza-Soares. Editorial Minerva, Lisboa., p. 13


«A única diferença que há entre o capricho e uma paixão eterna é que o capricho é mais duradoiro.»


Pitigrillia decadência do paradoxo. Tradução Portuguesa de Dr. Souza-Soares. Editorial Minerva, Lisboa., p. 12
insulso
in.sul.so
ĩˈsuɫsu
adjetivo
1.sem salinsosso
2.figurado que não tem graçadesenxabido

''ligeiro traumatismo psíquico''


Pitigrillia decadência do paradoxo. Tradução Portuguesa de Dr. Souza-Soares. Editorial Minerva, Lisboa., p. 10


    «Um cavalheiro de 1700 tinha uma amante e tinha também a mulher. Todas as noites, sem perder uma, vinte anos seguidos, ia à casa da amante. Quando lhe morreu a mulher, alguém disse: «Agora podes casar com a tua amante...» «Não», respondeu ele, «porque já não tinha onde ir passar as noites...»


Pitigrillia decadência do paradoxo. Tradução Portuguesa de Dr. Souza-Soares. Editorial Minerva, Lisboa., p. 9

''a cintilação do engenho''


Pitigrillia decadência do paradoxo. Tradução Portuguesa de Dr. Souza-Soares. Editorial Minerva, Lisboa., p. 8

   «Do paradoxo pode-se repetir o que um poeta respondeu a uma senhora que lhe perguntava se era muito difícil fazer bons versos.
    «Minha senhora», disse-lhe ele, «ou é muito fácil, ou é impossível». Ou são bons, ou não prestam.»



Pitigrillia decadência do paradoxo. Tradução Portuguesa de Dr. Souza-Soares. Editorial Minerva, Lisboa., p. 8

arcada dental

Mamíferos de Luxo (1920)

 Cocaína (1921)

  A Virgem de 18 Quilates (1924)

 Os Vegetarianos do Amor (1931)

 Loura Dolicocéfala (1936)

O Farmacêutico a Cavalo (1948)

 O Deslize do Moralista (1948)

Pitigrilli

Afirmava que adoptou este pseudónimo porque gostava de "colocar os pingos nos ii".
universos vazios de moral
«O paradoxo é uma elegante gravata que faz nó cego, quando se puxa demasiadamente por ela.»

Pitigrilli. a decadência do paradoxo. Tradução Portuguesa de Dr. Souza-Soares. Editorial Minerva, Lisboa., p. 7

Topaz (1969)


Cinemalogia

“A Costureirinha”

cascata neuroquímica

sexta-feira, 5 de maio de 2017


«Para ti e tudo o que em ti vive,
eu estou a escrever.»



Antologia de Vicente Aleixandre. Selecção, tradução e prólogo de José Bento. Editorial Inova/Porto., p. 139

«Escrevo porventura para os que não me lêem.»


Antologia de Vicente Aleixandre. Selecção, tradução e prólogo de José Bento. Editorial Inova/Porto., p. 137


«(...)             E nada lhe dói,
mas dói-lhe tudo.»



Antologia de Vicente Aleixandre. Selecção, tradução e prólogo de José Bento. Editorial Inova/Porto., p. 133

«A solidão em que abrimos os olhos.
A solidão em que uma manhã despertámos, caídos,
derrubados de qualquer parte, quase não podendo
                                                                                    [reconhecer-nos.»



Antologia de Vicente Aleixandre. Selecção, tradução e prólogo de José Bento. Editorial Inova/Porto., p. 133

quinta-feira, 4 de maio de 2017


(...)

« Mas isto é uma grande tarde que durasse toda a vida.
                                                                                      [Como deitados,
existimos, meu amor, e a tua alma,
passada à dimensão da vida, é como um grande corpo
que numa tarde infinita eu fosse reconhecendo.
Durante a tarde inteira do viver eu amei-te.
E agora o que ali cai não é o poente, é só
a vida toda que ali cai; e o ocaso
não é: é o próprio viver o que termina,
e eu quero-te. Quero-te e esta tarde acaba,
tarde doce, existida, em que nos temos querido.

Vida que toda inteira durou como uma tarde.
Anos como uma hora em que percorri a tua alma,
descobrindo-a devagar, como minuto a minuto.
Porque o que ali está a acabar, talvez, sim, seja a vida.
Mas agora aqui o estampido que começou completa-se
e na culminação, nos brilhos, toda estás descoberta,
e foi uma tarde, uma irupção, e o zenite e as luzes
abrem-se no alto por completo, e estás aqui:
                                                                                     [possuímo-nos 



Antologia de Vicente Aleixandre. Selecção, tradução e prólogo de José Bento. Editorial Inova/Porto., p. 130

«Eu sei que tudo isto tem um nome: existir.»


Antologia de Vicente Aleixandre. Selecção, tradução e prólogo de José Bento. Editorial Inova/Porto., p. 129

''Amor nos dedos''


Antologia de Vicente Aleixandre. Selecção, tradução e prólogo de José Bento. Editorial Inova/Porto., p. 127

(...)

«Abdica da tua própria dor. Distende o teu próprio
                                                                        [coração contraído.
Um só coração te percorre, uma única pulsação
                                                                        [sobe os teus olhos,
poderosamente invade o teu corpo, levanta o teu
   [peito, faz-te agitar as mãos quando avanças agora.»


Antologia de Vicente Aleixandre. Selecção, tradução e prólogo de José Bento. Editorial Inova/Porto., p. 125

«A solidão não mente ao que há em mim.»


Antologia de Vicente Aleixandre. Selecção, tradução e prólogo de José Bento. Editorial Inova/Porto., p. 121

«Aqui cega paixão desfez-se fria,»


Antologia de Vicente Aleixandre. Selecção, tradução e prólogo de José Bento. Editorial Inova/Porto., p. 121
“Quanto mais iludirmos a nossa mente, Menor é a possibilidade de conhecermos a nossa real condição...”

 J.R.

quarta-feira, 3 de maio de 2017


«(...)    ; olha a minha lágrima
a beijar-te;»


Antologia de Vicente Aleixandre. Selecção, tradução e prólogo de José Bento. Editorial Inova/Porto., p. 107

''nuvem prenhe''


Antologia de Vicente Aleixandre. Selecção, tradução e prólogo de José Bento. Editorial Inova/Porto., p. 106

''só em ti me destruo''


Antologia de Vicente Aleixandre. Selecção, tradução e prólogo de José Bento. Editorial Inova/Porto., p. 105

derrapagens sociopolíticas

Fotomemórias e ANTEcâmara

terça-feira, 2 de maio de 2017

inópia
i.nó.pi.a
iˈnɔpjɐ
nome feminino
1.falta de riquezapenúria
2.deficiência, defeito

Justin Vernon - A Song For a Lover Of Long Ago





rain on the bard
clinging water mark
and your hands are what i had
and calls up what i can


ring you and me
shake memory free
cant scratch the open sun
cant chase away the hope
I've buried you
in every place I've been
you keep ending up
in my shaking hands


rain sound the alarm
and stain my broken heart
the things violinist
buried in my gut
there are chances or choices
sometimes you just have to cut


ive buried you
every place i move
you keep ending up
in my shaking hands
i have buried you
with my shaking hands
you keep ending up
every place i been


i have buried you
every place ive been
and you keep ending up
in my shaking hands
you keep ending up
every place ive been
in my shaking hands
every place ive been

DESTINO DA CARNE


Não, não é isto. Não olho
um céu do outro lado do horizonte.
Não contemplo uns olhos tranquilos, poderosos,
que acalmam as águas ferozes que aqui bramam.
Não olho essa cascata de luzes que descem
de uma boca até um peito, até mãos suaves,
finitas, que este mundo encerram, entesouram.

Por toda a parte vejo corpos nus, submissos
ao cansaço do mundo. Carne fugaz que talvez 
tenha nascido para ser chispa de luz, para se abrasar
de amor e ser o nada sem memória, a formosa
redondeza da luz.
E que está aqui, está aqui, flacidamente eterna,
sucessiva, constante, sempre, sempre cansada.


É inútil que um vento distante, com forma vegetal,
                                                                                 [ ou uma língua,
lamba devagar e longamente o seu volume, o aguce,
o lime, o acaricie, o exalte.
Corpos humanos, rochas cansadas, pardos vultos
que à beira-mar consciência sempre
tendes de que a vida não acaba, não, e se transmite.
Corpos que amanhã repetidos, infinitos, rolais
como uma espuma lenta, desiludida, sempre.
Sempre carne do homem, sem luz! Sempre rolados
desde além, de um oceano sem origem que envia
ondas, ondas, espumas, corpos cansados, orlas
de um mar que não acaba, sempre ofegante em
                                                                                [suas margens.


Todos, multiplicados, repetidos, sucessivos,
                                                                                  [amontoais a carne,
a vida, sem esperança, monotonamente iguais sob os 
                   [céus foscos que impassíveis se herdam.
Sobre esse mar de corpos que aqui brotam sem
                                          [trégua, que aqui desabrocham
nitidamente e, mortais, ficam nas praias,
não se vê, não, esse rápido batel, ágil veleiro
que com quilha de aço, rasgue, torça,
abra sangue de luz e impetuoso fuja
rumo ao fundo horizonte, rumo à origem
última da vida, ao extremo do oceano eterno
que, humanos, espalha
os seus corpos cinzentos. Para a luz, para essa
                                                 [escada ascendente de brilhos
de um peito benigno para uma boca sobe,
para uns olhos enormes, totais, que contemplam,
para umas mãos silenciosas, finitas, que prendem,
onde cansados sempre, vitais, ainda nascemos.


Antologia de Vicente Aleixandre. Selecção, tradução e prólogo de José Bento. Editorial Inova/Porto., p. 98

''cabelos de fogo''

''doces corações cansados''


Antologia de Vicente Aleixandre. Selecção, tradução e prólogo de José Bento. Editorial Inova/Porto., p. 94




(...)                               amava
sem conhecer o amor;



Antologia de Vicente Aleixandre. Selecção, tradução e prólogo de José Bento. Editorial Inova/Porto., p. 92

O CORPO E A ALMA


Mas é mais triste ainda, bem mais triste.
Triste como o ramo que para ninguém deixa cair
                                                                                           [seu fruto.

Mais triste, mais. Como esse bafo
que da terra exala depois a polpa morta.
Como essa mão que do corpo estendido
se eleva e quer somente acariciar as luzes,
o sorriso dolente, a noite aveludada e muda.
Luz da noite sobre o corpo estendido sem alma.
Alma fora, alma fora do corpo, esvoaçando
tão delicadamente sobre a triste forma abandonada.
Alma de doce névoa, suspensa
sobre o seu ontem enamorado, corpo inerme
que pálido arrefece com as horas nocturnas
e quieto fica, só, docemente vazio.

Alma de amor que vela e se separa
vacilando, e por fim se afasta, ternamente fria.




Antologia de Vicente Aleixandre. Selecção, tradução e prólogo de José Bento. Editorial Inova/Porto., p. 90

''morte beijada''

''Respiravas sem vento''


Antologia de Vicente Aleixandre. Selecção, tradução e prólogo de José Bento. Editorial Inova/Porto., p. 88

segunda-feira, 1 de maio de 2017


«Sim, poeta: o amor e a dor são o teu reino.»


Antologia de Vicente Aleixandre. Selecção, tradução e prólogo de José Bento. Editorial Inova/Porto., p. 81

«Não sei o que é a morte, se se beija uma boca.»


Antologia de Vicente Aleixandre. Selecção, tradução e prólogo de José Bento. Editorial Inova/Porto., p. 75ão 

sudário

su.dá.ri.o
suˈdarju
nome masculino

1. pano com que se limpava o suor
2. lençol usado para envolver um cadáver, mortalha
3. RELIGIÃO tela que representa o rosto ensanguentado de Jesus
4. figurado conjunto ou relato de coisas tristes ou de infelicidades


«Morte como o punhado de areia,
como a água que na cova fica solitária,
como a gaivota que no meio da noite
tem uma cor de sangue sobre o mar que não existe.»




Antologia de Vicente Aleixandre. Selecção, tradução e prólogo de José Bento. Editorial Inova/Porto., p. 69

''(...) a morte ri na boca.»


Antologia de Vicente Aleixandre. Selecção, tradução e prólogo de José Bento. Editorial Inova/Porto., p. 69

''areia mordida''

sangues


«Para morrer basta um pequeno ruído,
o de outro coração ao calar-se,»


Antologia de Vicente Aleixandre. Selecção, tradução e prólogo de José Bento. Editorial Inova/Porto., p. 59

«Nasci quando morreste.»


David Mourão-Ferreira. Obra Poética. 1948-1988. Editorial Presença. p. 55

« - Importa amar, sem ver a quem...
Ser infeliz, todos os dias!»



David Mourão-Ferreira. Obra Poética. 1948-1988. Editorial Presença. p. 43

 «            (...)                  , minha mão
divaga, cega, pelos teus cabelos...»


David Mourão-Ferreira. Obra Poética. 1948-1988. Editorial Presença. p. 40

«Eu vi a eternidade nos teus dedos!»


David Mourão-Ferreira


queda de cabelo (alopécia)

“Não te dês por vencido, nem a um vencido; não te mostres como um escravo, nem mesmo a um escravo”.

Unamuno

suicídio e perturbações de personalidade

''São desequilíbrios psicológicos decorrentes de feridas passadas não saradas e de um baixo nível de autoestima.''

Enrique Rojas
« - A tua alma estava à minha espera, aberta...
Repousei no teu corpo e não fui mais além.»


David Mourão-Ferreira

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