«Os homens podem aconselhar e confortar a dor
Que não sentem; vivê-la, transforma
Em paixão o conselho que antes
Dava remédios contra a raiva
Acorrentava a loucura com fios de seda,
Acalmava a dor com sons e a agonia com palavras.»
William Shakespeare. Muito Barulho Por Nada. Introdução, tradução e notas por Maria João Pires, Campo das Letras, Porto, 1ª edição 2003., p. 121
terça-feira, 21 de julho de 2015
«Remendar as mágoas com provérbios»
William Shakespeare. Muito Barulho Por Nada. Introdução, tradução e notas por Maria João Pires, Campo das Letras, Porto, 1ª edição 2003., p. 121
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"Decades"
Here are the young men, the weight on their shoulders,
Here are the young men, well where have they been?
We knocked on the doors of Hell's darker chamber,
Pushed to the limit, we dragged ourselves in,
Watched from the wings as the scenes were replaying,
We saw ourselves now as we never had seen.
Portrayal of the trauma and degeneration,
The sorrows we suffered and never were free.
Where have they been?
Where have they been?
Where have they been?
Where have they been?
Weary inside, now our heart's lost forever,
Can't replace the fear, or the thrill of the chase,
Each ritual showed up the door for our wanderings,
Open then shut, then slammed in our face.
Where have they been?
Where have they been?
Where have they been?
Where have they been?
Writer(s): Bernard Sumner, Peter Hook, Ian Kevin Curtis, Stephen Paul David Morris
Here are the young men, well where have they been?
We knocked on the doors of Hell's darker chamber,
Pushed to the limit, we dragged ourselves in,
Watched from the wings as the scenes were replaying,
We saw ourselves now as we never had seen.
Portrayal of the trauma and degeneration,
The sorrows we suffered and never were free.
Where have they been?
Where have they been?
Where have they been?
Where have they been?
Weary inside, now our heart's lost forever,
Can't replace the fear, or the thrill of the chase,
Each ritual showed up the door for our wanderings,
Open then shut, then slammed in our face.
Where have they been?
Where have they been?
Where have they been?
Where have they been?
Writer(s): Bernard Sumner, Peter Hook, Ian Kevin Curtis, Stephen Paul David Morris
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domingo, 19 de julho de 2015
"Forget Her"
While this town is busy sleeping,
All the noise has died away.
I walk the streets to stop my weeping,
'Cause she'll never change her ways.
Don't fool yourself, she was heartache from the moment that you met her.
Ah, my heart feels so still as I try to find the will to forget her, somehow.
Ooh, I think I've forgotten her now.
Her love is a rose, pale and dying.
Dropping her petals in land unknown
All full of wine, the world before her, was sober with no place to go.
Don't fool yourself, she was heartache from the moment that you met her.
My heart is frozen still as I try to find the will to forget her, somehow.
She's somewhere out there now.
[Guitar Solo]
Well my tears falling down as I try to forget,
Her love was a joke from the day that we met.
All of the words, all of her men,
All of my pain when I think back to when.
Remember her hair as it shone in the sun,
The smell of the bed when I knew what she'd done.
Tell yourself over and over you won't ever need her again.
But don't fool yourself,
She was heartache from the moment that you met her.
Oh, my heart is frozen still as I try to find the will to forget her, somehow.
She's out there somewhere now.
Oh She was heartache from the day that I first met her.
My heart is frozen still as I try to find the will to forget you, somehow.
'Cause I know you're somewhere out there right now
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«Cora de culpa e não de inocência.»
William Shakespeare. Muito Barulho Por Nada. Introdução, tradução e notas por Maria João Pires, Campo das Letras, Porto, 1ª edição 2003., p. 104
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«Se um mau pensamento não torcer uma boa palavra, eu não ofenderei ninguém.»
William Shakespeare. Muito Barulho Por Nada. Introdução, tradução e notas por Maria João Pires, Campo das Letras, Porto, 1ª edição 2003., p. 96
William Shakespeare. Muito Barulho Por Nada. Introdução, tradução e notas por Maria João Pires, Campo das Letras, Porto, 1ª edição 2003., p. 96
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«BENEDITO Bem, todos sabem dominar os males, menos aquele que os padece.»
William Shakespeare. Muito Barulho Por Nada. Introdução, tradução e notas por Maria João Pires, Campo das Letras, Porto, 1ª edição 2003., p. 83
William Shakespeare. Muito Barulho Por Nada. Introdução, tradução e notas por Maria João Pires, Campo das Letras, Porto, 1ª edição 2003., p. 83
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«(...) pois o que o coração sente a língua diz.»
William Shakespeare. Muito Barulho Por Nada. Introdução, tradução e notas por Maria João Pires, Campo das Letras, Porto, 1ª edição 2003., p. 82
William Shakespeare. Muito Barulho Por Nada. Introdução, tradução e notas por Maria João Pires, Campo das Letras, Porto, 1ª edição 2003., p. 82
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«Alguns Cupidos matam como setas, outros com rede.»
William Shakespeare. Muito Barulho Por Nada. Introdução, tradução e notas por Maria João Pires, Campo das Letras, Porto, 1ª edição 2003., p. 81
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«(...): ninguém sabe
O dano que uma má palavra pode causar ao amor.»
William Shakespeare. Muito Barulho Por Nada. Introdução, tradução e notas por Maria João Pires, Campo das Letras, Porto, 1ª edição 2003., p. 80
O dano que uma má palavra pode causar ao amor.»
William Shakespeare. Muito Barulho Por Nada. Introdução, tradução e notas por Maria João Pires, Campo das Letras, Porto, 1ª edição 2003., p. 80
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«Espantais-me, julgava o seu espírito resistente ao afecto.»
William Shakespeare. Muito Barulho Por Nada. Introdução, tradução e notas por Maria João Pires, Campo das Letras, Porto, 1ª edição 2003., p. 69
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«BENEDITO (Aparte) Se um cão se tivesse permitido ladrar assim, mandá-lo-iam enforcar. Só peço a Deus que essa má voz não seja presságio de uma desgraça. Preferia ter ouvido a coruja, qualquer que fosse a praga que me trouxesse.»
William Shakespeare. Muito Barulho Por Nada. Introdução, tradução e notas por Maria João Pires, Campo das Letras, Porto, 1ª edição 2003., p. 68
William Shakespeare. Muito Barulho Por Nada. Introdução, tradução e notas por Maria João Pires, Campo das Letras, Porto, 1ª edição 2003., p. 68
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«(...) mas enquanto todas as graças não estiverem reunidas numa só mulher, nenhuma delas me cairá em graça.»
William Shakespeare. Muito Barulho Por Nada. Introdução, tradução e notas por Maria João Pires, Campo das Letras, Porto, 1ª edição 2003., p. 66
William Shakespeare. Muito Barulho Por Nada. Introdução, tradução e notas por Maria João Pires, Campo das Letras, Porto, 1ª edição 2003., p. 66
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«(...) quando nos toca a felicidade não encontramos palavras para expressá-la.»
William Shakespeare. Muito Barulho Por Nada. Introdução, tradução e notas por Maria João Pires, Campo das Letras, Porto, 1ª edição 2003., p. 59
William Shakespeare. Muito Barulho Por Nada. Introdução, tradução e notas por Maria João Pires, Campo das Letras, Porto, 1ª edição 2003., p. 59
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«BEATRIZ O Conde não está nem triste, nem doente, nem alegre, nem de saúde; considerai-o polido, polido como uma laranja de cuja cor ciumenta ele participa.»
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« - Vou denunciar o mundo a Deus!»
Nikos Kazantzaki. Os irmãos inimigos. Tradução de Celeste Costa. Editorial Estúdios Cor, Lisboa., p. 62
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«Veio-lhe uma lembrança que lhe feriu o coração.»
Nikos Kazantzaki. Os irmãos inimigos. Tradução de Celeste Costa. Editorial Estúdios Cor, Lisboa., p. 60
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«Não chorava, tanto se habituara aos mortos;»
Nikos Kazantzaki. Os irmãos inimigos. Tradução de Celeste Costa. Editorial Estúdios Cor, Lisboa., p. 56
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«Às vezes, sem razão, desfazia-se em pranto e rebolava-se pelo chão com gritos histéricos.»
Nikos Kazantzaki. Os irmãos inimigos. Tradução de Celeste Costa. Editorial Estúdios Cor, Lisboa., p. 52
Nikos Kazantzaki. Os irmãos inimigos. Tradução de Celeste Costa. Editorial Estúdios Cor, Lisboa., p. 52
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''frenesi de carnificina recíproca''
Nikos Kazantzaki. Os irmãos inimigos. Tradução de Celeste Costa. Editorial Estúdios Cor, Lisboa., p. 47
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«Receai, portanto, ferir o coração do homem, porque ele é a morada de Deus.»
Nikos Kazantzaki. Os irmãos inimigos. Tradução de Celeste Costa. Editorial Estúdios Cor, Lisboa., p. 45
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«Em vão a dor de Deus lhes batia às portas do coração; as portas do coração não se abriam e Cristo ficava de fora, privado de abrigo.»
Nikos Kazantzaki. Os irmãos inimigos. Tradução de Celeste Costa. Editorial Estúdios Cor, Lisboa., p. 44
Nikos Kazantzaki. Os irmãos inimigos. Tradução de Celeste Costa. Editorial Estúdios Cor, Lisboa., p. 44
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«Já as machadadas ressoavam na árvore em que começavam a talhar a cruz. E o padre ouvia-as como e ele próprio fosse a árvore, e sofria.»
Nikos Kazantzaki. Os irmãos inimigos. Tradução de Celeste Costa. Editorial Estúdios Cor, Lisboa., p. 44
Nikos Kazantzaki. Os irmãos inimigos. Tradução de Celeste Costa. Editorial Estúdios Cor, Lisboa., p. 44
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Os irmãos inimigos
«O homem tem na alma uma força imensa», pensava padre Yannaros, « uma força que pode transformar um pedaço de pano numa bandeira.»
Nikos Kazantzaki. Os irmãos inimigos. Tradução de Celeste Costa. Editorial Estúdios Cor, Lisboa., p. 42
Nikos Kazantzaki. Os irmãos inimigos. Tradução de Celeste Costa. Editorial Estúdios Cor, Lisboa., p. 42
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sábado, 18 de julho de 2015
DESCRIAÇÃO
"Um homem escreveu um livro sobre as mesas
que mais sabe ele
a meu respeito?
Tu estiveste no centro do poema
Mas já não és o centro do poema
Uma espiral marcada por flechas
Depois dos quartos a céu aberto
a tua voz diz entre as pedras
um espaço está vazio"
Emmanuel Hocquard. "Teoria das Mesas"/ "Elegia 7"
sexta-feira, 17 de julho de 2015
Vicious
You hit me with a flower
You do it every hour
Oh, baby, you're so vicious
Vicious
You want me to hit you with a stick
But all I've got is a guitar pick
Huh, baby, you're so vicious
When I watch you come
Baby, I just want to run far away
You're not the kind of person around I
Want to stay
When I see you walking down the street
I step on your hands and I mangle your feet
You're not the kind of person that I want to meet
Oh, baby, you're so vicious
You're just so vicious
Vicious
Hey, you hit me with a flower
You do it every hour
Oh, baby you're so vicious
Vicious
Hey, why don't you swallow razor blades
You must think that I'm some kind of gay blade
But baby, you're so vicious
When I see you coming
I just have to run
You're not good and you certainly aren't
Very much fun
When I see you walking down the street
I step on your hand and I mangle your feet
You're not the kind of person that I'd even want to meet
'Cause you're so vicious
Baby, you're so vicious
Vicious, vicious
Vicious, vicious
Vicious, vicious
Vicious, vicious
You hit me with a flower
You do it every hour
Oh, baby, you're so vicious
Vicious
You want me to hit you with a stick
But all I've got is a guitar pick
Huh, baby, you're so vicious
When I watch you come
Baby, I just want to run far away
You're not the kind of person around I
Want to stay
When I see you walking down the street
I step on your hands and I mangle your feet
You're not the kind of person that I want to meet
Oh, baby, you're so vicious
You're just so vicious
Vicious
Hey, you hit me with a flower
You do it every hour
Oh, baby you're so vicious
Vicious
Hey, why don't you swallow razor blades
You must think that I'm some kind of gay blade
But baby, you're so vicious
When I see you coming
I just have to run
You're not good and you certainly aren't
Very much fun
When I see you walking down the street
I step on your hand and I mangle your feet
You're not the kind of person that I'd even want to meet
'Cause you're so vicious
Baby, you're so vicious
Vicious, vicious
Vicious, vicious
Vicious, vicious
Vicious, vicious
Songwriters: LEWIS ALLEN REED, LOU REED
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«Judas, até quando trairás tu Cristo?»
Nikos Kazantzaki. Os irmãos inimigos. Tradução de Celeste Costa. Editorial Estúdios Cor, Lisboa., p. 38
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Os irmãos inimigos
«É um homem terrível, que não dá uma fala a ninguém. Diga-se o que disser, faça-se o que se fizer, nunca se tem por satisfeito.»
Nikos Kazantzaki. Os irmãos inimigos. Tradução de Celeste Costa. Editorial Estúdios Cor, Lisboa., p. 36
Nikos Kazantzaki. Os irmãos inimigos. Tradução de Celeste Costa. Editorial Estúdios Cor, Lisboa., p. 36
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Os irmãos inimigos
«Ora Deus despejou sobre a Grécia as sete taças da sua cólera; a guerra fraticida rebentou. Padre Yannaros, entre os dois campos, não pôde decidir-se a tomar partido. Todos eram seus filhos, seus irmãos; distinguia em cada rosto a marca deixada pelos dedos de Deus.
Gritava-lhes:
-Amor! Amor! Concórdia!
Mas a sua voz perdia-se no abismo; e do abismo, à direita como à esquerda, subiam para ele injúrias e maldições:
-Búlgaro, traidor, bolchevista!
-Corvo, subornador do povo, fascista!»
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«Lia-lhes nos rostos a dor e o medo dos homens. E a sua alma agarrou-se aos rochedos abruptos e neles se enraizou.»
Nikos Kazantzaki. Os irmãos inimigos. Tradução de Celeste Costa. Editorial Estúdios Cor, Lisboa., p. 30
Nikos Kazantzaki. Os irmãos inimigos. Tradução de Celeste Costa. Editorial Estúdios Cor, Lisboa., p. 30
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«O Sol brilhava como no primeiro dia da criação, ao sair das mãos de Deus;»
Nikos Kazantzaki. Os irmãos inimigos. Tradução de Celeste Costa. Editorial Estúdios Cor, Lisboa., p. 29
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« O verdadeiro Cristo, digo-o e repito-o, está entre os homens, é entre os homens que ele caminha, que agoniza, que é crucificado, é entre os homens que ele ressuscita.»
Nikos Kazantzaki. Os irmãos inimigos. Tradução de Celeste Costa. Editorial Estúdios Cor, Lisboa., p. 29
Nikos Kazantzaki. Os irmãos inimigos. Tradução de Celeste Costa. Editorial Estúdios Cor, Lisboa., p. 29
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«Cristo anda de porta em porta, esfomeado, transido, e nenhuma porta, nenhum coração se abre para o acolher.»
Nikos Kazantzaki. Os irmãos inimigos. Tradução de Celeste Costa. Editorial Estúdios Cor, Lisboa., p. 28
« - Que mal te fez o mundo, Padre Yannaros? - disse o velho esvaziando o copo. - Porque o queres incendiar? O mundo é bom, é obra de Deus.
- Obra do Diabo! Era obra de Deus, mas já não é. Escusais de arregalar os olhos, meus Reverendos!»
Nikos Kazantzaki. Os irmãos inimigos. Tradução de Celeste Costa. Editorial Estúdios Cor, Lisboa., p. 27
- Obra do Diabo! Era obra de Deus, mas já não é. Escusais de arregalar os olhos, meus Reverendos!»
Nikos Kazantzaki. Os irmãos inimigos. Tradução de Celeste Costa. Editorial Estúdios Cor, Lisboa., p. 27
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Os irmãos inimigos
"No primitvo erotismo talvez haja um aspecto paradisíaco,
com traços ingénuos que encontramos nas cavernas. Mas não é um muito claro aspecto. É certo que à sua ingenuidade infantil já se contrapõe uma certa falta de elegância.
Trágica... não tenhamos a menor dúvida.
Ao mesmo tempo, e à primeira vista, cómica.
É que o erotismo e a morte estão ligados.
Já vimos o erotismo ligado à morte no mais fundo da caverna de Lascaux.
Há ali uma revelação estranha, uma revelação fundamental.
E, com uma forma que não pode realmente surpreender-nos, o silêncio - o incompreensivo silêncio - que começou, só ele por acolher tão denso mistério."
com traços ingénuos que encontramos nas cavernas. Mas não é um muito claro aspecto. É certo que à sua ingenuidade infantil já se contrapõe uma certa falta de elegância.
Trágica... não tenhamos a menor dúvida.
Ao mesmo tempo, e à primeira vista, cómica.
É que o erotismo e a morte estão ligados.
Já vimos o erotismo ligado à morte no mais fundo da caverna de Lascaux.
Há ali uma revelação estranha, uma revelação fundamental.
E, com uma forma que não pode realmente surpreender-nos, o silêncio - o incompreensivo silêncio - que começou, só ele por acolher tão denso mistério."
Georges Bataille. As Lágrimas de Eros.
quinta-feira, 16 de julho de 2015
«Porque razão renunciaste à bem-aventurada solidão e te reintegraste no mundo?»
Nikos Kazantzaki. Os irmãos inimigos. Tradução de Celeste Costa. Editorial Estúdios Cor, Lisboa., p. 26
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«Ele mordia os lábios em silêncio e, após um longo momento, com a voz vibrante de irritação, murmurava:
-Senhor, tapa-me a boca...»
Nikos Kazantzaki. Os irmãos inimigos. Tradução de Celeste Costa. Editorial Estúdios Cor, Lisboa., p. 26
-Senhor, tapa-me a boca...»
Nikos Kazantzaki. Os irmãos inimigos. Tradução de Celeste Costa. Editorial Estúdios Cor, Lisboa., p. 26
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«Compreendeu de repente que a felicidade é uma armadilha de Satanás e começou a tremer; pôs-se a ansiar por sofrer, por jejuar, por seguir a senda estreita, por escalavrar os joelhos, por conhecer Deus. O Athos é isso.»
Nikos Kazantzaki. Os irmãos inimigos. Tradução de Celeste Costa. Editorial Estúdios Cor, Lisboa., p. 25
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''corações isentos de inquietação''
Nikos Kazantzaki. Os irmãos inimigos. Tradução de Celeste Costa. Editorial Estúdios Cor, Lisboa., p. 25
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«BENEDITO Oh, ela é que me maltratou para além de todos os limites; um carvalho a que unicamente restasse uma só folha verde ter-lhe-ia respondido: até a minha máscara já começa a ter vida e a enfurecer-se contra ela. Não pensando que era eu a pessoa com quem falava, disse-me que eu era o bobo do príncipe, que era mais aborrecido que um dia de degelo. Ela juntava gracejo com tanta facilidade, que eu parecia um boneco que serve de alvo, tendo todo um exército a atirar contra mim. A sua fala é um punhal e cada uma das suas palavras é uma facada: se tivesse o hálito tão terrível como o final das suas frases, não haveria ser vivo perto dela, infectaria até a estrela polar. Não quereria casar com ela ainda que me trouxesse em dote quando Adão possuía antes do seu pecado. Ao próprio Hércules faria ela dar voltas ao espeto e quebrar-lhe-ia a maça para alimentar a fogueira. Não me faleis nela, vereis como é a infernal Atéa vestida a rigor. Quisera Deus que algum letrado a conjurasse pois enquanto ela andar por aqui, tão tranquilo pode um homem viver no inferno como num santuário e as pessoas pecarão de propósito para ir para lá; tanta a inquietação, a perturbação como o horror a acompanham.»
William Shakespeare. Muito Barulho Por Nada. Introdução, tradução e notas por Maria João Pires, Campo das Letras, Porto, 1ª edição 2003., p. 57
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«A amizade é constante em tudo
Menos nos assuntos do amor:
Cada coração fala a sua própria língua;
Que cada olhar se entenda por si
E não confie; (...)»
William Shakespeare. Muito Barulho Por Nada. Introdução, tradução e notas por Maria João Pires, Campo das Letras, Porto, 1ª edição 2003., p. 54
Menos nos assuntos do amor:
Cada coração fala a sua própria língua;
Que cada olhar se entenda por si
E não confie; (...)»
William Shakespeare. Muito Barulho Por Nada. Introdução, tradução e notas por Maria João Pires, Campo das Letras, Porto, 1ª edição 2003., p. 54
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«D. PEDRO Falai baixo, se falais de amor.»
William Shakespeare. Muito Barulho Por Nada. Introdução, tradução e notas por Maria João Pires, Campo das Letras, Porto, 1ª edição 2003., p. 50
William Shakespeare. Muito Barulho Por Nada. Introdução, tradução e notas por Maria João Pires, Campo das Letras, Porto, 1ª edição 2003., p. 50
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«Não será uma desgraça para uma mulher ver-se sempre dominada por um pedaço de pó endurecido e ter de prestar contas dos seus actos a um insolente punhado de barro?»
William Shakespeare. Muito Barulho Por Nada. Introdução, tradução e notas por Maria João Pires, Campo das Letras, Porto, 1ª edição 2003., p. 49
William Shakespeare. Muito Barulho Por Nada. Introdução, tradução e notas por Maria João Pires, Campo das Letras, Porto, 1ª edição 2003., p. 49
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'A uma vaca má, Deus dá cornos pequenos, mas a uma muito má, não dá nenhuns.'
William Shakespeare. Muito Barulho Por Nada. Introdução, tradução e notas por Maria João Pires, Campo das Letras, Porto, 1ª edição 2003., p. 48
William Shakespeare. Muito Barulho Por Nada. Introdução, tradução e notas por Maria João Pires, Campo das Letras, Porto, 1ª edição 2003., p. 48
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É de feitio muito melancólico
«BEATRIZ Que áspero parece esse homem! Nunca o vejo que não tenha azia uma hora depois.
HERO É de feitio muito melancólico.»
William Shakespeare. Muito Barulho Por Nada. Introdução, tradução e notas por Maria João Pires, Campo das Letras, Porto, 1ª edição 2003., p. 47
HERO É de feitio muito melancólico.»
William Shakespeare. Muito Barulho Por Nada. Introdução, tradução e notas por Maria João Pires, Campo das Letras, Porto, 1ª edição 2003., p. 47
Se eu tivesse a boca livre, morderia
«Se eu tivesse a boca livre, morderia; se tivesse a minha liberdade, procederia como quisesse; mas, como isso não acontece, deixem-me ser como sou e não pretendam transformar-me.»
William Shakespeare. Muito Barulho Por Nada. Introdução, tradução e notas por Maria João Pires, Campo das Letras, Porto, 1ª edição 2003., p. 44
William Shakespeare. Muito Barulho Por Nada. Introdução, tradução e notas por Maria João Pires, Campo das Letras, Porto, 1ª edição 2003., p. 44
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«BENEDITO Não zombeis de mim, não zombeis de mim. O vosso discurso está, aqui e além, apenas ornado de fragmentos, mal ligados entre si. Antes de vos rirdes das antigas fórmulas, examinai a vossa consciência; e com esta vos deixo.»
William Shakespeare. Muito Barulho Por Nada. Introdução, tradução e notas por Maria João Pires, Campo das Letras, Porto, 1ª edição 2003., p. 40
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«(...) tudo o que posso dizer em seu favor é que, se ela fosse diferente do que é, não seria bela, e que sendo como é, não me agrada.»
William Shakespeare. Muito Barulho Por Nada. Introdução, tradução e notas por Maria João Pires, Campo das Letras, Porto, 1ª edição 2003., p. 36
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terça-feira, 14 de julho de 2015
segunda-feira, 13 de julho de 2015
«LEONATO A vitória é dupla quando o vencedor regressa com as suas tropas intactas.»
William Shakespeare. Muito barulho por nada. Introdução, tradução e notas por Maria João Pires. Campo das Letras, 2003, p., 29
William Shakespeare. Muito barulho por nada. Introdução, tradução e notas por Maria João Pires. Campo das Letras, 2003, p., 29
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ESGOTO
I
«Crianças pálidas brincam no esterco da rua
como se o esterco fosse a perpetuação do Sol
qual Sol que supurasse das paredes altas
em vão rodeadas pela mão da morte.»
Jorge de Sena por Eugénio Lisboa. Colecção Poetas. Editorial Presença, Lisboa., p. 72
«Crianças pálidas brincam no esterco da rua
como se o esterco fosse a perpetuação do Sol
qual Sol que supurasse das paredes altas
em vão rodeadas pela mão da morte.»
Jorge de Sena por Eugénio Lisboa. Colecção Poetas. Editorial Presença, Lisboa., p. 72
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«E a Vida, prostituta ingénua,
terá, por momentos, olhos maternais.»
Jorge de Sena por Eugénio Lisboa. Colecção Poetas. Editorial Presença, Lisboa., p. 71
terá, por momentos, olhos maternais.»
Jorge de Sena por Eugénio Lisboa. Colecção Poetas. Editorial Presença, Lisboa., p. 71
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Jorge de Sena,
poetas portugueses,
versos soltos
''sangue sobre a neve,»
Jorge de Sena por Eugénio Lisboa. Colecção Poetas. Editorial Presença, Lisboa., p. 67
«Soube-me sempre a destino a minha vida.»
Jorge de Sena por Eugénio Lisboa. Colecção Poetas. Editorial Presença, Lisboa., p. 65
Apartment in New York, London and Paris
Where will we rest, we're all living on top of it
It's all that we have the USA is our daily bread
And no one is willing to share it
Why can't we see our fortunancy
Living as legends have lived.
Bane and dismannered
We coax all the time
Knowing that nothing is left when we die
Come along fool
A direct hit of the senses you are disconnected
It's not that it's bad… it's not that it's death
It's just on the tip of your tongue, and you're so silent
Wanting to live and laugh all the time
Sitting alone with you tea and your crime
Children with kids, and people with parents
Anywhich way there's no past and no presence
When the day comes and all of them bums
Will reveal enchanting persons
Come along...
When it's a rut and baby's no luck
Half of it's misunderstanding love
The war we have won we're winning again
Within ourselves and within our friends
Come along...
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''Monstro de dor''
Poesias de Afonso Duarte. Textos Literários. Apresentação crítica, selecção e sugestões para análise literária de Maria Madalena Gonçalves. Editorial Comunicação, Lisboa, 1984., p. 153
''macerações de Cristo''
Poesias de Afonso Duarte. Textos Literários. Apresentação crítica, selecção e sugestões para análise literária de Maria Madalena Gonçalves. Editorial Comunicação, Lisboa, 1984., p. 151
«As horas vão morrendo com saudade.»
Poesias de Afonso Duarte. Textos Literários. Apresentação crítica, selecção e sugestões para análise literária de Maria Madalena Gonçalves. Editorial Comunicação, Lisboa, 1984., p. 150
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domingo, 12 de julho de 2015
«As lágrimas são o verso que dentro em nós não cabe.»
Poesias de Afonso Duarte. Textos Literários. Apresentação crítica, selecção e sugestões para análise literária de Maria Madalena Gonçalves. Editorial Comunicação, Lisboa, 1984., p. 149
«Não chores, cavador: a tua vida é estável:
Tem frutos e tens Sol (a peste é na cidade)!»
Poesias de Afonso Duarte. Textos Literários. Apresentação crítica, selecção e sugestões para análise literária de Maria Madalena Gonçalves. Editorial Comunicação, Lisboa, 1984., p. 149
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frágua
nome feminino
1. forno onde se torna o metal incandescente para ser trabalhado; fornalha de ferreiro
2. figurado calor intenso; ardor
3. figurado adversidade; pena; amargura
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DA DESPEDIDA
"Eu vi a eternidade nos teus dedos.
Eu vi a eternidade, e amedrontou-me
saber, tão de repente, tais segredos.
- Eu não mereci, sequer, saber-te o nome."
David Mourão-Ferreira. A Arte de Amar: antologia 1948-1962. Guimarães Editores, 1967
"Eu vi a eternidade nos teus dedos.
Eu vi a eternidade, e amedrontou-me
saber, tão de repente, tais segredos.
- Eu não mereci, sequer, saber-te o nome."
David Mourão-Ferreira. A Arte de Amar: antologia 1948-1962. Guimarães Editores, 1967
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«(Fígados de Tigre enterra-lhe o punhal no coração, rebenta um repuxo de sangue da ferida, que bate nos olhos de Fígados de Tigre e cega-o.)»
Francisco Gomes de Amorim. Fígados de Tigre. Prefácio de Luiz Francisco Rebello. Biblioteca de Autores Portugueses, 1984 p. 159
Francisco Gomes de Amorim. Fígados de Tigre. Prefácio de Luiz Francisco Rebello. Biblioteca de Autores Portugueses, 1984 p. 159
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«FÍGADOS DE TIGRE
Que me importa a justiça? Não pode fazer nada pior que mandar-me para o inferno e eu já cá estou.»
Francisco Gomes de Amorim. Fígados de Tigre. Prefácio de Luiz Francisco Rebello. Biblioteca de Autores Portugueses, 1984 p. 157
Que me importa a justiça? Não pode fazer nada pior que mandar-me para o inferno e eu já cá estou.»
Francisco Gomes de Amorim. Fígados de Tigre. Prefácio de Luiz Francisco Rebello. Biblioteca de Autores Portugueses, 1984 p. 157
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«FÍGADOS DE TIGRE
Oh! mulher?...olha bem para mim! A vista do inferno não te transtornou a cabeça?
(Imperatriz, chora sem responder).
Francisco Gomes de Amorim. Fígados de Tigre. Prefácio de Luiz Francisco Rebello. Biblioteca de Autores Portugueses, 1984 p. 155
Oh! mulher?...olha bem para mim! A vista do inferno não te transtornou a cabeça?
(Imperatriz, chora sem responder).
Francisco Gomes de Amorim. Fígados de Tigre. Prefácio de Luiz Francisco Rebello. Biblioteca de Autores Portugueses, 1984 p. 155
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«FÍGADOS DE TIGRE
E não come nunca? Como pode viver assim?
TÂNTALO
Você não vê que eu estou morto, homem? Isto é a minha sombra.
FÍGADOS DE TIGRE
(cedendo ao raciocínio) Não me lembrava. Quem o ouve falar ...e o vê com esse apetite!»
Francisco Gomes de Amorim. Fígados de Tigre. Prefácio de Luiz Francisco Rebello. Biblioteca de Autores Portugueses, 1984 p. 142
E não come nunca? Como pode viver assim?
TÂNTALO
Você não vê que eu estou morto, homem? Isto é a minha sombra.
FÍGADOS DE TIGRE
(cedendo ao raciocínio) Não me lembrava. Quem o ouve falar ...e o vê com esse apetite!»
Francisco Gomes de Amorim. Fígados de Tigre. Prefácio de Luiz Francisco Rebello. Biblioteca de Autores Portugueses, 1984 p. 142
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Sísifo
«TÂNTALO
Sísifo? ...hum...rosna-se por aí, que não foi muito boa peça...valha a verdade; não sou eu que o digo. Ele afirma que o condenaram por ter sido sempre um homem de bem.»
Francisco Gomes de Amorim. Fígados de Tigre. Prefácio de Luiz Francisco Rebello. Biblioteca de Autores Portugueses, 1984 p. 141
Sísifo? ...hum...rosna-se por aí, que não foi muito boa peça...valha a verdade; não sou eu que o digo. Ele afirma que o condenaram por ter sido sempre um homem de bem.»
Francisco Gomes de Amorim. Fígados de Tigre. Prefácio de Luiz Francisco Rebello. Biblioteca de Autores Portugueses, 1984 p. 141
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''Actress Marina Vlady is serenaded by her husband Vladimir Vysotsky, a Russian anti-establishment actor, poet, songwriter and singer in the Soviet Union''
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Vysotsky's Hamlet (Soviet Union) |
Essential information regarding Kozintsev's film version
In Russia, Hamlet remains first of all a person - his individuality itself challenges authority. In 1971, at Moscow’s Taganka Theater, Yuri Lyubimov opened a production that ran in repertory until 1980 (217 performances in all), when the early death of Vladimir Vysotsky, the poet-singer-actor who had played the lead and given the production its special character, brought it to a premature end. Lyubimov had been put in charge of the Taganka in 1964, the year that Kozintsev’s Hamlet appeared. The theater’s beginnings were made possible by the Khrushchev "thaw", although it soon began to generate a little too much heat for the wan Soviet spring. Eventually becoming an emblem of social and moral opposition to the regime, the Taganka succeeded in feeding the spiritual hunger of oppressed Russians.
In purely theatrical terms, Lyubimov’s Hamlet was noteworthy for the cinematic montage of the mise-en-sceneand the presence of a dominant stenographic image - a ubiquitous, constantly moving curtain (designed by David Borovsky); but far more important was its cultural role and the spiritual power of its leading performer. When he took on Hamlet, Vysotsky was already well known as a troubadour of spiritual freedom - he was "the living soul and conscience of his time" (Gershkovich, 129), much loved throughout the Soviet Union because his songs spoke truth in the oblique ways typical of heavily censored societies. He died during the Moscow Olympics, and people abandoned their stadiums and TV sets to participate in a spontaneous memorial service. Though there had been no announcement of his death in the press, within hours everyone in Moscow knew of it, and thousands gathered near the theater, where his legendary guitar was displayed, to recite his poems and honor his memory. At the funeral a few days later, mourners jammed the streets all around the Taganka, but only a few were able to file past the coffin before it was whisked away, while someone on a rooftop with a loud voice described the scene to the pressing crowd. "After Vysotsky’s funeral," said Lyubimov, "I began to respect the people of Moscow".
For all the obvious differences, the scene is reminiscent of David Garrick’s brilliant obsequies two hundred years earlier. Those were officially sanctioned, orderly, designed to honor the greatest English actor as a national hero. Vysotsky’s were unofficial and disorderly, a sign of repressed desire for freedom in defiance of oppressive authority. But Vysotsky was also a national hero, and, like Garrick, he was especially identified with Hamlet. In part, he appeared with his guitar. The production began on a bare stage, open to the whitewashed back wall, which was adorned only with a heavy wooden cross. Two silhouetted gravediggers swigged vodka and tossed dirt and skulls out of an open grave downstage (the grave remained throughout). Hamlet, in casual modern dress, approached the grave and, accompanying himself on the guitar, recited Pasternak’s Hamlet poem from the banned Dr. Zhivago:The stir is over. I step forth on the boards.
Pasternak’s great translation of Hamlet defined the character in Russian terms - serious, dedicated, self-sacrificing; he is a witness, even a Christ-like sufferer who "gives up his will in order to ‘do the will of him that sent him’ Hamlet is not a drama of weakness, but of duty and self-denial." He has been allotted the role of "judge of his own time and servant of the future" (Pasternak, quoted in Rowe 148). His reality, as the poem suggest, is interwoven with that of the actor, in struggle with himself, putting himself on the line in order to explode "the misrepresentations which produced moral failure in Soviet life" (Golub 161):
And yet the order of the acts has been schemed and plotted
The visual and symbolic dominance of the Taganka’s mobile curtain was designed to carry the production’s distinctively Soviet meaning. Coarsely woven of wool, though appearing like macramé with "threads hanging in evil bundles", the curtain controlled the action, falling from the ceiling after the opening song, moving around and between the actors,
like a giant monster . . . setting the pace, and holding within its folds the symbols and tools of power - black armbands, swords, goblet, thrones edged with knives. It envelops Ophelia, intimidates Polonius, protects Gertrude , supports Claudius and threatens Hamlet. Finally it sweeps the stage clean and moves toward the audience as though to destroy it too. (M. Croyden, quoted in Leiter 145) . . . . The theatrical emphasis did not, however, transform the meaning of the play into an endless succession of mirrored images. Rather, it spoke of the theater’s power to construct for its public truth matters. Vysotsky’s style of playing fit in with this conception. His strategy was to maintain the distance between actor and role (as in Zadek and Muller though for a different purpose), not blending with the character but expressing his own personal relationship to it. Thus he remained the singer, the troubadour performing the part and communicating his relationship to Hamlet as a way of disclosing his own isolation, of establishing his own poetic voice, and most important of seeking a way to live. He began the run as rather "nihilistic", but as his conception matured, his Hamlet became more attuned, more a searcher for possible answers to the "necessary question" that he speaks of in his own poem called "My Hamlet" (Gershkovich 128-9). The production, like the actor, came to speak for an affirmation of life in the face of curtain and grave, a post-Stalinist theme of "survival and salvation, rather than the Stalin era’s death them, revenge" (Golub 166). A year after Vysotsky’s death, Lyubimov put together a performance collage entitle The Poet Vladimir Vysotsky, which was banned before it opened, though a few public "dress rehearsals’ escaped the censor’s fist. Focusing on Vysotsky’s place in Soviet culture, the show re-enacted his street songs, his anti-war songs, his evocations of everyday Soviet life, all with an undercurrent of social alienation and a muted desire to speak out. Interspersed throughout were references to and fragments of Hamlet, such as a satiric dialogue in which the King and Polonius discussed the strategic "madness" of Hamlet’s "singing hooliganism" or, as a culmination, a reprise of "To be or not to be", the cornerstone of Pasternak’s and Vysotsky conception. From a song about Russian baths the performance shifted without pause to Vysotsky’s recorded voice swiftly traversing the soliloquy: "so a thought turns us all into cowards and our decisiveness withers like a flower . . . Thoughts that at first promised success die with a sweep of a hand." The finale returned to the singer and his songs, producing a double image of hpe and defiance against death and loss: "They’ve cornered me, cornered me -/ But the huntsman isn’t left with anything . . ." was followed by "I didn’t have time . . . to finish living. I won’t have time to finish singing . . . " At the end the voice faltered, like Hamlet’s, into a long silence (Gershkovich 116-26).
-Hamlet, by Anthony B. Dawson, Manchaster Univesity Press, NY, 1995
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sábado, 11 de julho de 2015
Pária
nome de dois géneros:
1. indiano que, segundo o antigo sistema de castas, pertencia à casta mais baixa, sendo segregado pela sociedade e privado de todos os direitos religiosos
2. figurado pessoa marginalizada ou excluída pela sociedade
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sexta-feira, 10 de julho de 2015
AGUARELAS E ÁGUAS-FORTES
Poesias de Afonso Duarte. Textos Literários. Apresentação crítica, selecção e sugestões para análise literária de Maria Madalena Gonçalves. Editorial Comunicação, Lisboa, 1984., p. 139
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«bocas de perigo»
Poesias de Afonso Duarte. Textos Literários. Apresentação crítica, selecção e sugestões para análise literária de Maria Madalena Gonçalves. Editorial Comunicação, Lisboa, 1984., p. 138
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''Amando o cego-amor''
Poesias de Afonso Duarte. Textos Literários. Apresentação crítica, selecção e sugestões para análise literária de Maria Madalena Gonçalves. Editorial Comunicação, Lisboa, 1984., p. 136
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«Soam preces de mágoas nos ribeiros...»
Poesias de Afonso Duarte. Textos Literários. Apresentação crítica, selecção e sugestões para análise literária de Maria Madalena Gonçalves. Editorial Comunicação, Lisboa, 1984., p. 135
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aziago
adjetivo
1. que pressagia desgraça
2. funesto; nefasto
3. infeliz
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«A aldeia é um gemido.»
Poesias de Afonso Duarte. Textos Literários. Apresentação crítica, selecção e sugestões para análise literária de Maria Madalena Gonçalves. Editorial Comunicação, Lisboa, 1984., p. 126
"Que é a liberdade para ti?
1. um nojo dentro do estômago
2. um crocodilo a comer alface
3. sessenta e nove minutos de orgasmo
2. um crocodilo a comer alface
3. sessenta e nove minutos de orgasmo
(relembrar tudo isto à hora da morte)
Que é a liberdade para todos?
1. um país de políticos a ir pró céu
2. um país de pobres a alimentar os ricos
3. uma país a ir por água abaixo
2. um país de pobres a alimentar os ricos
3. uma país a ir por água abaixo
(é melhor responder bem e depressa)"
-"15 Odes Ocas"
- E. M. de Mello e Castro
- E. M. de Mello e Castro
quarta-feira, 8 de julho de 2015
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