sábado, 27 de fevereiro de 2021

''Poppers''

 Nitritos de Alquilo


 

priapismo

''Love Drug''

Ecstasy (MDMA)

 

elação

nome feminino
1.
altivezarrogância
2.
elevaçãoexaltação

''Crystal meth''

 SEXO || DROGAS || MÚSICA

todas ligadas à mesma região cerebral: via neuroquímica comum, sistema dopaminérgico mesolímbico.




 

''método saramaguiano''


''tsunami estilístico, semântico e sintático''

 Caetano Veloso, no Prefácio do Livro A máquina de fazer espanhóis.

Património erótico

''fantasmas da portugalidade''

 Caetano Veloso, no Prefácio do Livro A máquina de fazer espanhóis.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2021

urbanófilo

Técnica de colódio húmido | Fotografia


''O colódio úmido é um antigo processo fotográfico que foi inventado em 1848 pelo inglês Frederick Scott Archer (1813-1857), mas apenas introduzido em março de 1851.  Archer descobriu que o colódio, uma solução viscosa de piroxilina,  quando misturada a outros reagentes e que em contato com nitrato de prata, se torna um material sensível à luz.

A técnica consiste na aplicação deste colódio ainda líquido em uma placa de metal ou vidro que deve estar bem limpa, criando-se então uma película muito fina. Esta placa é submersa por alguns minutos em uma solução de nitrato de prata tornando-se assim fotosensível. Basicamente, o que temos até aqui é o colódio como uma solução ligante entre o suporte (placa de metal ou vidro) e o nitrato de prata.

Esta placa quando retirada do banho de nitrato de prata, agora fotosensível, é colocada ainda úmida em um dark slide para que seja exposta através da câmera. O tempo de exposição destas placas para que seja possível gravar uma imagem é bastante longo comparado aos dias de hoje (mas muito curto para a época…) e depende de condições climáticas, mesmo estas sendo expostas à luz do dia. Só para se ter uma idéia estas placas equivalem à sensibilidade de um filme de ASA 1 à 3.

Devemos levar em consideração no decorrer deste processo que o tempo à partir  da retirada da placa do banho de prata até o ato de fotografar e revelar, leva-se em torno de 10 à 15 minutos (depende se o clima estiver seco ou úmido), acima deste tempo corre-se o risco do colódio secar limitando as chances de um bom resultado.''

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021




 

''a leitura do desassossego genológico ''

 “Bernardo Soares é, por excelência, o homem sem qualidades, reduzido ao denominador comum da condição humana. (…) o Livro é, por conseguinte, a confissão de um homem imaturo que nunca chegou a ser ‘alguém’”

Robert Bréchon


 “Só a abstenção é nobre e alta, porque ela é a que reconhece que a realização é sempre inferior, e que a obra feita é sempre a sombra grotesca da obra sonhada”

Bernardo Soares

 “Grotesque and odd are the shapes that rule/ In my brain as worms in a grave” 


Versos de “Fragment of delirium”, de Alexander Search.

 Revista com um “Balanço do ano literário de 1982” assinado por Eduardo Prado Coelho, abre com as seguintes linhas: 

''O ano de 1982 será assinalado por um acontecimento maior: a publicação dos dois volumes que constituem o material susceptível de ser integrado no projecto do Livro do Desassossego que Fernando Pessoa foi elaborando durante longos anos da sua vida. Esta obra, que assume o estatuto de uma obra que vive do seu próprio adiamento, que se sustenta como des-obra, como impossibilidade de qualquer obra, como supremacia do fazer sobre o resultado, da produção sobre o produto, não podia deixar de suscitar as reservas daqueles que possuem uma imagem feita de Pessoa. Mas, por isso mesmo, constitui um desafio muito vivo colocado a todos os que se interrogam ainda sobre a obra de Pessoa. ''(Coelho, 1983)

 Afinal,

quem é quem, na maranha

de fingimento que mal finge

e vai tecendo com fios de astúcia

personas mil na vaga estrutura

de um frágil Pessoa?


(Andrade, 1985)



''No meio deste alvoroço de sentimentos e ressentimentos dos ocidentais, o pobre Livro do Desassossego, vindo a lume no início desse decénio e logo batido, debatido e combatido em dois grandes congressos internacionais e em inúmeros artigos, apresentou-se como uma espécie de bode expiatório de que a já muito conhecida fórmula “A minha pátria é a língua portuguesa” seria exemplar metonímia , tão treslida e mal-amada quanto o esgotadíssimo ut pictura poesis horaciano.''

in A dimensão do desassossego: Bernardo Soares, o menor, e a sua “epopeia pobre”

Joana Matos Frias
Universidade do Porto

'' bipolaridade crítica''

alofilia

'' (…) A moda é o Pessoa, coitado: dá para tudo; 

e a culpa é dele, com aquela comovente 

incapacidade para ser ele próprio. 

De nada lhe serviu ter dito e redito

 que a fama era para as actrizes. 

Que vocação de carneiro têm as maiorias: 

não há fúfia universitária ou machão 

fardado que não diga que a pátria 

é a língua ou a puta que os pariu.

 (…) 

Coitado, pensava ter tempo para pôr ordem 

na arca, mas a morte veio antes da hora. ''


Eugénio de Andrade, “A Vitorino Nemésio, alguns anos depois”, 1983 (Ostinato Rigore/ Epitáfios, 1984)

 A velhinha lei de Talião: ''olho por olho, dente por dente...''

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2021


                                                                  Laura Murillo Mancho

“Todas as manhãs a gazela acorda sabendo que tem que correr mais veloz que o leão ou será morta. Todas as manhãs o leão acorda sabendo que deve correr mais rápido que a gazela ou morrerá de fome. Não importa se és um leão ou uma gazela: quando o Sol desponta o melhor é começares a correr”.

Provérbio africano

Paisagens políticas

[In]Pertinente

cleptocracia

Partidofagias

The Doors | Strange Days - Full Album 1967




 

Poema negro

A Santos Neto

Para iludir minha desgraça, estudo.
Intimamente sei que não me iludo.
Para onde vou (o mundo inteiro o nota)
Nos meus olhares fúnebres, carrego
A indiferença estúpida de um cego
E o ar indolente de um chinês idiota!

A passagem dos séculos me assombra.
Para onde irá correndo minha sombra
Nesse cavalo de eletricidade?!
Caminho, e a mim pergunto, na vertigem:
— Quem sou? Para onde vou? Qual minha origem?
E parece-me um sonho a realidade.

Em vão com o grito do meu peito impreco!
Dos brados meus ouvindo apenas o eco,
Eu torço os braços numa angústia douda
E muita vez, à meia-noite, rio
Sinistramente, vendo o verme frio
Que há de comer a minha carne toda!


É a Morte — esta carnívora assanhada —
Serpente má de língua envenenada
Que tudo que acha no caminho, come…
— Faminta e atra mulher que, a 1 de janeiro,
Sai para assassinar o mundo inteiro,
E o mundo inteiro não lhe mata a fome!

Nesta sombria análise das cousas,
Corro. Arranco os cadáveres das lousas
E as suas partes podres examino. . .
Mas de repente, ouvindo um grande estrondo,
Na podridão daquele embrulho hediondo
Reconheço assombrado o meu Destino!

Surpreendo-me, sozinho, numa cova.
Então meu desvario se renova…
Como que, abrindo todos os jazigos,
A Morte, em trajos pretos e amarelos,
Levanta contra mim grandes cutelos
E as baionetas dos dragões antigos!

E quando vi que aquilo vinha vindo
Eu fui caindo como um sol caindo
De declínio em declínio; e de declínio
Em declínio, com a gula de uma fera,
Quis ver o que era, e quando vi o que era,
Vi que era pó, vi que era esterquilínio!


Chegou a tua vez, oh! Natureza!
Eu desafio agora essa grandeza,
Perante a qual meus olhos se extasiam…
Eu desafio, desta cova escura,
No histerismo danado da tortura
Todos os monstros que os teus peitos criam.

Tu não és minha mãe, velha nefasta!
Com o teu chicote frio de madrasta
Tu me açoitaste vinte e duas vezes…
Por tua causa apodreci nas cruzes,
Em que pregas os filhos que produzes
Durante os desgraçados nove meses!


Semeadora terrível de defuntos,
Contra a agressão dos teus contrastes juntos
A besta, que em mim dorme, acorda em berros
Acorda, e após gritar a última injúria,
Chocalha os dentes com medonha fúria
Como se fosse o atrito de dois ferros!

Pois bem! Chegou minha hora de vingança.
Tu mataste o meu tempo de criança
E de segunda-feira até domingo,
Amarrado no horror de tua rede,
Deste-me fogo quando eu tinha sede…
Deixa-te estar, canalha, que eu me vingo!


Súbito outra visão negra me espanta!
Estou em Roma. É Sexta-feira Santa.
A treva invade o obscuro orbe terrestre.
No Vaticano, em grupos prosternados,
Com as longas fardas rubras, os soldados
Guardam o corpo do Divino Mestre.

Como as estalactites da caverna,
Cai no silêncio da Cidade Eterna
A água da chuva em largos fios grossos…
De Jesus Cristo resta unicamente
Um esqueleto; e a gente, vendo-o, a gente
Sente vontade de abraçar-lhe os ossos!

Não há ninguém na estrada da Ripetta.
Dentro da Igreja de São Pedro, quieta,
As luzes funerais arquejam fracas…
O vento entoa cânticos de morte.
Roma estremece! Além, num rumor forte,
Recomeça o barulho das matracas.

A desagregação da minha idéia
Aumenta. Como as chagas da morféa
O medo, o desalento e o desconforto
Paralisam-se os círculos motores.
Na Eternidade, os ventos gemedores
Estão dizendo que Jesus é morto!


Não! Jesus não morreu! Vive na serra
Da Borborema, no ar de minha terra,
Na molécula e no átomo… Resume
A espiritualidade da matéria
E ele é que embala o corpo da miséria
E faz da cloaca uma urna de perfume.

Na agonia de tantos pesadelos
Uma dor bruta puxa-me os cabelos,
Desperto. É tão vazia a minha vida!
No pensamento desconexo e falho
Trago as cartas confusas de um baralho
E um pedaço de cera derretida!

Dorme a casa. O céu dorme. A árvore dorme.
Eu, somente eu, com a minha dor enorme
Os olhos ensangüento na vigília!
E observo, enquanto o horror me corta a fala,
O aspecto sepulcral da austera sala
E a impassibilidade da mobília.

Meu coração, como um cristal, se quebre
O termômetro negue minha febre,
Torne-se gelo o sangue que me abrasa,
E eu me converta na cegonha triste
Que das ruínas duma casa assiste
Ao desmoronamento de outra casa!

Ao terminar este sentido poema
Onde vazei a minha dor suprema
Tenho os olhos em lágrimas imersos…
Rola-me na cabeça o cérebro oco.
Por ventura, meu Deus, estarei louco?!
Daqui por diante não farei mais versos.


Augusto dos Anjos, em “Toda poesia de Augusto dos Anjos”. Rio de Janeiro: Editora José Olympio, 2016.

neuroses colectivas

 ''o FMI é só um pretexto vosso seus cabrões, o FMI não existe, o FMI nunca aterrou na Portela coisa nenhuma, o FMI é uma finta vossa para virem para aqui com esse paleio, rua, desandem daqui para fora, a culpa é vossa, a culpa é vossa, a culpa é vossa, a culpa é vossa, a culpa é vossa, a culpa é vossa, oh mãe, oh mãe, oh mãe, oh mãe, oh mãe, oh mãe, oh mãe...''

José Mário Branco

''Não há pedintes Não há miséria.''

 Müller 

*O delírio de massas que provoca a náusea de Müller


 Sydney apartment / self-portrait /Gil Rigoulet

 Deaf Love

 ''Gritos animalescos Quem havia de querer anotar isto 

Com paixão? O ódio não compensa o desprezo dá em nada 

Percebi pela primeira vez as suas reservas em escrever 

Camarada Professor sobre o período imperial romano 

O reconhecimento feliz do consulado de Nero

Sabendo como o texto não escrito é uma ferida 

De onde corre o sangue que nenhuma fama póstuma estanca 

E a enorme lacuna na sua História 

 Foi uma dor neste meu corpo que não sei quanto tempo ainda 

Respirará ''


Müller

“césares vermelhos”

Müller

in.di.zí.vel

dealbar

''discurso arqueológico''

 ''Sempre a merda do futuro, e eu que me quilhe, pois pá, sempre a merda do futuro, a merda do futuro, e eu ah? Que é que eu ando aqui a fazer? Digam lá, e eu? José Mário Branco, 37 anos, isto é que é uma porra, anda aqui um gajo cheio de boas intenções, a pregar aos peixinhos, a arriscar o pelo, e depois? É só porrada e mal viver é? O menino é mal criado, o menino é pequeno burguês, o menino pertence a uma classe sem futuro histórico... Eu sou parvo ou quê? Quero ser feliz porra, quero ser feliz agora, que se foda o futuro, que se foda o progresso, mais vale só do que mal acompanhado, vá mandem-me lavar as mãos antes de ir para a mesa, filhos da puta de progressistas do caralho da revolução que vos foda a todos! Deixem-me em paz porra, deixem-me em paz e sossego, não me emprenhem mais pelos ouvidos caralho, não há paciência, não há paciência, deixem-me em paz caralho, saiam daqui, deixem-me sozinho, só um minuto.''

José Mário Branco

''A culpa é dos partidos pá! Esta merda dos partidos é que divide a malta pá, pois pá, é só

paleio pá, o pessoal não quer é trabalhar pá! Razão tem o Jaime Neves pá! (Olha deixaste

cair as chaves do carro!) Pois pá! (Que é essa orelha de preto que tens no porta-chaves?) Eh

pá, deixa-te disso, não destabilizes pá! Eh, faz favor, mais uma bica e um pastel de nata.

Uma porra pá, um autêntico desastre o 25 de Abril, esta confusão pá, a malta estava

sossegadinha, a bica a 15 tostões, a gasosa a sete e coroa... Tá bem, essa merda da pide pá,

Tarrafais e o carago, mas no fim de contas quem é que não colaborava, ah? Quantos bufos é

que não havia nesta merda deste país, ah? Quem é que não se calava, quem é que arriscava

coiro e cabelo, assim mesmo, o que se chama arriscar, ah? Meia dúzia de líricos, pá, meia

dúzia de líricos que acabavam todos a fugir para o estrangeiro, pá, isto é tudo a mesma

carneirada!''

José Mário Branco 

"Listen to Bach (The Earth)" from "Solaris"



Na linha de metro ZOOLOGISCHER GARTEN FRIEDRICHSTRASSE
Conheci dois cidadãos da RDA 
Um conta O meu filho de três semanas 
Nasceu com uma placa no peito A NOVE DE NOVEMBRO ESTAVA NO OCIDENTE 
A minha filha da mesma idade Tenho gémeos 
Traz a inscrição EU TAMBÉM 
THE HORROR THE HORROR THE HORROR 


Müller, 1998

 If the development of civilization so much resembles that of the individual and operates with the same means, is not one entitled to proffer the diagnosis that some civilizations or cultural epochs – possibly the whole of humanity – have become ‘neurotic’ under the influence of cultural strivings? (Freud)


If, for a moment, we look at mankind as one individual, we see that it is like a man carried away by unconscious powers. He is dissociated like a neurotic, with the Iron Curtain marking the line of division. (…) Our times have demonstrated what it means when the gates of the psychic underworld are thrown open. Things whose enormity nobody could have imagined in the idyllic innocence of the first decade of our century have happened and have turned the world upside down. Ever since, the world has remained in a state of schizophrenia. (Jung 1990) 

''Quando se diz que a esquizofrenia é a nossa doença, a doença do nosso tempo, não se quer só dizer que a vida moderna enlouquece. Não se trata de um modo de vida, mas de um processo de produção. (…) De facto, o que queremos dizer é que o capitalismo, no seu processo de produção, produz uma formidável carga esquizofrénica sobre a qual faz incidir todo o peso da sua produção, mas que não deixa de se reproduzir como limite do processo. (Deleuze/Guattari 2004)

 “Digam lá, e eu? José Mário Branco, 37 anos, isto é que é uma porra, anda aqui um gajo cheio de boas intenções, a pregar aos peixinhos, a arriscar o pelo, e depois? É só porrada e mal viver é?”

 “Sou português, pequeno burguês de origem, filho de professores primários, artista de variedades, compositor popular, aprendiz de feiticeiro, faltam-me dentes. Sou o Zé Mário Branco, 37 anos, do Porto, muito mais vivo que morto, contai com isto de mim para cantar e para o resto”.


Branco, José Mário (1996), Ser Soli(d/t)ário, EMI - Valentim de Carvalho.

 “Eu sou o drama / MÜLLER VOCÊ NÃO É UM OBJETO POÉTICO / ESCREVA PROSA / A minha vergonha precisa do meu poema” 

Müller , 1998, in “Müller no Hessischen Hof”

voz autoral

cepticismo mülleriano

mimetização de populismos

terça-feira, 23 de fevereiro de 2021

Modelo de cuidado dirigido por la persona (Person-Directed Care)



Arvo Pärt - Tabula rasa

 « O mundo, pelo contrário, só fala de indigência intelectual ou estética ou de coisas indiferentes, que são as que mais ocupam; porque a sua tendência é, com efeito, para dar um valor infinito às coisas indiferentes.» 

Kierkegaard. O Desespero A Doença Mental. Tradução de Ana Keil. RÉS- Editora, Porto, s/d, p. 39

in.di.gên.ci.a

«Compreende-se que uma andorinha possa viver, pois não sabe que vive para Deus. Mas sermos nós próprios a sabê-lo e não nos assombrarmos imediatamente na loucura e no nada!»

Kierkegaard. O Desespero A Doença Mental. Tradução de Ana Keil. RÉS- Editora, Porto, s/d, p. 38

 « Leva então uma existência imaginária, infinitizando-se ou isolando-se no abstracto, sempre privado do seu eu, do qual consegue afastar-se cada vez mais.»

Kierkegaard. O Desespero A Doença Mental. Tradução de Ana Keil. RÉS- Editora, Porto, s/d, p. 38

«O eu é formado de finito e de infinito.»

 Kierkegaard. O Desespero A Doença Mental. Tradução de Ana Keil. RÉS- Editora, Porto, s/d, p. 33

Beethoven's Silence

 


Kierkegaard. O Desespero A Doença Mental. Tradução de Ana Keil. RÉS- Editora, Porto, s/d, p. 31

''dolorosos sucessos ou violentas decisões''

 Kierkegaard. O Desespero A Doença Mental. Tradução de Ana Keil. RÉS- Editora, Porto, s/d, p. 30

« E assim o que é mais belo e mais adorável, a feminilidade em flor, é todavia desespero.»

Kierkegaard. O Desespero A Doença Mental. Tradução de Ana Keil. RÉS- Editora, Porto, s/d, p. 29


Wang Ningde, No Name e Some Days





 

Lhasa De Sela - Soon this place will be too small


Soon this space will be too small
And I'll go oustide
To the huge illside
Where the wild winds blow
And the cold stars shine

I'll put my foot
On the living road
And be carried from here
To the heart of the world

I'll be strong as a ship
And wise as a wale
And I'll say the three words
That will save us all
And I'll say the three words
That will save us all

Soon this space will be too small
And I'll laugh so hard
That the walls cave in

The I'll die three times
And be born again
In a little box
With a golden key
And a flying fish
Will set me free

Soon this space will be too small
All my veins and bones
Will be burned to dust
You can throw me into
A black iron pot
And my dust will tell
What my flesh would not

Soon this space will be too small
And I'll go oustide
And I'll go oustide
And I'll go oustide


« Os obstinados do mundo podem bem obstinar-se hoje, amanhã e depois de amanhã, mas não poderão obstinar-se eternamente; por fim terão de mudar.»

Mao Tsetung. Sobre a prática. Sobre a contradição e outros textos. Textos Políticos. 1ª Edição, 1974. Editorial Minerva., p. 213
«Há que explicar claramente a situação às pessoas comuns, a fim de que não se desorientem.»

Mao Tsetung. Sobre a prática. Sobre a contradição e outros textos. Textos Políticos. 1ª Edição, 1974. Editorial Minerva., p. 213

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2021

duplicidade

 «Pede-se-lhes que marchem para diante, mas preferem morrer a dar um passo em frente; são os chamados elementos obstinados.»

Mao Tsetung. Sobre a prática. Sobre a contradição e outros textos. Textos Políticos. 1ª Edição, 1974. Editorial Minerva., p. 207


 

resistividade eléctrica

inadimplente

domingo, 21 de fevereiro de 2021

Trevas


O que foi antigamente manhã limpa
Sereno amor das coisas e da vida
É hoje busca desesperada busca
De um corpo cuja face me é oculta.

Sophia de Mello Breyner Andresen, do livro “Coral e outros poemas”

Nesta hora


Nesta hora limpa da verdade é preciso dizer a verdade toda
Mesmo aquela que é impopular neste dia em que se invoca o povo

Pois é preciso que o povo regresse do seu longo exílio
E lhe seja proposta uma verdade inteira e não meia verdade

Meia verdade é como habitar meio quarto
Ganhar meio salário
Como só ter direito
A metade da vida

O demagogo diz da verdade a metade
E o resto joga com habilidade
Porque pensa que o povo só pensa metade
Porque pensa que o povo não percebe nem sabe

A verdade não é uma especialidade
Para especializados clérigos letrados

Não basta gritar povo é preciso expor
Partir do olhar da mão e da razão
Partir da limpidez do elementar

Como quem parte do sol do mar do ar
Como quem parte da terra onde os homens estão

Para construir o canto do terrestre
– Sob o ausente olhar silente de atenção –

Para construir a festa do terrestre
Na nudez de alegria que nos veste

Sophia de Mello Breyner Andresen,
do livro “Coral e outros poemas”

katrien de Blauwer



 

Wolf Alice - Wicked Game


The world was on fire and no one could save me but you
It's strange what desire will make foolish people do
I never dreamed that I'd meet somebody like you
And I never dreamed that I'd lose somebody like you
No, I don't wanna fall in love (this world is only gonna break your heart)
No, I don't wanna fall in love (this world is only gonna break your heart)
With you
With you
(This world is only gonna break your heart)
What a wicked game you play, to make me feel this way
What a wicked thing to do, to let me dream of you
What a wicked thing to say, you never felt this way
What a wicked thing to do, to make me dream of you
And I don't wanna fall in love (this world is only gonna break your heart)
No, I don't wanna fall in love (this world is only gonna break your heart)
With you
The world was on fire and no one could save me but you
It's strange what desire will make foolish people do
I never dreamed that I'd love somebody like you
And I never dreamed that I'd lose somebody like you
No, I don't wanna fall in love (this world is only gonna break your heart)
No, I don't wanna fall in love (this world is only gonna break your heart)
With you (this world is only gonna break your heart)
With you
(This world is only gonna break your heart)
No, I (this world is only gonna break your heart)
(This world is only gonna break your heart)
Nobody loves no one~

Compositores: Chris Isaak

Cidade


Cidade, rumor e vaivém sem paz das ruas,
Ó vida suja, hostil, inutilmente gasta,
Saber que existe o mar e as praias nuas,
Montanhas sem nome e planícies mais vastas
Que o mais vasto desejo,
E eu estou em ti fechada e apenas vejo
Os muros e as paredes, e não vejo
Nem o crescer do mar, nem o mudar das luas.

Saber que tomas em ti a minha vida
E que arrastas pela sombra das paredes
A minha alma que fora prometida
Às ondas brancas e às florestas verdes.

Sophia de Mello Breyner Andresen,
do livro “Coral e outros poemas”

Apolo Musageta

Eras o primeiro dia inteiro e puro
Banhando os horizontes de louvor.

Eras o espírito a falar em cada linha
Eras a madrugada em flor
Entre a brisa marinha.
Eras uma vela bebendo o vento dos espaços
Eras o gesto luminoso de dois braços
Abertos sem limite.
Eras a pureza e a força do mar
Eras o conhecimento pelo amor.

Sonho e presença
De uma vida florindo
Possuída e suspensa.

Eras a medida suprema, o cânon eterno
Erguido puro, perfeito e harmonioso
No coração da vida e para além da vida
No coração dos ritmos secretos.



Sophia de Mello Breyner Andresen, do livro “Coral e outros poemas”

O jardim e a noite


Atravessei o jardim solitário e sem lua,
Correndo ao vento pelos caminhos fora,
Para tentar como outrora
Unir a minha alma à tua,
Ó grande noite solitária e sonhadora.

Entre os canteiros cercados de buxo
Sorri à sombra tremendo de medo.
De joelhos na terra abri o repuxo,
E os meus gestos foram gestos de bruxedo.
Foram os gestos dessa encantação,
Que devia acordar do seu inquieto sono
A terra negra dos canteiros
E os meus sonhos sepultados
Vivos e inteiros.

Mas sob o peso dos narcisos floridos
Calou-se a terra,
E sob o peso dos frutos ressequidos
Do presente
Calaram-se os meus sonhos perdidos.


Entre os canteiros cercados de buxo,
Enquanto subia e caía a água do repuxo,
Murmurei as palavras em que outrora
Para mim sempre existia
O gesto dum impulso.
Palavras que eu despi da sua literatura,
Para lhes dar a sua forma primitiva e pura,
De fórmulas de magia.

Docemente a sonhar entre a folhagem
A noite solitária e pura
Continuou distante e inatingível
Sem me deixar penetrar no seu segredo.
E eu senti quebrar-se, cair desfeita,
A minha ânsia carregada de impossível,
Contra a sua harmonia perfeita.

Tomei nas minhas mãos a sombra escura
E embalei o silêncio nos meus ombros.
Tudo em minha volta estava vivo
Mas nada pôde acordar dos seus escombros
O meu grande êxtase perdido.

Só o vento passou pesado e quente
E à sua volta todo o jardim cantou
E a água do tanque tremendo
Se maravilhou
Em círculos, longamente

 Sophia de Mello Breyner Andresen
, do livro “Coral e outros poemas” 
Apesar das ruínas e da morte,
Onde sempre acabou cada ilusão,
A força dos meus sonhos é tão forte,
Que de tudo renasce a exaltação
E nunca as minhas mãos ficam vazias.

Sophia de Mello Breyner Andresen, do livro “Coral e Outros Poemas”

 «Por consequência, os trabalhadores progressistas da cultura na Guerra da Resistência devem possuir o seu próprio exército da cultura, quer dizer, as massas populares. Um trabalhador revolucionário da cultura que não esteja ligado às massas populares é um «comandante» sem «exército», o seu poder de fogo não pode abater o inimigo»

Mao Tsetung. Sobre a prática. Sobre a contradição e outros textos. Textos Políticos. 1ª Edição, 1974. Editorial Minerva., p. 199/200

''Ter pátria é ter uma culpa.''


terça-feira, 16 de fevereiro de 2021

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2021

The Stooges - I wanna be your dog (1969)

                                                                   Ana Teresa Barboza, Artista Têxtil 



 

o cérebro límbico

 '' a obesidade informativa dos números''

Vítor Cotovio, psiquiatra.


7

Eu não sou eu nem sou o outro,
Sou qualquer coisa de intermédio:
Pilar da ponte de tédio
Que vai de mim para o Outro.

Mário de Sá-Carneiro
ALÉM-TÉDIO

Nada me expira já, nada me vive ---
Nem a tristeza nem as horas belas.
De as não ter e de nunca vir a tê-las,
Fartam-me até as coisas que não tive.

Como eu quisera, enfim de alma esquecida,
Dormir em paz num leito de hospital...
Cansei dentro de mim, cansei a vida
De tanto a divagar em luz irreal.

Outrora imaginei escalar os céus
À força de ambição e nostalgia,
E doente-de-Novo, fui-me Deus
No grande rastro fulvo que me ardia.

Parti. Mas logo regressei à dor,
Pois tudo me ruiu... Tudo era igual:
A quimera, cingida, era real,
A própria maravilha tinha cor!

Ecoando-me em silêncio, a noite escura
Baixou-me assim na queda sem remédio;
Eu próprio me traguei na profundura,
Me sequei todo, endureci de tédio.

E só me resta hoje uma alegria:
É que, de tão iguais e tão vazios,
Os instantes me esvoam dia a dia
Cada vez mais velozes, mais esguios...

Wang Ningde. Some Days No. 73, 2009

Dispersão

Perdi-me dentro de mim
Porque eu era labirinto
E hoje, quando me sinto.
É com saudades de mim.

Passei pela minha vida
Um astro doido a sonhar.
Na ânsia de ultrapassar,
Nem dei pela minha vida…

Para mim é sempre ontem,
Não tenho amanhã nem hoje:
O tempo que aos outros foge
Cai sobre mim feito ontem.

(O Domingo de Paris
Lembra-me o desaparecido
Que sentia comovido
Os Domingos de Paris:

Porque um domingo é família,
É bem-estar, é singeleza,
E os que olham a beleza
Não têm bem-estar nem família).

O pobre moço das ânsias…
Tu, sim, tu eras alguém!
E foi por isso também
Que me abismaste nas ânsias.

A grande ave doirada
Bateu asas para os céus,
Mas fechou-as saciada
Ao ver que ganhava os céus.

Como se chora um amante,
Assim me choro a mim mesmo:
Eu fui amante inconstante
Que se traiu a si mesmo.

Não sinto o espaço que encerro
Nem as linhas que protejo:
Se me olho a um espelho, erro –
Não me acho no que projecto.

Regresso dentro de mim
Mas nada me fala, nada!
Tenho a alma amortalhada,
Sequinha, dentro de mim.

Não perdi a minha alma,
Fiquei com ela, perdida.
Assim eu choro, da vida,
A morte da minha alma.

Saudosamente recordo
Uma gentil companheira
Que na minha vida inteira
Eu nunca vi… Mas recordo

A sua boca doirada
E o seu corpo esmaecido,
Em um hálito perdido
Que vem na tarde doirada.

(As minhas grandes saudades
São do que nunca enlacei.
Ai, como eu tenho saudades
Dos sonhos que sonhei!… )

E sinto que a minha morte –
Minha dispersão total –
Existe lá longe, ao norte,
Numa grande capital.

Vejo o meu último dia
Pintado em rolos de fumo,
E todo azul-de-agonia
Em sombra e além me sumo.

Ternura feita saudade,
Eu beijo as minhas mãos brancas…
Sou amor e piedade
Em face dessas mãos brancas…

Tristes mãos longas e lindas
Que eram feitas pra se dar…
Ninguém mas quis apertar…
Tristes mãos longas e lindas…

Eu tenho pena de mim,
Pobre menino ideal…
Que me faltou afinal?
Um elo? Um rastro?… Ai de mim!…

Desceu-me n’alma o crepúsculo;
Eu fui alguém que passou.
Serei, mas já não me sou;
Não vivo, durmo o crepúsculo.

Álcool dum sono outonal
Me penetrou vagamente
A difundir-me dormente
Em uma bruma outonal.

Perdi a morte e a vida,
E, louco, não enlouqueço…
A hora foge vivida
Eu sigo-a, mas permaneço…

………………………………………………….

………………………………………………….
Castelos desmantelados,
Leões alados sem juba…

…………………………………………………

…………………………………………………

Mário de Sá-Carneiro

in Dispersão

“baixo, só ele toca; os outros tocam baixinho.”

 Amália Rodrigues sobre o seu guitarrista de sempre, Joel Pina.

Rosmaninhal

 concelho beirão de Idanha-a-Nova

'Audio-livro' com poemas de Almada Negreiros, Mário de Sá-Carneiro e Fernando Pessoa.


 

Aniversário (Álvaro de Campos), declamado por Germana Tanger

''Tudo certo, certo / Relógios certos / Nas cabeças certas. / Tudo certo, certo /... e eu tão errada / Tão longe nas certezas certas.''

Maria Germana Tânger
''O Verde-Gaio foi a primeira Companhia profissional portuguesa que se conhece, digna desse nome, nasceu em 1940 em pleno Estado Novo. A ideia de criar uma Companhia de Dança Portuguesa parece ter surgido na mente de António Ferro ainda no início da década de 1920 quando se tornou director da «Ilustração Portuguesa».''

Autoria: António Laginha.
Título: História do Bailado em Portugal | History of Ballet in Portugal.
Edição - Lisboa, Edições CTT Correios de Portugal, 2021. Edição bilingue.

'' a erosão da democracia''

 


quinta-feira, 11 de fevereiro de 2021

''As nossas livrarias são bombardeadas pela incultura e incivilidade dum povo ignaro e por elites divorciadas desse povo.''

António Carlos Cortez

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2021

N̲eil Yo̲ung̲ - H̲arve̲st (Full Album) 1972

O SILÊNCIO

Quando a ternura
parece já do seu ofício fatigada,

e o sono, a mais incerta barca,
inda demora,

quando azuis irrompem
os teus olhos

e procuram
nos meus navegação segura,

é que eu te falo das palavras
desamparadas e desertas,


pelo silêncio fascinadas


Eugénio de Andrade

  "viver é a coisa mais rara do Mundo. A maioria das pessoas apenas existe"

"resiliência fatigada"


O Funcionário Cansado

A noite trocou-me os sonhos e as mãos
dispersou-me os amigos
tenho o coração confundido e a rua é estreita
estreita em cada passo
as casas engolem-nos
sumimo-nos
estou num quarto só num quarto só
com os sonhos trocados
com toda a vida às avessas a arder num quarto só

Sou um funcionário apagado
um funcionário triste
a minha alma não acompanha a minha mão
Débito e Crédito Débito e Crédito
a minha alma não dança com os números
tento escondê-la envergonhado
o chefe apanhou-me com o olho lírico na gaiola do quintal em frente
e debitou-me na minha conta de empregado
Sou um funcionário cansado de um dia exemplar
Porque não me sinto orgulhoso de ter cumprido o meu dever?
Porque me sinto irremediavelmente perdido no meu cansaço?

Soletro velhas palavras generosas
Flor rapariga amigo menino
irmão beijo namorada
mãe estrela música.
São as palavras cruzadas do meu sonho
palavras soterradas na prisão da minha vida
isto todas as noites do mundo uma noite só comprida
num quarto só

António Ramos Rosa

ESPLANADA

Naquele tempo falavas muito de perfeição,
da prosa dos versos irregulares
onde cantam os sentimentos irregulares.
Envelhecemos todos, tu, eu e a discussão,

agora lês saramagos & coisas assim
e eu já não fico a ouvir-te como antigamente
olhando as tuas pernas que subiam lentamente
até um sítio escuro dentro de mim.

O café agora é um banco, tu professora de liceu;
Bob Dylan encheu-se de dinheiro, o Che morreu.
Agora as tuas pernas são coisas úteis, andantes,
e não caminhos por andar como dantes.

Manuel António Pina

''O adubo da insatisfação''

 Júlio Machado Vaz

 

glaciólogo

gla.ci.ó.lo.go
ɡlɐˈsjɔluɡu
nome masculino
pessoa que estuda os glaciares e os fenómenos relativos aos glaciaresespecialista em glaciologia

 “O sentido do cuidado e/ou do cuidar integra, antes de mais, o sentido do próprio existir humano. Cuidamos “naturalmente” de nós e dos outros, pelo simples facto de existirmos com o(s) outro(s) no mundo” 

(Perdigão, 2003:485)


                                                                         Wang Ningde
 

“Silêncio, silêncio! Se não falares para quebrar o silêncio, morrerás com ele.”

Escritor chinês Lu Xun (1881-1936)

“Antes da revolução nós éramos escravos. E agora somos escravos de antigos escravos”

 Escritor chinês Lu Xun (1881-1936)

''Almas puras e delicadas. Mas eles sofrem de angústia e de dor e tornam-se irados até à violência. (…) A alma torna-se dura com o vento poeirento. Eu amo estas almas porque são almas humanas. Quero beijar esta dureza invisível mas coberta de sangue. (…) As almas dos jovens estão à minha frente. São violentos ou podem vir a sê-lo, mas eu amo estas almas sangradas e dolorosas. Fazem-me sentir que estou vivo neste mundo real.''

Escritor chinês Lu Xun (1881-1936)

“China’s Greatest Dissident Writer: Dead But Still Dangerous.''

New York Times, artiho sobre o escritor chinês Lu Xun

Insectos Nocturnos

''A cabeça é grande, a cauda é curta. Tem a forma de uma semente de girassol. Mas o seu tamanho não será mais que metade de um grão de trigo. A cor é verde jade. De encantamento. Bocejo, acendo um cigarro, expulso uma longa nuvem de fumo e, em frente à lanterna, em silêncio, presto o meu respeito a estes heróis. Verde jade. Tão perfeitíssimamente pequenos.''

Escritor chinês Lu Xun (1881-1936)

MOZART "This Tearful Day" Sir Georg Solti (Vienna 1991)

“Não devemos nunca esquecer que podemos também descobrir sentido na vida quando confrontados com uma situação desesperada, quando enfrentamos um destino que não pode ser alterado.” 

(Viktor Frankl, 2012)

terça-feira, 9 de fevereiro de 2021

 «Devemos assimilar tudo o que nos seja útil hoje não só das actuais culturas, socialista e de democracia nova, mas também das culturas antigas das nações estrangeiras, por exemplo, da cultura dos diversos países capitalistas durante o século das luzes. Mas em caso nenhum devemos engolir qualquer desse material estrangeiro sem crítica;»


Mao Tsetung. Sobre a prática. Sobre a contradição e outros textos. Textos Políticos. 1ª Edição, 1974. Editorial Minerva., p. 196

Pescetarianismo


 Wang Ningde

gen.tri.fi.ca.ção

Geodemografia do Envelhecimento

''41 livros para descobrir o cérebro e pensar o futuro ''

 21 Lições Para o Século XXI – Yuval Noah Harari

A Estranha Ordem das Coisas – António Damásio

A Vida Secreta da Mente – Mariano Sigman

Ameaças e Riscos Transnacionais no Novo Mundo Global – João Vieira Borges e Teresa Rodrigues

Ao Encontro de Espinosa – António Damásio

Arte e Instinto – Denis Dutton

Breve História do Futuro – Jacques Attali

Cá Dentro – Isabel Minhós Martins, Maria Manuel Pedrosa, Madalena Matos

Cérebro e Música – Alexandre Castro Caldas

Comportamento – Robert M. Spolsky

Criatividade: a função cerebral improvável – Alexandre Castro Caldas

Da Leveza – Gilles Lipovetsky

Domínio do Ocidente – Ian Morris

Elon Musk – Ashlee Vance

Física do Futuro – Michio Kaku

Física do Impossível – Michio Kaku

Guerra! Para Que Serve? – Ian Morris

Homo Creator – Edward O. Wilson

Homo Deus – Yuval Noah Harari

Macbeth – William Shakespeare

O Erro de Descartes – António Damásio

O Futuro da Mente – Michio Kaku

O Homem que Confundiu a Mulher com um Chapéu – Oliver Sacks

O Livro da Consciência – António Damásio

O Sentimento de Si – António Damásio

O Terceiro Chimpanzé – Jared Diamond

Os Próximos 100 Anos – George Friedman

Porque Dormimos? – Matthew Walker

Romeu e Julieta – William Shakespeare

Roubar o Fogo – Steven Kotler and Jamie Wheal

Splitting the Harrow, Understanding the Business of Life – Prem Rawat

Superinteligência: Caminhos, Perigos, Estratégias – Nick Bostrom

Superprevisões: a arte e a ciência da previsão – Dan Gardner e Philip E. Tetlock

Tecnologia versus Humanidade – Gerd Leonhard

The Master and His Emissary – Iain McGilchrist

The Posthuman – Rosi Braidotti

The Singularity is Near – Ray Kurzweil

Uma Paixão Humana: o seu cérebro e a música – Daniel Levitin

Uma Visita Politicamente Incorrecta ao Cérebro Humano – Alexandre Castro Caldas

Via Para o Futuro da Humanidade – Edgar Morin

Ways of Attending – Iain McGilchrist

Fonte: ver aqui.

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