domingo, 4 de junho de 2017
''carregava uma imensa revolta silenciada.''
sobre António José Forte
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''A ação poética implica: para com o amor uma atitude apaixonada, para com a amizade uma atitude intransigente, para com a revolução uma atitude pessimista, para com a sociedade uma atitude ameaçadora. As visões poéticas são autónomas, a sua comunicação esotérica (…) por isso, para que não me confundam nem agora, nem nunca, declaro a minha revolta, o meu desespero, a minha liberdade, declaro tudo isto de faca nos dentes, de chicote em punho e que ninguém se aproxime para àquem dos mil passos.”
António José Forte
“pai simbólico e tentacular”
''A voz de Forte não é plural, não é direta ou sinuosamente derivada, não é devedora. Como toda a poesia, a verdadeira possui apenas a sua tradição (…) imemorial, dinâmica, abrindo para trás ou para a frente, única maneira de entender-se a tradição. Não se trata de modo ou moda, forma ou fórmula, acidentalidade ou incidentalidade. O teor é o da inteligência fundamental do mundo.” (Nota Inútil. Em Uma Faca nos Dentes, ed. Antígona)
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Quero
Quero que todos os dias do ano
todos os dias da vida
de meia em meia hora
de 5 em 5 minutos
me digas: Eu te amo.
Ouvindo-te dizer: Eu te amo,
creio, no momento, que sou amado.
No momento anterior
e no seguinte,
como sabê-lo?
Quero que me repitas até a exaustão
que me amas que me amas que me amas.
Do contrário evapora-se a amação
pois ao não dizer: Eu te amo,
desmentes
apagas
teu amor por mim.
Exijo de ti o perene comunicado.
Não exijo senão isto,
isto sempre, isto cada vez mais.
Quero ser amado por e em tua palavra
nem sei de outra maneira a não ser esta
de reconhecer o dom amoroso,
a perfeita maneira de saber-se amado:
amor na raiz da palavra
e na sua emissão,
amor
saltando da língua nacional,
amor
feito som
vibração espacial.
No momento em que não me dizes:
Eu te amo,
inexoravelmente sei
que deixaste de amar-me,
que nunca me amastes antes.
Se não me disseres urgente repetido
Eu te amo amo amo amo amo,
verdade fulminante que acabas de desentranhar,
eu me precipito no caos,
essa coleção de objetos de não-amor.
Carlos Drummond de Andrade, em “As impurezas do branco”. 1973.
todos os dias da vida
de meia em meia hora
de 5 em 5 minutos
me digas: Eu te amo.
Ouvindo-te dizer: Eu te amo,
creio, no momento, que sou amado.
No momento anterior
e no seguinte,
como sabê-lo?
Quero que me repitas até a exaustão
que me amas que me amas que me amas.
Do contrário evapora-se a amação
pois ao não dizer: Eu te amo,
desmentes
apagas
teu amor por mim.
Exijo de ti o perene comunicado.
Não exijo senão isto,
isto sempre, isto cada vez mais.
Quero ser amado por e em tua palavra
nem sei de outra maneira a não ser esta
de reconhecer o dom amoroso,
a perfeita maneira de saber-se amado:
amor na raiz da palavra
e na sua emissão,
amor
saltando da língua nacional,
amor
feito som
vibração espacial.
No momento em que não me dizes:
Eu te amo,
inexoravelmente sei
que deixaste de amar-me,
que nunca me amastes antes.
Se não me disseres urgente repetido
Eu te amo amo amo amo amo,
verdade fulminante que acabas de desentranhar,
eu me precipito no caos,
essa coleção de objetos de não-amor.
Carlos Drummond de Andrade, em “As impurezas do branco”. 1973.
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“Take your broken heart, make it into art.”
Carrie Fisher
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sábado, 3 de junho de 2017
quinta-feira, 1 de junho de 2017
Miguel Esteves Cardoso - Como é que se esquece alguém que se ama
Como é que se esquece alguém que se ama? Como é que se esquece alguém que nos faz falta e que nos custa mais lembrar que viver? Quando alguém se vai embora de repente como é que se faz para ficar? Quando alguém morre, quando alguém se separa - como é que se faz quando a pessoa de quem se precisa já lá não está?
As pessoas têm de morrer; os amores de acabar. As pessoas têm de partir, os sítios têm de ficar longe uns dos outros, os tempos têm de mudar Sim, mas como se faz? Como se esquece? Devagar. É preciso esquecer devagar. Se uma pessoa tenta esquecer-se de repente, a outra pode ficar-lhe para sempre. Podem pôr-se processos e acções de despejo a quem se tem no coração, fazer os maiores escarcéus, entrar nas maiores peixeiradas, mas não se podem despejar de repente. Elas não saem de lá. Estúpidas! É preciso aguentar. Já ninguém está para isso, mas é preciso aguentar. A primeira parte de qualquer cura é aceitar-se que se está doente. É preciso paciência. O pior é que vivemos tempos imediatos em que já ninguém aguenta nada. Ninguém aguenta a dor. De cabeça ou do coração. Ninguém aguenta estar triste. Ninguém aguenta estar sozinho. Tomam-se conselhos e comprimidos. Procuram-se escapes e alternativas. Mas a tristeza só há-de passar entristecendo-se. Não se pode esquecer alguem antes de terminar de lembrá-lo. Quem procura evitar o luto, prolonga-o no tempo e desonra-o na alma. A saudade é uma dor que pode passar depois de devidamente doída, devidamente honrada. É uma dor que é preciso aceitar, primeiro, aceitar.
É preciso aceitar esta mágoa esta moinha, que nos despedaça o coração e que nos mói mesmo e que nos dá cabo do juízo. É preciso aceitar o amor e a morte, a separação e a tristeza, a falta de lógica, a falta de justiça, a falta de solução. Quantos problemas do mundo seriam menos pesados se tivessem apenas o peso que têm em si , isto é, se os livrássemos da carga que lhes damos, aceitando que não têm solução.
Não adianta fugir com o rabo à seringa. Muitas vezes nem há seringa. Nem injecção. Nem remédio. Nem conhecimento certo da doença de que se padece. Muitas vezes só existe a agulha.
Dizem-nos, para esquecer, para ocupar a cabeça, para trabalhar mais, para distrair a vista, para nos divertirmos mais, mas quanto mais conseguimos fugir, mais temos mais tarde de enfrentar. Fica tudo à nossa espera. Acumula-se-nos tudo na alma, fica tudo desarrumado.
O esquecimento não tem arte. Os momentos de esquecimento, conseguidos com grande custo, com comprimidos e amigos e livros e copos, pagam-se depois em condoídas lembranças a dobrar. Para esquecer é preciso deixar correr o coração, de lembrança em lembrança, na esperança de ele se cansar.
Miguel Esteves Cardoso, in 'Último Volume'
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segunda-feira, 29 de maio de 2017
|| sei de um rio ||
"O corpo leva uma certeza, o vento
dá-lhe um nome. A terra que pisas
é sempre um limite, a força apenas
vem do mar, ouves teus passos na
cadência da areia e poucos mais. Os
passos são certos? E os traços com
as mãos apagando as dúvidas?
Repousando os olhos nesse chão
consentes que te ache a calma.
Muito baixo o que ias repetindo:
nada é suficiente. Cobres-te. O
mar não te cobre, andávamos sem
saber dos ecos de vozes cruzando-se,
era apenas o mar subindo. Não era
a cidade ali, só seus rumores. As
mantas sobre o corpo, o fogo."
dá-lhe um nome. A terra que pisas
é sempre um limite, a força apenas
vem do mar, ouves teus passos na
cadência da areia e poucos mais. Os
passos são certos? E os traços com
as mãos apagando as dúvidas?
Repousando os olhos nesse chão
consentes que te ache a calma.
Muito baixo o que ias repetindo:
nada é suficiente. Cobres-te. O
mar não te cobre, andávamos sem
saber dos ecos de vozes cruzando-se,
era apenas o mar subindo. Não era
a cidade ali, só seus rumores. As
mantas sobre o corpo, o fogo."
-"Sedução Pelo Inimigo"
- Helder Moura Pereira
- Helder Moura Pereira
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"Ler Holderlin dizes tu
como se disso dependesse a minha vida
ou ir a pé de Bremen até
ao Peloponeso. Cada árvore nos
montes suábios um
pinheiro ondulante e com o meu
lenço de cabeça teces-te-me
sem menos nem mais uma coroa de louros. Sim
sim eu sei que não navego
nas suas nas tuas águas
fico-me com o meu vinho puro."
como se disso dependesse a minha vida
ou ir a pé de Bremen até
ao Peloponeso. Cada árvore nos
montes suábios um
pinheiro ondulante e com o meu
lenço de cabeça teces-te-me
sem menos nem mais uma coroa de louros. Sim
sim eu sei que não navego
nas suas nas tuas águas
fico-me com o meu vinho puro."
-"A Sede Entre os Limites"
- Ulla Hahn
- Ulla Hahn
domingo, 28 de maio de 2017
sábado, 27 de maio de 2017
FRANCE. Cannes. Carlton Hotel. May 9th 1958. Jacques TATI with US actress Jayne MANSFIELD after the presentation of his movie "Mon Oncle" (My Uncle) at the Cannes Festival.
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seios asseados
«Letícia, a desejada Letícia, a dos seios asseados, ... »
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terça-feira, 23 de maio de 2017
o verdadeiro Surrealismo
«não é uma arte nem uma estética, mas uma revolução moral e político-social»
(...)
Aos primeiros clarões da madrugada...
Como um rumor de festa,
Despertavam, partindo em revoada,
As aves a cantar. O Sol rompia
E as derradeiras névoas dissipava...
Tudo cantava e ria!
Só eu chorava...só eu chorava...
Só no meu coração não despontava o dia.
Só eu chorava...só eu chorava...
Só eu sofria...»
António Feijó. Sol de Inverno Seguido de Vinte Poesias Inéditas. Introdução, bibliografia e notas de Álvaro Manuel Machado. Biblioteca de Autores Portugueses., p. 66
Aos primeiros clarões da madrugada...
Como um rumor de festa,
Despertavam, partindo em revoada,
As aves a cantar. O Sol rompia
E as derradeiras névoas dissipava...
Tudo cantava e ria!
Só eu chorava...só eu chorava...
Só no meu coração não despontava o dia.
Só eu chorava...só eu chorava...
Só eu sofria...»
António Feijó. Sol de Inverno Seguido de Vinte Poesias Inéditas. Introdução, bibliografia e notas de Álvaro Manuel Machado. Biblioteca de Autores Portugueses., p. 66
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«Vou, com o pensamento em mil voos disperso,
De saudade em saudade alargando o horizonte.»
António Feijó. Sol de Inverno Seguido de Vinte Poesias Inéditas. Introdução, bibliografia e notas de Álvaro Manuel Machado. Biblioteca de Autores Portugueses., p. 63
De saudade em saudade alargando o horizonte.»
António Feijó. Sol de Inverno Seguido de Vinte Poesias Inéditas. Introdução, bibliografia e notas de Álvaro Manuel Machado. Biblioteca de Autores Portugueses., p. 63
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arrebol
ar.re.bol
ɐʀəˈbɔɫ
nome masculino
1. | cor de fogo que às vezes o horizonte toma ao nascer e ao pôr do Sol |
2. | figurado princípio |
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«O meu próprio sofrer enche o meu coração.»
António Feijó. Sol de Inverno Seguido de Vinte Poesias Inéditas. Introdução, bibliografia e notas de Álvaro Manuel Machado. Biblioteca de Autores Portugueses., p. 63
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(...)
«E eu regresso trazendo ao meu refúgio, exangue,
Mais uma nova dor, mais uma nova chaga,»
António Feijó. Sol de Inverno Seguido de Vinte Poesias Inéditas. Introdução, bibliografia e notas de Álvaro Manuel Machado. Biblioteca de Autores Portugueses., p. 63
«E eu regresso trazendo ao meu refúgio, exangue,
Mais uma nova dor, mais uma nova chaga,»
António Feijó. Sol de Inverno Seguido de Vinte Poesias Inéditas. Introdução, bibliografia e notas de Álvaro Manuel Machado. Biblioteca de Autores Portugueses., p. 63
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«O abismo atrai o abismo!»
António Feijó. Sol de Inverno Seguido de Vinte Poesias Inéditas. Introdução, bibliografia e notas de Álvaro Manuel Machado. Biblioteca de Autores Portugueses., p. 61
«O amargo coração que se desfaz na cova.»
António Feijó. Sol de Inverno Seguido de Vinte Poesias Inéditas. Introdução, bibliografia e notas de Álvaro Manuel Machado. Biblioteca de Autores Portugueses., p. 58
«A Mocidade não pensa em nada !»
António Feijó. Sol de Inverno Seguido de Vinte Poesias Inéditas. Introdução, bibliografia e notas de Álvaro Manuel Machado. Biblioteca de Autores Portugueses., p. 55
parnasiano
LITERATURA que é adepto do parnasianismo; que procura a delicadeza e a perfeição da
forma; que não cultiva as tendências do lirismo romântico ou ultrarromântico
forma; que não cultiva as tendências do lirismo romântico ou ultrarromântico
segunda-feira, 22 de maio de 2017
«De facto, o que nós somos fica marcado pelas relações que temos ao longo da vida, e não há relação que exerça maior influência no desenvolvimento do Self que aquela que envolve o amor romântico, (...)»
Isabel Mesquita. Disfarces de Amor. Relacionamentos Amorosos e Vulnerabilidade narcísica. Isabel Mesquita. Climepsi Editores, Lisboa, 2013., p. 117
Isabel Mesquita. Disfarces de Amor. Relacionamentos Amorosos e Vulnerabilidade narcísica. Isabel Mesquita. Climepsi Editores, Lisboa, 2013., p. 117
''passado relacional perturbador e impeditivo''
Isabel Mesquita. Disfarces de Amor. Relacionamentos Amorosos e Vulnerabilidade narcísica. Isabel Mesquita. Climepsi Editores, Lisboa, 2013., p. 111
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«Toda e qualquer relação para ser suficientemente boa terá de ser recíproca, mas comporta ajustes, desajustes e reajustes. Mas, isto não é propriamente conflito, mas regulação; as relações têm vida e estão a ser permanentemente reguladas - ou então adoecem e ficam cronicamente doentes, moribundas ou morrem, sendo como refere Coimbra de Matos (2009): ''O amor só dura enquanto produz mais amor''.
Isabel Mesquita. Disfarces de Amor. Relacionamentos Amorosos e Vulnerabilidade narcísica. Isabel Mesquita. Climepsi Editores, Lisboa, 2013., p. 108/9
Isabel Mesquita. Disfarces de Amor. Relacionamentos Amorosos e Vulnerabilidade narcísica. Isabel Mesquita. Climepsi Editores, Lisboa, 2013., p. 108/9
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domingo, 21 de maio de 2017
«Nesta escuridão mental, o mundo.»
Antologia de Vicente Aleixandre. Selecção, tradução e prólogo de José Bento. Editorial Inova/Porto., p. 204
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«Viver é conhecer.»
Antologia de Vicente Aleixandre. Selecção, tradução e prólogo de José Bento. Editorial Inova/Porto., p. 202
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«Conheço-me, pois penso, e olho
os outros.»
(...)
Antologia de Vicente Aleixandre. Selecção, tradução e prólogo de José Bento. Editorial Inova/Porto., p. 202
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ELA
Ah, a rosa fechada,
o primeiro silêncio em que meus lábios pus.
Antologia de Vicente Aleixandre. Selecção, tradução e prólogo de José Bento. Editorial Inova/Porto., p. 198
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«O sangue não era um rio,»
Antologia de Vicente Aleixandre. Selecção, tradução e prólogo de José Bento. Editorial Inova/Porto., p. 194
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vicente Aleixandre
Someone falls to pieces
Sleeping all alone
Someone kills the pain
Spinning in the silence
She finally drift away
Someone gets excited
In a chapel yard
Catches a bouquet
Another lays a dozen
White roses on a grave
And be yourself is all that you can do
To be yourself is all that you can do
Someone finds salvation in everyone
Another only pain
Someone tries to hide themself
Down inside himself he prays
Someone swears their true love
Until the end of time
Another runs away
separate or united?
Healthy or insane?
And be yourself is all that you can do (all that you can do)
To be yourself is all that you can do (all that you can do)
To be yourself is all that you can do (all that you can do)
Be yourself is all that you can do
Even when you've paid enough
Been pulled apart
Or been held up
Every single memory of
The good or bad, faces of love
Don't lose any sleep tonight
I'm sure everything will end up alright
You may win or lose
But to be yourself is all that you can do
To be yourself is all that you can do
To be yourself is all that you can do (all that you can do)
To be yourself is all that you can do (all that you can do)
To be yourself is all that you can
Be yourself is all that you can
Be yourself is all that you can do
Written by Timothy Commerford, Chris Cornell, Tom Morello, Brad Wilk
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«Não sei se morro ou sonho.»
Antologia de Vicente Aleixandre. Selecção, tradução e prólogo de José Bento. Editorial Inova/Porto., p. 194
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O Feiticeiro
Fiquei só. A aldeia está destruída.
Ah, o miserável
conquistador passou. Metralha e, mais, veneno
vi no olhar horrível. E eram jovens.
Quantas vezes sonhei com um suspiro
como uma morte doce. Em minhas beberagens
pus o meimendro de não ser, e soube
dormir, terrível ciência derradeira.
Mas não me valeu hoje. De olhos firmes
velei e olhei, e secos
meus olhos viram a chuva, e era vermelha.
Pálidos e secos,
e ensanguentados no seu interior, cegaram.
Antologia de Vicente Aleixandre. Selecção, tradução e prólogo de José Bento. Editorial Inova/Porto., p. 193/4
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«Sou pedra, pois existo.»
Antologia de Vicente Aleixandre. Selecção, tradução e prólogo de José Bento. Editorial Inova/Porto., p. 193
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«Dignamente morreu. A sua sombra passa.»
Antologia de Vicente Aleixandre. Selecção, tradução e prólogo de José Bento. Editorial Inova/Porto., p. 189
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Morte,
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vicente Aleixandre
«A dignidade do homem está na sua morte.»
Antologia de Vicente Aleixandre. Selecção, tradução e prólogo de José Bento. Editorial Inova/Porto., p. 184
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sobre a dignidade,
vicente Aleixandre
(...)
«Só o teu beijo ou chuva cai em recordação.
Chove a tua voz, e chove o beijo triste,
o fundo beijo,
beijo molhado em chuva.»
Antologia de Vicente Aleixandre. Selecção, tradução e prólogo de José Bento. Editorial Inova/Porto., p. 178
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«A obra-prima deve ser realizada friamente; deve ter a alma fundamentada num amor, mas num amor distante.»
Pitigrilli. a decadência do paradoxo. Tradução Portuguesa de Dr. Souza-Soares. Editorial Minerva, Lisboa., p. 225
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obra-prima,
pseudónimo Pitigrilli
«Se soubéssemos imaginar a transformação das coisas distantes no espaço, não nos exporíamos tão frequentemente à desilusão da volta e, em vez de voltar, preferíamos sofrer desse esquisito mal que é a saudade.»
Pitigrilli. a decadência do paradoxo. Tradução Portuguesa de Dr. Souza-Soares. Editorial Minerva, Lisboa., p. 222
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pseudónimo Pitigrilli,
relationships
«(...), e assim como as mulheres se empoam e se pintam, algumas delas sabem envernizar-se com uma erudição superficial.»
Pitigrilli. a decadência do paradoxo. Tradução Portuguesa de Dr. Souza-Soares. Editorial Minerva, Lisboa., p. 220/1
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pseudónimo Pitigrilli,
sobre as mulheres
«A dor e a agonia não têm nacionalidade.»
Pitigrilli. a decadência do paradoxo. Tradução Portuguesa de Dr. Souza-Soares. Editorial Minerva, Lisboa., p. 219
«Para sustentar com força persuasiva uma opinião, é preciso não a possuir.»
Pitigrilli. a decadência do paradoxo. Tradução Portuguesa de Dr. Souza-Soares. Editorial Minerva, Lisboa., p. 217
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Dino Segrè,
pseudónimo Pitigrilli
«Para amar a casa é preciso estar longe.»
Pitigrilli. a decadência do paradoxo. Tradução Portuguesa de Dr. Souza-Soares. Editorial Minerva, Lisboa., p. 217
«Sou pouco sociável. O maior desgosto que me podem causar é apresentar-me a alguém. Mas sofro na minha solidão.»
Pitigrilli. a decadência do paradoxo. Tradução Portuguesa de Dr. Souza-Soares. Editorial Minerva, Lisboa., p. 216
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Dino Segrè,
pseudónimo Pitigrilli
«(...); as coisas agradáveis acontecem quando não as esperamos; esperá-las equivale a impedi-las de vir.»
Pitigrilli. a decadência do paradoxo. Tradução Portuguesa de Dr. Souza-Soares. Editorial Minerva, Lisboa., p. 215
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Dino Segrè,
pseudónimo Pitigrilli
«Os pássaros e certos mamíferos, entre os quais os gatos, que vivem em gaiola, ou em outra forma de cativeiro, matam às vezes os filhos para os arrancar à escravidão.»
Pitigrilli. a decadência do paradoxo. Tradução Portuguesa de Dr. Souza-Soares. Editorial Minerva, Lisboa., p. 214
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Dino Segrè,
pseudónimo Pitigrilli
«Ser educado não é outra coisa senão saber mentir; fingir ignorar o que aos outros convém que não saibamos; sorrir à pessoa em cujos olhos de bom grado cuspiríamos; dizer «obrigado» quando desejaríamos dizer «vá à fava.»
Pitigrilli. a decadência do paradoxo. Tradução Portuguesa de Dr. Souza-Soares. Editorial Minerva, Lisboa., p. 210
terça-feira, 16 de maio de 2017
"Conheço talvez toda a espécie de gente
mas como encontrar o que se conhece
tão amiúde
como não deflagrar aos pés de todos
por amor à tragédia por amor
por amar esta substância serena
jacente geral?"
mas como encontrar o que se conhece
tão amiúde
como não deflagrar aos pés de todos
por amor à tragédia por amor
por amar esta substância serena
jacente geral?"
- Luiza Neto Jorge -
- "Antologia da Poesia Feminina Portuguesa"
- Luiza Neto Jorge/ Fiama Hasse Pais Brandão/ Maria Teresa Horta/ Maria Alberta Menèrez/ Ana Hatherly/ Natália Correia/ Salette Tavares/ Sophia de Mello Breyner Andresen/ Irene Lisboa...
- Organização: António Salvado
- Luiza Neto Jorge/ Fiama Hasse Pais Brandão/ Maria Teresa Horta/ Maria Alberta Menèrez/ Ana Hatherly/ Natália Correia/ Salette Tavares/ Sophia de Mello Breyner Andresen/ Irene Lisboa...
- Organização: António Salvado
domingo, 14 de maio de 2017
«Ou tarde ou cedo ou nunca.»
Antologia de Vicente Aleixandre. Selecção, tradução e prólogo de José Bento. Editorial Inova/Porto., p. 177
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«Se alguma vez pudesses
ter-me dito o que não dissestes.»
Antologia de Vicente Aleixandre. Selecção, tradução e prólogo de José Bento. Editorial Inova/Porto., p. 174
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vicente Aleixandre
«As rosas não têm outro dever na vida que serem belas.»
Pitigrilli. a decadência do paradoxo. Tradução Portuguesa de Dr. Souza-Soares. Editorial Minerva, Lisboa., p. 205
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pseudónimo Pitigrilli
«Rio para tentar esconder a minha melancolia.»
Pitigrilli. a decadência do paradoxo. Tradução Portuguesa de Dr. Souza-Soares. Editorial Minerva, Lisboa., p. 195
«Os humoristas são meninos que, atravessando os quartos escuros, cantam para se darem coragem.»
Pitigrilli. a decadência do paradoxo. Tradução Portuguesa de Dr. Souza-Soares. Editorial Minerva, Lisboa., p. 195
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pseudónimo Pitigrilli,
sobre o humorismo
«Negar, dá menos trabalho do que reconhecer.»
Pitigrilli. a decadência do paradoxo. Tradução Portuguesa de Dr. Souza-Soares. Editorial Minerva, Lisboa., p. 195
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Dino Segrè,
pseudónimo Pitigrilli
«Quem não sabe da própria infelicidade, não é infeliz.»
Pitigrilli. a decadência do paradoxo. Tradução Portuguesa de Dr. Souza-Soares. Editorial Minerva, Lisboa., p. 164
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