sexta-feira, 23 de agosto de 2019

«folhas desprendendo-se comidas dos bichos! »

Jorge de Sena. Post-Scriptum II (recolha, transcrição, nota de abertura e notas de Mécio de Sena) 2.º Volume. Moraes Editores/Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 1985., p. 135

''corvos de asas verdes''

ECO

Se eu visse a cor do eco luminoso
levado nas palavras ditas
para que a sombra fosse menos negra,
Eu...
Nós, que nos sentamos loucos
deslizando espuma dessalgada
sobre papéis culpados de brancura,
Nós, olhar igual a móvel doutro século
abandonado hoje numa casa para amanhã,
Nós - somos o último argumento
de ilusão, de liberdade própria,
no fundo a renúncia isenta de saudade,
a dor voltada bater de asas muito alto,
e a renúncia, iguais afirmações dos outros!

Porém se eu visse a cor do eco
imaginaria outras palavras nem novas nem velhas,
possivelmente de silêncio,
que seriam o primeiro lado do polígono -
- dentro dele o mundo giraria,
o último lado no infinito, sim,
mas nem por isso menos eu, nosso,
não há olhos aqui vendo comigo!...
Então cerrem-se as portas e acendamo-nos.
Olhemo-nos agora.
 - É este o nosso corpo ... - Serve.
- É esta a nossa alma... - Basta.
- Basta e sobra! Imaginas que lá fora. - Não, não imagino
                                                                                                        nada.

O eco... o luminoso!  ia dentro da palavra.


29/5/39
Obras - Vol. 9.º, págs. 33-34.


Jorge de Sena. Post-Scriptum II (recolha, transcrição, nota de abertura e notas de Mécio de Sena) 2.º Volume. Moraes Editores/Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 1985., p. 133


dessangrar

PALAVRAS

Palavras soltas
que ficaram sem ar sem força de viver...
sem força de cair...  -

Mundos de mim sem força de morrer...
Vidas de mim sem força de nascer...

- Palavras soltas...soltas...
tremendo de estar sós...e de partir...

25/4/39
2
Obras - Vol.9.º, pág.22.


Jorge de Sena. Post-Scriptum II (recolha, transcrição, nota de abertura e notas de Mécio de Sena) 2.º Volume. Moraes Editores/Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 1985., p. 123
«(...)

Como é ridículo mudar
as coisas e as cores e as distâncias
para vozes de embalar sozinho,
para sons de angustiar sozinho...»

Jorge de Sena. Post-Scriptum II (recolha, transcrição, nota de abertura e notas de Mécio de Sena) 2.º Volume. Moraes Editores/Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 1985., p. 112
« - não queirais ser o Deus das conveniências
nem o Deus das minhas consolações.»

Jorge de Sena. Post-Scriptum II (recolha, transcrição, nota de abertura e notas de Mécio de Sena) 2.º Volume. Moraes Editores/Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 1985., p. 108
«(...)

Se não quis tornar a ver-te 
foi com medo de mudar -
que os olhos que são sofrer-te
podem não querer conhecer-te
e ver em ti mais que mar...»

Jorge de Sena. Post-Scriptum II (recolha, transcrição, nota de abertura e notas de Mécio de Sena) 2.º Volume. Moraes Editores/Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 1985., p. 105

Lorraine Hansberry at her desk in her Greenwich Village apartment. Photo by David Attie.


«(...)

A ferida curada de si mesma...
Triste e funda e dolorosa
por ser lúcida.»

Jorge de Sena. Post-Scriptum II (recolha, transcrição, nota de abertura e notas de Mécio de Sena) 2.º Volume. Moraes Editores/Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 1985., p. 93
«(...)

E um amor não morre nunca,
nunca,
nem mesmo sufocado em ódio e em razões,
nem mesmo com o haver um outro amor.»

Jorge de Sena. Post-Scriptum II (recolha, transcrição, nota de abertura e notas de Mécio de Sena) 2.º Volume. Moraes Editores/Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 1985., p. 87
«(...)

É uma doença
pelo poder com que absorve o pensamento,»

Jorge de Sena. Post-Scriptum II (recolha, transcrição, nota de abertura e notas de Mécio de Sena) 2.º Volume. Moraes Editores/Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 1985., p. 86

frialdade

di.le.tan.tis.mo


delido

de.li.do
dəˈlidu
adjetivo
1.
desfeitoroto
2.
arruinado
3.
puídogasto

''Os pés inúteis...''

Jorge de Sena. Post-Scriptum II (recolha, transcrição, nota de abertura e notas de Mécio de Sena) 2.º Volume. Moraes Editores/Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 1985., p. 79

«(...)

e sê-lo-á
porque, não sendo nada,
será o que quisermos.»

Jorge de Sena. Post-Scriptum II (recolha, transcrição, nota de abertura e notas de Mécio de Sena) 2.º Volme. Moraes Editores/Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 1985., p. 78
(...)

«Lama de sangue...Sangue já em rio...
O rio o leva ao mar e o mar não bebe -
- o mar conhece a voz da santa guerra,
por ordem do poder que o governa
dará a rumo e rumo a Rosa eterna
e o Mundo nunca mais será o Mundo
mas Terra, Terra inteira, livre terra!»


Jorge de Sena. Post-Scriptum II (recolha, transcrição, nota de abertura e notas de Mécio de Sena) 2.º Volme. Moraes Editores/Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 1985., p. 77
(...)

«Fugir, fugir...
mas fugir devagarinho
para compreendermos bem
que estamos a fugir.»


Jorge de Sena. Post-Scriptum II (recolha, transcrição, nota de abertura e notas de Mécio de Sena) 2.º Volume. Moraes Editores/Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 1985., p. 73
(...)

« Não vi ninguém na claridade...

Também na noite fria
o céu era momentâneo e sem verdade.»


Jorge de Sena. Post-Scriptum II (recolha, transcrição, nota de abertura e notas de Mécio de Sena) 2.º Volme. Moraes Editores/Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 1985., p. 70

segunda-feira, 19 de agosto de 2019

''Sinto-me apavorado com a apatia moral, com a morte do coração, que está a acontecer no meu país.''

Poeta e ensaísta James Arthur Baldwin

in I Am Not Your Negro é um filme-documentário frances e estadunidense de 2016 dirigido e escrito por Raoul Peck e James Baldwin

segunda-feira, 5 de agosto de 2019


''nocturnidade divina''

''notícia de outras memórias ou máscaras.''


Orlando NevesClamores. (1987-1999) . Decomposição - O Corpo. Edições Afrontamento, Porto, 2000., p. 29

AS MÃOS - III


«Pequenas coisas prendem, as aves
moribundas, a lâmpada que brilha e fere.
Pequenas coisas, as fogueiras no chão dos campos,
a asa das águias na lua roxa. Pequenas

coisas, o coração dormindo, o sal na boca,
a leve fadiga em que continua a vida.


(...)»


Orlando NevesClamores. (1987-1999) . Decomposição - O Corpo. Edições Afrontamento, Porto, 2000., p. 28

'' na terra frutífera, aceitando morrer''


Orlando NevesClamores. (1987-1999) . Decomposição - O Corpo. Edições Afrontamento, Porto, 2000., p. 27

domingo, 4 de agosto de 2019

''solidão nocturna''

Pietà. 1997


FUNDO

Fui procurar-Te ao fundo
lá onde as algas se torcem
roçadas pelas escamas dos peixes,
lá onde estava um barco de ferro
e um morto sem olhos ao leme,
lá onde estavam duas ostras abertas
uma com pérolas outra sem pérolas,
lá onde havia medusas e polvos
e um boné num ramo de coral,
lá onde havia silêncio e um livro rasgado
e uma âncora partida e uma cruz...

Fui procurar-Te ao fundo e já não sabia
que não Te encontraria.

Se não Te procurasse em toda a parte
nunca veria o mundo em que não estás.


Jorge de Sena. Post-Scriptum II (recolha, transcrição, nota de abertura e notas de Mécio de Sena) 2.º Volme. Moraes Editores/Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 1985., p. 64

VEGETAL


Esguio, muito esguio tronco...
- difícil de rugas e cansaços.

Vagos, muito vagos ramos...
- inúteis de quebras e de súplicas.

Secas, muito secas folhas...
- difíceis de fugas e de outono.

Pálidas, muito pálidas flores...
- Inúteis de perfume e de sentido.

Difícil, sim, tudo difícil...
E no fim de ser difícil tudo inútil.

9/1/39
Obras - Vol. 8.º, pág. 48.


Jorge de Sena. Post-Scriptum II (recolha, transcrição, nota de abertura e notas de Mécio de Sena) 2.º Volme. Moraes Editores/Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 1985., p. 55

«Amargura muito antes de tristeza!...»

Jorge de Sena. Post-Scriptum II (recolha, transcrição, nota de abertura e notas de Mécio de Sena) 2.º Volme. Moraes Editores/Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 1985., p. 21

Ecofeminismo

Ecofeminismo descreve movimentos e filosofias que ligam o feminismo com a ecologia. O termo é acreditado ter sido inventado pela escritora francesa Françoise d'Eaubonne em seu livro Le feminisme ou la Mort.


(...)

«O meu destino contigo
é o tu não teres
destino comigo.»

Jorge de Sena. Post-Scriptum II (recolha, transcrição, nota de abertura e notas de Mécio de Sena) 2.º Volme. Moraes Editores/Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 1985., p. 45

''a vida escurece como quer''

Jorge de Sena. Post-Scriptum II (recolha, transcrição, nota de abertura e notas de Mécio de Sena) 2.º Volme. Moraes Editores/Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 1985., p. 39

«(...)...                        nós fizemos do teu manto
o inverno deste nosso pensamento.»


Jorge de Sena. Post-Scriptum II (recolha, transcrição, nota de abertura e notas de Mécio de Sena) 2.º Volme. Moraes Editores/Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 1985., p. 37

«Amarra em ti o nosso andar sangrento,»

Jorge de Sena. Post-Scriptum II (recolha, transcrição, nota de abertura e notas de Mécio de Sena) 2.º Volme. Moraes Editores/Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 1985., p. 25

« Estás triste...duma tristeza sem nome...»

Jorge de Sena. Post-Scriptum II (recolha, transcrição, nota de abertura e notas de Mécio de Sena) 2.º Volme. Moraes Editores/Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 1985., p. 21
(...)

« Eu sei que tu pensas pelos teus olhos.

Não olhes, pois, assim
- porque estás formando o pensamento
não sei onde sobre mim.»


Jorge de Sena. Post-Scriptum II (recolha, transcrição, nota de abertura e notas de Mécio de Sena) 2.º Volme. Moraes Editores/Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 1985., p. 17

INCÊNDIO


Uma nuvem ténue...um encarquilhar sombrio...
gotas de lume correndo e fugindo...
num novo encarquilhar...treva caindo...
e no fim só um cheiro agreste e frio.

O resto que ficou?...Não sei. Perdi-o:
A minha vida a outros foi sorrindo,
noutros olhos os meus foram dormindo... -
não se pode viver sempre vazio...

Tudo se encontra procurando bem
e se a vida não é um vai-e-vem
a cor do dia é uma questão de céu...

Aquele incêndio? Ali? ... Não é comigo.
Vê!...Ele segue um caminho que eu não sigo,
que nunca foi! nem há-de ser o meu!

Jorge de Sena. Post-Scriptum II (recolha, transcrição, nota de abertura e notas de Mécio de Sena) 2.º Volme. Moraes Editores/Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 1985., p. 16

(...)

« E ter a impressão 
de que se nos atirássemos
daqui tão alto...
tombaríamos devagar...
devagar...
devagarinho...

Não sei se ser louco é ser assim!...»

4/12/38
1/7/39
Obras - Vol. 8.º, págs.4-5.



Jorge de Sena. Post-Scriptum II (recolha, transcrição, nota de abertura e notas de Mécio de Sena) 2.º Volme. Moraes Editores/Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 1985., p. 15

EXTERIOR

Inclinaste a cabeça para a frente
e o teu cabelo
ondeou mais alto.

Um cabelo calmo, leve, saciado...

E o meu...
ora hesitante, fugitivo,
levantado, confundido...
ora tombado, mais fino,
mais fraco...
sem vontade nem gesto...

Não meças a minha alma
pelo que eu trago no rosto.

4/12/38
Obras - Vol. 8.º pág.3.

Jorge de Sena. Post-Scriptum II (recolha, transcrição, nota de abertura e notas de Mécio de Sena) 2.º Volme. Moraes Editores/Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 1985., p. 13

''Arrasa-Cérebros''

''Lágrimas de pérola''

John Schaar, “o futuro não é o lugar para onde vamos, mas o lugar que nós criamos. Os caminhos para lá chegar não são descobertos mas feitos, e a forma de os fazer muda não só quem os traça, como o destino final”.

''Quais são os efeitos psíquicos da individualização extrema? ''

© Ana Borralho & João Galante
Romance Familiar ou a realidade aumentada

“ROMANCE FAMILIAR OU A REALIDADE AUMENTADA”


© Ana Borralho & João Galante

''Se até ao século XX os dispositivos audiovisuais de consumo popular eram dirigidos às massas, no novo milénio o enfoque é dado a cada cidadão e às suas idiossincrasias. A utilização massiva de equipamentos digitais individualizados em todas as áreas está a criar modos de vida em que a noção do corpo social implodiu.''

quarta-feira, 31 de julho de 2019

fala-barato

«ANDRI: O seu vestido, minha senhora! - Sujei-o com sangue.»

Max Frisch. Andorra. Tradução de Ilse Losa e Manuela Delgado. Portugália Editora, Lisboa., p 99

casernas

«Andri afasta as mãos da cara e põe os olhos no chão.

Ela não pode amar-me, ninguém pode, eu próprio não posso amar-me.»

Max Frisch. Andorra. Tradução de Ilse Losa e Manuela Delgado. Portugália Editora, Lisboa., p 83
«O ódio ensina uma pessoa a ser paciente. E dura.»

Max Frisch. Andorra. Tradução de Ilse Losa e Manuela Delgado. Portugália Editora, Lisboa., p 69


«CARPINTEIRO: Queres dar-me lições, a mim?
ANDRI: Julgava que me estava a fazer uma pergunta de algibeira.»


Max Frisch. Andorra. Tradução de Ilse Losa e Manuela Delgado. Portugália Editora, Lisboa., p 44
«Será uma superstição? Mas não, não é! Há coisas assim, pessoas diabólicas e não há volta a dar-lhes, basta o seu olhar para sermos como eles dizem. O Mal é assim. Todos o têm dentro de si, e ninguém o quer, e para onde o levam? Para o ar? Sim, o Mal anda no ar, mas não permanece ali por muito tempo, é obrigado a meter-se dentro dum homem para que possam agarrá-la um dia a assassinar...»

Max Frisch. Andorra. Tradução de Ilse Losa e Manuela Delgado. Portugália Editora, Lisboa., p 39

«Quando me sinto orgulhoso, tenho medo.»


Max Frisch. Andorra. Tradução de Ilse Losa e Manuela Delgado. Portugália Editora, Lisboa., p 38

«ANDRI: Adoro o teu cabelo, o teu cabelo ruivo, o teu cabelo quente, amargo, Barblin. Morro se perco este cabelo.»

Max Frisch. Andorra. Tradução de Ilse Losa e Manuela Delgado. Portugália Editora, Lisboa., p 36

taberneiro



sábado, 27 de julho de 2019

inviolada

«madeira morta na imensidade das veias.»


Orlando NevesClamores. (1987-1999) . Decomposição - O Corpo. Edições Afrontamento, Porto, 2000., p. 24

de.cí.du.a

''fingidor ferido''


«Te guardas na intimidade dos armários,
onde a paz é negra e se desagrega a luz.»

Orlando NevesClamores. (1987-1999) . Decomposição - O Corpo. Edições Afrontamento, Porto, 2000., p. 19

«Cada ferida é uma luz, um quarto pleno
de vertigens.»

Orlando NevesClamores. (1987-1999) . Decomposição - O Corpo. Edições Afrontamento, Porto, 2000., p. 17

Girl in Bed,Irving Penn, 1949


siar

'' o pó das moscas''

Orlando NevesClamores. (1987-1999) Edições Afrontamento, Porto, 2000., p. 14
«Como pôde tamanha altivez desistir
de, constantemente, se desnudar?»

Orlando NevesClamores. (1987-1999) Edições Afrontamento, Porto, 2000., p. 13
«(...)                         , espelhos domésticos
por onde voaram flores enamoradas.»


Orlando NevesClamores. (1987-1999) . Decomposição - O Corpo. Edições Afrontamento, Porto, 2000., p. 13

« Corre o pensamento a pensar-se.»

Orlando Neves. Clamores. (1987-1999) Edições Afrontamento, Porto, 2000., p. 12

di.a.bril

cai.a.du.ra

sexta-feira, 26 de julho de 2019


« Espero que não te deixes levar por esse Peider.
BARBLIN: Esteja descansado.
 PADRE: Tem um olhar sujo.»

Max Frisch. Andorra. Tradução de Ilse Losa e Manuela Delgado. Portugália Editora, Lisboa., p 16
«BARBLIN: Estou noiva!
  SOLDADO: Mas não vejo sombras de anel.»

Max Frisch. Andorra. Tradução de Ilse Losa e Manuela Delgado. Portugália Editora, Lisboa., p 12

''O inspector de judeus''

comediógrafo

zimbório

segunda-feira, 22 de julho de 2019


alvacento

'' os olhos alagados de espumas mortas''


Mário Cláudio. A Ilha do OrienteSociedade Portuguesa de Autores. Publicações Dom Quixote., Lisboa, 1988., p. 120

doudice


«De toalhas de sangue e de feridas por fechar eram, por então, os pesadelos que me visitavam.»

Mário Cláudio. A Ilha do OrienteSociedade Portuguesa de Autores. Publicações Dom Quixote., Lisboa, 1988., p. 111

enxovia

en.xo.vi.a
ẽʃɔˈviɐ
nome feminino
1.
cárcere térreo ou subterrâneo, com pouca luz e insalubreenxova
2.
figurado compartimento mal arejado e sujo

domingo, 21 de julho de 2019

The Crucifixion


«O que os lábios nos seca, sem jamais nos beijar?»


Mário Cláudio. Noites de Anto. Sociedade Portuguesa de Autores. Publicações Dom Quixote., Lisboa, 1988., p. 109
«LEONARDO - E aqui esteve Cefísia, a que chamam de lírio, que Narciso já foi, sobre pântanos e charcos onde um rosto solitário se estampava.»

Mário Cláudio. Noites de Anto. Sociedade Portuguesa de Autores. Publicações Dom Quixote., Lisboa, 1988., p. 109

''conheço mistérios que não entram em ti''


Mário Cláudio. Noites de Anto. Sociedade Portuguesa de Autores. Publicações Dom Quixote., Lisboa, 1988., p. 108
«Estirava-se no feno, abria as pernas rotundas, de verdade, como se fossem o compasso de um cartógrafo. Quantas vezes suguei eu, eu sei lá quantas, a medalha de seus seios.»

Mário Cláudio. Noites de Anto. Sociedade Portuguesa de Autores. Publicações Dom Quixote., Lisboa, 1988., p. 107

setestrelo

a seu talante


a seu bel-prazer

''entre berros chorados''


Mário Cláudio. Noites de Anto. Sociedade Portuguesa de Autores. Publicações Dom Quixote., Lisboa, 1988., p. 104

Pietà. 1997. Bettina Rheims


''paladar das amoras

Mário Cláudio. Noites de Anto. Sociedade Portuguesa de Autores. Publicações Dom Quixote., Lisboa, 1988., p. 104

«Tinha ela a cara imunda e verde, como alga corroída, com um licor que me arranhava as veias da garganta.»

Mário Cláudio. Noites de Anto. Sociedade Portuguesa de Autores. Publicações Dom Quixote., Lisboa, 1988., p. 103

''(...) , conheci o rosto e o travo da morte.''


Mário Cláudio. Noites de Anto. Sociedade Portuguesa de Autores. Publicações Dom Quixote., Lisboa, 1988., p. 103

cabriola

''Vento e relâmpagos, na distância.''


Mário Cláudio. Noites de Anto. Sociedade Portuguesa de Autores. Publicações Dom Quixote., Lisboa, 1988., p. 101

ventanias


''penugem orvalhada''

''penumbra marmórea''

«(...) Os ombros são muito direitos, fabricados por Deus para suportar agasalhos únicos,»

Mário Cláudio. Noites de Anto. Sociedade Portuguesa de Autores. Publicações Dom Quixote., Lisboa, 1988., p. 66

''aves secretíssimas''

''capa-de-honras''

Powered By Blogger