''Sabe porque não me tornei um escritor de sucesso?Quero dizer-lhe: é que não possuía um instinto social suficientemente desenvolvido. Não representei o suficiente para agradar à sociedade. Olhe que foi mesmo assim! Hoje vejo-o claramente. Entreguei-me demasiado aos meus prazeres pessoais. Sim, é verdade, sempre tive a tendência para me tornar uma espécie de vagabundo e quase não lutei contra ela. Esse lado subjetivo irritou os leitores d’ Os Irmãos Tanner. Para eles o escritor não deve perder-se na subjetividade. Acham pretensioso levar tão a sério a sua pessoa. Como está enganado o escritor que supõe que o mundo se interessa pelos seus assuntos privados. A minha estreia literária gerou logo a impressão de que os bons burgueses me aborreciam, de que não os achava bons o suficiente. E eles nunca o esqueceram. Consideraram-me sempre um zero à esquerda, um inútil. Deveria ter misturado nos meus livros um pouco de amor e de tristeza, de solenidade e de aprovação.” [ Robert Walser a Carl Seelig]''
sábado, 6 de julho de 2019
“sem Walser, Kafka jamais teria visto a luz do dia”
Escritor Elias Canetti
Escritor Elias Canetti
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A viagem de inverno de Robert Walser
''Na família de homens estranhos, crepusculares, da qual fazem parte Kafka, Pessoa ou Bartleby, Robert Walser permanece o mais inexplicável.''
Ver aqui.
segunda-feira, 1 de julho de 2019
domingo, 30 de junho de 2019
sábado, 29 de junho de 2019
« O nu da mulher foi puríssimo até ao momento em que enfiaram uma liga liga na coxa.»
Pitigrilli. A virgem de 18 quilates. Tradução de João Santana. 1ª Edição: Agosto de 1973, Editorial Minerva., p. 79
«Mas, lá em baixo, ainda se dividem as doenças em morais e imorais, confessáveis e inconfessáveis. Para mim as enfermidades são simplesmente curáveis.»
Pitigrilli. A virgem de 18 quilates. Tradução de João Santana. 1ª Edição: Agosto de 1973, Editorial Minerva., p. 79
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«A dor e a agonia não têm nacionalidade.»
Pitigrilli. A virgem de 18 quilates. Tradução de João Santana. 1ª Edição: Agosto de 1973, Editorial Minerva., p. 79
''O que vocês pensam que seja um artista? Um imbecil feito só de olhos, se é
pintor, ou de ouvidos, se é músico, ou de coração em forma de lira, se é poeta,
ou mesmo feito só de músculos, se se trata de um pugilista? Muito ao contrário,
ele é ao mesmo tempo um ser político, sempre alerta aos acontecimentos tristes,
alegres, violentos, aos quais reage de todas as maneiras.
O ARTISTA PABLO PICASSO
''Pablo Diego José Francisco de Paula Juan Nepomuceno Maria dos Remedios Cipriano de
la Santissima Trinidad Ruiz y Picasso nasceu em Málaga, Espanha, em 25 de outubro de 1881.
Picasso era o sobrenome de sua mãe e os demais nomes que dão extensão ao seu nome de
baptismo fazem referência e homenagem a avôs, tio, pai e padrinho do artista. No entanto, foi
como Pablo Picasso que ficou conhecido.''
''O que fez do cinema novo um fenómeno de importância internacional
foi justamente o seu alto nível de compromisso com a verdade; foi o
seu próprio miserabilismo, que, antes escrito pela literatura de 30,
foi agora fotografado pelo cinema de 60; e se antes era escrito como
denúncia social, hoje passou a ser discutido como problema político.
(ROCHA, 2004, p. 65)''
«É fácil constatar que a mesma pessoa que recusa, como
demasiadamente brutal a aplicação de uma norma legal, e que se
presta, por gentileza, a favorecer uma pretensão irregular, encare com
insensibilidade notável a mortalidade infantil ou a fome endémica.
Assim, a violência é ideologicamente distorcida para dar a impressão
de que não exista. (CANDIDO, 1969, p. 416)»
'' A arte é muitas vezes uma solução, um cavalo de Tróia, um pincel que ajuda a retratar e a apagar ditaduras. O seu poder é imenso, ainda que contraditório. A arte pode ser um meio e um fim, pode redimir e condenar. Pode ser um instrumento de subversão e um veículo de consenso, uma expressão de liberdade e rosto do totalitarismo.''
"Le blé" (ao lado de "Le sel")
em IMAGES PORTUGAISES, ed. Secretariado da Propaganda Nacional, s.d. (1939), prefácio de António Ferro. in 4º, 72 p.
em IMAGES PORTUGAISES, ed. Secretariado da Propaganda Nacional, s.d. (1939), prefácio de António Ferro. in 4º, 72 p.
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Like the beat, beat, beat of the tom-tom
When the jungle shadows fall
Like the tick, tick, tock of the stately clock
As it stands against the wall
When the jungle shadows fall
Like the tick, tick, tock of the stately clock
As it stands against the wall
Like the drip, drip, drip of the raindrops
When the summer shower is through
So a voice within me keeps repeating you, you, you
When the summer shower is through
So a voice within me keeps repeating you, you, you
Night and day, you are the one
Only you beneath the moon or under the sun
Whether near to me or far
It's no matter, darling, where you are
I think of you
Only you beneath the moon or under the sun
Whether near to me or far
It's no matter, darling, where you are
I think of you
Night and day, day and night, why is it so
That this longing for you follows wherever I go?
In the roaring traffic's boom
In the silence of my lonely room
That this longing for you follows wherever I go?
In the roaring traffic's boom
In the silence of my lonely room
I think of you
Night and day, night and day
Under the hide of me
There's an, oh, such a hungry yearning burning inside of me
Night and day, night and day
Under the hide of me
There's an, oh, such a hungry yearning burning inside of me
And its torment won't be through
'Till you let me spend my life making love to you
Day and night, night and day
'Till you let me spend my life making love to you
Day and night, night and day
Night and day
Under the hide of me
There's an, oh, such a hungry yearning burning inside of me
And its torment won't be through
'Till you let me spend my life making love to you
Day and night, night and day
Under the hide of me
There's an, oh, such a hungry yearning burning inside of me
And its torment won't be through
'Till you let me spend my life making love to you
Day and night, night and day
Compositores: Cole Porter
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sexta-feira, 28 de junho de 2019
quinta-feira, 27 de junho de 2019
[...] as imagens cinematográficas são frases de prosa. Uma imagem
que se fixa um pouco mais demoradamente na tela, é um substantivo
com adjetivo. Um primeiro plano é um ponto exclamativo, e de facto os
primeiros planos ociosos irritam como toda ênfase inútil. A câmera
procede como uma máquina de escrever. Mas uma ‘leitura’
demasiadamente tecnicista de um filme, como é aquela adoptada hoje
das revistas especializadas, penso que seja frustrante. (CATALANO,
1975, p. XI, )
“[...] le immagini cinematografiche sono delle frasi di prosa. Un’immagine che si ferma un po’ più a lungo sullo schermo, è un sostantivo con aggettivo. Un primo piano è un punto esclamativo, e infatti i primi piani oziosi irritano come ogni sottolineatura inutile. La macchina da presa procede come una macchina da scrivere. Ma una ‘lettura’ troppo tecnicista di un film, come è quella adottata oggi dalle riviste specializzate, penso sia deludente”.
“[...] le immagini cinematografiche sono delle frasi di prosa. Un’immagine che si ferma un po’ più a lungo sullo schermo, è un sostantivo con aggettivo. Un primo piano è un punto esclamativo, e infatti i primi piani oziosi irritano come ogni sottolineatura inutile. La macchina da presa procede come una macchina da scrivere. Ma una ‘lettura’ troppo tecnicista di un film, come è quella adottata oggi dalle riviste specializzate, penso sia deludente”.
''indissociabilidade entre crítica e história da literatura.''
Paula Regina Siega
Antonio Candido, Eduardo Lourenço e Lino Micciché: a literatura brasileira no circuito da recepção externa do Cinema Novo
«Formulada por Hans-Robert Jauss, a estética da recepção surge no âmbito dos
estudos literários e filológicos desenvolvidos na Escola de Constança (Alemanha), nos
anos 1960. Ocupando o campo da leitura e dando continuidade à teoria hermenêutica de
Hans Georg Gadamer, Jauss (1969; 1988; 1989) dá ulterior desenvolvimento à ideia de
experiência estética, à qual conjuga o conceito de horizonte de expectativas,
identificando, em ambos, os agentes de formação de um determinado texto ou evento
artístico. Desse ponto de vista, no momento do contato com a obra (experiência
estética), a reação do receptor dependerá em larga medida de seu horizonte de
expectativas, ou seja, do conjunto de conhecimentos prévios (para o qual contribuem
experiências estéticas anteriores) que orientarão o seu julgamento crítico. Na teoria
jaussiana, portanto, o significado de uma obra literária não se esgota nas intenções
autorais ou no texto, mas é dado de vez em vez pela interação entre texto-leitor, situados
historicamente. Daí, a conclusão de que as transformações nos modos de percepção
estética não dependem somente das obras ou do “gênio”, pois ainda que estes possam
alterar um determinado paradigma artístico, a sua aceitação vai depender também do
horizonte de expectativas dos receptores, sujeito a contínuas modificações. »
Paula Regina Siega
Antonio Candido, Eduardo Lourenço e Lino Micciché: a literatura
brasileira no circuito da recepção externa do Cinema Novo
segunda-feira, 24 de junho de 2019
domingo, 16 de junho de 2019
«Meu irmão segue um regime de solidão para higiene do espírito: impelido pela necessidade de conhecer todos os homens, afastou-se de todos e observa-os de longe; eu, para não conhecer nenhum, para não me afeiçoar a nenhum, procuro aproximar-me de todos. E, desse modo, o solitário misantropo e a irrequieta vagabunda acharam-se de acordo sobre o mesmo ponto, chegando a duas conclusões simétricas e equivalentes; não ver ninguém para conhecer todos, e ver todos para não conhecer ninguém.»
''(...) mergulhar na multidão para dominar a própria dor''
Pitigrilli. A virgem de 18 quilates. Tradução de João Santana. 1ª Edição: Agosto de 1973, Editorial Minerva., p. 72
''(...) enrolou um cigarro entre as palmas e acendeu-o numa brasa.''
Pitigrilli. A virgem de 18 quilates. Tradução de João Santana. 1ª Edição: Agosto de 1973, Editorial Minerva., p. 72
«Há uma canção que diz: ''À rapariga cigana que se enamorar de um homem de outra raça é como uma pomba errante que procura pousar na ponta de um punhal. Não consegue suster-se e o ferro trespassa-lhe o coração.''»
Pitigrilli. A virgem de 18 quilates. Tradução de João Santana. 1ª Edição: Agosto de 1973, Editorial Minerva., p. 71
''solitário vendedor de postas de peixe com gosto de azeite e fumaça''
Pitigrilli. A virgem de 18 quilates. Tradução de João Santana. 1ª Edição: Agosto de 1973, Editorial Minerva., p. 70
sábado, 15 de junho de 2019
''escritores caquéticos e leitosos''
Pitigrilli. A virgem de 18 quilates. Tradução de João Santana. 1ª Edição: Agosto de 1973, Editorial Minerva., p. 67
segunda-feira, 10 de junho de 2019
abalizado
a.ba.li.za.do
ɐbɐliˈzadu
silabação
adjetivo
1.
marcado com baliza
2.
de muita competência; ilustrado; distinto; eminente
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domingo, 9 de junho de 2019
«Com seu lençol de neve, o inverno for chegando,
Cada postigo fecharei com férreos elos
Para noite erguer meus mágicos castelos.
Hei de sonhar então com azulados astros,
Jardins onde a água chora em meio aos alabastros,
Beijos, aves que cantam de manhã e à tarde,
E tudo o que no Idílio de infantil se guarde.
O Tumulto, golpeando em vão minha vidraça,
Não me fará mover a fronte ao que se passa,
Pois que estarei entregue ao voluptuoso alento
De relembrar a Primavera em pensamento
Em um sol na lama colher, tal como quem, absorto,
Entre as ideias goza um tépido conforto »
Baudelaire
Cada postigo fecharei com férreos elos
Para noite erguer meus mágicos castelos.
Hei de sonhar então com azulados astros,
Jardins onde a água chora em meio aos alabastros,
Beijos, aves que cantam de manhã e à tarde,
E tudo o que no Idílio de infantil se guarde.
O Tumulto, golpeando em vão minha vidraça,
Não me fará mover a fronte ao que se passa,
Pois que estarei entregue ao voluptuoso alento
De relembrar a Primavera em pensamento
Em um sol na lama colher, tal como quem, absorto,
Entre as ideias goza um tépido conforto »
Baudelaire
''Em a Paisagem (BAUDELAIRE, 2012, p. 305), ao descrever o cenário urbano, a voz
poética nos permite fitar a Paris de então: a quietude das igrejas e a suavidade dos campanários contrastam com a correria dos operários absortos no trabalho braçal na fábrica:
«Quero, para compor os meus castos monólogos, / Deitar-me ao pé do céu, assim como os astrólogos, / E, junto aos campanários, escutar sonhando / Solenes cânticos que o vento vai levando. / As mãos sob meu queixo, só, na água-furtada, / Verei a fábrica em azáfama engolfada.»''
«Quero, para compor os meus castos monólogos, / Deitar-me ao pé do céu, assim como os astrólogos, / E, junto aos campanários, escutar sonhando / Solenes cânticos que o vento vai levando. / As mãos sob meu queixo, só, na água-furtada, / Verei a fábrica em azáfama engolfada.»''
«Esta cidade floresceu durante muitos anos, até que Mezêncio a submeteu ao
seu império soberbo e às suas armas cruéis. Para quê recordar as abomináveis
chacinas e as selvagens proezas deste tirano? Que os deuses as façam recair sobre
a sua cabeça e a da sua descendência! Ele unia cadáveres a viventes, juntando
mãos com mãos e bocas com bocas, tortura medonha, e fazia-os perecer assim,
de uma morte lenta, escorrendo sangue e pus em um doloroso amplexo! Mas,
um dia, os cidadãos, cansados das atrocidades deste louco, levantam-se em
armas, cercam-no a ele e à sua casa, matam os cúmplices e lançam fogo ao palácio. Ele conseguiu escapar, no meio daquela mortandade, e refugiou-se nas
terras dos Rútulos, sob a protecção das armas de Turno, que lhe dá defesa e
hospitalidade.»
«Aqui estão os que, enquanto a vida durava, odiaram os irmãos, os que
levantaram a mão contra o pai e os que defraudaram um cliente, e aqueles que
descobriram riquezas e as guardaram só para si e não deram uma parte aos
seus (estes são a maior parte); e aqueles que foram mortos por causa de um
adultério, os que seguiram armas ímpias e não temeram trair os juramentos
feitos aos seus senhores que [aqui] esperam a sua pena. (....). Aí está sentado,
e eternamente estará, o infeliz Teseu; e Flégias, o mais desventurado de todos,
adverte e testemunha, em alta voz, através das sombras: ‘Pela força do exemplo,
aprendam a respeitar a justiça e a não desprezar os deuses.’ Este vendeu a pátria
por ouro e impôs-lhe um tirano; promulgou leis e, por dinheiro, anulou-as;
aquele assaltou o tálamo da filha e consumou um himeneu interdito. Ousaram
todos um acto monstruoso e dessa ousadia se gozaram.»
O homem fez, o homem desfez.
«Pois que é Roma senão os Romanos? Não se trata
aqui de pedras, ou de traves, de grandes edifícios ou de extensas muralhas.
Tudo isto fora construído de modo que um dia haveria de ruir. Quando o
homem construiu, colocou pedra sobre pedra, quando destruiu, derrubou
pedra após pedra. O homem fez, o homem desfez.»
August. De urb. Exc.6.6. Trad. de Urbano, Carlota M. (2010) Agostinho, O “De excidio Vrbis”e outros sermões sobre a queda de Roma. Coimbra, CECH., 79
August. De urb. Exc.6.6. Trad. de Urbano, Carlota M. (2010) Agostinho, O “De excidio Vrbis”e outros sermões sobre a queda de Roma. Coimbra, CECH., 79
domingo, 26 de maio de 2019
sábado, 25 de maio de 2019
«Eu fui um dos troféus da tua galeria...De resto, que te interessa o valor intrínseco daquilo que possuis? Importa sim, que os outros saibam que és possuidor de coisas valiosas...»
Natália Correia. D. João e Julieta. Prefácio de Armando Nascimento Rosa. Sociedade Portuguesa de Autores. Publicações Dom Quixote., Lisboa, 1999., p. 42
« EDMUNDO: Minha querida... As causas perdidas sempre foram da sua simpatia. A sociedade tem os seus direitos e exerce-os por vezes cruelmente. Todo aquele que desafia o seu equilíbrio está irremediavelmente condenado.»
Natália Correia. D. João e Julieta. Prefácio de Armando Nascimento Rosa. Sociedade Portuguesa de Autores. Publicações Dom Quixote., Lisboa, 1999., p. 39
Natália Correia. D. João e Julieta. Prefácio de Armando Nascimento Rosa. Sociedade Portuguesa de Autores. Publicações Dom Quixote., Lisboa, 1999., p. 39
«Os assassinos têm por vezes sensibilidade apurada: o cheiro a morte causa-lhes náuseas. O João nunca teve paciência para colher os frutos da sua própria devastação.»
Natália Correia. D. João e Julieta. Prefácio de Armando Nascimento Rosa. Sociedade Portuguesa de Autores. Publicações Dom Quixote., Lisboa, 1999., p. 38
«Não há obras de génio sem o cunho pessoal da assinatura.»
Natália Correia. D. João e Julieta. Prefácio de Armando Nascimento Rosa. Sociedade Portuguesa de Autores. Publicações Dom Quixote., Lisboa, 1999., p. 38
terça-feira, 21 de maio de 2019
Sweet suicide release me
From all of this pain
Another night of torment
Never sunshine always rain
From all of this pain
Another night of torment
Never sunshine always rain
And it never helps the kindness
That people try to show
Just makes it feel more tragic
Release me let me go
That people try to show
Just makes it feel more tragic
Release me let me go
I am drowning in the greyness
Suffocating in this grief
Tell me my life is not mine to take
Go ahead, call me a thief
Suffocating in this grief
Tell me my life is not mine to take
Go ahead, call me a thief
And it never helps the kindness
That people try to show
Just makes it feel more tragic
Release me let me go
That people try to show
Just makes it feel more tragic
Release me let me go
I'm drowning in the pain
That my life does make
Broken spirit broken soul
No more can I take
That my life does make
Broken spirit broken soul
No more can I take
I'm drowning in the moonbeams
The blackest night
Reflecting a glass
I give up the fight
The blackest night
Reflecting a glass
I give up the fight
Swallowed up
With no air to breathe
Broken by your words
How they deceive the poisoned by revenge
And bitter spite
With no air to breathe
Broken by your words
How they deceive the poisoned by revenge
And bitter spite
I don’t care if you're right
Don't care if you're wrong or right
There the water it beckons me
An early grave that waits for me
Don't care if you're wrong or right
There the water it beckons me
An early grave that waits for me
Sweet suicide release me
Release me let me go
Release me let me go
''musgo rasteiro''
Pitigrilli. A virgem de 18 quilates. Tradução de João Santana. 1ª Edição: Agosto de 1973, Editorial Minerva., p. 46
''áridas ervas sem caule''
Pitigrilli. A virgem de 18 quilates. Tradução de João Santana. 1ª Edição: Agosto de 1973, Editorial Minerva., p. 46
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« Não posso suportar as senhoras da minha categoria e da minha idade, porque todas são artificiais, porque, ouvindo-as, julga-se que têm almas espirálicas, psiques labirínticas, a tragédia de serem incompreendidas.»
Pitigrilli. A virgem de 18 quilates. Tradução de João Santana. 1ª Edição: Agosto de 1973, Editorial Minerva., p. 45
« Que linguagem cabalística! - gracejou Mélita. - Fazes-me lembrar o senador do nosso hotel, que todas as noites amarra um chumbinho a cada fio da barba e dorme sentado para não perder o ar catedrático durante o sono. Ofendi-te? Perdoa-me. Quando me conheceres melhor compreenderás. Adoro os ingénuos. E procuro-os, nas minhas vagabundagens: mas encontro poucos. Às criaturas excepcionais tornam-se tão comuns que encontrar um ser comum é caso excepcional: todos tomam ares de complicados, de cépticos. Os cépticos divertem-se por um momento; mas depois do primeiro paradoxo não os tolero mais.»
sociedade-providência
"Entendo por sociedade-providência as redes de relações de interconhecimento, de reconhecimento mútuo e
de entreajuda baseadas em laços de parentesco e de vizinhança, através das quais pequenos grupos sociais trocam bens e serviços numa base não mercantil e com
uma lógica de reciprocidade semelhante à da relação de
dom estudada por Mareei Mauss",
terça-feira, 7 de maio de 2019
“Ninguém pode ser privilegiado, beneficiado, prejudicado, privado de qualquer direito ou isento de qualquer dever em razão de ascendência, sexo, raça, língua, território de origem, religião, convicções políticas ou ideológicas, instrução, situação económica, condição social ou orientação sexual”
( Artigo 13º da Constituição da República Portuguesa).
( Artigo 13º da Constituição da República Portuguesa).
segunda-feira, 6 de maio de 2019
«Sempre me revoltei perante as normas instituídas. A sociedade cobriu o meu corpo com lama e fome. Mas a sua lama e a sua fome não me mataram. Pelo contrário. Quanto mais atiravam lama sobre o meu mísero corpo mais forte me tornava, no meu sentimento de piedade perante todos nós, os miseráveis.»
Giovanni Segantini, pintor italiano
Giovanni Segantini, pintor italiano
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domingo, 5 de maio de 2019
«BERNARDO - Li algures que os pássaros tinham obsessões, que às vezes se matavam sem que houvesse uma explicação aparente.
AMÉLIA - É como as pessoas. Por vezes, aparecem homens enforcados nas suas próprias casas quando nada o fazia prever. Os jovens que se atiram das pontes para os rios.
BERNARDO - Mas aí talvez seja o desespero.
SUSANA - Muitos casos são por causa de paixões ou pessoas sozinhas.»
Jaime Rocha. Casa de Pássaros. Publicações Dom Quixote. Sociedade Portuguesa de Autores., Lisboa, 2001., p. 36
AMÉLIA - É como as pessoas. Por vezes, aparecem homens enforcados nas suas próprias casas quando nada o fazia prever. Os jovens que se atiram das pontes para os rios.
BERNARDO - Mas aí talvez seja o desespero.
SUSANA - Muitos casos são por causa de paixões ou pessoas sozinhas.»
Jaime Rocha. Casa de Pássaros. Publicações Dom Quixote. Sociedade Portuguesa de Autores., Lisboa, 2001., p. 36
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“O cinema de José Álvaro Morais é habitado por um imaginário onde perpassam marinheiros dançantes ou em correria, como se estivessem perpetuamente atrasados para qualquer embarque, aqui e ali em tintas de comédia musical (uma alusão a um certo Jacques Demy, mas também a algum do modernismo pictórico de José de Almada Negreiros); a velha Lisboa da Costa do Castelo e da Baixa, que se vem espreguiçar no Tejo doméstico entre Alcântara e o Mar da Palha, e que para ele era um mar; personagens masculinas de vocação sexual incerta, ou claramente bissexuais, redesenhando de modo declaratório o mundo dos afectos; e uma busca de identidade miscigenada como a dele (originalmente filho-de-família provinciano, vindo para Lisboa para estudar medicina, e depois europeizado e cosmopolitizado pelo cinema) (…) E é também um cinema pontuado por um bom humor à Truffaut, o bom humor destinado a tourner en dérision, a tornar irrisório aquilo mesmo de que se ocupa — o bom humor discreto e parco de quem conhece o valor de sorrir do que faz, sem no entanto se desmerecer ou apoucar.”
João Maria Mendes
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“Ma Femme Chamada Bicho”(1976) retrata a pintora Vieira da Silva
Filme de José Álvaro Morais
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sábado, 4 de maio de 2019
Francisco José : Olhos Castanhos
Letra e música: Alves Coelho
Teus olhos castanhos
de encantos tamanhos
são pecados meus,
são estrelas fulgentes,
brilhantes, luzentes,
caídas dos céus,
Teus olhos risonhos
são mundos, são sonhos,
são a minha cruz,
teus olhos castanhos
de encantos tamanhos
são raios de luz.
Olhos azuis são ciúme
e nada valem para mim,
Olhos negros são queixume
de uma tristeza sem fim,
olhos verdes são traição
são crueis como punhais,
olhos bons com coração
os teus, castanhos leais.
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« AMÉLIA - É a filha dos mistérios, sempre a esconder coisas à tua mãe!»
Jaime Rocha. Casa de Pássaros. Publicações Dom Quixote. Sociedade Portuguesa de Autores., Lisboa, 2001., p. 18
Jaime Rocha. Casa de Pássaros. Publicações Dom Quixote. Sociedade Portuguesa de Autores., Lisboa, 2001., p. 18
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