''Na família de homens estranhos, crepusculares, da qual fazem parte Kafka, Pessoa ou Bartleby, Robert Walser permanece o mais inexplicável.''
''Considerado um dos nomes maiores do modernismo e criador de personagens e ambientes paradigmáticos do homem novo que o século XX engendrou: obediente, servil face ao poder, massa informe a engrossar as fileiras dos vários regimes totalitaristas. Criador de uma galeria de homens que se recusam a participar no mundo e nas suas regras que impõem o sucesso financeiro e social, a fama e a prepotência como sentido para vida. Ele próprio doente mental, esquizofrénico, com profundas dificuldades sociais aliadas a uma inteligência e uma lucidez vibrantes, que preferia caminhar nas florestas, nos bosques, nos caminhos esconsos, que era fascinado por tudo o que parecia ser invisível aos olhos dos outros, com um interesse maníaco pelo pequeno, pela miniatura, pelo irrisório.''
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