''Para mim é claro que nas sociedades modernas há três formas de dominação principais: capitalismo, colonialismo e patriarcado. Ao contrário do que muitos diziam, o colonialismo não terminou. O colonialismo mudou de forma em relação ao modelo de ocupação territorial estrangeira. É tal e qual o que sucede com o capitalismo. Existe desde o século XVII e é hoje muito diferente dessa época, mas nós continuamos a falar de capitalismo. ''
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domingo, 26 de maio de 2019
terça-feira, 21 de maio de 2019
segunda-feira, 22 de abril de 2019
epistemicídio
O autor refere-se à epistemicídio como o silenciamento das epistemologias não científicas através de sua
supressão e/ou eliminação (SANTOS, 2002).
fascismo epistemológico
Para Boaventura de Sousa, esta prática seria a não-aceitação de outras epistemes que divergem ou apresentam uma
nova visão de mundo, que não a eurocêntrica (SANTOS, 2009).
''As relações sociais são sempre
culturais e políticas, representam formas de poder e distribuições desiguais de poder
e o conhecimento é a manifestação desse complexo e dessa teia de relações sociais
de exploração e dominação (SANTOS, 2009). Segundo Lander (2005) nos encontramos numa linha de chegada numa sociedade sem ideologias, onde se acredita num
modelo civilizatório único, globalizado, universal, que torna desnecessária a política,
na medida em que já não há alternativas possíveis a este modo de vida.
Esse processo marcou o início de uma história universal e de um processo irreversível de isolamento, onde todas essas relações de ordem econômica, política, cultural
e espacial, possibilitaram a absorção ideológica, cultural e social de relações estrangeiras do ocidente colonizador.''
domingo, 21 de abril de 2019
«No domínio da organização do trabalho científico, a
industrialização da ciência produziu dois efeitos principais.
Por um lado, a comunidade cientifica estratificou-se, as
relações de poder entre cientistas tornaram-se mais
autoritárias e desiguais e a esmagadora maioria dos
cientistas foi submetida a um processo de proletarização no
interior dos laboratórios e dos centros de investigação. Por
outro lado, a investigação capital-intensiva ( assente em
instrumentos caros e raros) tornou impossível o livre acesso
ao equipamento, o que contribuiu para o aprofundamento do
fosso, em termos de desenvolvimento científico e
tecnológico, entre os países centrais e os países periféricos.»
SANTOS, Boaventura de Sousa. Um discurso sobre as ciências. 15. ed. Porto: Afrontamento, 2007. p.35.
SANTOS, Boaventura de Sousa. Um discurso sobre as ciências. 15. ed. Porto: Afrontamento, 2007. p.35.
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