«Pensamento que abre na minha alma
Um poço sem paredes (...)»
Fernando Pessoa. Fausto -Tragégia Subjectiva. Texto estabelecido por Teresa Sobral Cunha. Prefácio por Eduardo Lourenço. Editorial Presença., p. 22
domingo, 14 de junho de 2015
«Pode Deus existir mas não ser Deus;»
Fernando Pessoa. Fausto -Tragégia Subjectiva. Texto estabelecido por Teresa Sobral Cunha. Prefácio por Eduardo Lourenço. Editorial Presença., p. 22
«Deus existe mas não é Deus»
Fernando Pessoa. Fausto -Tragégia Subjectiva. Texto estabelecido por Teresa Sobral Cunha. Prefácio por Eduardo Lourenço. Editorial Presença., p. 22
«Tornei a minha alma exterior a mim.»
Fernando Pessoa. Fausto -Tragégia Subjectiva. Texto estabelecido por Teresa Sobral Cunha. Prefácio por Eduardo Lourenço. Editorial Presença., p. 17
«A minha voz
murmura no mar.»
Ruy Cinatti. Obra Poética. Organização e prefácio de Fernando Pinto do Amaral. Imprensa Nacional - Casa da Moeda, Lisboa, 1992., p. 253
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SURREALISMO POLÍTICO
Teremos, sim, mais ou menos uso,
conforme diz
a constituição
de trinta e três.
Lembraremos, então, uma perdiz
em voo recto
ao horizonte,
enquanto, mão aberta contra a boca,
suspeitarmos
que temos sono,
ou que fazemos parte, por convite
num entremez
de autor anónimo.
Com mais ou menos sorte escaparemos
ao terceiro tiro.
18/10/69
Ruy Cinatti. Obra Poética. Organização e prefácio de Fernando Pinto do Amaral. Imprensa Nacional - Casa da Moeda, Lisboa, 1992., p. 253
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«Com anos de pousio, um homem cresce.»
Ruy Cinatti. Obra Poética. Organização e prefácio de Fernando Pinto do Amaral. Imprensa Nacional - Casa da Moeda, Lisboa, 1992., p. 251
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«Eles hão-de voltar
mais experimentados,
com pedras na mão
e falar mais duro.»
Ruy Cinatti. Obra Poética. Organização e prefácio de Fernando Pinto do Amaral. Imprensa Nacional - Casa da Moeda, Lisboa, 1992., p. 249
mais experimentados,
com pedras na mão
e falar mais duro.»
Ruy Cinatti. Obra Poética. Organização e prefácio de Fernando Pinto do Amaral. Imprensa Nacional - Casa da Moeda, Lisboa, 1992., p. 249
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DEPOIS DA QUEDA
«A solidão, enfim, no meu país.
Cada um em casa nobremente
deitando contas...
Serei? Não sou? Fui? Serei ainda?
Alguns não sabem esconder a cabeça.
(...)»
Ruy Cinatti. Obra Poética. Organização e prefácio de Fernando Pinto do Amaral. Imprensa Nacional - Casa da Moeda, Lisboa, 1992., p. 248
Cada um em casa nobremente
deitando contas...
Serei? Não sou? Fui? Serei ainda?
Alguns não sabem esconder a cabeça.
(...)»
Ruy Cinatti. Obra Poética. Organização e prefácio de Fernando Pinto do Amaral. Imprensa Nacional - Casa da Moeda, Lisboa, 1992., p. 248
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«Toco-me na alma,
que não compreendo.»
Ruy Cinatti. Obra Poética. Organização e prefácio de Fernando Pinto do Amaral. Imprensa Nacional - Casa da Moeda, Lisboa, 1992., p. 235
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sábado, 13 de junho de 2015
sexta-feira, 12 de junho de 2015
«A consciência exala um longo estertor de maldição, pois o véu do seu pudor sofre cruéis rasgões. Humilhação!»
Conde de Lautréamont. Cantos de Maldoror. Trad. Pedro Tamem. Prefácio Jorge de Sena, 2ª edição, Moraes Editores,Lisboa, 1979, p. 197
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«Por consequência, é coisa certa que o meu coração, por essa luta estranha, ergueu muros aos seus desígnios, como um esfomeado que se come a si mesmo.»
Conde de Lautréamont. Cantos de Maldoror. Trad. Pedro Tamem. Prefácio Jorge de Sena, 2ª edição, Moraes Editores,Lisboa, 1979, p. 197
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«(...), quando travares discussões filosóficas com a agonia à cabeceira da tua cama...»
Conde de Lautréamont. Cantos de Maldoror. Trad. Pedro Tamem. Prefácio Jorge de Sena, 2ª edição, Moraes Editores,Lisboa, 1979, p. 190
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«Tu consegues aliar o entusiasmo e a frieza interior, observador de humor concentrado como és; enfim, por mim, acho-te perfeito...E tu não me queres compreender!»
Conde de Lautréamont. Cantos de Maldoror. Trad. Pedro Tamem. Prefácio Jorge de Sena, 2ª edição, Moraes Editores,Lisboa, 1979, p. 186
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Amor entre Ruínas
«Um começo tardio.»
Jessica Medlicottin (actriz Katharine Hepburn) in Amor entre Ruínas (Love among the Ruins), 1975
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Amor entre Ruínas
«E o amor arruinado, quando faz crescer um novo, consegue nascer mais forte, muito mais forte e muito maior.»
Sir Arthur Glanville-Jones (actor Laurence Olivier) in Amor entre Ruínas (Love among the Ruins), 1975
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quinta-feira, 11 de junho de 2015
«Meditei muito na minha eterna prisão.»
Conde de Lautréamont. Cantos de Maldoror. Trad. Pedro Tamem. Prefácio Jorge de Sena, 2ª edição, Moraes Editores,Lisboa, 1979, p. 180
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«Não era preciso atormentar a cabeça a fabricar adiantadamente as melancólicas pílulas da pidedade;»
Conde de Lautréamont. Cantos de Maldoror. Trad. Pedro Tamem. Prefácio Jorge de Sena, 2ª edição, Moraes Editores,Lisboa, 1979, p. 176
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«as exaltações da cólera e as doenças do orgulho.»
Conde de Lautréamont. Cantos de Maldoror. Trad. Pedro Tamem. Prefácio Jorge de Sena, 2ª edição, Moraes Editores,Lisboa, 1979, p. 175
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«Quando queria matar, matava; e isso até me acontecia muitas vezes, e ninguém mo impedia.»
Conde de Lautréamont. Cantos de Maldoror. Trad. Pedro Tamem. Prefácio Jorge de Sena, 2ª edição, Moraes Editores,Lisboa, 1979, p. 173
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«Claro que tendes razão para corar, ossos e gordura, mas escutai-me.»
Conde de Lautréamont. Cantos de Maldoror. Trad. Pedro Tamem. Prefácio Jorge de Sena, 2ª edição, Moraes Editores,Lisboa, 1979, p. 173
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«A metamorfose nunca surgiu a meus olhos senão como a alta e magnânime retumbância de uma felicidade perfeita, que há muito tempo esperava.»
Conde de Lautréamont. Cantos de Maldoror. Trad. Pedro Tamem. Prefácio Jorge de Sena, 2ª edição, Moraes Editores,Lisboa, 1979, p. 172
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«Visto que finjo ignorar que o meu olhar pode causar a morte, (...)»
Conde de Lautréamont. Cantos de Maldoror. Trad. Pedro Tamem. Prefácio Jorge de Sena, 2ª edição, Moraes Editores,Lisboa, 1979, p. 170
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«(escondes o teu corpo algures, e eu não sou capaz de o encontrar)»
Conde de Lautréamont. Cantos de Maldoror. Trad. Pedro Tamem. Prefácio Jorge de Sena, 2ª edição, Moraes Editores,Lisboa, 1979, p. 169
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Conde de Lautréamont. Cantos de Maldoror. Trad. Pedro Tamem. Prefácio Jorge de Sena, 2ª edição, Moraes Editores,Lisboa, 1979, p. 168
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«Tenho o meu orgulho como qualquer um, e é mais um vício este de o ter talvez mais do que ninguém.»
Conde de Lautréamont. Cantos de Maldoror. Trad. Pedro Tamem. Prefácio Jorge de Sena, 2ª edição, Moraes Editores,Lisboa, 1979, p. 169
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«mas, há um mas, (...)»
Conde de Lautréamont. Cantos de Maldoror. Trad. Pedro Tamem. Prefácio Jorge de Sena, 2ª edição, Moraes Editores,Lisboa, 1979, p. 166
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«O anûs foi interceptado por um caranguejo; animado pela minha inércia, guarda a entrada com as suas tenazes, e faz-me doer muito!»
Conde de Lautréamont. Cantos de Maldoror. Trad. Pedro Tamem. Prefácio Jorge de Sena, 2ª edição, Moraes Editores,Lisboa, 1979, p. 164/5
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«Uma víbora malvada devorou-me o pénis e pôs-se no seu lugar;»
Conde de Lautréamont. Cantos de Maldoror. Trad. Pedro Tamem. Prefácio Jorge de Sena, 2ª edição, Moraes Editores,Lisboa, 1979, p. 164
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quarta-feira, 10 de junho de 2015
"A questão portuguesa não é de se falar ou não falar português. É de ser ou não ser à maneira portuguesa, que é ser variadíssimas coisas ao mesmo tempo, e por vezes coisas que parecem contraditórias, e é a possibilidade de tomar um tema e olhar de várias maneiras, conforme o temperamento da pessoa, a época em que viveram, a linguagem de que usavam, a maneira como se sentiam na vida."
Agostinho da Silva, Entrevista
*
29-80 O pensar, e o pensar sempre
Dá-me uma forma íntima e (...)
De sentir, que me torna desumano.
Já irmanar não posso o sentimento
Com o sentimento doutros, misantropo
Inevitavelmente e em minha essência.
Toda a alegria me gela, me faz ódio,
Toda a tristeza alheia me aborrece,
Absorto eu na minha, maior muito
Que outras. E a alegria faz-me odiar
E, conquanto o não queira assim sentir,
Sinto em mim que a minha alma não tolera
Que seja alguém do que ela mais feliz.
O rir insulta-me por existir,
Que eu sinto que não quero que alguém ria
Enquanto eu não poder! Se acaso tenho
Sentir, querer, só quero incoerências
De indefinida aspiração imensa,
Que mesmo no seu sonho é desmedida.
E às vezes com pensar sinto crescer
Em mim loucuras de (...)
E impulsos que me transem de terror
Mais são apenas (...) e passam.
Mais de sempre é em mim (quando não penso
E estou no pensamento obscurecido)
Uma vaga e (...) aspiração
Quiescente, febril e dolorosa
Nascida do (...) pensamento
E acompanhando-o comovidamente
Nas inércias obscuras do meu ser.
Fernando Pessoa. Fausto -Tragégia Subjectiva. Texto estabelecido por Teresa Sobral Cunha. Prefácio por Eduardo Lourenço. Editorial Presença., p. 13
29-80 O pensar, e o pensar sempre
Dá-me uma forma íntima e (...)
De sentir, que me torna desumano.
Já irmanar não posso o sentimento
Com o sentimento doutros, misantropo
Inevitavelmente e em minha essência.
Toda a alegria me gela, me faz ódio,
Toda a tristeza alheia me aborrece,
Absorto eu na minha, maior muito
Que outras. E a alegria faz-me odiar
E, conquanto o não queira assim sentir,
Sinto em mim que a minha alma não tolera
Que seja alguém do que ela mais feliz.
O rir insulta-me por existir,
Que eu sinto que não quero que alguém ria
Enquanto eu não poder! Se acaso tenho
Sentir, querer, só quero incoerências
De indefinida aspiração imensa,
Que mesmo no seu sonho é desmedida.
E às vezes com pensar sinto crescer
Em mim loucuras de (...)
E impulsos que me transem de terror
Mais são apenas (...) e passam.
Mais de sempre é em mim (quando não penso
E estou no pensamento obscurecido)
Uma vaga e (...) aspiração
Quiescente, febril e dolorosa
Nascida do (...) pensamento
E acompanhando-o comovidamente
Nas inércias obscuras do meu ser.
Fernando Pessoa. Fausto -Tragégia Subjectiva. Texto estabelecido por Teresa Sobral Cunha. Prefácio por Eduardo Lourenço. Editorial Presença., p. 13
«Só o vazio lugar do pensamento...»
Fernando Pessoa. Fausto -Tragégia Subjectiva. Texto estabelecido por Teresa Sobral Cunha. Prefácio por Eduardo Lourenço. Editorial Presença., p. 10
«SOREN
Não vamos insultar-nos.
D. JOÃO
Tenho o sangue quente.»
Agustina Bessa-Luís. Estados Eróticos Imediatos de Soren Kierkegaard. Guimarães Editores, 1992., p. 86
Não vamos insultar-nos.
D. JOÃO
Tenho o sangue quente.»
Agustina Bessa-Luís. Estados Eróticos Imediatos de Soren Kierkegaard. Guimarães Editores, 1992., p. 86
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«LUÍSA
Quando te ouço, Soren, sinto verdadeiro prazer. Mas quando me afasto de ti, sinto que fui enganada.»
Agustina Bessa-Luís. Estados Eróticos Imediatos de Soren Kierkegaard. Guimarães Editores, 1992., p. 84
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«SOREN
Eros foi o deus do amor, mas não era amado. Regina não me ama. Aproveita-se de mim para amar.(...)»
Agustina Bessa-Luís. Estados Eróticos Imediatos de Soren Kierkegaard. Guimarães Editores, 1992., p. 60
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«A TIA
As pessoas não querem pensar gravemente nas coisas graves. A angústia tem cem maneiras de escapar. Cem maneiras é pouco, muito pouco. O seu pai matou a mulher para casar com a mãe, que estava grávida de cinco meses. A sua mãe, criada e amante dele, foi quem enrolou um lenço no pescoço da senhora para não se verem as manchas roxas. O senhor, Soren, é filho dum assassino. É por isso que não quer casar, que não quer ter filos. O sangue pede mais sangue; é a lei. Não olhe para mim dessa maneira, Soren.»
Agustina Bessa-Luís. Estados Eróticos Imediatos de Soren Kierkegaard. Guimarães Editores, 1992., p. 58
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SOREN
A profundidade da sua intuição corrige os erros da minha inteligência.
Agustina Bessa-Luís. Estados Eróticos Imediatos de Soren Kierkegaard. Guimarães Editores, 1992., p. 58
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«Se tivéssemos a certeza de que a eternidade existia, ela tornava-se logo numa estação balnear e mais nada.»
Agustina Bessa-Luís. Estados Eróticos Imediatos de Soren Kierkegaard. Guimarães Editores, 1992., p. 58
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« SOREN
Um filósofo é sempre um canalha, com a agravante de ser mais do que isso: de ser uma pessoa grave. Eu pouco entendo de gravidade; sou um homem de espírito.
A TIA
A certeza é uma coisa grave.
SOREN
A intimidade também. Por isso não aspiro à intimidade com ninguém.»
Agustina Bessa-Luís. Estados Eróticos Imediatos de Soren Kierkegaard. Guimarães Editores, 1992., p. 57
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«SOREN
Para dizer coisas abomináveis é preciso ter autoridade. Não lhe reconheço essa autoridade.
A TIA
Nem eu disse coisas abomináveis. Ainda. Preciso que me autorize. Para si é uma questão de orgulho dar-me autorização.
SOREN
Estou curioso por saber como pretende desmoralizar-me.
A TIA
Espere um pouco, Soren. Estamos aqui como numa selva profunda, só na companhia das mais terríveis possibilidades. Podemos transformá-las em assuntos rasos e sem interesse, e podemos elevá-las a grande altura.
SOREN
A grande altura?
A TIA
À altura dum crime.»
Agustina Bessa-Luís. Estados Eróticos Imediatos de Soren Kierkegaard. Guimarães Editores, 1992., p. 50/1
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«A força de um sedutor é a linguagem, ou seja, a mentira.»
Agustina Bessa-Luís. Estados Eróticos Imediatos de Soren Kierkegaard. Guimarães Editores, 1992., p. 49
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«(...) quis iludir-me com afinidades que afinal não temos.»
Agustina Bessa-Luís. Estados Eróticos Imediatos de Soren Kierkegaard. Guimarães Editores, 1992., p. 48
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SOREN
O meio melhor para escapar dos ataques do espírito é não ter espírito. Amar as mulheres é um remédio contra o espírito.
Agustina Bessa-Luís. Estados Eróticos Imediatos de Soren Kierkegaard. Guimarães Editores, 1992., p. 47
O meio melhor para escapar dos ataques do espírito é não ter espírito. Amar as mulheres é um remédio contra o espírito.
Agustina Bessa-Luís. Estados Eróticos Imediatos de Soren Kierkegaard. Guimarães Editores, 1992., p. 47
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«O amor ama o mistério.»
Agustina Bessa-Luís. Estados Eróticos Imediatos de Soren Kierkegaard. Guimarães Editores, 1992., p. 45
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A TIA
Torna-se irritante para uma mulher que um homem esteja tão seguro de não a amar.
SOREN
É a melhor maneira de ela nos chegar a amar a nós.
Agustina Bessa-Luís. Estados Eróticos Imediatos de Soren Kierkegaard. Guimarães Editores, 1992., p. 44
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« O diabo tem aqui muitos motivos de estudo. Eu só tenho motivos de queixa.»
Agustina Bessa-Luís. Estados Eróticos Imediatos de Soren Kierkegaard. Guimarães Editores, 1992., p. 32
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SOREN
A perfídia está nisso. O que não nos agrada está muito perto de nos seduzir.
Agustina Bessa-Luís. Estados Eróticos Imediatos de Soren Kierkegaard. Guimarães Editores, 1992., p. 32
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PAUL
Adeus, Soren. Não te compreendo. E o que compreendo não me agrada.
Agustina Bessa-Luís. Estados Eróticos Imediatos de Soren Kierkegaard. Guimarães Editores, 1992., p. 31
Adeus, Soren. Não te compreendo. E o que compreendo não me agrada.
Agustina Bessa-Luís. Estados Eróticos Imediatos de Soren Kierkegaard. Guimarães Editores, 1992., p. 31
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SOREN
Em tudo há uma profunda ironia. O homem liberta, a mulher escolhe. A mulher julga ser conquistada; o homem julga ser o vencedor. A libertar, o homem faz a pergunta, e a escolha da mulher é a resposta.
Agustina Bessa-Luís. Estados Eróticos Imediatos de Soren Kierkegaard. Guimarães Editores, 1992., p. 27
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«Não é atrevido este teólogo que cheira a flores?»
Agustina Bessa-Luís. Estados Eróticos Imediatos de Soren Kierkegaard. Guimarães Editores, 1992., p. 25
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«(...) A ideia mais simples pode tornar-se num labirinto escuro, num bosque encantado. A palavra pode ser um príncipe que se disfarça de corvo e de repente voa e percebemos que é uma estrela.»
Agustina Bessa-Luís. Estados Eróticos Imediatos de Soren Kierkegaard. Guimarães Editores, 1992., p. 24
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«Eu tive que suportar o sofrimento de não ser como os outros.»
Agustina Bessa-Luís. Estados Eróticos Imediatos de Soren Kierkegaard. Guimarães Editores, 1992., p. 23
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SOREN
Agustina Bessa-Luís. Estados Eróticos Imediatos de Soren Kierkegaard. Guimarães Editores, 1992., p. 15
Nunca fiz uma promessa de casamento a uma mulher, nem mesmo por negligência. Só os sedutores insignificantes se servem desses meios. Um homem destes há-de ser sempre um desastrado. Eu sou alguém que apanhou a natureza do amor como quem apanha uma gripe, e que o conhece a fundo. Reservo-me a opinião pessoa de quem uma aventura galante não dura mais de seis meses. Mas o último dos prazeres é o de ser amado, ser amado acima de tudo. Entrar como um sonho no espírito duma rapariga é uma arte, sair é uma obra-prima.
Agustina Bessa-Luís. Estados Eróticos Imediatos de Soren Kierkegaard. Guimarães Editores, 1992., p. 15
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«(...) No mundo do corpo pode-se morrer pela mão dum outro. No mundo espiritual só se pode morrer por si mesmo.»
Agustina Bessa-Luís. Estados Eróticos Imediatos de Soren Kierkegaard. Guimarães Editores, 1992., p. 15
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SOREN
Cada um vinga-se do mundo como pode. A minha maneira consiste em trazer a minha dor e o meu desgosto no fundo de mim mesmo enquanto o meu riso distrai os outros.
Agustina Bessa-Luís. Estados Eróticos Imediatos de Soren Kierkegaard. Guimarães Editores, 1992., p. 14
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MORADAS
"Eu não conheço os homens. Há já anos
Que os procuro e lhes fujo, mas em vão.
Não os entendo? Ou entendo-os, porventura,
Demasiado? Mais que nestas formas
Evidentes, de áspera carne e osso,
De súbito partidas por uma débil mola
Se os reúne alguém apaixonado,
mortos na lenda entendo-os
Melhor. E deles volto aos vivos,
Fortalecido amigo solitário,
Como quem vai do manancial latente
Ao rio que sem alento desagua."
Que os procuro e lhes fujo, mas em vão.
Não os entendo? Ou entendo-os, porventura,
Demasiado? Mais que nestas formas
Evidentes, de áspera carne e osso,
De súbito partidas por uma débil mola
Se os reúne alguém apaixonado,
mortos na lenda entendo-os
Melhor. E deles volto aos vivos,
Fortalecido amigo solitário,
Como quem vai do manancial latente
Ao rio que sem alento desagua."
-"Sete Poemas"
- Luís Cernuda
- Editorial Inova, 1981
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Kierkegaard
«(...) foi um homem extraordinário, sofrendo do mal de ''ter sido um génio numa cidade da província''.
Agustina Bessa-Luís. Estados Eróticos Imediatos de Soren Kierkegaard. Guimarães Editores, 1992
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filósofo e teólogo dinamarquês,
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O Barão é um camaleão emocional. É a contradição corporizada. Ora é um “autómato de ferro e de lata que me fazia calafrios de terror”, ora se apresenta dócil, ou irascível, um homem-javali, “uma pura besta”. Esmagava as mulheres mas defendia que “Mulher de quem a gente não tenha medo não vale nada”. Vivia um amor aprisionado, dentro e fora de si. O Barão é um Drácula decadente. Um vampiro reformado compulsivamente. O Barão denunciava o “arquétipo de uma degradação do nosso pathos colectivo”. Porque Branquinho da Fonseca era um “retratista psicológico do homem português”. Retratista universal, aliás. A persona patética e medieval do Tirano, do Cacique Caprichoso, persiste, globalizada. E o grito marialva do Barão ainda ecoa nos lares das sociedades hodiernas. Sentado na sua poltrona, o Chefe de Família é um homem frustrado, desrealizado, sem amor nem esperança. Para Branquinho da Fonseca é o “duplo que há em nós, de violência de combate, contra os desacertos da vida.” Um ser complexo, quixotesco e mesquinho. Branquinho não caricaturava. O Barão é uma caricatura de si mesmo. Teatro moribundo.
“Quem manda aqui sou eu!” vocifera o Barão, pressentindo a sua queda iminente. O Inspector-
-Narrador é o Espetador Involuntário. É o mundo à espera da mudança. “Quem manda aqui sou eu!” teima o Barão.
Edgar Pêra in Prefácio, edição extraordinária de O Barão.
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