«Desta vez, eu tinha o cigarro entre os dedos. Ia-o deixando queimar-se até ao fim, ardendo-me na pele, e nele se consumiria, também, a minha indecisão. Um pouco mais, e iria sentir o saboroso ardor da carne martirizada.»
Fernando Namora. Domingo à Tarde. Editora Arcádia. 4ª Edição. p. 139
quinta-feira, 23 de abril de 2015
quarta-feira, 22 de abril de 2015
Quando a mãe se abeirou da cova
o corpo inerte pediu-lhe colo
numa língua que só as mães podem escutar
e a mulher mergulhou no sangue do seu sangue
coalhado
e que ainda assim continua a correr-lhes nas veias
como um membro amputado que mantém a presença num formigueiro inexistente
e no momento em que tornaram a cortar-lhe o cordão umbilical
não se ouviu o grito de choro da cria
apenas os guinchos que explodiam da garganta dilacerada da mãe
o horror
mantendo a boca aberta sem emitir som
cobriu com o seu corpo vivo o outro que jazia
deixando escorrer a baba que lhe escapava sem intenção
o dique descontrolado de fluídos
nessa barbárie de máquinas aplicada ao corpo
o corpo que obedecia a ordens continuando a manter funções
quando deveria ser esmagado
†
a mãe viu o pedaço de vidro ao lado do morto
um destroço da explosão deixado em divina correspondência
pegou na lâmina e cravou-a no pescoço
esguichou-se por inteiro até ao esvaziamento
a poça encarnada abarcou a família
e toda a descendência.
o corpo inerte pediu-lhe colo
numa língua que só as mães podem escutar
e a mulher mergulhou no sangue do seu sangue
coalhado
e que ainda assim continua a correr-lhes nas veias
como um membro amputado que mantém a presença num formigueiro inexistente
e no momento em que tornaram a cortar-lhe o cordão umbilical
não se ouviu o grito de choro da cria
apenas os guinchos que explodiam da garganta dilacerada da mãe
o horror
mantendo a boca aberta sem emitir som
cobriu com o seu corpo vivo o outro que jazia
deixando escorrer a baba que lhe escapava sem intenção
o dique descontrolado de fluídos
nessa barbárie de máquinas aplicada ao corpo
o corpo que obedecia a ordens continuando a manter funções
quando deveria ser esmagado
†
a mãe viu o pedaço de vidro ao lado do morto
um destroço da explosão deixado em divina correspondência
pegou na lâmina e cravou-a no pescoço
esguichou-se por inteiro até ao esvaziamento
a poça encarnada abarcou a família
e toda a descendência.
Na guerra só há razão. A barbárie alimenta-se de crânios.
Cláudia Lucas Chéu. in 70 Poemas Para Adorno, Vários Autores, Nova Delphi Editora, Funchal, 2015.
terça-feira, 21 de abril de 2015
Misantropia
nome feminino
1. ódio, aversão ao ser humano
2. aversão à convivência social
3. disposição sombria do espírito; melancolia profunda
segunda-feira, 20 de abril de 2015
«Ser uma vítima dócil, para sua comodidade?»
Fernando Namora. Domingo à Tarde. Editora Arcádia. 4ª Edição. p. 98/9
«Eis a ponta do cigarro a queimar-me os dedos.»
Fernando Namora. Domingo à Tarde. Editora Arcádia. 4ª Edição. p. 86
«Mas com grande espanto seu, Vassili Andréitch não pôde prosseguir porque os olhos se lhe encheram de lágrimas e o lábio inferior se lhe pôs a tremer convulsivamente. Deixou de falar, esforçando-se por abafar o soluço que lhe subia à garganta.»
Leão Tolstoi. Senhor e Servo. Antologia dos Amigos do Livro. Tradução de José Marinho. Inquérito Lisboa, p. 106
domingo, 19 de abril de 2015
''Tinha razões subterrâneas para acusar-nos.''
Fernando Namora. Domingo à Tarde. Editora Arcádia. 4ª Edição. p. 76
«(...) de cigarro a acobrear-lhe os dedos nodosos,»
Fernando Namora. Domingo à Tarde. Editora Arcádia. 4ª Edição. p. 75
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«Que, ao menos, na floresta das palavras, eu saiba escolher apenas as necessárias.»
Fernando Namora. Domingo à Tarde. Editora Arcádia. 4ª Edição. p. 73
«Esse mutismo deixou-a por momentos irresoluta, após o que decidiu dispensar o contraponto das minhas palavras.
- Não tem o direito de me iludir. Nem a mim nem a ninguém.
Esmaguei o cigarro com irritação. Os olhos ainda lacrimejavam.
-Sabe o que está a dizer?
-Sei muito bem. Posso repeti-lo.»
Fernando Namora. Domingo à Tarde. Editora Arcádia. 4ª Edição. p. 70
- Não tem o direito de me iludir. Nem a mim nem a ninguém.
Esmaguei o cigarro com irritação. Os olhos ainda lacrimejavam.
-Sabe o que está a dizer?
-Sei muito bem. Posso repeti-lo.»
Fernando Namora. Domingo à Tarde. Editora Arcádia. 4ª Edição. p. 70
«Dentro dele, o sofrimento levedava (...)»
Fernando Namora. Domingo à Tarde. Editora Arcádia. 4ª Edição. p. 69
sábado, 18 de abril de 2015
«(...) dois macacos decrépitos, testemunhas da sua existência»
Fernando Namora. Domingo à Tarde. Editora Arcádia. 4ª Edição. p. 61
terça-feira, 14 de abril de 2015
''mas as acalmias eram breves''
Leão Tolstoi. Senhor e Servo. Antologia dos Amigos do Livro. Tradução de José Marinho. Inquérito Lisboa, p. 70
«Perto duma das casas, agitavam-se desesperadamente ao vento algumas peças de roupa postas a secar numa corda: duas camisas - uma branca e outra de cor -, cuecas, coturnos e uma saia. A camisa branca agitava-se com fúria, mexendo freneticamente os braços vazios.
-Ora vejam aquela preguiçosa que nem para um dia de festa passou a roupa a ferro! Mas quem sabe? talvez esteja doente... - concluiu Nikita, olhando as camisas.»
Leão Tolstoi. Senhor e Servo. Antologia dos Amigos do Livro. Tradução de José Marinho. Inquérito Lisboa, p. 32
BIOGRAFIA
"Para afastar
as eternas tristezas do mundo.
demoremo-nos bebendo
centenas e centenas de taças.
Uma Lua tão clara
não nos deixa dormir,
numa noite tão serena
apetecem as palavras puras.
Quando a embriaguez chegar
adormeceremos na montanha selvagem,
o céu por cobertor,
a terra por almofada."
as eternas tristezas do mundo.
demoremo-nos bebendo
centenas e centenas de taças.
Uma Lua tão clara
não nos deixa dormir,
numa noite tão serena
apetecem as palavras puras.
Quando a embriaguez chegar
adormeceremos na montanha selvagem,
o céu por cobertor,
a terra por almofada."
-"Poemas"
- Li Bai
- Li Bai
HABITAÇÃO
"Como ardiam aromas desses dias
que em ti cidade amada despertavam
e em águas e poços se apagavam
já tarde atrás de empenas Quando vias
que em tua tarde verde riam davam
sem nunca se encurtarem entre si as
horas alçando o sino em abadias
e anoitecendo todos repousavam
Muda a folhagem canta o vinho agora
sussurra o rio em falas e então vela
no amigo uma amizade a qual ignora
que silente sentir no amado anela
porque do lábio aberto o afasta antes
a palavra que à noite habita amantes."
que em ti cidade amada despertavam
e em águas e poços se apagavam
já tarde atrás de empenas Quando vias
que em tua tarde verde riam davam
sem nunca se encurtarem entre si as
horas alçando o sino em abadias
e anoitecendo todos repousavam
Muda a folhagem canta o vinho agora
sussurra o rio em falas e então vela
no amigo uma amizade a qual ignora
que silente sentir no amado anela
porque do lábio aberto o afasta antes
a palavra que à noite habita amantes."
-"Sonetos"
- Walter Benjamin
- Walter Benjamin
"[...]
Eu queria que os outros dissessem de mim: Olha um homem! Como se diz: Olha um cão! quando passa um cão; como se diz: olha uma árvore! quando há uma árvore. Assim, inteiro, sem adjectivos, só de uma peça: Um homem!
[...]"
- José de Almada Negreiros, A INVENÇÃO DO DIA CLARO, ed. fac-similada, Lisboa: Assírio & Alvim, 2005
segunda-feira, 13 de abril de 2015
VOLTAR A CASA
"Às vezes imagino as paredes,
o mofo, a humidade, o brilho escuro;
muitas vezes detenho-me, atento
a cavidades, ao gorjeio leve
das águas. Recordo outros depósitos:
cisternas árabes, romanas, persas.
As águas deixam uma marca lânguida
sobre a pedra. Com frequência procuro
que se detenha o tempo dos outros,
- as lojas, os passeios, os Cafés -
faço um desvio e, só, aventuro-me
a caminho do depósito de águas.
Imagino a sua tensão de túnel,
aspiro essa humildade. E volto a casa."
-"Antologia"
José Ángel Cilleruelo
"Às vezes imagino as paredes,
o mofo, a humidade, o brilho escuro;
muitas vezes detenho-me, atento
a cavidades, ao gorjeio leve
das águas. Recordo outros depósitos:
cisternas árabes, romanas, persas.
As águas deixam uma marca lânguida
sobre a pedra. Com frequência procuro
que se detenha o tempo dos outros,
- as lojas, os passeios, os Cafés -
faço um desvio e, só, aventuro-me
a caminho do depósito de águas.
Imagino a sua tensão de túnel,
aspiro essa humildade. E volto a casa."
-"Antologia"
José Ángel Cilleruelo
INSTANTE DO DIA
"A morte não é mais do que isto: o quarto,
a tarde luminosa na janela.
e esta cassete na mesa de cabeceira
- tão apagada como o teu coração -
com as canções cantadas para sempre.
O teu último suspiro permanece
suspenso em mim: não deixo que se acabe.
Sabes qual é, Joana, o próximo concerto?
Ouves as crianças que brincam no recreio?
Depois desta tarde,
sabes como será a noite, a noite de Primavera?
Virá gente.
A casa acenderá todas as luzes."
a tarde luminosa na janela.
e esta cassete na mesa de cabeceira
- tão apagada como o teu coração -
com as canções cantadas para sempre.
O teu último suspiro permanece
suspenso em mim: não deixo que se acabe.
Sabes qual é, Joana, o próximo concerto?
Ouves as crianças que brincam no recreio?
Depois desta tarde,
sabes como será a noite, a noite de Primavera?
Virá gente.
A casa acenderá todas as luzes."
-"Misteriosamente Feliz"
Joan Margarit
Joan Margarit
''equívocos de donzelas aluadas''
Fernando Namora. Domingo à Tarde. Editora Arcádia. 4ª Edição. p. 46
«Se queres que venha a ti e fique contigo, lança fora o velho fermento e limpa a morada do teu coração.
Desterra de ti tudo o que é do século e o tumulto dos vícios. Assenta-te como o pássaro solitário no telhado e recorda as desordens da tua vida na amargura do teu coração.
O amigo prepara sempre para o amigo o melhor aposento, e assim é que dá a conhecer com que afecto o recebe.»
Livro Terceiro. A Fonte das Consolações, p. 181
domingo, 12 de abril de 2015
«Na verdade, o meu coração deveria arder e desfazer-se em lágrimas (...)»
in Imitação de Cristo
Livro Terceiro. A Fonte das Consolações, p. 178
Livro Terceiro. A Fonte das Consolações, p. 178
«2 . Mostra, pelas tuas preces, a pena que tens de ser ainda tão carnal e mundano; tão pouco mortificado nas paixões; tão cheio de desejos desordenados; tão negligente na guarda dos sentidos; tão perseguido de perniciosas imaginações; tão inclinado às coisas sensíveis: tão pouco cuidadoso de entrar no interior de ti mesmo; tão fácil para o riso e a dissolução; tão duro para a compunção e as lágrimas; tão pronto para as lassidões e comodidades do corpo; tão vagoroso para o fervor e a austeridade; tão curioso para ouvir novidades e contemplar coisas belas; tão indisposto para abraçar as coisas humildes e desprezíveis; tão ardente no desejo de possuir muito; tão moderado para o dar; tão avarento no reter; tão indiscreto no falar; tão inobservante do silêncio; tão pouco regulado nos costumes; tão pouco circunspectos nas acções; tão desordenado no comer; tão surdo às vozes de Deus; tão pronto para o descanso; tão preguiçoso para o trabalho; tão vigilante para ouvir anedotas e fábulas; tão sonolento para as sagradas vigílias; tão apressado para acabá-las e tão distraídos para atendê-las; tão negligente nas rezas das horas diurnas; tão tíbio na celebração de do santo sacrifício; tão seco na santa comunhão; tão fácil em distrair-se; tão difícil em recolher-se; tão ligeiro em irar-se; tão disposto a desprezar os outros; tão precipitado nos juízos; tão severo nas repreensões; tão alegre nas prosperidades; tão triste nos infortúnios; tão fecundo em resoluções, mas tão estéril em transformá-las em actos.»
Livro Terceiro. A Fonte das Consolações, p. 172
''chore as culpas alheias''
«Se o tempo te permitir, confessa a Deus, o segredo do teu coração, todas as misérias a que te reduzem as tuas paixões.»
in Imitação de Cristo
Livro Terceiro. A Fonte das Consolações, p. 172
in Imitação de Cristo
Livro Terceiro. A Fonte das Consolações, p. 172
ESCOLHA DOS SERES
"Há na intimidade de um limiar sagrado,
encantamento e paixão não o podem transpor -
mesmo que no silêncio assustador se fundam
os lábios e o coração se rasgue de amor.
Onde a amizade nada pode nem os anos
da felicidade mais sublime e ardente,
onde a alma é livre, e se torna estranha
à vagarosa volúpia e seu langor lento.
Quem corre para o limiar é louco, e quem
o alcançar é ferido de aflição...
Agora compreendes porque já não bate
sob a tua mão em concha o meu coração."
encantamento e paixão não o podem transpor -
mesmo que no silêncio assustador se fundam
os lábios e o coração se rasgue de amor.
Onde a amizade nada pode nem os anos
da felicidade mais sublime e ardente,
onde a alma é livre, e se torna estranha
à vagarosa volúpia e seu langor lento.
Quem corre para o limiar é louco, e quem
o alcançar é ferido de aflição...
Agora compreendes porque já não bate
sob a tua mão em concha o meu coração."
-"Só o Sangue Cheira a Sangue"
- Anna Akhmátova
- Anna Akhmátova
sábado, 11 de abril de 2015
quinta-feira, 9 de abril de 2015
«Por que motivo as palavras da incompreensão ou da injustiça te penetram até ao íntimo do teu coração, senão porque és ainda carnal e dás ainda aos homens uma importância que não merecem? Porque temes ser desprezado, não queres ser repreendido pelos teus defeitos e procuras encobri-los com a sombra de algumas desculpas?
2. Entra bem no conhecimento de ti mesmo e verás que o mundo ainda vive em ti, pelo desejo que tens de agradar aos homens. Fugindo de ser abatido e confundido por causa de teus defeitos, é visível que não és verdadeiramente humilde, nem verdadeiramente morto para o mundo, e que o mundo não está verdadeiramente morto para ti.
Ouve as minhas palavras e não farás caso das palavras que os homens disserem. Quando eles disserem contra ti quanto a malícia pode inspirar, que danos receberias dessas injúrias, se as desprezasses como palha que voa pelo ar?
Elas todas juntas não teriam força para fazer-te saltar da cabeça um só fio de cabelo.
3. Quem não anda recolhido interiormente e não traz Deus diante dos olhos, irrita-se com a menor palavra que o ofende. Mas quem confia em mim e não se aferra ao próprio juízo, nada teme da parte dos homens.
Eu sou o juiz que conhece todos os segredos do coração humano. Eu sei como as coisas se passaram. Conheço, perfeitamente, quem faz a injúria e quem a sofre.
Por minha ordem é que sofres. Por permissão minha é que este mal te sucede, para que se descubram os pensamentos ocultos no coração de muitos.
Eu julgarei algum dia o inocente e o culpado; mas, por um juízo secreto, quero primeiro provar um e outro.»
in Imitação de Cristo
Livro Terceiro. A Fonte das Consolações, p. 130
«Que coisas são as palavras dos homens, senão palavras? Elas voam pelo ar, mas não podem ferir a firmeza da pedra. Se, com efeito, és culpado, serve-te do que te dizem contra ti para te emendares. Se o não és, alegra-te de sofrer essa injúria pelo amor de Deus. Bem é que sofras, pelo menos, a tortura das palavras injustas, já que não podes sofrer graves tormentos.»
in Imitação de Cristo
Livro Terceiro. A Fonte das Consolações, p. 129
in Imitação de Cristo
Livro Terceiro. A Fonte das Consolações, p. 129
«O HOMEM DE SI NADA TEM DE BOM»
in Imitação de Cristo
Livro Terceiro. A Fonte das Consolações, p. 122
Livro Terceiro. A Fonte das Consolações, p. 122
''doces e artificiosas palavras''
in Imitação de Cristo
Livro Terceiro. A Fonte das Consolações, p. 121
Livro Terceiro. A Fonte das Consolações, p. 121
''luta valorosamente e conforta o teu coração''
in Imitação de Cristo
Livro Terceiro. A Fonte das Consolações, p. 118
Livro Terceiro. A Fonte das Consolações, p. 118
«Nada há que não devas sofrer de boa vontade, por meu amor. Pondo os olhos em mim, os trabalhos, as dores, as tentações, as perseguições, os desastres, a pobreza, as enfermidades, as injúrias, as murmurações, as repreensões, os abatimentos, as confusões, as correcções, os desprezos, devem ser doces.»
in Imitação de Cristo
Livro Terceiro. A Fonte das Consolações, p. 118
in Imitação de Cristo
Livro Terceiro. A Fonte das Consolações, p. 118
forcejar
1. esforçar-se (por); diligenciar (por); empenhar-se (em)
2. lutar (contra), utilizando a força
XXVII - O AMOR-PRÓPRIO NOS AFASTA DO SUMO BEM
« 1. Cristo - Filho, se me queres possuir todo, dá-me tudo de ti sem nada reservares.
Lembra-te de que nada é mais nocivo do que o amor-próprio. Conforme o amor e a afeição que tiveres, assim estarás preso ao seu objecto.
Se o teu amor for puro, simples e bem regulado, nenhuma coisa cativará a tua liberdade.
Não desejes o que não te for lícito possuir. Não queiras ter o que pode servir-te de embaraço e privar-te da liberdae interior. É bem estranho que não te entregues a mim de todo o coração, com tudo o que podes desejar ou possuir nesta vida.»
in Imitação de Cristo
Livro Terceiro. A Fonte das Consolações, p. 107
«Sou miserável e considero-me preso e carregado de ferros, (...)»
in Imitação de Cristo
Livro Terceiro. A Fonte das Consolações, p. 100
Livro Terceiro. A Fonte das Consolações, p. 100
«tudo o que me dais, ou me descobris, ou me prometeis,»
in Imitação de Cristo
Livro Terceiro. A Fonte das Consolações, p. 99
Livro Terceiro. A Fonte das Consolações, p. 99
concupiscência
nome feminino
1. atração pelos prazeres materiais e/ou sensuais
2. desejo sexual intenso
3. cobiça
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