domingo, 7 de maio de 2017


«Max Nordau na Degenerescência diz que o cheiro que em certas circunstâncias se exala do corpo humano é a causa de certos amores infelizes, ilícitos e pecaminosos.»


Pitigrillia decadência do paradoxo. Tradução Portuguesa de Dr. Souza-Soares. Editorial Minerva, Lisboa., p. 70


«O amor, como todas as formas de energia, precisa, para existir, de uma diferença de potencial. Mas, a diferença de potencial não se mantém sempre. Salvo poucos casos isoladíssimos, em que os dois amantes tenham personalidades tão distintas para estabelecer uma troca contínua de corrente, em geral, algum tempo depois, vem o que os electrotécnicos chamam de polarização, isto é, o hábito, a saciedade, o dizerem ambos a mesma coisa, o não haver mais uma ideia a trocar, por ambos terem a mesma ideia. A polarização, em amor, chama-se indiferença.»



Pitigrillia decadência do paradoxo. Tradução Portuguesa de Dr. Souza-Soares. Editorial Minerva, Lisboa., p. 64

«Segundo Charcot, «os neurasténicos atraem-se uns aos outros, não só no amor, mas também na amizade.»



Pitigrillia decadência do paradoxo. Tradução Portuguesa de Dr. Souza-Soares. Editorial Minerva, Lisboa., p. 63

sábado, 6 de maio de 2017

''Vivam as pessoas honestas! Sempre são menos canalhas que as outras!''

Henry Becque

encanecer
en.ca.ne.cer
ẽkɐnəˈser
verbo transitivo
1.tornar branco, pouco a pouco
2.fazer criar cãs
verbo intransitivo
1.criar cãs
2.figurado envelhecer
3.figurado adquirir experiência

«No enterro, as borboletas seguiam as flores que o seu caixão levava.»



Pitigrillia decadência do paradoxo. Tradução Portuguesa de Dr. Souza-Soares. Editorial Minerva, Lisboa., p. 40

« Na fachada de um manicómio de Saragoça há esta inscrição: «Não o somos completamente; nem cá estão todos.» Esta epígrafe foi ditada por um precursor de Pirandello. Nada, portanto, de novo.»



Pitigrillia decadência do paradoxo. Tradução Portuguesa de Dr. Souza-Soares. Editorial Minerva, Lisboa., p. 39

« Da loucura, passou-se à psicose sexual,»



Pitigrillia decadência do paradoxo. Tradução Portuguesa de Dr. Souza-Soares. Editorial Minerva, Lisboa., p. 38

sobrecelente

Amor que retribuição exige sempre. (*)


(*) Versos da Divina Comédia de Dante.


«(...) e o arsénio, em doses medicamentosas, tem efeitos nutritivos.»



Pitigrillia decadência do paradoxo. Tradução Portuguesa de Dr. Souza-Soares. Editorial Minerva, Lisboa., p. 31

Francesca Woodman (auto-retrato aos 13 anos)


«As mulheres levam 42 anos para chegar aos 30.»

Oscar Wilde

«O comediógrafo húngaro Molnar começa assim uma novela: «Uma jovem senhora de 54 anos passeava com um velho senhor de 35.»

Pitigrillia decadência do paradoxo. Tradução Portuguesa de Dr. Souza-Soares. Editorial Minerva, Lisboa., p. 26

«Numa comédia francesa, dois amantes, em Paris, cortam relações:
-Porque dizes que nunca mais nos encontraremos? O mundo é muito pequeno!
   E o outro responde:
-Mas Paris é muito grande!»



Pitigrillia decadência do paradoxo. Tradução Portuguesa de Dr. Souza-Soares. Editorial Minerva, Lisboa., p. 25

«Quando Talleyrand dizia que a palavra foi dada ao homem para esconder o seu pensamento, enunciava uma grande verdade (...)»



Pitigrillia decadência do paradoxo. Tradução Portuguesa de Dr. Souza-Soares. Editorial Minerva, Lisboa., p. 22/3



«Os pequenos paradoxos representam-se por figuras geométricas: quando não se trata de definições incompletas, são silogismos erróneos, obtidos trocando a parte pelo todo; um facto contingente, por um facto essencial; o particular, pelo geral; as causas adjuvantes, pelas causas eficientes; dando como certo, o que é provável; por absoluto, o que é relativo; confundindo a excepção com a regra; um, com noventa e nove; falsificando as percentagens; explicando os factos psicológicos com critérios fisiológicos; os factos sentimentais com critérios veterinários.»



Pitigrillia decadência do paradoxo. Tradução Portuguesa de Dr. Souza-Soares. Editorial Minerva, Lisboa., p. 19

«homo economicus»


o advogado «uma consciência alugada»


Pitigrillia decadência do paradoxo. Tradução Portuguesa de Dr. Souza-Soares. Editorial Minerva, Lisboa., p. 16

o pranto, «uma solução de água e cloreto de sódio»

Pitigrillia decadência do paradoxo. Tradução Portuguesa de Dr. Souza-Soares. Editorial Minerva, Lisboa., p. 16

a cólera, «uma descarga adrenalínica»

Pitigrillia decadência do paradoxo. Tradução Portuguesa de Dr. Souza-Soares. Editorial Minerva, Lisboa., p. 16

«Só uma coisa é pior que os cheiros ordinários: os perfumes ordinários.»


Pitigrillia decadência do paradoxo. Tradução Portuguesa de Dr. Souza-Soares. Editorial Minerva, Lisboa., p. 15

«na minha desordem é que está a ordem»


Pitigrillia decadência do paradoxo. Tradução Portuguesa de Dr. Souza-Soares. Editorial Minerva, Lisboa., p. 13

« le mari de toutes les femmes et la femme de tous les maris.»


Pitigrillia decadência do paradoxo. Tradução Portuguesa de Dr. Souza-Soares. Editorial Minerva, Lisboa., p. 13


«A única diferença que há entre o capricho e uma paixão eterna é que o capricho é mais duradoiro.»


Pitigrillia decadência do paradoxo. Tradução Portuguesa de Dr. Souza-Soares. Editorial Minerva, Lisboa., p. 12
insulso
in.sul.so
ĩˈsuɫsu
adjetivo
1.sem salinsosso
2.figurado que não tem graçadesenxabido

''ligeiro traumatismo psíquico''


Pitigrillia decadência do paradoxo. Tradução Portuguesa de Dr. Souza-Soares. Editorial Minerva, Lisboa., p. 10


    «Um cavalheiro de 1700 tinha uma amante e tinha também a mulher. Todas as noites, sem perder uma, vinte anos seguidos, ia à casa da amante. Quando lhe morreu a mulher, alguém disse: «Agora podes casar com a tua amante...» «Não», respondeu ele, «porque já não tinha onde ir passar as noites...»


Pitigrillia decadência do paradoxo. Tradução Portuguesa de Dr. Souza-Soares. Editorial Minerva, Lisboa., p. 9

''a cintilação do engenho''


Pitigrillia decadência do paradoxo. Tradução Portuguesa de Dr. Souza-Soares. Editorial Minerva, Lisboa., p. 8

   «Do paradoxo pode-se repetir o que um poeta respondeu a uma senhora que lhe perguntava se era muito difícil fazer bons versos.
    «Minha senhora», disse-lhe ele, «ou é muito fácil, ou é impossível». Ou são bons, ou não prestam.»



Pitigrillia decadência do paradoxo. Tradução Portuguesa de Dr. Souza-Soares. Editorial Minerva, Lisboa., p. 8

arcada dental

Mamíferos de Luxo (1920)

 Cocaína (1921)

  A Virgem de 18 Quilates (1924)

 Os Vegetarianos do Amor (1931)

 Loura Dolicocéfala (1936)

O Farmacêutico a Cavalo (1948)

 O Deslize do Moralista (1948)

Pitigrilli

Afirmava que adoptou este pseudónimo porque gostava de "colocar os pingos nos ii".
universos vazios de moral
«O paradoxo é uma elegante gravata que faz nó cego, quando se puxa demasiadamente por ela.»

Pitigrilli. a decadência do paradoxo. Tradução Portuguesa de Dr. Souza-Soares. Editorial Minerva, Lisboa., p. 7

Topaz (1969)


Cinemalogia

“A Costureirinha”

cascata neuroquímica

sexta-feira, 5 de maio de 2017


«Para ti e tudo o que em ti vive,
eu estou a escrever.»



Antologia de Vicente Aleixandre. Selecção, tradução e prólogo de José Bento. Editorial Inova/Porto., p. 139

«Escrevo porventura para os que não me lêem.»


Antologia de Vicente Aleixandre. Selecção, tradução e prólogo de José Bento. Editorial Inova/Porto., p. 137


«(...)             E nada lhe dói,
mas dói-lhe tudo.»



Antologia de Vicente Aleixandre. Selecção, tradução e prólogo de José Bento. Editorial Inova/Porto., p. 133

«A solidão em que abrimos os olhos.
A solidão em que uma manhã despertámos, caídos,
derrubados de qualquer parte, quase não podendo
                                                                                    [reconhecer-nos.»



Antologia de Vicente Aleixandre. Selecção, tradução e prólogo de José Bento. Editorial Inova/Porto., p. 133

quinta-feira, 4 de maio de 2017


(...)

« Mas isto é uma grande tarde que durasse toda a vida.
                                                                                      [Como deitados,
existimos, meu amor, e a tua alma,
passada à dimensão da vida, é como um grande corpo
que numa tarde infinita eu fosse reconhecendo.
Durante a tarde inteira do viver eu amei-te.
E agora o que ali cai não é o poente, é só
a vida toda que ali cai; e o ocaso
não é: é o próprio viver o que termina,
e eu quero-te. Quero-te e esta tarde acaba,
tarde doce, existida, em que nos temos querido.

Vida que toda inteira durou como uma tarde.
Anos como uma hora em que percorri a tua alma,
descobrindo-a devagar, como minuto a minuto.
Porque o que ali está a acabar, talvez, sim, seja a vida.
Mas agora aqui o estampido que começou completa-se
e na culminação, nos brilhos, toda estás descoberta,
e foi uma tarde, uma irupção, e o zenite e as luzes
abrem-se no alto por completo, e estás aqui:
                                                                                     [possuímo-nos 



Antologia de Vicente Aleixandre. Selecção, tradução e prólogo de José Bento. Editorial Inova/Porto., p. 130

«Eu sei que tudo isto tem um nome: existir.»


Antologia de Vicente Aleixandre. Selecção, tradução e prólogo de José Bento. Editorial Inova/Porto., p. 129

''Amor nos dedos''


Antologia de Vicente Aleixandre. Selecção, tradução e prólogo de José Bento. Editorial Inova/Porto., p. 127

(...)

«Abdica da tua própria dor. Distende o teu próprio
                                                                        [coração contraído.
Um só coração te percorre, uma única pulsação
                                                                        [sobe os teus olhos,
poderosamente invade o teu corpo, levanta o teu
   [peito, faz-te agitar as mãos quando avanças agora.»


Antologia de Vicente Aleixandre. Selecção, tradução e prólogo de José Bento. Editorial Inova/Porto., p. 125

«A solidão não mente ao que há em mim.»


Antologia de Vicente Aleixandre. Selecção, tradução e prólogo de José Bento. Editorial Inova/Porto., p. 121

«Aqui cega paixão desfez-se fria,»


Antologia de Vicente Aleixandre. Selecção, tradução e prólogo de José Bento. Editorial Inova/Porto., p. 121
“Quanto mais iludirmos a nossa mente, Menor é a possibilidade de conhecermos a nossa real condição...”

 J.R.

quarta-feira, 3 de maio de 2017


«(...)    ; olha a minha lágrima
a beijar-te;»


Antologia de Vicente Aleixandre. Selecção, tradução e prólogo de José Bento. Editorial Inova/Porto., p. 107

''nuvem prenhe''


Antologia de Vicente Aleixandre. Selecção, tradução e prólogo de José Bento. Editorial Inova/Porto., p. 106

''só em ti me destruo''


Antologia de Vicente Aleixandre. Selecção, tradução e prólogo de José Bento. Editorial Inova/Porto., p. 105

derrapagens sociopolíticas

Fotomemórias e ANTEcâmara

terça-feira, 2 de maio de 2017

inópia
i.nó.pi.a
iˈnɔpjɐ
nome feminino
1.falta de riquezapenúria
2.deficiência, defeito

Justin Vernon - A Song For a Lover Of Long Ago





rain on the bard
clinging water mark
and your hands are what i had
and calls up what i can


ring you and me
shake memory free
cant scratch the open sun
cant chase away the hope
I've buried you
in every place I've been
you keep ending up
in my shaking hands


rain sound the alarm
and stain my broken heart
the things violinist
buried in my gut
there are chances or choices
sometimes you just have to cut


ive buried you
every place i move
you keep ending up
in my shaking hands
i have buried you
with my shaking hands
you keep ending up
every place i been


i have buried you
every place ive been
and you keep ending up
in my shaking hands
you keep ending up
every place ive been
in my shaking hands
every place ive been
Powered By Blogger