Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 238
segunda-feira, 14 de setembro de 2015
Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 238
Etiquetas:
carta a Greco,
Nikos Kazantzakis
«Tive medo. Como era possível que um tal rebelde tivesse saído de dentro de mim? Onde estava escondida, no fundo de mim, atrás de Deus, essa alma selvagem e insubmissa?»
Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 240
Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 240
Etiquetas:
carta a Greco,
Nikos Kazantzakis
Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 239/240
Etiquetas:
carta a Greco,
Nikos Kazantzakis
«Sodoma e Gomorra estendiam-se à beira do rio como duas prostitutas e beijavam-se. »
Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 238
Etiquetas:
carta a Greco,
Nikos Kazantzakis
«Peguei na caneta e pus-me a escrever para me acalmar, para criar.»
Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 228
Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 228
Etiquetas:
carta a Greco,
Nikos Kazantzakis
«Nunca lhe ouvi sair da boca uma palavra alegre.»
Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 225
Etiquetas:
carta a Greco,
Nikos Kazantzakis
«O meu coração jamais se abriu para que Deus entrasse;»
Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 215
Etiquetas:
carta a Greco,
Nikos Kazantzakis
O Ofício
Escrevo para sentir nas veias
o voo da pedra.
Antecipação da paz
neste país de granadas
moldadas
no silêncio dos frutos.
Escrevo como quem escava
no bojo da sombra
um mar de claridade.
Pedras vivas de possibilidade
as palavras levantam
o crime, os pássaros do pântano
Escrevo
no grande espaço obscuro
que somos e nos inunda.
Casimiro de Brito, in "Jardins de Guerra"
Etiquetas:
Casimiro de brito,
poema,
poesia,
poetas portugueses
domingo, 13 de setembro de 2015
«Fez em seguida e por três vezes o sinal da cruz e cuspiu para o ar:
- Para trás, Satanás! - repetiu. A sua voz era agora firme.»
Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 213
- Para trás, Satanás! - repetiu. A sua voz era agora firme.»
Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 213
Etiquetas:
carta a Greco,
Nikos Kazantzakis
«Não tínhamos dito ainda uma palavra, mas sentíamos o coração angustiado.»
Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 203
Etiquetas:
carta a Greco,
Nikos Kazantzakis
« - Que é que vocês vêm cá fazer, seus palermas? - perguntou.
-Vimos rezar, meu velho.
-Rezar, porquê? E a quem? Estão doentes?»
Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 203
Etiquetas:
carta a Greco,
Nikos Kazantzakis
"Uma rapariga loura está inclinada sobre um poema. Com o bisturi de um lápis afiado transfere as palavras para uma folha branca e converte-a em acentos, cadências, cesuras. O lamento de um poeta caído assemelha-se agora a uma salamandra devorada por formigas.
Quando o levámos sob o fogo das metralhadoras eu pensei que o seu corpo ainda quente ressuscitaria nas palavras. Agora que vejo a morte das palavras, sei que não há limites para o declínio. Tudo o que deixaremos atrás de nós sobre a terra escura serão sílabas dispersas.
Acentos sobre o pó e o nada."
-"Uisses Já Não Mora Aqui"
- José Miguel Silva
«Puxou uma longa fumaça do cigarro e o fumo saiu-lhe pelas narinas.»
Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 199
Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 199
Etiquetas:
carta a Greco,
Nikos Kazantzakis
«Pecado confessado é pecado perdoado.»
Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 199
Etiquetas:
carta a Greco,
Nikos Kazantzakis
«Percorríamos o monte Athos e à medida que respirávamos o nosso coração enchia-se de fogo e dilatava-se, pleno de alegria.»
Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 195
Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 195
Etiquetas:
carta a Greco,
Nikos Kazantzakis
«Sentia-me diluído na felicidade.»
Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 192
Etiquetas:
Nikos Kazantzakis,
verso solto
''o jardim é um estremecimento''
António Ramos Rosa. Antologia poética. Selecção, Prefácio e Bibliografia de Ana Paula Coutinho Mendes. Publicações Dom Quixote, Lisboa, 2001., 265
Etiquetas:
António Ramos Rosa,
imagens,
poesia,
poetas portugueses
O DEUS NU(LO)
1988
António Ramos Rosa. Antologia poética. Selecção, Prefácio e Bibliografia de Ana Paula Coutinho Mendes. Publicações Dom Quixote, Lisboa, 2001., 255
Etiquetas:
António Ramos Rosa,
livros de poesia,
poesia,
poetas portugueses,
títulos
sábado, 12 de setembro de 2015
« O poema é um arbusto que não cessa de tremer.»
António Ramos Rosa. Antologia poética. Selecção, Prefácio e Bibliografia de Ana Paula Coutinho Mendes. Publicações Dom Quixote, Lisboa, 2001., 231
Etiquetas:
António Ramos Rosa,
poetas portugueses,
verso solto
A mão
prolonga
o pulso
quando
a água ondula
António Ramos Rosa. Antologia poética. Selecção, Prefácio e Bibliografia de Ana Paula Coutinho Mendes. Publicações Dom Quixote, Lisboa, 2001., 182
prolonga
o pulso
quando
a água ondula
António Ramos Rosa. Antologia poética. Selecção, Prefácio e Bibliografia de Ana Paula Coutinho Mendes. Publicações Dom Quixote, Lisboa, 2001., 182
Etiquetas:
António Ramos Rosa,
poesia,
poetas portugueses
O ar passa
a t r a v é s d a s p a l a v r a s
António Ramos Rosa. Antologia poética. Selecção, Prefácio e Bibliografia de Ana Paula Coutinho Mendes. Publicações Dom Quixote, Lisboa, 2001., 181
Etiquetas:
António Ramos Rosa,
poesia,
poetas portugueses
«afundo-me como um osso no silêncio dos ossos»
António Ramos Rosa. Antologia poética. Selecção, Prefácio e Bibliografia de Ana Paula Coutinho Mendes. Publicações Dom Quixote, Lisboa, 2001., 152
Etiquetas:
António Ramos Rosa,
poetas portugueses,
verso solto
«Não te construo, constróis-me, construo-te,»
António Ramos Rosa. Antologia poética. Selecção, Prefácio e Bibliografia de Ana Paula Coutinho Mendes. Publicações Dom Quixote, Lisboa, 2001., 84
Etiquetas:
António Ramos Rosa,
poetas portugueses,
verso solto
«uma respiração feliz ombro a ombro
um caminhar sem solidão na noite.»
António Ramos Rosa. Antologia poética. Selecção, Prefácio e Bibliografia de Ana Paula Coutinho Mendes. Publicações Dom Quixote, Lisboa, 2001., 78
um caminhar sem solidão na noite.»
António Ramos Rosa. Antologia poética. Selecção, Prefácio e Bibliografia de Ana Paula Coutinho Mendes. Publicações Dom Quixote, Lisboa, 2001., 78
Etiquetas:
António Ramos Rosa,
excerto,
poetas portugueses
«São restos de tabaco e de ternura rápida.»
António Ramos Rosa. Antologia poética. Selecção, Prefácio e Bibliografia de Ana Paula Coutinho Mendes. Publicações Dom Quixote, Lisboa, 2001., 43
Etiquetas:
António Ramos Rosa,
verso solto
«A fadiga substitui-lhe o coração
as cores da inércia giram-lhe nos olhos.»
António Ramos Rosa. Antologia poética. Selecção, Prefácio e Bibliografia de Ana Paula Coutinho Mendes. Publicações Dom Quixote, Lisboa, 2001., 37
Etiquetas:
António Ramos Rosa,
poetas portugueses,
versos soltos
(...)
«O tempo das palavras
numa circulação sombria como um poço
de ecos incontrolados
de timbres inesperados
como moedas de sangue cunhadas numa noite
demasiado curta e com luar de mais »
António Ramos Rosa. Antologia poética. Selecção, Prefácio e Bibliografia de Ana Paula Coutinho Mendes. Publicações Dom Quixote, Lisboa, 2001., 33
«O tempo das palavras
numa circulação sombria como um poço
de ecos incontrolados
de timbres inesperados
como moedas de sangue cunhadas numa noite
demasiado curta e com luar de mais »
António Ramos Rosa. Antologia poética. Selecção, Prefácio e Bibliografia de Ana Paula Coutinho Mendes. Publicações Dom Quixote, Lisboa, 2001., 33
adivinhava o cérebro por detrás do belo rosto
«Eu era áspero, avaro de palavras, na minha dura carapaça popular; cheio de interrogações, angústias metafísicas, o brilho da fachada nunca me enganava, eu adivinhava o cérebro por detrás do belo rosto;»
Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 179
Etiquetas:
carta a Greco,
Nikos Kazantzakis
«Possuía asas, não tinha um espírito sólido; via longe e confuso.»
Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 179
Etiquetas:
carta a Greco,
Nikos Kazantzakis
«Os homens sentiam que eu não tinha necessidade deles, que podia viver sem as suas conversas e nunca me puderam perdoar. Existem muito poucos homens com quem eu poderia viver bastante tempo sem me sentir mal.»
Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 178
Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 178
Etiquetas:
carta a Greco,
Nikos Kazantzakis
''perigoso ninho de vespas literário''
Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 177
Etiquetas:
carta a Greco,
imagens,
Nikos Kazantzakis
« - Vou cantar-te uma canção bem-educada:
Mijar, comer, beber e cagar, eis a vida do homem!»
Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 177
Etiquetas:
carta a Greco,
Nikos Kazantzakis
"Rehab"
They tried to make me go to rehab but I said, 'No, no, no.'
Yes, I've been black but when I come back you'll know, know, know
I ain't got the time and if my daddy thinks I'm fine
He's tried to make me go to rehab but I won't go, go, go
I'd rather be at home with ray
I ain't got seventy days
'Cause there's nothing
There's nothing you can teach me
That I can't learn from Mr Hathaway
I didn't get a lot in class
But I know it don't come in a shot glass
They tried to make me go to rehab but I said, 'No, no, no.'
Yes, I've been black but when I come back you'll know, know, know
I ain't got the time and if my daddy thinks I'm fine
He's tried to make me go to rehab but I won't go, go, go
The man said, 'Why do you think you're here?'
I said, 'I got no idea
I'm gonna, I'm gonna lose my baby
So I always keep a bottle near.'
He said, "I just think you're depressed."
This me "Yeah, baby, and the rest."
They tried to make me go to rehab but I said, 'No, no, no.'
Yes, I've been black but when I come back you'll know, know, know
I don't ever wanna drink again
I just, ooh, I just need a friend
I'm not gonna spend ten weeks
Have everyone think I'm on the mend
It's not just my pride
It's just 'til these tears have dried
They tried to make me go to rehab but I said, 'No, no, no.'
Yes, I've been black but when I come back you'll know, know, know
I ain't got the time and if my daddy thinks I'm fine
He's tried to make me go to rehab but I won't go, go, go
"You Know I'm No Good"
Meet you downstairs in the bar and hurt,
Your rolled up sleeves in your skull t-shirt,
You say "what did you do with him today?",
And sniffed me out like I was Tanqueray,
'Cause you're my fella, my guy,
Hand me your stella and fly,
By the time I'm out the door,
You tear men down like Roger Moore,
I cheated myself,
Like I knew I would,
I told you I was trouble,
You know that I'm no good,
Upstairs in bed, with my ex boy,
He's in a place, but I can't get joy,
Thinking on you in the final throes,
This is when my buzzer goes,
Run out to meet you, chips and pitta,
You say 'when we married",
'cause you're not bitter,
"There'll be none of him no more,"
I cried for you on the kitchen floor,
I cheated myself,
Like I knew I would,
I told you I was trouble,
You know that I'm no good,
Sweet reunion, Jamaica and Spain,
We're like how we were again,
I'm in the tub, you on the seat,
Lick your lips as I soak my feet,
Then you notice little carpet burn,
My stomach drops and my guts churn,
You shrug and it's the worst,
Who truly stuck the knife in first
I cheated myself,
Like I knew I would
I told you I was trouble,
You know that I'm no good,
I cheated myself,
Like I knew I would
I told you I was trouble,
Yeah, you know that I'm no good.
Writer(s): Amy Winehouse
confusas transformações espirituais
Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 176
Etiquetas:
carta a Greco,
Nikos Kazantzakis
«Senti, uma vez mais, como a felicidade na terra é feita à medida do homem; não é uma ave rara que perseguimos ora no céu, ora no nosso espírito. A felicidade é um pássaro domesticado que vive no nosso quintal.»
Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 169
Etiquetas:
carta a Greco,
Nikos Kazantzakis
sexta-feira, 11 de setembro de 2015
XVI
Ser indiferente é como estar-se morto,
vivendo até talvez alegremente.
Armindo Rodrigues. Sequência da Alvorada. Livros Horizonte, Lisboa, 1985., 110
vivendo até talvez alegremente.
Armindo Rodrigues. Sequência da Alvorada. Livros Horizonte, Lisboa, 1985., 110
(...)
«Nevoenta, a tarde
é o meu abrigo.»
Armindo Rodrigues. Sequência da Alvorada. Livros Horizonte, Lisboa, 1985., 100
«Nevoenta, a tarde
é o meu abrigo.»
Armindo Rodrigues. Sequência da Alvorada. Livros Horizonte, Lisboa, 1985., 100
Etiquetas:
excerto,
poetas portugueses
(...)
«Mas logo voam em mim aves,
como o vento.»
Armindo Rodrigues. Sequência da Alvorada. Livros Horizonte, Lisboa, 1985., 98
«Mas logo voam em mim aves,
como o vento.»
Armindo Rodrigues. Sequência da Alvorada. Livros Horizonte, Lisboa, 1985., 98
Etiquetas:
excerto,
poetas portugueses
(...)
«Ao fala, é segura a minha fala.
Na acção, sou preciso e resoluto.»
Armindo Rodrigues. Sequência da Alvorada. Livros Horizonte, Lisboa, 1985., 87
Etiquetas:
excerto,
poesia,
poetas portugueses,
versos soltos
ARGILA
Ao afirmar-me aqui, tudo me prende.
Aqui, está-me o futuro já moldando.
Armindo Rodrigues. Sequência da Alvorada. Livros Horizonte, Lisboa, 1985., 72
Aqui, está-me o futuro já moldando.
Armindo Rodrigues. Sequência da Alvorada. Livros Horizonte, Lisboa, 1985., 72
«Dá-te sempre a quem quer que se te dê,»
Armindo Rodrigues. Sequência da Alvorada. Livros Horizonte, Lisboa, 1985., 63
''arvoredo amedrontado''
Armindo Rodrigues. Sequência da Alvorada. Livros Horizonte, Lisboa, 1985., 47
«Dos olhos a arder me rompem pombas.»
Armindo Rodrigues. Sequência da Alvorada. Livros Horizonte, Lisboa, 1985., 45
Etiquetas:
poetas portugueses,
verso solto
XXXI
Ninguém está só, onde haja amor.
Onde haja amor, só há verdade.
Armindo Rodrigues. Sequência da Alvorada. Livros Horizonte, Lisboa, 1985., 39
Onde haja amor, só há verdade.
Armindo Rodrigues. Sequência da Alvorada. Livros Horizonte, Lisboa, 1985., 39
Etiquetas:
amor,
poema,
poesia,
poetas portugueses
VI
Tudo pode ser tudo.
Tudo pode ser nada.
Depende das fomes
que cada um tem.
Armindo Rodrigues. Sequência da Alvorada. Livros Horizonte, Lisboa, 1985., 14
Tudo pode ser nada.
Depende das fomes
que cada um tem.
Armindo Rodrigues. Sequência da Alvorada. Livros Horizonte, Lisboa, 1985., 14
Etiquetas:
poema,
poesia,
poetas portugueses
Mas talvez a tua pessoa se tenha
transformado numa espécie de ar de
neve, que entra pela janela que torna-
mos a fechar, tomados de arrepios
ou de um mal estar prenúncio de drama,
como me aconteceu há semanas atrás. O frio
concentrou-se-me de súbito nos ombros
cobri-me precipitadamente e afastei-me
quando eras tu talvez e o mais quente
que podias mostrar-te, à espera de
ser bem acolhida; tu, tão lúcida, já
não conseguias exprimir-te de outra
maneira.
Henri Michaux
Nós dois ainda
Bonecos Rebeldes, 2009
Tradução de Rui Caeiro
Nós dois ainda
Bonecos Rebeldes, 2009
Tradução de Rui Caeiro
Jogo-medeia
Da teia desce uma cama que é disposta ao alto. Duas figuras de mulher com máscaras mortuárias trazem uma rapariga para o palco e colocam-na de costas para a cama. Vestem a noiva. Atam-na à cama com o cinto do vestido de noiva. Duas figuras de homem com máscaras mortuárias trazem o noivo e colocam-no de frente para a noiva. Ele faz o pino, anda com as mãos no chão, faz a roda à frente dela, etc.; ela ri sem se ouvir. Ele rasga o vestido de noiva e toma posição encostado a ela. Projecção: sexo. Com os farrapos do vestido de noiva as máscaras mortuárias masculinas amarram as mãos, as máscaras mortuárias femininas os pés da noiva à cama. O reste serve de mordaça. Enquanto o homem, diante do público (feminino) faz o pino, anda com as mãos no chão, faz a roda, etc., a barriga da mulher incha até rebentar. Projecção: parto. As máscaras mortuárias femininas tiram da barriga da mulher uma criança, desamarram-lhe as mãos, põem-lhe o filho nos braços. Ao mesmo tempo, as máscaras mortuárias masculinas carregam de tal modo com armas o homem que ele já só consegue andar de gatas. Projecção: morte. A mulher arranca o rosto, desmembra a criança e lança os pedaços na direcção do homem. Da teia caem sobre o homem escombros membros entranhas.
Heiner Müller
O anjo do desespero
Relógio D´Água, 1997
Tradução de João Barrento
O anjo do desespero
Relógio D´Água, 1997
Tradução de João Barrento
Causar boa impressão
Masturbei-me duas vezes
antes de sairmos juntos,
para que não parecesse demasiado esfomeado.
Hal Sirowitz
Tradução de José Luís Peixoto
para que não parecesse demasiado esfomeado.
Hal Sirowitz
Tradução de José Luís Peixoto
quarta-feira, 9 de setembro de 2015
[...] nenhum deus
é tão grande que se não perca na substância
da sombra.
Herberto Helder,
do poema II de 'O Poema'
in «A Colher na Boca» (1961)
Etiquetas:
Herberto Helder,
livros de poesia
terça-feira, 8 de setembro de 2015
Rimbaud
As noites, as pontes de comboio, a má estrela,
os seus temíveis companheiros não as conheciam;
Mas nessa criança a mentira do retórico
Queimava como uma fornalha: o frio fizera um poeta.
As bebidas que o seu amigo tíbio e lírico
Lhe comprava, perturbavam-lhe os cinco sentidos,
Teimando com todo o nonsense corriqueiro;
Até se alhear dos pecados e da lira.
Os versos eram uma doença específica do ouvido:
a integridade era de menos; parecia
O inferno da infância: devia tentar de novo.
Agora, galopando pela África, ele sonhava
Um novo eu, um filho, um engenheiro,
Cuja verdade mentirosos aceitassem.
os seus temíveis companheiros não as conheciam;
Mas nessa criança a mentira do retórico
Queimava como uma fornalha: o frio fizera um poeta.
As bebidas que o seu amigo tíbio e lírico
Lhe comprava, perturbavam-lhe os cinco sentidos,
Teimando com todo o nonsense corriqueiro;
Até se alhear dos pecados e da lira.
Os versos eram uma doença específica do ouvido:
a integridade era de menos; parecia
O inferno da infância: devia tentar de novo.
Agora, galopando pela África, ele sonhava
Um novo eu, um filho, um engenheiro,
Cuja verdade mentirosos aceitassem.
W. H. AudenO Massacre dos Inocentes: Uma AntologiaAssírio & Alvim, 1994
Tradução de José Alberto Oliveira
segunda-feira, 7 de setembro de 2015
« - Puxa a cortina para que eu veja o quadro.
- A cortina é o quadro - respondeu-lhe o pintor. A cortina que eu via à minha frente, montanhas, árvores, mares, homens, era isso que o quadro que eu usufruía com uma alegria leal e ávida.»
Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 167
- A cortina é o quadro - respondeu-lhe o pintor. A cortina que eu via à minha frente, montanhas, árvores, mares, homens, era isso que o quadro que eu usufruía com uma alegria leal e ávida.»
Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 167
Etiquetas:
carta a Greco,
Nikos Kazantzakis
«Helena tornou-se um grito de amor que atravessa os séculos, acorda em cada homem o desejo do beijo e da perpetuidade, e metamorfoseia em Helena a mais insignificante mulher que tivermos nos braços.»
Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 153
Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 153
Etiquetas:
carta a Greco,
Helena de Tróia,
Nikos Kazantzakis
«O nome é uma prisão, Deus é livre.»
Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 146
Etiquetas:
carta a Greco,
Nikos Kazantzakis
« - Aquele que não pode dançar, não pode rezar - disse ele. - Os anjos têm boca, mas não têm palavra; dançam para falarem com Deus.»
Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 146
Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 146
Etiquetas:
carta a Greco,
Nikos Kazantzakis
'' pequenos príncipes penteados com penas de pavão''
Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 144
« O meu espírito abarrotava com perguntas, mas não falei.»
Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 144
Etiquetas:
carta a Greco,
Nikos Kazantzakis
« - É muito difícil - murmurou - brincar com Deus sem nos ferirmos.»
Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 143
Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 143
Etiquetas:
carta a Greco,
Nikos Kazantzakis
''o espírito era útil como servo''
Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 142
Etiquetas:
carta a Greco,
imagens,
Nikos Kazantzakis
«Não há existência alguma
Que não tenha amor; nenhuma;
Porque o amor é, em suma,
Essência de todo o ser:
Há sempre quem nos atraia.»
(...)
João de Deus. Campo de Flores. Poesias Líricas Completas. Lello & Irmão - Editores, Porto, 1981., 164
Que não tenha amor; nenhuma;
Porque o amor é, em suma,
Essência de todo o ser:
Há sempre quem nos atraia.»
(...)
João de Deus. Campo de Flores. Poesias Líricas Completas. Lello & Irmão - Editores, Porto, 1981., 164
Etiquetas:
excerto,
João de Deus,
poetas portugueses
«Um amor ideal é sempre fútil!»
João de Deus. Campo de Flores. Poesias Líricas Completas. Lello & Irmão - Editores, Porto, 1981., 134
Etiquetas:
João de Deus,
poetas portugueses,
verso solto
«Mal sabes o que sofro num momento
De dúvida ou ciúme; se soubesses,
Tão bem formado coração pareces
Que me não davas nunca este tormento.»
(...)
João de Deus. Campo de Flores. Poesias Líricas Completas. Lello & Irmão - Editores, Porto, 1981., 129
Etiquetas:
excerto,
João de Deus,
poetas portugueses
QUEM CONSEGUIR ESQUECER
Quem conseguir esquecer
Que veio cá para morrer
Pode guardar ambições
Pode rir pode viver
Se não pensar em morrer
Pode viver de ilusões
Quem conseguir esquecer
Que veio cá para morrer
É mais feliz do que eu
Faça o que eu fizer
Não posso deixar de ver
Morrer tudo o que nasceu
Amália Rodrigues. Versos. Edições Cotovia, 1ª Edição, Lisboa, 1997., p. 91
Etiquetas:
Amália Rodrigues,
poema,
poesia
«Se o desespero ensinasse
Eu já sabia viver»
Amália Rodrigues. Versos. Edições Cotovia, 1ª Edição, Lisboa, 1997., p. 90
Eu já sabia viver»
Amália Rodrigues. Versos. Edições Cotovia, 1ª Edição, Lisboa, 1997., p. 90
Etiquetas:
Amália Rodrigues,
saúde mental,
versos soltos
«A rosa dum só amor»
Amália Rodrigues. Versos. Edições Cotovia, 1ª Edição, Lisboa, 1997., p. 55
Etiquetas:
Amália Rodrigues,
verso solto
SE ME QUISERES VER DESCALÇA
Amália Rodrigues. Versos. Edições Cotovia, 1ª Edição, Lisboa, 1997., p. 52
Etiquetas:
Amália Rodrigues,
títulos,
verso solto
«Ai como dói
A solidão quase loucura»
Amália Rodrigues. Versos. Edições Cotovia, 1ª Edição, Lisboa, 1997., p. 43
A solidão quase loucura»
Amália Rodrigues. Versos. Edições Cotovia, 1ª Edição, Lisboa, 1997., p. 43
Etiquetas:
Amália Rodrigues,
versos soltos
«Tinha uma cabeça louca»
Amália Rodrigues. Versos. Edições Cotovia, 1ª Edição, Lisboa, 1997., p. 22
Etiquetas:
Amália Rodrigues,
verso solto
domingo, 6 de setembro de 2015
«Um demónio sanguinário o obscuro despertou no seu peito.»
Nikos Kazantzaki. Os irmãos inimigos. Tradução de Celeste Costa. Editorial Estúdios Cor, Lisboa., p. 335
Nikos Kazantzaki. Os irmãos inimigos. Tradução de Celeste Costa. Editorial Estúdios Cor, Lisboa., p. 335
Etiquetas:
Nikos Kazantzakis,
Os irmãos inimigos
Subscrever:
Mensagens (Atom)