segunda-feira, 8 de maio de 2017
''Amar não é lume''
Antologia de Vicente Aleixandre. Selecção, tradução e prólogo de José Bento. Editorial Inova/Porto., p. 172
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vicente Aleixandre
domingo, 7 de maio de 2017
«No amor quase tudo é voluntário; até o desespero. Vinte e cinco por cento das nossas lágrimas derramadas por amor, são espontâneas, mas as outras setenta e cinco são espremidas. A saciedade também é voluntária. Quando estamos cansados de uma mulher, quando não a amamos mais, podemos, querendo, recomeçar.
Os amores eternos não são mais do que amores recomeçados.»
Pitigrilli. a decadência do paradoxo. Tradução Portuguesa de Dr. Souza-Soares. Editorial Minerva, Lisboa., p. 133
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sobre o amor
« O amor é feito de pequenas coisas humildes.»
Pitigrilli. a decadência do paradoxo. Tradução Portuguesa de Dr. Souza-Soares. Editorial Minerva, Lisboa., p. 127
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sobre o amor
«O carácter fundamental dos grandes amores é a inquietação. As grandes paixões são incoerentes. Nem contigo, nem sem ti; nec tecum, nec sine te, disse um poeta.»
Pitigrilli. a decadência do paradoxo. Tradução Portuguesa de Dr. Souza-Soares. Editorial Minerva, Lisboa., p. 81
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sobre o amor
«Uma jovem princesa que, apesar de muito linda, por uma espécie de aridez sentimental, ou de frigidez, julgava que não seria feita para o amor, resolveu não se casar.»
Pitigrilli. a decadência do paradoxo. Tradução Portuguesa de Dr. Souza-Soares. Editorial Minerva, Lisboa., p. 74
Pitigrilli. a decadência do paradoxo. Tradução Portuguesa de Dr. Souza-Soares. Editorial Minerva, Lisboa., p. 74
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pseudónimo Pitigrilli
«Max Nordau na Degenerescência diz que o cheiro que em certas circunstâncias se exala do corpo humano é a causa de certos amores infelizes, ilícitos e pecaminosos.»
Pitigrilli. a decadência do paradoxo. Tradução Portuguesa de Dr. Souza-Soares. Editorial Minerva, Lisboa., p. 70
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sobre o amor
«O amor, como todas as formas de energia, precisa, para existir, de uma diferença de potencial. Mas, a diferença de potencial não se mantém sempre. Salvo poucos casos isoladíssimos, em que os dois amantes tenham personalidades tão distintas para estabelecer uma troca contínua de corrente, em geral, algum tempo depois, vem o que os electrotécnicos chamam de polarização, isto é, o hábito, a saciedade, o dizerem ambos a mesma coisa, o não haver mais uma ideia a trocar, por ambos terem a mesma ideia. A polarização, em amor, chama-se indiferença.»
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sobre o amor
«Segundo Charcot, «os neurasténicos atraem-se uns aos outros, não só no amor, mas também na amizade.»
Pitigrilli. a decadência do paradoxo. Tradução Portuguesa de Dr. Souza-Soares. Editorial Minerva, Lisboa., p. 63
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saúde mental
sábado, 6 de maio de 2017
encanecer
en.ca.ne.cer
ẽkɐnəˈser
verbo transitivo
1. | tornar branco, pouco a pouco |
2. | fazer criar cãs |
verbo intransitivo
1. | criar cãs |
2. | figurado envelhecer |
3. | figurado adquirir experiência |
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sobre o envelhecimento
«No enterro, as borboletas seguiam as flores que o seu caixão levava.»
Pitigrilli. a decadência do paradoxo. Tradução Portuguesa de Dr. Souza-Soares. Editorial Minerva, Lisboa., p. 40
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« Na fachada de um manicómio de Saragoça há esta inscrição: «Não o somos completamente; nem cá estão todos.» Esta epígrafe foi ditada por um precursor de Pirandello. Nada, portanto, de novo.»
Pitigrilli. a decadência do paradoxo. Tradução Portuguesa de Dr. Souza-Soares. Editorial Minerva, Lisboa., p. 39
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« Da loucura, passou-se à psicose sexual,»
Pitigrilli. a decadência do paradoxo. Tradução Portuguesa de Dr. Souza-Soares. Editorial Minerva, Lisboa., p. 38
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Amor que retribuição exige sempre. (*)
(*) Versos da Divina Comédia de Dante.
(*) Versos da Divina Comédia de Dante.
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verso solto
«(...) e o arsénio, em doses medicamentosas, tem efeitos nutritivos.»
Pitigrilli. a decadência do paradoxo. Tradução Portuguesa de Dr. Souza-Soares. Editorial Minerva, Lisboa., p. 31
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«As mulheres levam 42 anos para chegar aos 30.»
Oscar Wilde
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«O comediógrafo húngaro Molnar começa assim uma novela: «Uma jovem senhora de 54 anos passeava com um velho senhor de 35.»
Pitigrilli. a decadência do paradoxo. Tradução Portuguesa de Dr. Souza-Soares. Editorial Minerva, Lisboa., p. 26
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velhice
«Numa comédia francesa, dois amantes, em Paris, cortam relações:
-Porque dizes que nunca mais nos encontraremos? O mundo é muito pequeno!
E o outro responde:
-Mas Paris é muito grande!»
Pitigrilli. a decadência do paradoxo. Tradução Portuguesa de Dr. Souza-Soares. Editorial Minerva, Lisboa., p. 25
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«Quando Talleyrand dizia que a palavra foi dada ao homem para esconder o seu pensamento, enunciava uma grande verdade (...)»
Pitigrilli. a decadência do paradoxo. Tradução Portuguesa de Dr. Souza-Soares. Editorial Minerva, Lisboa., p. 22/3
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«Os pequenos paradoxos representam-se por figuras geométricas: quando não se trata de definições incompletas, são silogismos erróneos, obtidos trocando a parte pelo todo; um facto contingente, por um facto essencial; o particular, pelo geral; as causas adjuvantes, pelas causas eficientes; dando como certo, o que é provável; por absoluto, o que é relativo; confundindo a excepção com a regra; um, com noventa e nove; falsificando as percentagens; explicando os factos psicológicos com critérios fisiológicos; os factos sentimentais com critérios veterinários.»
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o advogado «uma consciência alugada»
Pitigrilli. a decadência do paradoxo. Tradução Portuguesa de Dr. Souza-Soares. Editorial Minerva, Lisboa., p. 16
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o pranto, «uma solução de água e cloreto de sódio»
Pitigrilli. a decadência do paradoxo. Tradução Portuguesa de Dr. Souza-Soares. Editorial Minerva, Lisboa., p. 16
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a cólera, «uma descarga adrenalínica»
Pitigrilli. a decadência do paradoxo. Tradução Portuguesa de Dr. Souza-Soares. Editorial Minerva, Lisboa., p. 16
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sentimentos
«Só uma coisa é pior que os cheiros ordinários: os perfumes ordinários.»
Pitigrilli. a decadência do paradoxo. Tradução Portuguesa de Dr. Souza-Soares. Editorial Minerva, Lisboa., p. 15
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«na minha desordem é que está a ordem»
Pitigrilli. a decadência do paradoxo. Tradução Portuguesa de Dr. Souza-Soares. Editorial Minerva, Lisboa., p. 13
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« le mari de toutes les femmes et la femme de tous les maris.»
Pitigrilli. a decadência do paradoxo. Tradução Portuguesa de Dr. Souza-Soares. Editorial Minerva, Lisboa., p. 13
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«A única diferença que há entre o capricho e uma paixão eterna é que o capricho é mais duradoiro.»
Pitigrilli. a decadência do paradoxo. Tradução Portuguesa de Dr. Souza-Soares. Editorial Minerva, Lisboa., p. 12
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insulso
in.sul.so
ĩˈsuɫsu
adjetivo
1. | sem sal; insosso |
2. | figurado que não tem graça; desenxabido |
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''ligeiro traumatismo psíquico''
Pitigrilli. a decadência do paradoxo. Tradução Portuguesa de Dr. Souza-Soares. Editorial Minerva, Lisboa., p. 10
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«Um cavalheiro de 1700 tinha uma amante e tinha também a mulher. Todas as noites, sem perder uma, vinte anos seguidos, ia à casa da amante. Quando lhe morreu a mulher, alguém disse: «Agora podes casar com a tua amante...» «Não», respondeu ele, «porque já não tinha onde ir passar as noites...»
Pitigrilli. a decadência do paradoxo. Tradução Portuguesa de Dr. Souza-Soares. Editorial Minerva, Lisboa., p. 9
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''a cintilação do engenho''
Pitigrilli. a decadência do paradoxo. Tradução Portuguesa de Dr. Souza-Soares. Editorial Minerva, Lisboa., p. 8
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«Do paradoxo pode-se repetir o que um poeta respondeu a uma senhora que lhe perguntava se era muito difícil fazer bons versos.
«Minha senhora», disse-lhe ele, «ou é muito fácil, ou é impossível». Ou são bons, ou não prestam.»
Pitigrilli. a decadência do paradoxo. Tradução Portuguesa de Dr. Souza-Soares. Editorial Minerva, Lisboa., p. 8
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sobre a poesia
Mamíferos de Luxo (1920)
Cocaína (1921)
A Virgem de 18 Quilates (1924)
Os Vegetarianos do Amor (1931)
Loura Dolicocéfala (1936)
O Farmacêutico a Cavalo (1948)
O Deslize do Moralista (1948)
Cocaína (1921)
A Virgem de 18 Quilates (1924)
Os Vegetarianos do Amor (1931)
Loura Dolicocéfala (1936)
O Farmacêutico a Cavalo (1948)
O Deslize do Moralista (1948)
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títulos de livros
Pitigrilli
Afirmava que adoptou este pseudónimo porque gostava de "colocar os pingos nos ii".
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pseudónimos
«O paradoxo é uma elegante gravata que faz nó cego, quando se puxa demasiadamente por ela.»
Pitigrilli. a decadência do paradoxo. Tradução Portuguesa de Dr. Souza-Soares. Editorial Minerva, Lisboa., p. 7
Pitigrilli. a decadência do paradoxo. Tradução Portuguesa de Dr. Souza-Soares. Editorial Minerva, Lisboa., p. 7
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sexta-feira, 5 de maio de 2017
«Para ti e tudo o que em ti vive,
eu estou a escrever.»
Antologia de Vicente Aleixandre. Selecção, tradução e prólogo de José Bento. Editorial Inova/Porto., p. 139
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«Escrevo porventura para os que não me lêem.»
Antologia de Vicente Aleixandre. Selecção, tradução e prólogo de José Bento. Editorial Inova/Porto., p. 137
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«(...) E nada lhe dói,
mas dói-lhe tudo.»
Antologia de Vicente Aleixandre. Selecção, tradução e prólogo de José Bento. Editorial Inova/Porto., p. 133
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«A solidão em que abrimos os olhos.
A solidão em que uma manhã despertámos, caídos,
derrubados de qualquer parte, quase não podendo
[reconhecer-nos.»
Antologia de Vicente Aleixandre. Selecção, tradução e prólogo de José Bento. Editorial Inova/Porto., p. 133
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quinta-feira, 4 de maio de 2017
(...)
« Mas isto é uma grande tarde que durasse toda a vida.
[Como deitados,
existimos, meu amor, e a tua alma,
passada à dimensão da vida, é como um grande corpo
que numa tarde infinita eu fosse reconhecendo.
Durante a tarde inteira do viver eu amei-te.
E agora o que ali cai não é o poente, é só
a vida toda que ali cai; e o ocaso
não é: é o próprio viver o que termina,
e eu quero-te. Quero-te e esta tarde acaba,
tarde doce, existida, em que nos temos querido.
Vida que toda inteira durou como uma tarde.
Anos como uma hora em que percorri a tua alma,
descobrindo-a devagar, como minuto a minuto.
Porque o que ali está a acabar, talvez, sim, seja a vida.
Mas agora aqui o estampido que começou completa-se
e na culminação, nos brilhos, toda estás descoberta,
e foi uma tarde, uma irupção, e o zenite e as luzes
abrem-se no alto por completo, e estás aqui:
[possuímo-nos
Antologia de Vicente Aleixandre. Selecção, tradução e prólogo de José Bento. Editorial Inova/Porto., p. 130
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«Eu sei que tudo isto tem um nome: existir.»
Antologia de Vicente Aleixandre. Selecção, tradução e prólogo de José Bento. Editorial Inova/Porto., p. 129
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''Amor nos dedos''
Antologia de Vicente Aleixandre. Selecção, tradução e prólogo de José Bento. Editorial Inova/Porto., p. 127
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vicente Aleixandre
(...)
«Abdica da tua própria dor. Distende o teu próprio
[coração contraído.
Um só coração te percorre, uma única pulsação
[sobe os teus olhos,
poderosamente invade o teu corpo, levanta o teu
[peito, faz-te agitar as mãos quando avanças agora.»
Antologia de Vicente Aleixandre. Selecção, tradução e prólogo de José Bento. Editorial Inova/Porto., p. 125
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«A solidão não mente ao que há em mim.»
Antologia de Vicente Aleixandre. Selecção, tradução e prólogo de José Bento. Editorial Inova/Porto., p. 121
«Aqui cega paixão desfez-se fria,»
Antologia de Vicente Aleixandre. Selecção, tradução e prólogo de José Bento. Editorial Inova/Porto., p. 121
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vicente Aleixandre
quarta-feira, 3 de maio de 2017
''nuvem prenhe''
Antologia de Vicente Aleixandre. Selecção, tradução e prólogo de José Bento. Editorial Inova/Porto., p. 106
''só em ti me destruo''
Antologia de Vicente Aleixandre. Selecção, tradução e prólogo de José Bento. Editorial Inova/Porto., p. 105
terça-feira, 2 de maio de 2017
inópia
i.nó.pi.a
iˈnɔpjɐ
nome feminino
1. | falta de riqueza; penúria |
2. | deficiência, defeito |
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