terça-feira, 7 de julho de 2015
«(...)
Debalde aguças o dente;
Cá não apanhas fatia.
Aqui não tens aliados
Como os de certa nação,
Que te engordou com presentes
E agora deve-te o pão!
Bem sabes de quem eu falo...
É dum país sem miolo,
Que dá tudo aos estrangeiros
Para que lhe chamem tolo!
Qualquer charlatão o embaça
Com dois ou três palavrões!
É Por...mas não; chamo-lhe antes
Terra de parlapatões.»
Francisco Gomes de Amorim. Fígados de Tigre. Prefácio de Luiz Francisco Rebello. Biblioteca de Autores Portugueses, 1984 p. 117
Debalde aguças o dente;
Cá não apanhas fatia.
Aqui não tens aliados
Como os de certa nação,
Que te engordou com presentes
E agora deve-te o pão!
Bem sabes de quem eu falo...
É dum país sem miolo,
Que dá tudo aos estrangeiros
Para que lhe chamem tolo!
Qualquer charlatão o embaça
Com dois ou três palavrões!
É Por...mas não; chamo-lhe antes
Terra de parlapatões.»
Francisco Gomes de Amorim. Fígados de Tigre. Prefácio de Luiz Francisco Rebello. Biblioteca de Autores Portugueses, 1984 p. 117
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«PEDRO
(à Imperatriz) Já recebeu notícias do inferno?
IMPERATRIZ
Não; meu marido não tem escrito.»
Francisco Gomes de Amorim. Fígados de Tigre. Prefácio de Luiz Francisco Rebello. Biblioteca de Autores Portugueses, 1984 p. 101
(à Imperatriz) Já recebeu notícias do inferno?
IMPERATRIZ
Não; meu marido não tem escrito.»
Francisco Gomes de Amorim. Fígados de Tigre. Prefácio de Luiz Francisco Rebello. Biblioteca de Autores Portugueses, 1984 p. 101
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« PEDRO
Coitada! Vi-a no outro dia com o começo dos seus achaques, e fez-me dó!»
Francisco Gomes de Amorim. Fígados de Tigre. Prefácio de Luiz Francisco Rebello. Biblioteca de Autores Portugueses, 1984 p. 98
Coitada! Vi-a no outro dia com o começo dos seus achaques, e fez-me dó!»
Francisco Gomes de Amorim. Fígados de Tigre. Prefácio de Luiz Francisco Rebello. Biblioteca de Autores Portugueses, 1984 p. 98
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«(Cantando e chorando)
Mas quem te há-de acender lume
Para frigir o teu peixe?!»
Francisco Gomes de Amorim. Fígados de Tigre. Prefácio de Luiz Francisco Rebello. Biblioteca de Autores Portugueses, 1984 p. 97
Mas quem te há-de acender lume
Para frigir o teu peixe?!»
Francisco Gomes de Amorim. Fígados de Tigre. Prefácio de Luiz Francisco Rebello. Biblioteca de Autores Portugueses, 1984 p. 97
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Jurei-o !
«Jurei-o! Prometi não cortar mais as barbas desta cara e os cabelos desta cabeça; não comer, não beber, não descalçar as botas, nem dormir em povoado, enquanto não encontrar o meu rival, o roubador cobarde da minha Elisa...ou Tomásia...que ela chama-se Tomásia, mas eu embirrei em chamar-lhe Elisa, que é mais poético. Por onde andarão eles? Eu aqui estou, fechado com este pobre esqueleto, para ver se os encontro por acaso. Meti-me neste lúgubre subterrâneo, para preparar a minha vingança com sossego; isto aqui é mais seguro; eu não quero que o patife do Luís Gregório me assassine, antes de eu o matar a ele. (Olhando para o esqueleto acorrentado) Este infeliz talvez amasse também como eu?...Hei-de pôr o Luís Gregório no lugar dele? Oh lá se hei-de!»
Francisco Gomes de Amorim. Fígados de Tigre. Prefácio de Luiz Francisco Rebello. Biblioteca de Autores Portugueses, 1984 p. 95
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obscuridade alemã
«Que serias tu sem este sabor de obscuridade alemã, que faz com que sejas amada e cultivada, até pelos que menos te compreendem?!»
Francisco Gomes de Amorim. Fígados de Tigre. Prefácio de Luiz Francisco Rebello. Biblioteca de Autores Portugueses, 1984 p. 95
Francisco Gomes de Amorim. Fígados de Tigre. Prefácio de Luiz Francisco Rebello. Biblioteca de Autores Portugueses, 1984 p. 95
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«Alguns, comidos de desejo ardente,
Pretendiam roer os cotovelos;
Outros, cravavam o aguçado dente
Na taça impura dos danados zelos!»
Francisco Gomes de Amorim. Fígados de Tigre. Prefácio de Luiz Francisco Rebello. Biblioteca de Autores Portugueses, 1984 p. 94
Pretendiam roer os cotovelos;
Outros, cravavam o aguçado dente
Na taça impura dos danados zelos!»
Francisco Gomes de Amorim. Fígados de Tigre. Prefácio de Luiz Francisco Rebello. Biblioteca de Autores Portugueses, 1984 p. 94
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Quarto Quadro
Subterrâneo húmido e sombrio; paredes caídas a um lado, o tecto rachado e ameaçando ruína. Armas pendentes da parede. Um armário pintado de preto. Um esqueleto, de pé, com uma grande espada na mão, em posição de quem se defende de uma estocada e acorrentado à parede com grossas cadeias de ferro.
Francisco Gomes de Amorim. Fígados de Tigre. Prefácio de Luiz Francisco Rebello. Biblioteca de Autores Portugueses, 1984 p. 93
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«Adeus! choremos todos,
Que o pranto é de rigor...
Depois, console o fado
A nossa triste dor.»
Francisco Gomes de Amorim. Fígados de Tigre. Prefácio de Luiz Francisco Rebello. Biblioteca de Autores Portugueses, 1984 p. 90
Que o pranto é de rigor...
Depois, console o fado
A nossa triste dor.»
Francisco Gomes de Amorim. Fígados de Tigre. Prefácio de Luiz Francisco Rebello. Biblioteca de Autores Portugueses, 1984 p. 90
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CENA IV
FÍGADOS DE TIGRE
(só, cabisbaixo e andando com passo lento) Dizia minha avó que as águas do Letes apagam a memória; e a minha avó era mulher que sabia perfeitamente onde tinha o nariz. O Letes é o rio do esquecimento.»
Francisco Gomes de Amorim. Fígados de Tigre. Prefácio de Luiz Francisco Rebello. Biblioteca de Autores Portugueses, 1984 p. 67/8
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«Chorei a minha alma aos pedaços;»
Francisco Gomes de Amorim. Fígados de Tigre. Prefácio de Luiz Francisco Rebello. Biblioteca de Autores Portugueses, 1984 p. 62
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CENA I
JOANA
(oculta na floresta: grandes aves negras, de espécies desconhecidas, andam esvoaçando por toda a cena, entram no poço e tornam a sair, dando pios longos e sinistros. A orquestra toca uma peça estridente, sacudida, e que se interrompe a espaços. Cada vez que soam as notas mais agudas da música, ouvem-se gemidos dolorosos e saem do poço grandes labaredas. Pouco a pouco vão desaparecendo as aves, a música esmorece e Joana canta com voz plangente; música da ópera Safo no rondó final)
Francisco Gomes de Amorim. Fígados de Tigre. Prefácio de Luiz Francisco Rebello. Biblioteca de Autores Portugueses, 1984 p. 62
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FÍGADOS DE TIGRE
Matem-me já por favor, que vou estando muito aborrecido com tudo isto.
Francisco Gomes de Amorim. Fígados de Tigre. Prefácio de Luiz Francisco Rebello. Biblioteca de Autores Portugueses, 1984 p. 61
Matem-me já por favor, que vou estando muito aborrecido com tudo isto.
Francisco Gomes de Amorim. Fígados de Tigre. Prefácio de Luiz Francisco Rebello. Biblioteca de Autores Portugueses, 1984 p. 61
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segunda-feira, 6 de julho de 2015
bacamarte
nome masculino
1. antiga arma de fogo individual de cano curto e calibre grosso, de escorva inflamada por pederneira e de carregar pela boca, sendo esta geralmente em forma de sino
2. figurado livro velho, volumoso e inútil
3. Brasil indivíduo corpulento e boçal
4. ICTIOLOGIA peixe teleósteo, da família dos Triglídeos, também conhecido por cabra-moura, ruivo, santo-antónio, etc.
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fressura
nome feminino
conjunto das vísceras dos animais que se aproveitam na alimentação
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«Que a Grécia anda aos ziguezagues e não tem estratégia. Pois, que a Grécia não tenha estratégia não me admira e até concedo. Já a Europa tem uma estratégia do caraças. Servir de capacho aos Estados Unidos é uma grande e brilhante estratégia. Semear o caos à sua volta, da Ucrânia a Marrocos é sublime e augura o melhor dos mundos. Destruir o consumo para acudir ao casino da Banca também é brilhante. Até para a própria Alemanha, que é o maior produtor/exportador do capitalismo europeu. Ter deslocalizado a produção para a China também foi extraordinário de inteligência estratégica e amor benemérito aos povos europeus.. A China, recordo, que não é nada comunista nem nunca foi maoista, graças a Deus.
«Recordando o Shelltox Concise do Dragão...
Em contrapartida, Portugal, em matéria de estratégia, dispensa comentários. Mais que esquizofrenia (oscilações de sabujice rastejante entre a Alemanha e os Estados Unidos, dependendo de que lado sopra a brisa), é já a polifrenia: entre Angola, a China, a Alemanha, os Estados Unidos e o Brasil, a nossa estratégia balança.»
«Recordando o Shelltox Concise do Dragão...
Democracia s.f., tirania da multidão, ou oclocracia; regime onde o absurdo impera, já que o putativo soberano delega os plenos poderes em terceiros que sobre ele exercem todas as arbitrariedades, traições, fraudes e saques possíveis e imaginários; estado geral de fermentação e efervescência duma muliplicidade de egos até à eclosão dum único ego predominante e incontestado; género teatral.
Podemos assim actualizar com novo requinte semântico:
- O Governo de anónimos por desconhecidos.»
Ver aqui Blogue DRAGOSCÓPIO
«Não brinquemos. O coração humano tem dois grandes machados: um é capaz de desbastar a ignorância e os equívocos do ódio; o outro é capaz de mutilar e aniquilar os seus semelhantes por um altar de si mesmo. Cabe às comunidades elegerem os seus símbolos, a sua ética. Que machado empunhar?»
Vasco Gato
quinta-feira, 2 de julho de 2015
As paixões diminuem com a idade.
«As paixões diminuem com a idade. O amor, que não deve ser classificado entre as paixões, diminui da mesma maneira.»
Conde de Lautréamont. Cantos de Maldoror. Trad. Pedro Tamem. Prefácio Jorge de Sena, 2ª edição, Moraes Editores,Lisboa, 1979, p. 288
Conde de Lautréamont. Cantos de Maldoror. Trad. Pedro Tamem. Prefácio Jorge de Sena, 2ª edição, Moraes Editores,Lisboa, 1979, p. 288
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« A razão e o sentimento aconselham-se, completam-se. Quem conhecer apenas uma das duas coisas, renunciando à outra, priva-se da totalidade dos auxílios que nos foram concedidos para nos conduzirmos.»
Conde de Lautréamont. Cantos de Maldoror. Trad. Pedro Tamem. Prefácio Jorge de Sena, 2ª edição, Moraes Editores,Lisboa, 1979, p. 287
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«Vi os homens cansarem os moralistas para lhes descobrirem o coração, fazerem derramar sobre eles a bênção do alto.»
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«O amor não é a felicidade.
Se não tivéssemos defeitos, não teríamos tanto prazer em corrigir-nos, em louvar nos outros o que nos falta a nós.»
Conde de Lautréamont. Cantos de Maldoror. Trad. Pedro Tamem. Prefácio Jorge de Sena, 2ª edição, Moraes Editores,Lisboa, 1979, p. 286
Se não tivéssemos defeitos, não teríamos tanto prazer em corrigir-nos, em louvar nos outros o que nos falta a nós.»
Conde de Lautréamont. Cantos de Maldoror. Trad. Pedro Tamem. Prefácio Jorge de Sena, 2ª edição, Moraes Editores,Lisboa, 1979, p. 286
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Alfred de Musset
Diz-se que ele foi "o mais clássico dos românticos e o mais romântico dos clássicos".
«Voltemos a Confúcio, a Sócrates, a Jesus Cristo, moralistas que corriam as aldeias sofrendo de fome!»
Conde de Lautréamont. Cantos de Maldoror. Trad. Pedro Tamem. Prefácio Jorge de Sena, 2ª edição, Moraes Editores,Lisboa, 1979, p. 283
Conde de Lautréamont. Cantos de Maldoror. Trad. Pedro Tamem. Prefácio Jorge de Sena, 2ª edição, Moraes Editores,Lisboa, 1979, p. 283
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«O coração do homem é um livro que aprendi a estimar.»
Conde de Lautréamont. Cantos de Maldoror. Trad. Pedro Tamem. Prefácio Jorge de Sena, 2ª edição, Moraes Editores,Lisboa, 1979, p. 282
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«O homem é tão grande, que a sua grandeza surge sobretudo por se não querer reconhecer miserável. Uma árvore não sabe que é grande. Ser grande é saber-se grande. É ser grande não querer reconhecer-se miserável. A sua grandeza refuta as suas misérias. Grandeza de rei.»
Conde de Lautréamont. Cantos de Maldoror. Trad. Pedro Tamem. Prefácio Jorge de Sena, 2ª edição, Moraes Editores,Lisboa, 1979, p. 281
Conde de Lautréamont. Cantos de Maldoror. Trad. Pedro Tamem. Prefácio Jorge de Sena, 2ª edição, Moraes Editores,Lisboa, 1979, p. 281
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« O encanto da morte só existe para os corajosos.»
Conde de Lautréamont. Cantos de Maldoror. Trad. Pedro Tamem. Prefácio Jorge de Sena, 2ª edição, Moraes Editores,Lisboa, 1979, p. 281
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« O homem é um carvalho. A natureza não tem outro mais robusto.»
Conde de Lautréamont. Cantos de Maldoror. Trad. Pedro Tamem. Prefácio Jorge de Sena, 2ª edição, Moraes Editores,Lisboa, 1979, p. 280
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«O génio garante as faculdades do coração.»
Conde de Lautréamont. Cantos de Maldoror. Trad. Pedro Tamem. Prefácio Jorge de Sena, 2ª edição, Moraes Editores,Lisboa, 1979, p. 279
Conde de Lautréamont. Cantos de Maldoror. Trad. Pedro Tamem. Prefácio Jorge de Sena, 2ª edição, Moraes Editores,Lisboa, 1979, p. 279
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«Os sentimentos são a forma de raciocínio mais incompleta que se pode imaginar.»
Conde de Lautréamont. Cantos de Maldoror. Trad. Pedro Tamem. Prefácio Jorge de Sena, 2ª edição, Moraes Editores,Lisboa, 1979, p. 279
Conde de Lautréamont. Cantos de Maldoror. Trad. Pedro Tamem. Prefácio Jorge de Sena, 2ª edição, Moraes Editores,Lisboa, 1979, p. 279
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'' jovens poetas de lábios húmidos do leite materno''
Conde de Lautréamont. Cantos de Maldoror. Trad. Pedro Tamem. Prefácio Jorge de Sena, 2ª edição, Moraes Editores,Lisboa, 1979, p. 278
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«Há que saber arrancar belezas literárias até ao seio da morte; mas essas belezas não pertencerão à morte. A morte aqui é só causa ocasional. Não é o meio, é o fim, que não é ela.
As verdades imutáveis e necessárias que fazem a glória das nações, e que em vão a dúvida tenta abalar, começaram com os tempos. São coisas em que não se devia tocar. Os que querem fazer anarquia em literatura, a pretexto de novidade, caem no contra-senso. Não ousam atacar Deus; atacam a imortalidade da alma. Mas também a imortalidade da alma é velha como os fundamentos do mundo.»
Conde de Lautréamont. Cantos de Maldoror. Trad. Pedro Tamem. Prefácio Jorge de Sena, 2ª edição, Moraes Editores,Lisboa, 1979, p. 276
As verdades imutáveis e necessárias que fazem a glória das nações, e que em vão a dúvida tenta abalar, começaram com os tempos. São coisas em que não se devia tocar. Os que querem fazer anarquia em literatura, a pretexto de novidade, caem no contra-senso. Não ousam atacar Deus; atacam a imortalidade da alma. Mas também a imortalidade da alma é velha como os fundamentos do mundo.»
Conde de Lautréamont. Cantos de Maldoror. Trad. Pedro Tamem. Prefácio Jorge de Sena, 2ª edição, Moraes Editores,Lisboa, 1979, p. 276
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«Transmiti aos que vos lêem apenas a experiência que se retira da dor, e que já não é a própria dor.»
Conde de Lautréamont. Cantos de Maldoror. Trad. Pedro Tamem. Prefácio Jorge de Sena, 2ª edição, Moraes Editores,Lisboa, 1979, p. 276
Conde de Lautréamont. Cantos de Maldoror. Trad. Pedro Tamem. Prefácio Jorge de Sena, 2ª edição, Moraes Editores,Lisboa, 1979, p. 276
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«A poesia que discute as verdades necessárias é menos bela do que a que não as discute. »
Conde de Lautréamont. Cantos de Maldoror. Trad. Pedro Tamem. Prefácio Jorge de Sena, 2ª edição, Moraes Editores,Lisboa, 1979, p. 274
Conde de Lautréamont. Cantos de Maldoror. Trad. Pedro Tamem. Prefácio Jorge de Sena, 2ª edição, Moraes Editores,Lisboa, 1979, p. 274
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''cadelas ridículas''
Conde de Lautréamont. Cantos de Maldoror. Trad. Pedro Tamem. Prefácio Jorge de Sena, 2ª edição, Moraes Editores,Lisboa, 1979, p. 274
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«A verdadeira dor é incompatível com a esperança.»
Conde de Lautréamont. Cantos de Maldoror. Trad. Pedro Tamem. Prefácio Jorge de Sena, 2ª edição, Moraes Editores,Lisboa, 1979, p. 273
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«, e ao imortal cancro, um cadáver, que outrora pintou com amor o amante mórbido da Vénus Hotentote, as dores inverosímeis que este século para si criou, na sua propositada monotonia e repugnância, tornaram-no tísico. Larvas absorventes nos seus torpores insuportáveis!»
Conde de Lautréamont. Cantos de Maldoror. Trad. Pedro Tamem. Prefácio Jorge de Sena, 2ª edição, Moraes Editores,Lisboa, 1979, p. 273
Conde de Lautréamont. Cantos de Maldoror. Trad. Pedro Tamem. Prefácio Jorge de Sena, 2ª edição, Moraes Editores,Lisboa, 1979, p. 273
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Vênus Hotentote
''uivos de um orgulho que não se deixa ler''
Conde de Lautréamont. Cantos de Maldoror. Trad. Pedro Tamem. Prefácio Jorge de Sena, 2ª edição, Moraes Editores,Lisboa, 1979, p. 272
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Casos patológicos de um egoísmo formidável.
«Há escritores aviltados, perigosos bobos, intrujões às dúzias, sombrios mistificadores, verdadeiros alienados, que mereciam ir para Rilhafoles. As suas cabeças cretinizantes, onde já falta um parafuso, criam fantasmas gigantescos, que descem em vez de subir. Exercício escabroso; ginástica especiosa. Passem, grotescos aldrabões. Façam favor de se retirarem da minha presença, fabricantes à dúzia de enigmas proibidos, onde eu dantes não percebia, como percebo hoje à primeira, a charneira da solução frívola. Casos patológicos de um egoísmo formidável. Autómatos fantásticos: apontai a dedo um ou outro, meus filhos, o epíteto que os põe no seu lugar.»
Conde de Lautréamont. Cantos de Maldoror. Trad. Pedro Tamem. Prefácio Jorge de Sena, 2ª edição, Moraes Editores,Lisboa, 1979, p. 271
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Palinódia
nome feminino
1. poema em que o autor retira o que dissera num poema anterior
2. figurado acto ou efeito de desdizer ou desfazer o que se disse ou fez anteriormente
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«O gosto é a qualidade fundamental que resume todas as outras qualidades.»
Conde de Lautréamont. Cantos de Maldoror. Trad. Pedro Tamem. Prefácio Jorge de Sena, 2ª edição, Moraes Editores,Lisboa, 1979, p. 267
Conde de Lautréamont. Cantos de Maldoror. Trad. Pedro Tamem. Prefácio Jorge de Sena, 2ª edição, Moraes Editores,Lisboa, 1979, p. 267
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''fenómeno de aquário e mulher de barbas''
Conde de Lautréamont. Cantos de Maldoror. Trad. Pedro Tamem. Prefácio Jorge de Sena, 2ª edição, Moraes Editores,Lisboa, 1979, p. 267
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"Não foi por acaso que o meu sangue que veio do sul
se cruzou com o meu sangue que veio do norte
não foi por acaso que o meu sangue que veio do oriente
encontrou o meu sangue que estava no ocidente
não foi por acaso nada do que hoje sou
desde há muitos séculos se sabia
que eu havia de ser aquele onde se juntariam todos os
[ sangues da terra
e por isso me estimaram através da História
ansiosos por este meu resultado que até hoje foi sempre
[ futuro.
se cruzou com o meu sangue que veio do norte
não foi por acaso que o meu sangue que veio do oriente
encontrou o meu sangue que estava no ocidente
não foi por acaso nada do que hoje sou
desde há muitos séculos se sabia
que eu havia de ser aquele onde se juntariam todos os
[ sangues da terra
e por isso me estimaram através da História
ansiosos por este meu resultado que até hoje foi sempre
[ futuro.
E aqui me tendes hoje
incapaz de não amar a todos
um por um
que todos são meus e me pertencem
e por isso mesmo não lhes perdoo faltas de amor!
Mas porque maldição me não entendem
se eu os entendo a todos?
Eu sei, eu sei porquê:
Falta-lhes a eles terem, como eu, a correr-lhes pelas veias
[todos os sangues da terra.
mas, ó maldição que pesa sobre mim,
cada um dos sangues da terra não me inclui entre os seus!
Não pertenço a nenhum sangue de raça
sou da raça de todos os sangues,
o meu amor não tem condições que excluam criaturas
não é amor natural
é amor buscado por boas mãos
desde o primeiro dia das boas mãos
através de tempos desiguais e de estilos que se contradizem
com os olhos no futuro melhor
e a esperança convicta de que se ainda hoje não são todos
[como eu
é questão apenas de a humanidade viver outra vez
tanto como viveu até hoje
ou de mais ainda,
é questão de mais tempo,
ainda mais tempo,
é o tempo que há-de fazer
o que apenas se pode atrasar.
incapaz de não amar a todos
um por um
que todos são meus e me pertencem
e por isso mesmo não lhes perdoo faltas de amor!
Mas porque maldição me não entendem
se eu os entendo a todos?
Eu sei, eu sei porquê:
Falta-lhes a eles terem, como eu, a correr-lhes pelas veias
[todos os sangues da terra.
mas, ó maldição que pesa sobre mim,
cada um dos sangues da terra não me inclui entre os seus!
Não pertenço a nenhum sangue de raça
sou da raça de todos os sangues,
o meu amor não tem condições que excluam criaturas
não é amor natural
é amor buscado por boas mãos
desde o primeiro dia das boas mãos
através de tempos desiguais e de estilos que se contradizem
com os olhos no futuro melhor
e a esperança convicta de que se ainda hoje não são todos
[como eu
é questão apenas de a humanidade viver outra vez
tanto como viveu até hoje
ou de mais ainda,
é questão de mais tempo,
ainda mais tempo,
é o tempo que há-de fazer
o que apenas se pode atrasar.
Entretanto deixai que se convençam
aquelas experiências que ainda não se tinham feito
e ainda tão longe do realismo da redondeza da terra!
Entretanto deixai que os números se espantem
de que a totalidade seja sempre ainda mais pr'além!
Deixai os números instruir-se da verdadeira capacidade
[do infinito
deixai que a ciência prossiga em sua loucura galopante
explicando todas as suas falhas com desculpas geniais
enquanto não esgota a sua especialidade,
a especialidade de nos meter a todos nela,
o que é um estilo
um estilo mais
e não o último
porque nenhum estilo é o último senão a liberdade!
aquelas experiências que ainda não se tinham feito
e ainda tão longe do realismo da redondeza da terra!
Entretanto deixai que os números se espantem
de que a totalidade seja sempre ainda mais pr'além!
Deixai os números instruir-se da verdadeira capacidade
[do infinito
deixai que a ciência prossiga em sua loucura galopante
explicando todas as suas falhas com desculpas geniais
enquanto não esgota a sua especialidade,
a especialidade de nos meter a todos nela,
o que é um estilo
um estilo mais
e não o último
porque nenhum estilo é o último senão a liberdade!
Deixai que milhões se juntem para formar uma força
enquanto outros isolados se reconheçam o bastante para
[ ter a liberdade,
deixai-os a ambos que nada os deterá,
eles são duas metamorfoses minhas
das quais ainda conservo uma vaga memória.
enquanto outros isolados se reconheçam o bastante para
[ ter a liberdade,
deixai-os a ambos que nada os deterá,
eles são duas metamorfoses minhas
das quais ainda conservo uma vaga memória.
Tal qual eles agora, eu já estive num e noutros antigamente,
quando na História
nos altos e baixos da minha ascendência
tomei também cada metamorfose minha
por minha definitiva realidade.
Deixai primeiro que o sangue deles
leve tanto tempo a dar a volta ao mundo
como o que levou o meu sangue
ou a História do Homem.
quando na História
nos altos e baixos da minha ascendência
tomei também cada metamorfose minha
por minha definitiva realidade.
Deixai primeiro que o sangue deles
leve tanto tempo a dar a volta ao mundo
como o que levou o meu sangue
ou a História do Homem.
Deixai que a natureza consinta ainda em parcialidades
que o tempo consente temporariamente.
Deixai que o ardente desejo de totalidade, não possa ainda
[funcionar senão pelo meio ou pelas pontas.
Deixai que cada especialidade acabe de vez com a sua
[impertinência
Deixai que os sangues mais intactos morram por isolamento
ou espalhem morte e terror com o verdadeiro medo,
[a certeza de acabar.
Deixai que a Democracia e a Aristocracia
se cansem de não caber isoladas em parte nenhuma
já que não cabem juntas no nosso entendimento.
Deixai que Uma e Outra esgotem todos os quadriláteros
onde a Democracia não cabe
e, por conseguinte, a Aristocracia não sai.
que o tempo consente temporariamente.
Deixai que o ardente desejo de totalidade, não possa ainda
[funcionar senão pelo meio ou pelas pontas.
Deixai que cada especialidade acabe de vez com a sua
[impertinência
Deixai que os sangues mais intactos morram por isolamento
ou espalhem morte e terror com o verdadeiro medo,
[a certeza de acabar.
Deixai que a Democracia e a Aristocracia
se cansem de não caber isoladas em parte nenhuma
já que não cabem juntas no nosso entendimento.
Deixai que Uma e Outra esgotem todos os quadriláteros
onde a Democracia não cabe
e, por conseguinte, a Aristocracia não sai.
Deixai sumir-se até ao fim a confusão de Nobreza e
[Fidalguia com Aristocracia.
Deixai que a Democracia repare que é um corpo sem
[ cabeça
e que a Aristocracia uma cabeça sem corpo.
E é o corpo que há-de buscar a cabeça
ou a cabeça que há-de buscar o corpo?
Esperai que venha esta resposta.
[Fidalguia com Aristocracia.
Deixai que a Democracia repare que é um corpo sem
[ cabeça
e que a Aristocracia uma cabeça sem corpo.
E é o corpo que há-de buscar a cabeça
ou a cabeça que há-de buscar o corpo?
Esperai que venha esta resposta.
Entretanto deixai que a liberdade também esteja à espera
[desta resposta.
Deixai que se expliquem por si coisas terrenas que nada
[mais ultrapassem do que o nosso entendimento
condenado a acreditar nos sentidos
mais do que em todo o trajecto desde o princípio do
[mundo até hoje"
[desta resposta.
Deixai que se expliquem por si coisas terrenas que nada
[mais ultrapassem do que o nosso entendimento
condenado a acreditar nos sentidos
mais do que em todo o trajecto desde o princípio do
[mundo até hoje"
quarta-feira, 1 de julho de 2015
monomania
nome feminino
1. (psiquiatria) delírio parcial caracterizado por uma preocupação obsessiva
2. ideia fixa
1. (psiquiatria) delírio parcial caracterizado por uma preocupação obsessiva
2. ideia fixa
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«Os gemidos poéticos deste século não passam de sofismas.»
Conde de Lautréamont. Cantos de Maldoror. Trad. Pedro Tamem. Prefácio Jorge de Sena, 2ª edição, Moraes Editores,Lisboa, 1979, p. 265
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«O homem de lábios de enxofre soube da fraqueza do seu aliado;»
Conde de Lautréamont. Cantos de Maldoror. Trad. Pedro Tamem. Prefácio Jorge de Sena, 2ª edição, Moraes Editores,Lisboa, 1979, p. 257
Conde de Lautréamont. Cantos de Maldoror. Trad. Pedro Tamem. Prefácio Jorge de Sena, 2ª edição, Moraes Editores,Lisboa, 1979, p. 257
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«Paixões além da campa, sinto que sois tristes como a morte!»
Francisco Gomes de Amorim. Fígados de Tigre. Prefácio de Luiz Francisco Rebello. Biblioteca de Autores Portugueses, 1984 p. 45
Francisco Gomes de Amorim. Fígados de Tigre. Prefácio de Luiz Francisco Rebello. Biblioteca de Autores Portugueses, 1984 p. 45
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«A abstinência é uma qualidade das almas superiores.»
Francisco Gomes de Amorim. Fígados de Tigre. Prefácio de Luiz Francisco Rebello. Biblioteca de Autores Portugueses, 1984 p. 39
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O Gato e a Lua - W. B. Yeats (1865-1939)
O gato passeava aqui, ali
E a lua girava como um pião,
E, parente próximo da lua,
O furtivo gato, contemplava o céu.
O negro Minnaloushe admirava fixamente a lua,
Pois, embora miasse, vagueando,
A pura e fria luz no céu
Conturbava o seu sangue animal.
Minnaloushe corre pela erva
Erguendo as delicadas patas.
Danças, Minnaloushe, danças?
Quando dois parentes se encontram
Haverá coisa melhor do que dançar?
Talvez a lua possa aprender,
Cansada dessa moda cortesã,
Um novo passo de dança.
Minnaloushe desliza pela erva
De um lugar enluarado a outro,
E a sagrada lua nas alturas
Entrou agora numa nova fase.
Saberá Minnaloushe que as suas pupilas
Passarão de mudança em mudança,
E que da lua cheia à minguante,
Da minguante à cheia elas irão mudar?
Minnaloushe desliza pela erva
Sozinho, importante e sábio,
E ergue até a lua em transição
Os olhos em mudança.
SEIS EMBUÇADOS ANÓNIMOS
Francisco Gomes de Amorim. Fígados de Tigre. Prefácio de Luiz Francisco Rebello. Biblioteca de Autores Portugueses, 1984 p. 36
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«as reminiscências lacrimárias das antigas tragédias, não estavam ainda de todo apagadas então, e as mães de família não iam para o teatro sem provisão de lenços, para enxugar os olhos durante os esfaqueamentos dos galãs, (...)
In Prólogo
Francisco Gomes de Amorim. Fígados de Tigre. Prefácio de Luiz Francisco Rebello. Biblioteca de Autores Portugueses, 1984 p. 27
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terça-feira, 30 de junho de 2015
Fígados de Tigre
«a planta excepcional que imprevisivelmente floresceu no jardim do nosso teatro romântico.»
In Prefácio
Francisco Gomes de Amorim. Fígados de Tigre. Prefácio de Luiz Francisco Rebello. Biblioteca de Autores Portugueses, 1984 p. 17
In Prefácio
Francisco Gomes de Amorim. Fígados de Tigre. Prefácio de Luiz Francisco Rebello. Biblioteca de Autores Portugueses, 1984 p. 17
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segunda-feira, 29 de junho de 2015
«Salgueiros do Salgueiral
Com um sol tão doentio,»
Poesias de Afonso Duarte. Textos Literários. Apresentação crítica, selecção e sugestões para análise literária de Maria Madalena Gonçalves. Editorial Comunicação, Lisboa, 1984., p. 121
Com um sol tão doentio,»
Poesias de Afonso Duarte. Textos Literários. Apresentação crítica, selecção e sugestões para análise literária de Maria Madalena Gonçalves. Editorial Comunicação, Lisboa, 1984., p. 121
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''Tu tens um coração peninsular''
Poesias de Afonso Duarte. Textos Literários. Apresentação crítica, selecção e sugestões para análise literária de Maria Madalena Gonçalves. Editorial Comunicação, Lisboa, 1984.
''O nada que há em tudo.''
Fiama Hasse Pais Brandão
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domingo, 28 de junho de 2015
«O teu nome voava de boca em boca; actualmente és o assunto das nossas conversas solitárias.»
Conde de Lautréamont. Cantos de Maldoror. Trad. Pedro Tamem. Prefácio Jorge de Sena, 2ª edição, Moraes Editores,Lisboa, 1979, p. 251
Conde de Lautréamont. Cantos de Maldoror. Trad. Pedro Tamem. Prefácio Jorge de Sena, 2ª edição, Moraes Editores,Lisboa, 1979, p. 251
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«Mas o doente só se tornou doente para seu próprio prazer;»
Conde de Lautréamont. Cantos de Maldoror. Trad. Pedro Tamem. Prefácio Jorge de Sena, 2ª edição, Moraes Editores,Lisboa, 1979, p. 244
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''carúncula carnosa''
Conde de Lautréamont. Cantos de Maldoror. Trad. Pedro Tamem. Prefácio Jorge de Sena, 2ª edição, Moraes Editores,Lisboa, 1979, p. 242
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''imundos ossários das minhas horas de tédio''
Conde de Lautréamont. Cantos de Maldoror. Trad. Pedro Tamem. Prefácio Jorge de Sena, 2ª edição, Moraes Editores,Lisboa, 1979, p. 241
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sexta-feira, 26 de junho de 2015
Exausta fujo as arenas do puro intolerável
Os deuses da destruição sentaram-se ao meu lado
A cidade onde habito é rica de desastres
Embora exista a praia lisa que sonhei
Sophia de Mello Breyner Andresen
Os deuses da destruição sentaram-se ao meu lado
A cidade onde habito é rica de desastres
Embora exista a praia lisa que sonhei
Sophia de Mello Breyner Andresen
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Sophia de Mello Breyner Andresen
«Ele tinha a faculdade especial de tomar formas irreconhecíveis para olhos experimentados.»
Conde de Lautréamont. Cantos de Maldoror. Trad. Pedro Tamem. Prefácio Jorge de Sena, 2ª edição, Moraes Editores,Lisboa, 1979, p. 227
Conde de Lautréamont. Cantos de Maldoror. Trad. Pedro Tamem. Prefácio Jorge de Sena, 2ª edição, Moraes Editores,Lisboa, 1979, p. 227
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Conde de Lautréamont. Cantos de Maldoror. Trad. Pedro Tamem. Prefácio Jorge de Sena, 2ª edição, Moraes Editores,Lisboa, 1979, p. 204
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quinta-feira, 25 de junho de 2015
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