Paul Lafargue
terça-feira, 30 de abril de 2019
domingo, 28 de abril de 2019
“O que escolhemos recordar é o que escolhemos ser”
''Manuel Loff questiona porquê recordar a memória de uma ditadura e da repressão, lembra que nas últimas décadas a memória das ditaduras do século XX se tornaram-se um “intenso campo de batalha”, cultural e político e afirma “O que escolhemos recordar é o que escolhemos ser”. ''
sexta-feira, 26 de abril de 2019
Álvaro Cunhal treplicou, negando que lhe tivesse escapado
o alcance de As Encruzilhadas de Deus: "Eu quero esclarecer que falo
neste momento da poesia de José Régio — sobretudo de As
Encruzilhadas de Deus — porque ela canta com um realismo
impressionante a tortura do desalento, da fuga, da indecisão, canto
esse comum a muitos outros poetas e poetazinhos portugueses que
não foram fadados para a poesia [...]. Mas nenhum como José Régio
conseguiu exprimir com tão grande beleza, vibração e angústia, a
situação do homem que se afastou das multidões anónimas, do
homem a quem faltam forças para romper o isolamento, do homem
a quem a vida chama ainda e que não vê outra maneira de dela se
aproximar, fora a expressibilidade do seu eu"
Álvaro Cunhal, "Ainda na encruzilhada", Seara Nova, n° 626,12-8-1939, pp. 151-154.
Álvaro Cunhal, "Ainda na encruzilhada", Seara Nova, n° 626,12-8-1939, pp. 151-154.
i.co.no.clas.ti.a silabação
nome feminino
1.
RELIGIÃO, HISTÓRIA doutrina bizantina dos séculos VIII e IX que repudiava a representação e o
culto de imagens sagradas; iconoclasmo
culto de imagens sagradas; iconoclasmo
2.
RELIGIÃO qualquer doutrina ou movimento que se oponha ao culto de imagens
3.
destruição de estátuas ou imagens religiosas
4.
figurado atitude de quem ataca ou rejeita valores, práticas, crenças ou instituições estabelecidas
''O golpe de Estado não teve só o escarlate dos cravos a dar-lhe cor. Teve o sangue de quatro pessoas assassinadas às mãos dos últimos fascistas que guardavam a PIDE/DGS. No seu canto de cisne, de dentro da sede nacional da política, na rua António Maria Cardoso, em Lisboa, pelas 20h20, saiu uma saraivada de tiros que tirou a vida a quatro pessoas:
João Guilherme de Rego Arruda, 20 anos, estudante de Filosofia, natural da ilha de São Miguel, Açores;
Fernando Luís Barreiros dos Reis, 23 anos, soldado na 1.ª Companhia Disciplinar de Penamacor, natural de Arranhó, Arruda dos Vinhos. Pai de duas crianças;
José James Harteley Barneto, 38 anos, escriturário do Grémio Nacional dos Industriais de Confeitaria. Natural de Vendas Novas, Alentejo. Deixou quatro filhos;
Fernando Carvalho Giesteira, 17 anos, natural de Vreia de Jales, Vila Pouca de Aguiar, empregado de mesa na boîte Cova da Onça, em Lisboa.
Mas havia de morrer mais gente, nesse dia, nessa rua. António Lage, 32 anos, funcionário da PIDE/DGS – não era um agente, era um administrativo, moço de recados – foi morto pelos militares revolucionários cerca das 21h20, já depois de se ter entregue. Tentou fugir, correr para casa, a poucos metros dali, mas as centenas de pessoas que se acotovelavam na rua gritaram-lhe a sentença: matem-no! Alguém a executou.
A 26 de abril de 1974, ali bem perto daquela rua, em plena baixa lisboeta, uma confusão leva os militares a disparar contra uma coluna de carros da PSP, por acharem que os agentes iam investir contra os manifestantes, no Largo Camões, em Lisboa. Manuel Cândido Martins Costa, 25 anos, polícia de choque, foi fatalmente atingido nos pulmões.
Até hoje, a identidade dos assassinos destas seis pessoas permanece uma incógnita.''
Meritocracia
''O termo Meritocracia, neologismo — do latim mereo ('ser digno, merecer') e do grego antigo κράτος, transl. krátos ('força, poder') — estabelece uma ligação direta entre mérito e poder.
Tanto a palavra mérito quanto a palavra poder têm diversos significado, o que faz com que o termo meritocracia seja polissémico.Desta maneira o termo podem tanto: ser interiorizado como um princípio de justiça (às vezes qualificado de utópico),e ainda, simultaneamente, criticado como um instrumento ideológico voltado para a manutenção de um sistema político desigual.
Um modelo meritocrático é um princípio ou ideal de organização social que busca promover os indivíduos — nos diferentes espaços sociais: escola, universidade, instituições civis ou militares, trabalho, iniciativa privada, poder público, etc — em função de seus méritos (aptidão, trabalho, esforços, competências, inteligência, virtude) e não de sua origem social (sistema de classes), de sua riqueza (reprodução social) ou de suas relações individuais (fisiologismo, nepotismo ou cooptação).''
Tanto a palavra mérito quanto a palavra poder têm diversos significado, o que faz com que o termo meritocracia seja polissémico.Desta maneira o termo podem tanto: ser interiorizado como um princípio de justiça (às vezes qualificado de utópico),e ainda, simultaneamente, criticado como um instrumento ideológico voltado para a manutenção de um sistema político desigual.
Um modelo meritocrático é um princípio ou ideal de organização social que busca promover os indivíduos — nos diferentes espaços sociais: escola, universidade, instituições civis ou militares, trabalho, iniciativa privada, poder público, etc — em função de seus méritos (aptidão, trabalho, esforços, competências, inteligência, virtude) e não de sua origem social (sistema de classes), de sua riqueza (reprodução social) ou de suas relações individuais (fisiologismo, nepotismo ou cooptação).''
segunda-feira, 22 de abril de 2019
Para mim, prefiro o Michelet a todos os autores mais famosos de uma História infinita
que a gente lê e não se lembra de nada: ao fim, tem tanta coisa que ninguém pode ler
aquilo. Só o que nos diz qualquer coisa é que a nossa memória retém.
Eduardo Lourenço, “Uma barca de salvação”, in Ler, Livros e Leitores, Círculo de Leitores, Novembro de 2012, p.38
Eduardo Lourenço, “Uma barca de salvação”, in Ler, Livros e Leitores, Círculo de Leitores, Novembro de 2012, p.38
epistemicídio
O autor refere-se à epistemicídio como o silenciamento das epistemologias não científicas através de sua
supressão e/ou eliminação (SANTOS, 2002).
fascismo epistemológico
Para Boaventura de Sousa, esta prática seria a não-aceitação de outras epistemes que divergem ou apresentam uma
nova visão de mundo, que não a eurocêntrica (SANTOS, 2009).
''As relações sociais são sempre
culturais e políticas, representam formas de poder e distribuições desiguais de poder
e o conhecimento é a manifestação desse complexo e dessa teia de relações sociais
de exploração e dominação (SANTOS, 2009). Segundo Lander (2005) nos encontramos numa linha de chegada numa sociedade sem ideologias, onde se acredita num
modelo civilizatório único, globalizado, universal, que torna desnecessária a política,
na medida em que já não há alternativas possíveis a este modo de vida.
Esse processo marcou o início de uma história universal e de um processo irreversível de isolamento, onde todas essas relações de ordem econômica, política, cultural
e espacial, possibilitaram a absorção ideológica, cultural e social de relações estrangeiras do ocidente colonizador.''
domingo, 21 de abril de 2019
«No domínio da organização do trabalho científico, a
industrialização da ciência produziu dois efeitos principais.
Por um lado, a comunidade cientifica estratificou-se, as
relações de poder entre cientistas tornaram-se mais
autoritárias e desiguais e a esmagadora maioria dos
cientistas foi submetida a um processo de proletarização no
interior dos laboratórios e dos centros de investigação. Por
outro lado, a investigação capital-intensiva ( assente em
instrumentos caros e raros) tornou impossível o livre acesso
ao equipamento, o que contribuiu para o aprofundamento do
fosso, em termos de desenvolvimento científico e
tecnológico, entre os países centrais e os países periféricos.»
SANTOS, Boaventura de Sousa. Um discurso sobre as ciências. 15. ed. Porto: Afrontamento, 2007. p.35.
SANTOS, Boaventura de Sousa. Um discurso sobre as ciências. 15. ed. Porto: Afrontamento, 2007. p.35.
Sinfonia nº 3 (Sinfonia das Canções Tristes), de 1976
Compositor Polaco Henryk Górecki
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Compositor Polaco Henryk Górecki
“como é que a ciência moderna, em vez de erradicar
os riscos, as opacidades, as violências e as ignorâncias, que dantes eram
associadas à pré-modernidade, está de fato a recriá-los numa forma
hipermoderna?”
SANTOS, Boaventura de Souza. Para um novo senso comum: a ciência, o direito e a política na transição paradigmática. v.1. p. 58.
SANTOS, Boaventura de Souza. Para um novo senso comum: a ciência, o direito e a política na transição paradigmática. v.1. p. 58.
''Nietzsche faz forte críticas ao pensamento socrático, para ele, Sócrates teria contribuído para os
rumos funestos da cultura e consequentemente, do homem. Sócrates foi um grande racionalista,
sua máxima residia no famoso “conheça-te a ti mesmo” que em essência expressa uma alta
valorização da consciência e da racionalidade enquanto elementos que nos permitem acessar o
que é o “bom” e o “ruim”. Por outro lado, para Nietzsche, a consciência é algo que surge da
necessidade do homem viver em sociedade, sendo a linguagem um órgão a serviço da
consciência que também surgiu das necessidades da vida colectiva. Dessa forma, o homem está
limitado ao desconhecido. ''
«Neste momento, para ser justo, devo ser contra a justiça. Uma simples dúvida basta quando se trata duma vida humana. Parece-me que nada há no mundo que seja mais importante. E se já é absurdo castigar a morte dum homem matando outro, é horripilante a simples admissão de se matar um inocente!»
Ferreira de Castro
Ferreira de Castro
(...)
« - Quando de novo eu estiver convosco.
hei-de falar-vos destes meus amigos
que nunca discutiram Belas Artes.
- tendo eles também as suas luas,
as suas crises de bem-estar nervosas,
iguais às nossas noutra diversão.
Os seus rescaldos de morrer na vida
é serem escravos dos trabalhos úteis.»
Carlos Garcia de Castro. Rato do Campo. Edições Colibri, Lisboa, 1988 . p. 79
« - Quando de novo eu estiver convosco.
hei-de falar-vos destes meus amigos
que nunca discutiram Belas Artes.
- tendo eles também as suas luas,
as suas crises de bem-estar nervosas,
iguais às nossas noutra diversão.
Os seus rescaldos de morrer na vida
é serem escravos dos trabalhos úteis.»
Carlos Garcia de Castro. Rato do Campo. Edições Colibri, Lisboa, 1988 . p. 79
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(...)
« Mas é preciso provocar ausências,
fazer preparos para ficar inculto
gozar com perspicácia a liberdade.»
Carlos Garcia de Castro. Rato do Campo. Edições Colibri, Lisboa, 1988 . p. 78
« Mas é preciso provocar ausências,
fazer preparos para ficar inculto
gozar com perspicácia a liberdade.»
Carlos Garcia de Castro. Rato do Campo. Edições Colibri, Lisboa, 1988 . p. 78
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« mal sossega a solidão»
Carlos Garcia de Castro. Rato do Campo. Edições Colibri, Lisboa, 1988 . p. 68
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verso solto
(...)
«somos nós os dois por dentro na minha alma
e tu, nessa manhã,
como se num prato de farinha branca
de súbito caísse à luz do sol
uma andorinha morta.»
Carlos Garcia de Castro. Rato do Campo. Edições Colibri, Lisboa, 1988 . p. 63
«somos nós os dois por dentro na minha alma
e tu, nessa manhã,
como se num prato de farinha branca
de súbito caísse à luz do sol
uma andorinha morta.»
Carlos Garcia de Castro. Rato do Campo. Edições Colibri, Lisboa, 1988 . p. 63
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«Não sei dizer nem ver nem pressentir»
Carlos Garcia de Castro. Rato do Campo. Edições Colibri, Lisboa, 1988 . p. 53
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«Nas velhas águas os abismos lúcidos»
Carlos Garcia de Castro. Rato do Campo. Edições Colibri, Lisboa, 1988 . p. 53
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verso solto
(...)
«Sofrer é repetir uma alegria
do assim olhar para ti já sem te ver
sozinho e acompanhado a toda a hora.»
Carlos Garcia de Castro. Rato do Campo. Edições Colibri, Lisboa, 1988 . p. 51
«Sofrer é repetir uma alegria
do assim olhar para ti já sem te ver
sozinho e acompanhado a toda a hora.»
Carlos Garcia de Castro. Rato do Campo. Edições Colibri, Lisboa, 1988 . p. 51
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«Logicamente a madrugada exige
a novidade dum orgasmo lúcido,
porque se alastra quase sempre ao cérebro.»
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RENIEGO
Tiri, tiri, tiri, ay
Ay, ay ya, ya ya ya ay
Ay, yo río por fuera
Y lloro por dentro
Yo río por fuera
Y lloro por dentro
Y es por matuca
Por madusquera
De esta pena mía
Ay, yo no encuentro
Yo río por fuera
Y lloro por dentro
Como él, reniego
Como él, reniego
Oh, reniego
Reniego de mi sino
Como él, reniego
Como él, reniego
Oh, ay, ay, mira ahorita que te he conocido
Compositores: Jesus Carmona Gonzalez / Pablo Diaz-Reixa Diaz / Rosalia Vila Tobella
« - sem poesia, e muita psicanálise,»
Carlos Garcia de Castro. Rato do Campo. Edições Colibri, Lisboa, 1988 . p. 46
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sábado, 20 de abril de 2019
«Nem voz nem mar nem fome nem destino.»
Carlos Garcia de Castro. Rato do Campo. Edições Colibri, Lisboa, 1988 . p. 40
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(...)
«Durante alguns momentos nessa tarde
chovera um aguaceiro, e o ar, suado,
ficou da pele duma mulher rosada.»
Carlos Garcia de Castro. Rato do Campo. Edições Colibri, Lisboa, 1988 . p. 38
«Durante alguns momentos nessa tarde
chovera um aguaceiro, e o ar, suado,
ficou da pele duma mulher rosada.»
Carlos Garcia de Castro. Rato do Campo. Edições Colibri, Lisboa, 1988 . p. 38
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(...)
«Agora, quando chegas, Alegria,
classicamente te espero,
e quase, quase nunca te pressinto.»
Carlos Garcia de Castro. Rato do Campo. Edições Colibri, Lisboa, 1988 . p. 32
«Agora, quando chegas, Alegria,
classicamente te espero,
e quase, quase nunca te pressinto.»
Carlos Garcia de Castro. Rato do Campo. Edições Colibri, Lisboa, 1988 . p. 32
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saúde mental
«Tamanhos dias sofrendo,»
Carlos Garcia de Castro. Rato do Campo. Edições Colibri, Lisboa, 1988 . p. 31
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«Distantemente, Portugal morria ! »
Carlos Garcia de Castro. Rato do Campo. Edições Colibri, Lisboa, 1988 . p. 29
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«Martini branco, seco, sugestivo,
pessoas vivas, débeis ou dramáticas»
Carlos Garcia de Castro. Rato do Campo. Edições Colibri, Lisboa, 1988 . p. 24
pessoas vivas, débeis ou dramáticas»
Carlos Garcia de Castro. Rato do Campo. Edições Colibri, Lisboa, 1988 . p. 24
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(...)
«Só hoje, de exercitado,
com gerações esforçadas de ironias,
pernas abertas, assentes,
de pêlos aqui no peito
vorazes a descoberto,
- hoje!
minha alma se borrifa em vocês todos.»
Carlos Garcia de Castro. Rato do Campo. Edições Colibri, Lisboa, 1988 . p. 20
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(...)
« - Que a noite é sempre um coração disforme,
uma saudade que desenha e faz,
da sua permanência, - a Criação.»
Carlos Garcia de Castro. Rato do Campo. Edições Colibri, Lisboa, 1988 . p. 15
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sexta-feira, 19 de abril de 2019
domingo, 14 de abril de 2019
Agujerito del cielo
Cuelando el brillo de Dios
Un rayo cayó en tus ojo'
Y me partió el corazón
Cuelando el brillo de Dios
Un rayo cayó en tus ojo'
Y me partió el corazón
Agujerito del cielo
Díctame por dónde ir
Para yo no equivocarme
Y así ver mi porvenir
Díctame por dónde ir
Para yo no equivocarme
Y así ver mi porvenir
When you're done with me
I see a negative space
What you've done for me
You need to lose some day
Who needs to pray?
Who needs balance? I'll see you every day
I see a negative space
What you've done for me
You need to lose some day
Who needs to pray?
Who needs balance? I'll see you every day
Barefoot in the park
You start rubbing off on me
Barefoot in the park
You start rubbing off on me
You start rubbing off on me
Barefoot in the park
You start rubbing off on me
Ya tengo to' lo que quiero
Ya no puedo pedir má'
Cuando te tengo a mi la'o
Lo pasa'o se queda atrá'
Si estas faltando en mi era
Y te tuviera encontrar
Hasta yo te encontraría
Como el río va a la mar
Ya no puedo pedir má'
Cuando te tengo a mi la'o
Lo pasa'o se queda atrá'
Si estas faltando en mi era
Y te tuviera encontrar
Hasta yo te encontraría
Como el río va a la mar
Barefoot in the park
You start rubbing off on me
Barefoot in the park
You start rubbing off on me
You start rubbing off on me
Barefoot in the park
You start rubbing off on me
Silence starts turning off between
Sky's looking up I think
I call off the chase
Who needs balance? I'll see you everyday
Sky's looking up I think
I call off the chase
Who needs balance? I'll see you everyday
Barefoot in the park
You start rubbing off on me
Barefoot in the park
You start rubbing off on me
You start rubbing off on me
Barefoot in the park
You start rubbing off on me
Compositores: Antonino Martinez Ortega / James Blake / Rosalia Villa Tobella
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« - Não! - gemeu ela atirando a cabeça para trás como um passarinho, para lhe oferecer a face pálida, mas ardente, para oferecer-lhe uma boca cheia de amor e dois olhos cheios de pranto.»
Pitigrilli. A virgem de 18 quilates. Tradução de João Santana. 1ª Edição: Agosto de 1973, Editorial Minerva., p.33
Pitigrilli. A virgem de 18 quilates. Tradução de João Santana. 1ª Edição: Agosto de 1973, Editorial Minerva., p.33
''pousou os lábios naquela nuca tépida e nuca''
Pitigrilli. A virgem de 18 quilates. Tradução de João Santana. 1ª Edição: Agosto de 1973, Editorial Minerva., p. 33
''comissão de espiritistas''
Pitigrilli. A virgem de 18 quilates. Tradução de João Santana. 1ª Edição: Agosto de 1973, Editorial Minerva., p.26
''encefalite letárgica''
Pitigrilli. A virgem de 18 quilates. Tradução de João Santana. 1ª Edição: Agosto de 1973, Editorial Minerva., p.25
« A única aristocracia que eu conheço é a aristocracia da inteligência!»
Pitigrilli. A virgem de 18 quilates. Tradução de João Santana. 1ª Edição: Agosto de 1973, Editorial Minerva., p.24
terça-feira, 9 de abril de 2019
domingo, 7 de abril de 2019
« À estupefaciente esterilidade daquela mulher absurda, que o amava como um amor oscilante, hoje rarefeito até à indiferença, amanhã exasperado até à crise, tornara-se-lhe já necessária. Entrara-lhe no sangue, como escrevem os psicólogos sem pretensões, que afinal são os mais exactos; entrara-lhe no sangue como um vírus incurável.»
Pitigrilli. A virgem de 18 quilates. Tradução de João Santana. 1ª Edição: Agosto de 1973, Editorial Minerva., p.17
Pitigrilli. A virgem de 18 quilates. Tradução de João Santana. 1ª Edição: Agosto de 1973, Editorial Minerva., p.17
«A primeira vez que falara à actriz, pedindo-lhe aquela meia hora de colóquio, que se converteu numa noite de sensualidade e no início de um grande amor, fora movido por curiosidade cerebral, e não por desejo dos sentidos. E à actriz ele agradara pela falta de rebuscamento que ela via nas suas palavras e nos gestos de homem ordinário.
Mas o homem ordinário transformara-se nas mãos desta mulher experimentada, que lhe estimulara aptidões sopitadas, despertada talentos adormecidos, valorizara possibilidades até então latentes na sua vida incolor, entre a gentalha inútil. Ela revelara-o a si mesmo, refinando-lhe os gostos, aguçando-lhe a cerebralidade, multiplicando-lhe as exigências, escancarando-lhe os olhos sobre um mais vasto ângulo do horizonte, fazendo-lhe vibrar todo o registo fisiológico com uma inesperada variedade de sofrimentos e prazeres.»
Pitigrilli. A virgem de 18 quilates. Tradução de João Santana. 1ª Edição: Agosto de 1973, Editorial Minerva., p.16
Mas o homem ordinário transformara-se nas mãos desta mulher experimentada, que lhe estimulara aptidões sopitadas, despertada talentos adormecidos, valorizara possibilidades até então latentes na sua vida incolor, entre a gentalha inútil. Ela revelara-o a si mesmo, refinando-lhe os gostos, aguçando-lhe a cerebralidade, multiplicando-lhe as exigências, escancarando-lhe os olhos sobre um mais vasto ângulo do horizonte, fazendo-lhe vibrar todo o registo fisiológico com uma inesperada variedade de sofrimentos e prazeres.»
Pitigrilli. A virgem de 18 quilates. Tradução de João Santana. 1ª Edição: Agosto de 1973, Editorial Minerva., p.16
Só há um meio de se defender da opinião pública: suportá-la.
« - Não te preocupes com a opinião pública - advertia-lhe ela. - Se te virem com uma mulher elegante, serás rufião; se for com a tua mulher, corno; com um amigo, pederasta; se andares só, onanista. Só há um meio de se defender da opinião pública: suportá-la.»
Pitigrilli. A virgem de 18 quilates. Tradução de João Santana. 1ª Edição: Agosto de 1973, Editorial Minerva., p.14
Pitigrilli. A virgem de 18 quilates. Tradução de João Santana. 1ª Edição: Agosto de 1973, Editorial Minerva., p.14
''mulheres catastróficas''
Pitigrilli. A virgem de 18 quilates. Tradução de João Santana. 1ª Edição: Agosto de 1973, Editorial Minerva., p.14
« - O grand-guignol. Que temperamento têm aqueles dois!
- Não creia! - emendou o químico patrício, grande frequentador de palcos. - Eu conheço-os. Tomados cada um de per si, têm um carácter brando; mas, postos em contacto um com o outro, explodem: são como a essência de terebintina, substância inócua, e a tintura de iodo, substância inerte; mas, se se misturam as duas, produzem dano.»
Pitigrilli. A virgem de 18 quilates. Tradução de João Santana. 1ª Edição: Agosto de 1973, Editorial Minerva., p.12
«Quem sabe dominar os nervos é quem não os tem.»
Pitigrilli. A virgem de 18 quilates. Tradução de João Santana. 1ª Edição: Agosto de 1973, Editorial Minerva., p.11
« - Em suma, agrada-te.
- Tem uma bela boca. Parece um timbre de laca.
- Sobre a rolha de um tubo de bacilos. Tens um fraco por cadáveres em disponibilidade, por aspirantes ao sanatório. Para que uma mulher te agrade, é preciso que tenha as clavículas descarnadas.
- A beleza clássica não me satisfaz. Defeito grave da arte clássica é a saúde. Se as inúmeras Junos tivessem sofrido de febre gástrica e as Madonas de nefrites, certas estátuas e certas telas seriam suportáveis ainda hoje.»
Pitigrilli. A virgem de 18 quilates. Tradução de João Santana. 1ª Edição: Agosto de 1973, Editorial Minerva., p.10
- Tem uma bela boca. Parece um timbre de laca.
- Sobre a rolha de um tubo de bacilos. Tens um fraco por cadáveres em disponibilidade, por aspirantes ao sanatório. Para que uma mulher te agrade, é preciso que tenha as clavículas descarnadas.
- A beleza clássica não me satisfaz. Defeito grave da arte clássica é a saúde. Se as inúmeras Junos tivessem sofrido de febre gástrica e as Madonas de nefrites, certas estátuas e certas telas seriam suportáveis ainda hoje.»
Pitigrilli. A virgem de 18 quilates. Tradução de João Santana. 1ª Edição: Agosto de 1973, Editorial Minerva., p.10
«Eu, mulher invejada, sinto-me a menos invejável de todas as mulheres.»
Pitigrilli. A virgem de 18 quilates. Tradução de João Santana. 1ª Edição: Agosto de 1973, Editorial Minerva., p.9
(...)
Em tudo a pele de estanho inacessível
da insofrida zíngara vadia
ascende solitária e descomposta
à lésbica nudez da literatura.
Carlos Garcia de Castro. Rato do Campo. Edições Colibri, Lisboa, 1988 . p. 23
Em tudo a pele de estanho inacessível
da insofrida zíngara vadia
ascende solitária e descomposta
à lésbica nudez da literatura.
Carlos Garcia de Castro. Rato do Campo. Edições Colibri, Lisboa, 1988 . p. 23
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'' Os olhos traz cansados de esmagar os lírios.''
Carlos Garcia de Castro. Rato do Campo. Edições Colibri, Lisboa, 1988 . p. 22
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''Deixei-me de prever civilizações,''
Carlos Garcia de Castro. Rato do Campo. Edições Colibri, Lisboa, 1988 . p. 21
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Manifesto
Mágicas, ainda existem
as grandes Tabacarias,
como atractivo mesteiral das artes.
- Mas são diferentes os ócios.
Não produzimos frenesins pacíficos.
Freud ensinou-nos a ciência dúplice
de preservar, vigilantes,
as almas adolescentes
permanentes
e a carne complicada de incapazes.
Estes poetas não precisam já
dos dramas do onanismo,
não se amedrontam dos seus próprios quartos.
Estes poetas não precisam já
de violoncelos.
- Nem de procissões!
nem santos, teologias,
fingimentos, Renascenças,
senhoras-mães-dependências
profissionais e mentais
da esplendorosa preguiça
que a rastos se faz enorme
presunção da burguesia
liberal, nacionalista,
de absinto, com sopeiras.
Esoterismo, o plâncton
das mansas esquizofrenias
que a natureza desculpa
com pontes de tédio alado.
A salvação, maravilha
das anarquias domésticas,
crucianas, pelos Cafés,
com verbos e metafísica.
Estes poetas já não são suicidas.
Já não se diz nem faz só por dizer-se.
A nova história será sempre a mesma,
não se provoca só por bem falar.
- Lá muito adiante a eternidade é escusa.
(E estes poetas já serão poetas?)
.... .... ... ... ... .... .... .... .... ... .... .... .... ... .... ...
Sair de casa de manhã, tratado,
já predisposto mais um dia solto,
- quanto me custa por haver emprego!
Fevereiro, 1988
Carlos Garcia de Castro. Rato do Campo. Edições Colibri, Lisboa, 1988 . p. 11/12
as grandes Tabacarias,
como atractivo mesteiral das artes.
- Mas são diferentes os ócios.
Não produzimos frenesins pacíficos.
Freud ensinou-nos a ciência dúplice
de preservar, vigilantes,
as almas adolescentes
permanentes
e a carne complicada de incapazes.
Estes poetas não precisam já
dos dramas do onanismo,
não se amedrontam dos seus próprios quartos.
Estes poetas não precisam já
de violoncelos.
- Nem de procissões!
nem santos, teologias,
fingimentos, Renascenças,
senhoras-mães-dependências
profissionais e mentais
da esplendorosa preguiça
que a rastos se faz enorme
presunção da burguesia
liberal, nacionalista,
de absinto, com sopeiras.
Esoterismo, o plâncton
das mansas esquizofrenias
que a natureza desculpa
com pontes de tédio alado.
A salvação, maravilha
das anarquias domésticas,
crucianas, pelos Cafés,
com verbos e metafísica.
Estes poetas já não são suicidas.
Já não se diz nem faz só por dizer-se.
A nova história será sempre a mesma,
não se provoca só por bem falar.
- Lá muito adiante a eternidade é escusa.
(E estes poetas já serão poetas?)
.... .... ... ... ... .... .... .... .... ... .... .... .... ... .... ...
Sair de casa de manhã, tratado,
já predisposto mais um dia solto,
- quanto me custa por haver emprego!
Fevereiro, 1988
Carlos Garcia de Castro. Rato do Campo. Edições Colibri, Lisboa, 1988 . p. 11/12
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sábado, 6 de abril de 2019
''O actor é sempre uma ferida que dói.''
Jorge Silva Melo. Ainda Não Acabámos, como se fosse uma carta
´´Puseram-nos na rua como se fossemos gatunos''
Jorge Silva Melo. Ainda Não Acabámos, Como Se Fosse Uma Carta
quarta-feira, 3 de abril de 2019
terça-feira, 2 de abril de 2019
''Polistos ou vespas negras, no seu ninho de «papel»''
O Mundo dos insectos. Editorial Verbo, Lisboa, 1969 p. 23
''Grupo de lepismas, traças ou «peixinhos-de-prata», insectos primitivos''
O Mundo dos insectos. Editorial Verbo, Lisboa, 1969 p. 14
''transporte do pólen e a fecundação das flores''
O Mundo dos insectos. Editorial Verbo, Lisboa, 1969 p. 8
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