sexta-feira, 31 de julho de 2015
quinta-feira, 30 de julho de 2015
«quanto eu no peito, meu amor,
trago por vós tristeza e dor.»
Vasco Graça Moura. Alguns Amores de Ronsard. Bertrand Editora, 2003., p. 89
trago por vós tristeza e dor.»
Vasco Graça Moura. Alguns Amores de Ronsard. Bertrand Editora, 2003., p. 89
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«Aquele que aqui jaz, viveu sem coração,
morreu sem coração, sem coração repousa.»
Vasco Graça Moura. Alguns Amores de Ronsard. Bertrand Editora, 2003., p. 83
morreu sem coração, sem coração repousa.»
Vasco Graça Moura. Alguns Amores de Ronsard. Bertrand Editora, 2003., p. 83
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vanidade
nome feminino
1. carácter do que é vão
2. coisa inútil ou sem valor; inutilidade
3. insignificância
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«desde o tempo em que dela sou ausente.»
Vasco Graça Moura. Alguns Amores de Ronsard. Bertrand Editora, 2003., p. 75
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«cantando de outro modo morreria.»
Vasco Graça Moura. Alguns Amores de Ronsard. Bertrand Editora, 2003., p. 75
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« mas tendes o coração de uma Leoa altiva.»
Vasco Graça Moura. Alguns Amores de Ronsard. Bertrand Editora, 2003., p. 71
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«Maria, vós mostrais a face tão vermelha
quanto a rosa de Maio e o cabelo toucado
entre castanho e louro em mil nós frisado,
em gentis caracóis a darem a volta à orelha.»
Vasco Graça Moura. Alguns Amores de Ronsard. Bertrand Editora, 2003., p. 71
quanto a rosa de Maio e o cabelo toucado
entre castanho e louro em mil nós frisado,
em gentis caracóis a darem a volta à orelha.»
Vasco Graça Moura. Alguns Amores de Ronsard. Bertrand Editora, 2003., p. 71
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«boca com boca e flanco sobre flanco.»
Vasco Graça Moura. Alguns Amores de Ronsard. Bertrand Editora, 2003., p. 65
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«tem belo fim quem morre amando bem».
Vasco Graça Moura. Alguns Amores de Ronsard. Bertrand Editora, 2003., p. 61
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«Um e outro o mesmo mal torna capaz,
eu de morrer e vós de me matar.»
Vasco Graça Moura. Alguns Amores de Ronsard. Bertrand Editora, 2003., p. 57
eu de morrer e vós de me matar.»
Vasco Graça Moura. Alguns Amores de Ronsard. Bertrand Editora, 2003., p. 57
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«Quando vos vejo ou trago em pensamento,
vibra-me o coração num arrepio,
ferve-me o sangue e de um pensar desfio
outro pensar, tão doce é o argumento.»
Vasco Graça Moura. Alguns Amores de Ronsard. Bertrand Editora, 2003., p. 57
vibra-me o coração num arrepio,
ferve-me o sangue e de um pensar desfio
outro pensar, tão doce é o argumento.»
Vasco Graça Moura. Alguns Amores de Ronsard. Bertrand Editora, 2003., p. 57
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«Se a imagem da coisa faz somente
a coisa a nossos olhos conceber»
Vasco Graça Moura. Alguns Amores de Ronsard. Bertrand Editora, 2003., p. 53
a coisa a nossos olhos conceber»
Vasco Graça Moura. Alguns Amores de Ronsard. Bertrand Editora, 2003., p. 53
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Ser-se indigente e dar-se o que se tem
«Ser-se indigente e dar-se o que se tem,
fingir-se rir, de coração em ferida,
verdade odiar e amar coisa fingida,
possuir tudo e nada gozar quem,
(...)»
Vasco Graça Moura. Alguns Amores de Ronsard. Bertrand Editora, 2003., p. 51
fingir-se rir, de coração em ferida,
verdade odiar e amar coisa fingida,
possuir tudo e nada gozar quem,
(...)»
Vasco Graça Moura. Alguns Amores de Ronsard. Bertrand Editora, 2003., p. 51
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quarta-feira, 29 de julho de 2015
FIDELIDADE
Diz-me devagar coisa nenhuma, assim
como a só presença com que me perdoas
esta fidelidade ao meu destino.
Quanto assim não digas é por mim
que o dizes. E os destinos vivem-se
como outra vida. Ou como solidão
E quem lá entra? E quem lá pode estar
mais que o momento de estar só consigo?
Diz-me assim devagar coisa nenhuma:
o que à morte se diria, se ela ouvisse,
ou se diria aos mortos, se voltassem.
1956
Jorge de Sena por Eugénio Lisboa. Colecção Poetas. Editorial Presença, Lisboa., p. 103
como a só presença com que me perdoas
esta fidelidade ao meu destino.
Quanto assim não digas é por mim
que o dizes. E os destinos vivem-se
como outra vida. Ou como solidão
E quem lá entra? E quem lá pode estar
mais que o momento de estar só consigo?
Diz-me assim devagar coisa nenhuma:
o que à morte se diria, se ela ouvisse,
ou se diria aos mortos, se voltassem.
1956
Jorge de Sena por Eugénio Lisboa. Colecção Poetas. Editorial Presença, Lisboa., p. 103
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libérrimo
adjetivo
superlativo absoluto sintético de livre
muito livre, completamente livre
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«Por nós, por ti, por mim, falou a dor.
E a dor é evidente - libertada.»
Jorge de Sena por Eugénio Lisboa. Colecção Poetas. Editorial Presença, Lisboa., p. 100
E a dor é evidente - libertada.»
Jorge de Sena por Eugénio Lisboa. Colecção Poetas. Editorial Presença, Lisboa., p. 100
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« (...) Nem sei se penso
ou pensarei quando de mim fugir.»
Jorge de Sena por Eugénio Lisboa. Colecção Poetas. Editorial Presença, Lisboa., p. 100
ou pensarei quando de mim fugir.»
Jorge de Sena por Eugénio Lisboa. Colecção Poetas. Editorial Presença, Lisboa., p. 100
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«Perdidas uma a uma as coisas todas,»
Jorge de Sena por Eugénio Lisboa. Colecção Poetas. Editorial Presença, Lisboa., p. 98
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« nessa verdade que, de o ser, já mente,»
Jorge de Sena por Eugénio Lisboa. Colecção Poetas. Editorial Presença, Lisboa., p. 96
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«Alguém que eu fui ou não cheguei a ser,»
Jorge de Sena por Eugénio Lisboa. Colecção Poetas. Editorial Presença, Lisboa., p. 95
«Beijemo-nos então. Língua na língua,
essa outra vida que trazeis, distingo-a,
e como liberdade aceito a dor.»
Jorge de Sena por Eugénio Lisboa. Colecção Poetas. Editorial Presença, Lisboa., p. 95
essa outra vida que trazeis, distingo-a,
e como liberdade aceito a dor.»
Jorge de Sena por Eugénio Lisboa. Colecção Poetas. Editorial Presença, Lisboa., p. 95
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«Metia-me sozinho pelos caminhos à beira-mar, ou nos campos, caminhava depressa, para me cansar, para esquecer; mas não podia esquecer. »
Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 107
Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 107
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«Nunca mais, desde então, as duas feridas que eles abriram em mim cicatrizaram por completo.»
Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 107
Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 107
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«Mas quanto mais eu sentia o meu espírito abrir-se e deslocar as fronteiras da verdade, tanto mais o coração se me enchia, transbordava de tristeza. A vida parecia-me demasiado pequena, não podia já conter-me, o que me levava a desejar violentamente a morte; só esta me parecia infinita e podia conter-me.»
Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 106
Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 106
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« Morreu? Que quer isso dizer? Mas ninguém me explicava. Escondi-me num canto da casa, atrás do canapé, peguei numa almofada, tapei o rosto e pus-me a chorar; não por desgosto, nem mesmo por medo, mas porque não compreendia.»
Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 100
Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 100
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''lutei para fazer a história!''
Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 95
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« - Um homem verdadeiro - disse-me - é aquele que deixa as pessoas sem lhes dizer adeus. - E eu, que queria ser um homem verdadeiro, endureci o coração e calei-me.»
Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 93
Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 93
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«(...); e sobre o altar, em grandes jarros de vidro, braçados de lírios brancos. Não eram mudados muitas vezes, ficavam dias e dias na água, apodreciam, e quando pela manhã eu entrava na capela o cheiro quase me fazia vomitar; um dia, lembro-me, desmaiei.»
Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 90
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''gosto salgado em curvas sem segredos''
Jorge de Sena por Eugénio Lisboa. Colecção Poetas. Editorial Presença, Lisboa., p. 87
''primaveras morrendo ignoradas''
Jorge de Sena por Eugénio Lisboa. Colecção Poetas. Editorial Presença, Lisboa., p. 82
«Um dia nos libertaremos da morte sem deixar de morrer.»
Jorge de Sena por Eugénio Lisboa. Colecção Poetas. Editorial Presença, Lisboa., p. 77
terça-feira, 28 de julho de 2015
My life, your life
Don't cross them lines
What you like, what I like
Why can't we both be right?
Attacking, defending
Until there's nothing left worth winning
Your pride and my pride
Don't waste my time
I don't wanna fight no more
Take from my hand
Put in your hands
The fruit of all my grief
Lying down ain't easy
When everyone is pleasing
I can't get no relief
Living ain't no fun
The constant dedication
Keeping the water and power on
There ain't nobody left
Why can't I catch my breath?
I'm gonna work myself to death
No, no, no, no!
I don't wanna fight no more
I don't wanna fight, I don't wanna fight!
I don't wanna fight no more
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OFÍCIO DE VÉSPERAS
"Devo ser o último tempo
A chuva definitiva sobre o último animal nos pastos
O cadáver onde a aranha dcide o círculo.
Devo ser o último degrau na escada de Jacob
E o último sonho nele
Devo ser-lhe a última dor no quadril.
Devo ser o mendigo à minha porta
E a casa posta à venda.
Devo ser o chão que me recebe
E a árvore que me planta.
E, silêncio e devagar no escuro
Devo ser a véspera, Devo ser o sal
Voltado para trás.
Ou a pergunta na hora de partir."
Daniel Faria. Explicação das Árvores e de Outros Animais.
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domingo, 26 de julho de 2015
O VINHO E AS ROSAS.
Como pode um homem
atravessar paredes
permanecer no meio do fogo sem se queimar?
Não por causa da sua audácia
ou da sua astúcia
A sua vitalidade o seu poder
residem no Tao
Quando o homem é todo um
não há falha nele
por onde possa ser atingido
Da mesma forma um homem embriagado
quando cai fica confuso mas não destruído
Os seus ossos são como os ossos dos outros homens
mas a sua queda é diferente
O seu espírito é completo. Não está consciente
de ter subido
nem de ter caído
A vida e a morte nada significam para ele
Desconhece o pânico enfrenta os obstáculos
sem preocupação
Esta segurança que existe no vinho
só é comparável à do Tao
O homem sábio esconde-se no Tao
Nada o pode atingir
Organização: Jorge Sousa Braga. O Vinho e as Rosas: Antologia de Poemas Sobre a Embriaguez
atravessar paredes
permanecer no meio do fogo sem se queimar?
Não por causa da sua audácia
ou da sua astúcia
A sua vitalidade o seu poder
residem no Tao
Quando o homem é todo um
não há falha nele
por onde possa ser atingido
Da mesma forma um homem embriagado
quando cai fica confuso mas não destruído
Os seus ossos são como os ossos dos outros homens
mas a sua queda é diferente
O seu espírito é completo. Não está consciente
de ter subido
nem de ter caído
A vida e a morte nada significam para ele
Desconhece o pânico enfrenta os obstáculos
sem preocupação
Esta segurança que existe no vinho
só é comparável à do Tao
O homem sábio esconde-se no Tao
Nada o pode atingir
Organização: Jorge Sousa Braga. O Vinho e as Rosas: Antologia de Poemas Sobre a Embriaguez
sábado, 25 de julho de 2015
ANTIMEMÓRIAS
"Quando esperava o coração e ardia,
que hoje arde, mas arder já será vão,
por culpa da furiosa, injusta mão
que à minha espr'ança o fio quebraria,
formosa saia vi, de branca e fria
neve, estendida sobre um verde chão,
tão pura que nem sol nem pé vilão
a tocar tal beleza se atrevia.
Bem a pude prender, bem perto tive
com que amansar meu fogo, e perturbou-me
tanto que a mão estendi, e me detive.
E então (pra onde?) minha vizinha glória
fugiu qual sonho ou sombra, e aí restou-me
dela somente a dor e a memória."
que hoje arde, mas arder já será vão,
por culpa da furiosa, injusta mão
que à minha espr'ança o fio quebraria,
formosa saia vi, de branca e fria
neve, estendida sobre um verde chão,
tão pura que nem sol nem pé vilão
a tocar tal beleza se atrevia.
Bem a pude prender, bem perto tive
com que amansar meu fogo, e perturbou-me
tanto que a mão estendi, e me detive.
E então (pra onde?) minha vizinha glória
fugiu qual sonho ou sombra, e aí restou-me
dela somente a dor e a memória."
Francisco de Figueroa. "Antologia da Poesia Espahola do Siglo de Oro"
sexta-feira, 24 de julho de 2015
"Livre não sou, que nem a própria vida
Mo consente.
Mas a minha aguerrida
Teimosia
É quebrar dia a dia
Um grilhão da corrente.
Mo consente.
Mas a minha aguerrida
Teimosia
É quebrar dia a dia
Um grilhão da corrente.
Livre não sou, mas quero a liberdade.
Trago-a dentro de mim como um destino.
E vão lá desdizer o sonho do menino
Que se afogou e flutua
Entre nenúfares de serenidade
Depois de ter a lua!"
Trago-a dentro de mim como um destino.
E vão lá desdizer o sonho do menino
Que se afogou e flutua
Entre nenúfares de serenidade
Depois de ter a lua!"
Miguel Torga, in 'Cântico do Homem'
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