sábado, 2 de fevereiro de 2019
«Flutuar à tona de água como um grande lírio.»
Arthur Rimbaud. Obra Completa. Edição Bilingue. Tradução de Miguel Serras Pereira e João Moita, Relógio D'Água, 2018., p. 51
''Sob a neve das rosas,''
Arthur Rimbaud. Obra Completa. Edição Bilingue. Tradução de Miguel Serras Pereira e João Moita, Relógio D'Água, 2018., p. 51
terça-feira, 29 de janeiro de 2019
segunda-feira, 28 de janeiro de 2019
«O homem erra nos seus esforços e nas suas ansiedades.»
Joaquim Manso. Pedras para a Construção dum Mundo. Livraria Bertrand, Lisboa., p. 257
domingo, 27 de janeiro de 2019
« - A consciência, sim,
interroguei-a com cuidado, mas das suas respostas concluí que é um modesto
porto de embarque para um mar sem limites. Não devemos obriga-la a penosos
esforços, com a ideia de obter indicações firmes sobre o ser e o não-ser. O seu
clarão não é maior que o da lanterna de Diógenes.»
Joaquim Manso. Pedras para a Construção dum Mundo. Livraria
Bertrand, Lisboa., p. 255
«À semelhança dos perdulários
que, impelidos por uma nevrose de satisfações imediatas, uma quási epilepsia de
ruína, dilapidam o património que herdaram de pais e avós, também nós temos
atravessado momentos de prodigalidade, malbaratando às cegas os tesouros de
sucessivas culturas acumuladas em nós, desde remotas idades.»
«torvelinho dos apetites»
Joaquim Manso. Pedras para a Construção dum Mundo. Livraria
Bertrand, Lisboa., p. 253
domingo, 20 de janeiro de 2019
«O país é hoje um enorme carnaval político.»
Vergílio Ferreira
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sábado, 19 de janeiro de 2019
«A vocação do amor não é o desamor. O amor eterno, por definição, ou é ou não é. Se na prática não é, esse será outro aspecto. Mas se a vivência amorosa tem algum sentido, ela só terá sentido enquanto tiver essa componente eternizante dentro dela.»
Eduardo Lourenço
Eduardo Lourenço
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«Riu-se a dizer que Shakespeare teria adorado ter Trump como personagem. Menos épico, mais trágico e também mais humorístico do que Camões, como acha que Shakespeare olharia para este presente?
Eduardo Lourenço, entrevista ao Jornal Público
Eduardo Lourenço, entrevista ao Jornal Público
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''A literatura é o nosso discurso fantasmático, absoluto. Todas as culturas se definem pela relação com o seu próprio imaginário. A encarnação dele é a literatura.''
Eduardo Lourenço
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''Provavelmente, a figura capital da raça humana é Narciso. Narciso é uma espécie de defesa, alguém que não se pode debruçar demasiado sobre a sua imagem sem que isso lhe seja fatal. O narcisismo português, para mim, é um narcisismo inocente; ninguém pensa que vai morrer no espelho. Mas às vezes acontece. ''
Eduardo Lourenço
Eduardo Lourenço
"Compreendi que a casa estava morta quando os mortos principiaram a morrer. O meu filho Carlos, em criança, julgava que o relógio de parede era o coração do mundo e tive vontade de sorrir por saber há muito que o coração do mundo não estava ali connosco, mas além do pátio e do bosque de sequóias, no cemitério onde no tempo do meu pai enterravam lado a lado os pretos e os brancos do mesmo modo que antes do meu pai, na época do primeiro dono do girassol e do algodão, sepultaram os brancos que passeavam a cavalo e davam ordens e os pretos que trabalharam as lavras neste século e no anterior e no anterior ainda, um rectângulo vedado por muros de cal, o portão aberto à nossa espera com um crucifixo em cima, lousas e lousas sem nenhuma ordem nem datas nem relevos nem nomes no meio do capim, salgueiros que não cresciam, ciprestes secos, um plinto para as despedidas em que os gatos do mato dormiam, enfurecendo-se para nós a proibir-nos a entrada. O autêntico coração das casas eram as ervas sobre as campas ao fim da tarde ou no princípio da noite, dizendo palavras que eu entendia mal por medo de entender, não o vento, não as folhas, vozes que contavam uma história sem sentido de gente e bichos e assassínios e guerra como se segredassem se parar a nossa culpa, nos acusarem, refutando mentiras, que a minha família e a família antes da minha tinham chegado como salteadores e destruído África, o meu pai aconselhava.
- Não ouças".
"Nós estamos aqui para falar de um vivo que és tu e de um menos vivo que sou eu."
Eduardo Lourenço sobre António Lobo Antunes
Conversa entre Eduardo Lourenço e António Lobo Antunes, Casa das Histórias Paula Rego
Conversa entre Eduardo Lourenço e António Lobo Antunes, Casa das Histórias Paula Rego
"Embora nunca deixasse de ser um olhar apaixonado, nunca deixou de ser um olhar objectivo" ou, outra forma de dizer a mesma coisa, "um olhar cheio de amor mas impiedoso". E António volta ao território dos afectos. "A sua cabeça seduz-me muito. Não é feio, até parece um bocadinho o Salazar."
António Lobo Antunes sobre Eduardo Lourenço
Conversa entre Eduardo Lourenço e António Lobo Antunes, Casa das Histórias Paula Rego
domingo, 13 de janeiro de 2019
«reino nocturno»
Joaquim Manso. Pedras para a Construção dum Mundo. Livraria Bertrand, Lisboa., p. 255
«À semelhança dos perdulários que, impelidos por uma nevrose de satisfações imediatas, uma quási epilepsia de ruína, dilapidam o património que herdaram de pais e avós, também nós temos atravessado momentos de prodigalidade, malbaratando às cegas os tesouros de sucessivas culturas acumulados em nós, desde remotas idades.»
Joaquim Manso. Pedras para a Construção dum Mundo. Livraria Bertrand, Lisboa., p. 254
Bella Ciao
Mi son son alzato
O bella ciao, bella ciao, bella ciao, ciao, ciao
Una mattina mi son alzato
E ho trovato l'invasor
Una mattina mi son alzato
E ho trovato l'invasor
O partigiano, portami via
O bella ciao, bella ciao, bella ciao, ciao, ciao
O partigiano, portami via
Ché mi sento di morir
O bella ciao, bella ciao, bella ciao, ciao, ciao
O partigiano, portami via
Ché mi sento di morir
O partigiano
Morir
Ciao, ciao
Morir
Bella ciao, ciao, ciao
O partigiano
O partigiano
Morir
Ciao, ciao
Morir
Bella ciao, ciao, ciao
O partigiano
O partigiano
Bella ciao, ciao, ciao
E se io muoio da partigiano
O bella ciao, bella ciao, bella ciao, ciao, ciao
E se io muoio da partigiano
Tu mi devi seppellir
O bella ciao, bella ciao, bella ciao, ciao, ciao
E se io muoio da partigiano
Tu mi devi seppellir
E seppellire lassù in montagna
O bella ciao, bella ciao, bella ciao, ciao, ciao
E seppellire lassù in montagna
Sotto l'ombra di un bel fior
O bella ciao, bella ciao, bella ciao, ciao, ciao
E seppellire lassù in montagna
Sotto l'ombra di un bel fior
O partigiano
Morir
Ciao, ciao
Morir
Bella ciao, ciao, ciao
O partigiano
O partigiano
Morir
Ciao, ciao
Morir
Bella ciao, ciao, ciao
O partigiano
O partigiano
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«Após um bem conquistado, outro desperta os nossos desejos.»
Joaquim Manso. Pedras para a Construção dum Mundo. Livraria Bertrand, Lisboa., p. 249
«A bondade humana não provém, em linha recta, do nosso berço, como queria Rosseau, pois que, ao contrário do que acontece com os animais, nós, sub especie societatis, carecemos de formar a consciência, a alma e a razão.»
Joaquim Manso. Pedras para a Construção dum Mundo. Livraria Bertrand, Lisboa., p. 249
Joaquim Manso. Pedras para a Construção dum Mundo. Livraria Bertrand, Lisboa., p. 249
«Mas o homem é paixão, egoísmo, crueldade e vontade de domínio - garras que se vincam na sua alma secular, turvando-lhe as límpidas crenças e obrigando-a a servir a matéria, como um príncipe carregado de cadeias. Debalde os santos bradaram aos poderosos: »
Joaquim Manso. Pedras para a Construção dum Mundo. Livraria Bertrand, Lisboa., p. 244
Joaquim Manso. Pedras para a Construção dum Mundo. Livraria Bertrand, Lisboa., p. 244
terça-feira, 8 de janeiro de 2019
''rompimento súbito das emperradas rotinas''
Joaquim Manso. Pedras para a Construção dum Mundo. Livraria Bertrand, Lisboa., p. 242
''bois entorpecidos''
Joaquim Manso. Pedras para a Construção dum Mundo. Livraria Bertrand, Lisboa., p. 242
''inextinguível febre de viver''
Joaquim Manso. Pedras para a Construção dum Mundo. Livraria Bertrand, Lisboa., p. 241
« - A nossa vontade nunca estará satisfeita, mesmo quando alcança tudo o que pretende, visto a plenitude brotar da renúncia à própria satisfação. Sem ela, não podemos julgar-nos insatisfeitos; com ela, chegamos ao contentamento.»
Joaquim Manso. Pedras para a Construção dum Mundo. Livraria Bertrand, Lisboa., p. 238
Joaquim Manso. Pedras para a Construção dum Mundo. Livraria Bertrand, Lisboa., p. 238
«Convençamo-nos disto: o homem arde na ânsia da verdade, embora tenha a sorte dos vagabundos que correm todas as estradas, à procura do lar que nunca encontraram. Eis a essência do seu drama - lutar contra o finito que se dissolve em flocos de incerteza e contra o infinito que lhe escapa em rajadas de treva. À primeira vista, o rigoroso papel que a sua consciência lhe devia de impôr seria o naufrago.»
Joaquim Manso. Pedras para a Construção dum Mundo. Livraria Bertrand, Lisboa., p. 236
'' a cadeia dos pulsos''
Joaquim Manso. Pedras para a Construção dum Mundo. Livraria Bertrand, Lisboa., p. 238
« O Mundo como Vontade e Representação.»
Joaquim Manso. Pedras para a Construção dum Mundo. Livraria Bertrand, Lisboa., p. 235
''graça ribeirinha das pastoras''
Joaquim Manso. Pedras para a Construção dum Mundo. Livraria Bertrand, Lisboa., p. 230
«, dá o sol muitas voltas ao nosso planeta »
Joaquim Manso. Pedras para a Construção dum Mundo. Livraria Bertrand, Lisboa., p. 229
«O sangue andaluz que ardia nele pertencia a uma raça que, de experiência em experiência, chegara à conclusão de que Deus está em toda a parte, mas o homem, como Cain, não admite conselho nem tutela, podendo beijar o chão por humildade ou negar o céu por soberba.»
Joaquim Manso. Pedras para a Construção dum Mundo. Livraria Bertrand, Lisboa., p. 2234
segunda-feira, 7 de janeiro de 2019
Only You
We suffer everyday
What is it for
These crams of illusion
Are fooling us all
And now I am wearie
And I feel like I do
These crams of illusion
Are fooling us all
And now I am wearie
And I feel like I do
It's only you
Who can tell me apart
And it's only you
Who can turn my wooden heart
Who can tell me apart
And it's only you
Who can turn my wooden heart
The size of our fight
It's just a dream
We've cruched everything
I can't see in this morning selfishly
How we fell
And I feel like I do
It's just a dream
We've cruched everything
I can't see in this morning selfishly
How we fell
And I feel like I do
It's only you
Who can tell me apart
And it's only you
Who can turn my wooden heart
Who can tell me apart
And it's only you
Who can turn my wooden heart
Now that we've chosen to take all we can
The shade of autumn will stare bitter end
Years of frustration laid down side by side
The shade of autumn will stare bitter end
Years of frustration laid down side by side
And It's only you
Who can tell me apart
And it's only you
Who can turn my wooden heart
Who can tell me apart
And it's only you
Who can turn my wooden heart
It's only you
Who can tell me apart
And it's only you
Who can turn my wooden heart
Who can tell me apart
And it's only you
Who can turn my wooden heart
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domingo, 6 de janeiro de 2019
''desejo pátrio de defender a independência''
Os Combates da Travanca. Lendas do Vale do Minho. Associação de
Municípios do Vale do Minho, Caminha, 2002., p. 147
Nancy Pelosi
Primeira mulher eleita speaker . Activista norte-americana a favor das minorias sexuais, do direito ao aborto e dos imigrantes.
''Há muito que deixei aquela praia
De grandes areais e grandes
vagas
Mas sou eu ainda quem na brisa respira
E é por mim que espera cintilando a maré
vaza''
Sophia de Mello Breyner Andresen, ''Há Muito''
De grandes areais e grandes
vagas
Mas sou eu ainda quem na brisa respira
E é por mim que espera cintilando a maré
vaza''
Sophia de Mello Breyner Andresen, ''Há Muito''
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Sophia de Mello Breyner Andresen
I Put a Spell on You
I put a spell on you
Because you're mine
You better stop the things you do
I tell ya I ain't lyin'
I ain't lyin'
I tell ya I ain't lyin'
I ain't lyin'
You know I can't stand it
You're runnin' around
You know better daddy
I can't stand it 'cause you put me down
Oh no
You're runnin' around
You know better daddy
I can't stand it 'cause you put me down
Oh no
I put a spell on you
Because you're mine
Because you're mine
You know I love you
I love you
I love you
I love you anyhow
And I don't care if you don't want me
I'm yours right now
I love you
I love you
I love you anyhow
And I don't care if you don't want me
I'm yours right now
I put a spell on you
Because you're mine
Because you're mine
You know I can't stand it
Your running around
You know baby daddy
I can't stand it
'Cause you put me down
Your running around
You know baby daddy
I can't stand it
'Cause you put me down
Ooo I put a spell on you
Because you're mine
Because you're mine
Because you're mine
Because you're mine
Because you're mine
Oh yeah
Oh yeah
Compositores: Jay Hawkins
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quinta-feira, 3 de janeiro de 2019
''ratos de sacristia''
A Senhora das Angústias. Lendas do Vale do Minho. Associação de Municípios do Vale do Minho, Caminha, 2002., p. 141
''copos sujos de vinho''
A Senhora das Angústias. Lendas do Vale do Minho. Associação de Municípios do Vale do Minho, Caminha, 2002., p. 141
«(...) Ele tinha suado sangue no Monte das Oliveiras!»
O Pretinho do Cruzeiro. Lendas do Vale do Minho. Associação de Municípios do Vale do Minho, Caminha, 2002., p. 139
«Era ela moça, segundo dizem, e já fazia mal com os olhos!»
A Velha de Bico. Lendas do Vale do Minho. Associação de Municípios do Vale do Minho, Caminha, 2002., p. 131
«Arre bruxa, arre diabo!»
A Velha de Bico. Lendas do Vale do Minho. Associação de Municípios do Vale do Minho, Caminha, 2002., p. 129
terça-feira, 1 de janeiro de 2019
flébil
flé.bil
ˈflɛbiɫ
adjetivo de 2 géneros
choroso; lacrimoso; plangente
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língua portuguesa,
significados
«Dante procurou, no Inferno, a tragédia humana.»
Joaquim Manso. Pedras para a Construção dum Mundo. Livraria Bertrand, Lisboa., p. 219
« O sublime atrai-nos e subjuga-nos.»
Joaquim Manso. Pedras para a Construção dum Mundo. Livraria Bertrand, Lisboa., p. 215
« Na história das literaturas dramáticas, a tragédia desabrocha da angústia tão necessariamente que, se o seu rouco estertor se não produzisse, observar-se-ia fenómeno idêntico ao da mãe que traz um filho no ventre e não consegue ofertá-lo à vida, sem operação de alta cirurgia.»
Joaquim Manso. Pedras para a Construção dum Mundo. Livraria Bertrand, Lisboa., p. 215
Joaquim Manso. Pedras para a Construção dum Mundo. Livraria Bertrand, Lisboa., p. 215
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