sábado, 17 de outubro de 2015
«Eu quero criar na alma dele o sentimento da felicidade.»
Henrik Ibsen. Peças escolhidas 1. Quando nós, os mortos, despertamos. Edições Cotovia, Lda, Lisboa, 2006., p. 178
«EYOLF Diga-me, Tia, a Tia não acha que ela tem um nome estranho, a mulher dos ratos?
ASTA As pessoas chamam-lhe assim porque ela anda pelos campos e pelas praias a expulsar os ratos.
ALLMERS Acho que o verdadeiro nome dela é Sra. Lupus.
EYLOF Lupus é lobo em latim!»
Henrik Ibsen. Peças escolhidas 1. Quando nós, os mortos, despertamos. Edições Cotovia, Lda, Lisboa, 2006., p. 169
«GIOVANNA (compreende que dormira apoiada no vizinho - '' I'm so sorry.'' (Com um sorriso doce, entre a afirmação e a interrogação.) ''You were not here when I fell asleep..''
JEAN (mentindo) - ''And you were not so close to me when I fell asleep myself. It's amazing. We met in dreams befores we spoke to each other.''
José Morais. A beleza e a felicidade. Fantasia Científica. Campo das Letras, Porto, 2003., p. 20
«A mão da mulher, branca, de unhas polidas e dedos longos, quase roça a do homem. Ele consegue, sem a acordar, que as suas mãos se toquem. (Plano americano dos dois.) O contacto fá-la estremecer, mas ela não se afasta. Pelo contrário, aperta-se mais contra ele.»
José Morais. A beleza e a felicidade. Fantasia Científica. Campo das Letras, Porto, 2003., p. 19
«Todas as coisas são um centauro. Se assim não fosse o mundo apodreceria, estéril e inerte.»
Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 278
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«O espírito é uma ave carnívora que jamais cessa de ter fome, que devora a carne e a faz desaparecer, assimilando-a.»
Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 277
Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 277
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sexta-feira, 16 de outubro de 2015
« - Cheguei ao fim e no fim de cada caminho encontrei sempre o abismo.»
Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 261
Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 261
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«Deus é um estremecimento; uma doce lágrima.»
Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 255
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inane
1. que não contém nada no interior; vazio; oco
2. figurado vão; baldado
3. figurado fútil
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«Passam fome e nunca comem até à saciedade (...)»
Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 253
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«Esta garganta sem árvores (...)
Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 249
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quinta-feira, 15 de outubro de 2015
(...)
«condena os nossos pés, esmaga-nos, acaba.»
Pedro Tamen. Retábulo das Matérias (1956-2001). Gótica, 2000, Lisboa., p. 115
«condena os nossos pés, esmaga-nos, acaba.»
Pedro Tamen. Retábulo das Matérias (1956-2001). Gótica, 2000, Lisboa., p. 115
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verso solto
« É nas unhas mais sujas
que o espelho nos reflecte e nos abate o medo.»
Pedro Tamen. Retábulo das Matérias (1956-2001). Gótica, 2000, Lisboa., p. 113
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«(...)
no verde-mar dos dedos,
na loucura dos medos,
na perfeição do ramo está a pedra.»
Pedro Tamen. Retábulo das Matérias (1956-2001). Gótica, 2000, Lisboa., p. 96
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I
Agora muitos montes; e o rio
se levanta e corre nos intervalos
dos gestos. Saber sentir o frio
de todos os ribeiros é amá-los.
Agora é ir correndo os dedos
pela pele; abrir o peito
a todos os cuidados e segredos,
amar-me já refeito.
Agora perder tudo; ter aberta
a carne de aventura naufragada.
Agora receber e estar alerta,
agora ter razão na mão molhada.
Agora desnudar a lama certa
e esperar vê-la escorrida e bafejada.
Pedro Tamen. Retábulo das Matérias (1956-2001). Gótica, 2000, Lisboa., p. 95
se levanta e corre nos intervalos
dos gestos. Saber sentir o frio
de todos os ribeiros é amá-los.
Agora é ir correndo os dedos
pela pele; abrir o peito
a todos os cuidados e segredos,
amar-me já refeito.
Agora perder tudo; ter aberta
a carne de aventura naufragada.
Agora receber e estar alerta,
agora ter razão na mão molhada.
Agora desnudar a lama certa
e esperar vê-la escorrida e bafejada.
Pedro Tamen. Retábulo das Matérias (1956-2001). Gótica, 2000, Lisboa., p. 95
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«Não há montanhas se não há palavras.»
Pedro Tamen. Retábulo das Matérias (1956-2001). Gótica, 2000, Lisboa., p. 83
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verso solto
[Eu creio que esta mulher dormiu descoberta
Num dia em que nevava.
Uma escama de neve escorregou-lhe para a boca
E assim no seu seio foi concebido o menino.]
[Toma cuidado, então, senhora, porque se sabe
Que, nascido o menino, quando o sol lhe der
Se voltará em líquido.]
(De um mistério medieval inglês)
Num dia em que nevava.
Uma escama de neve escorregou-lhe para a boca
E assim no seu seio foi concebido o menino.]
[Toma cuidado, então, senhora, porque se sabe
Que, nascido o menino, quando o sol lhe der
Se voltará em líquido.]
(De um mistério medieval inglês)
''mar que nós sujámos''
Pedro Tamen. Retábulo das Matérias (1956-2001). Gótica, 2000, Lisboa., p. 65
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Pedro Tamen
« GARRETT
(...) Já nos conhecemos da embaixada. Estava de verde e com fitas pretas no cabelo. Também nos pulsos tinha fitas pretas. ''A que veste de verde com a sua beleza se atreve'', pensei eu.
AMORIM
Quem são?
GARRETT
Ele, não sei. Ela não me é desconhecida. Uma mulher bonita nunca é uma desconhecida.»
Agustina Bessa-Luís. Garret O Eremita Do Chiado. Guimarães Editores, 1998, Lisboa., p. 103
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peça de teatro
«MARIA
Não me trate por filha do coração nem por adorada filha da minha alma. São mimos a mais que me parecem humilhações.
GARRETT
Porquê, Maria? Que posso fazer se quando tosses é a mim que me dói o peito?
MARIA
Não gosto de tanto amor. Ele esconde arrependimento.»
Agustina Bessa-Luís. Garret O Eremita Do Chiado. Guimarães Editores, 1998, Lisboa., p. 87
Não me trate por filha do coração nem por adorada filha da minha alma. São mimos a mais que me parecem humilhações.
GARRETT
Porquê, Maria? Que posso fazer se quando tosses é a mim que me dói o peito?
MARIA
Não gosto de tanto amor. Ele esconde arrependimento.»
Agustina Bessa-Luís. Garret O Eremita Do Chiado. Guimarães Editores, 1998, Lisboa., p. 87
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peça de teatro
«Eu não me levo muito a sério. É a melhor maneira de viver.
Aquele que se leva a sério está sempre numa situação de inferioridade perante a vida.»
Agustina Bessa-Luís
Aquele que se leva a sério está sempre numa situação de inferioridade perante a vida.»
Agustina Bessa-Luís
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citações
quarta-feira, 14 de outubro de 2015
terça-feira, 13 de outubro de 2015
|| pensamentos ||
"Quando surge um verdadeiro génio, reconhecêmo-lo por este sinal: os imbecis congregam-se todos contra ele."
"Ninguém deve ter vergonha de dizer que errou; é uma forma de dizer que nos tornámos mais sábios do que eramos antes"
"Somos suficientemente religiosos para nos odiarmos, mas não o suficiente para nos amarmos uns aos outros."
-"Pensamentos"
- Jonathan Swift
- Jonathan Swift
«O ar cheirava a frutos apodrecidos, a incenso e a suor humano, pesado, repugnante.»
Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 243
Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 243
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Nikos Kazantzakis
«Há muitas inquietações que te consomem, és muito exigente, fazes muitas perguntas, torturas o coração.»
Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 242
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Nikos Kazantzakis
segunda-feira, 12 de outubro de 2015
«RUBEK Não fazes a menor ideia de como funciona a cabeça de um artista.
MAJA Não sei como funciona a minha própria cabeça.
RUBEK (continua imperturbável) Nós, artistas, vivemos num ritmo, Maja...Por exemplo: vivi toda uma existência nos poucos anos em que tu e eu nos conhecemos. Descobri que não encontro felicidade no prazer ocioso. Para mim - e para os da minha espécie - a vida não é isso. Eu devo trabalhar e criar uma obra e depois outra - até ao fim da minha morte. (Procurando a melhor forma:) É por isso que já não posso continuar contigo, Maja...Já não só contigo.»
Henrik Ibsen. Peças escolhidas 1. Quando nós, os mortos, despertamos. Edições Cotovia, Lda, Lisboa, 2006., p. 46
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« SOTO MAIOR
Este homem é capaz de fazer chorar as pedras.»
Agustina Bessa-Luís. Garret O Eremita Do Chiado. Guimarães Editores, 1998, Lisboa., p. 75
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«(...) Levo a maior parte da vida no meu quarto, de roupão e chinelas de moiro, deitado no sofá, lendo pouco mas folheando muitos livros velhos.
AMORIM
É um bom retrato. Nem precisa de retoques. Garretismo puro.»Agustina Bessa-Luís. Garret O Eremita Do Chiado. Guimarães Editores, 1998, Lisboa., p. 74/5
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«DEPUTADO
Está a ser incoerente.
SOTO MAIOR
Os homens apaixonados são incoerentes.
BORJACA
E ridículos. Eu, quando namorava a minha senhora, fartei-me de ser ridículo e não me importava.»
Agustina Bessa-Luís. Garret O Eremita Do Chiado. Guimarães Editores, 1998, Lisboa., p. 73
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peça de teatro
«Às vezes os escritores escondem-se nas confissões doutro sexo para dizer as verdades mais dolorosas.»
Agustina Bessa-Luís. Garret O Eremita Do Chiado. Guimarães Editores, 1998, Lisboa., p. 72
Agustina Bessa-Luís. Garret O Eremita Do Chiado. Guimarães Editores, 1998, Lisboa., p. 72
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