segunda-feira, 28 de novembro de 2011
«FEDIA - Não temo ninguém porque sou um cadáver.»
Leão Tolstoi. O Cadáver vivo. Círculo de Leitores, Lisboa, 1980., p. 233
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LIZA (Sorrindo.) - (...) Mas não me impeça...não me impeças de dizer o que sinto. O que mais me atormentava era sentir que gostava de dois homens. Porque isto significava que sou uma mulher sem moral.»
Leão Tolstoi. O Cadáver vivo. Círculo de Leitores, Lisboa, 1980., p. 205
Leão Tolstoi. O Cadáver vivo. Círculo de Leitores, Lisboa, 1980., p. 205
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«Suicidar-te-ás para que eles, esses dois entes, tenham piedade de ti. E eu ... matar-me-ei para que o mundo compreenda o que perdeu.»
Leão Tolstoi. O poder das trevas seguido de O Cadáver vivo. Círculo de Leitores, Lisboa, 1980., p. 200
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«Mas para nós, cujos cabelos já vão embranquecendo, é-nos difícil compreender a juventude.»
Leão Tolstoi. O poder das trevas seguido de O Cadáver vivo. Círculo de Leitores, Lisboa, 1980., p. 183
Leão Tolstoi. O poder das trevas seguido de O Cadáver vivo. Círculo de Leitores, Lisboa, 1980., p. 183
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domingo, 27 de novembro de 2011
«É para mim demasiado doloroso olhá-la nos olhos. E para ela também...Acredita no que te digo.»
Leão Tolstoi. O poder das trevas seguido de O Cadáver vivo. Círculo de Leitores, Lisboa, 1980., p. 174
Leão Tolstoi. O poder das trevas seguido de O Cadáver vivo. Círculo de Leitores, Lisboa, 1980., p. 174
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« - E o poema faz-se contra o tempo e a carne.»
Herberto Helder. A colher na boca. Edições Ática., p. 41
Herberto Helder. A colher na boca. Edições Ática., p. 41
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(...) « e eu caminho pelas ruas frias com
o místico desejo do teu corpo.»
Herberto Helder. A colher na boca. Edições Ática., p. 39
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«O meu desejo traz
o perfume da tua noite.»
Herberto Helder. A colher na boca. Edições Ática., p. 37
o perfume da tua noite.»
Herberto Helder. A colher na boca. Edições Ática., p. 37
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« e a tua boca penetra a minha voz como a espada
se perde no arco.»
Herberto Helder. A colher na boca. Edições Ática., p. 31
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«Beberei sua boca, para depois cantar a morte
e a alegria da morte.»
Herberto Helder. A colher na boca. Edições Ática., p. 30
e a alegria da morte.»
Herberto Helder. A colher na boca. Edições Ática., p. 30
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O AMOR EM VISITA
Dai-me uma jovem mulher com sua harpa de sombra
e seu arbusto de sangue. Com ela
encantarei a noite.
Dai-me uma folha viva de erva, uma mulher.
Seus ombros beijarei, a pedra pequena
do sorriso de um momento.
Mulher quase incriada, mas com a gravidade
de dois seios, com o peso lúbrico e triste
da boca. Seus ombros beijarei.
Cantar? Longamente cantar.
Uma mulher com quem beber e morrer.
Quando fora se abrir o instinto da noite e uma ave
o atravessar trespassada por um grito marítimo
e o pão for invadido pelas ondas,
seu corpo arderá mansamente sob os meus olhos palpi-
tantes,
ele - imagem inacessível e casta de um certo pensa-
mento
de alegria e de impudor.
Seu corpo arderá para mim
sobre um lençol mordido por flores com água.
(...)
Herberto Helder. A colher na boca. Edições Ática., p. 29
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«Se a busco? Esfaimadamente a busco,
tacteando com a memória a forma com que era
nas noites de amor.»
Herberto Helder. A colher na boca. Edições Ática., p. 24
tacteando com a memória a forma com que era
nas noites de amor.»
Herberto Helder. A colher na boca. Edições Ática., p. 24
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«Humildemente teço minhas palavras gratas
sobre a bela ferocidade
da vossa carne, ergo minha taça,
oiço o rumorejar oculto da fonte.
Humildemente dissipo a solidão, aceito o vosso apelo de
esperma,
mereço a poesia.
Humildemente repudio a morte.»
Herberto Helder. A colher na boca. Edições Ática., p. 19
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«Transforma-se o amador na coisa amada»
«Transforma-se o amador na coisa amada» com seu
feroz sorriso, os dentes,
as mãos que relampejam no escuro. Traz ruído
e silêncio. Traz o barulho das ondas frias
e das ardentes pedras que tem dentro de si.
E cobre esse ruído rudimentar com o assombrado
silêncio da sua última vida.
O amador transforma-se de instante para instante,
e sente-se o espírito imortal do amor
criando a carne em extremas atmosferas, acima
de todas as coisas mortas.
Transforma-se o amador. Corre pelas formas dentro.
E a coisa amada é uma baía estanque.
É o espaço de um castiçal,
a coluna vertebral e o espírito
das mulheres sentadas.
Transforma-se em noite extintora.
Porque o amador é tudo, e a coisa amada
é uma cortina
onde o vento do amador bate no alto da janela
aberta. O amador entra
por todas as janelas abertas. Ele bate, bate, bate.
O amador é um martela que esmaga.
Que transforma a coisa amada.
Ele entra pelos ouvidos, e depois a mulher
que escuta
fica com aquele grito para sempre na cabeça
a arder com o primeiro dia do verão. Ela ouve
e vai-se transformando, enquanto dorme, naquele grito
do amador.
Depois acorda, e vai, e dá-se ao amador,
dá-lhe o grito dele.
E amador e a coisa amada são um único grito
anterior do amor.
E gritam e batem. Ele bate-lhe com o seu espírito
de amador. E ela é batida, e bate-lhe
com o seu espírito de amada.
Então o mundo transforma-se neste ruído áspero
do amor. Enquanto em cima
o silêncio do amador e da amada alimentam
o imprevisto silêncio do mundo
e do amor.
Herberto Helder. A colher na boca. Edições Ática., p. 16/7
feroz sorriso, os dentes,
as mãos que relampejam no escuro. Traz ruído
e silêncio. Traz o barulho das ondas frias
e das ardentes pedras que tem dentro de si.
E cobre esse ruído rudimentar com o assombrado
silêncio da sua última vida.
O amador transforma-se de instante para instante,
e sente-se o espírito imortal do amor
criando a carne em extremas atmosferas, acima
de todas as coisas mortas.
Transforma-se o amador. Corre pelas formas dentro.
E a coisa amada é uma baía estanque.
É o espaço de um castiçal,
a coluna vertebral e o espírito
das mulheres sentadas.
Transforma-se em noite extintora.
Porque o amador é tudo, e a coisa amada
é uma cortina
onde o vento do amador bate no alto da janela
aberta. O amador entra
por todas as janelas abertas. Ele bate, bate, bate.
O amador é um martela que esmaga.
Que transforma a coisa amada.
Ele entra pelos ouvidos, e depois a mulher
que escuta
fica com aquele grito para sempre na cabeça
a arder com o primeiro dia do verão. Ela ouve
e vai-se transformando, enquanto dorme, naquele grito
do amador.
Depois acorda, e vai, e dá-se ao amador,
dá-lhe o grito dele.
E amador e a coisa amada são um único grito
anterior do amor.
E gritam e batem. Ele bate-lhe com o seu espírito
de amador. E ela é batida, e bate-lhe
com o seu espírito de amada.
Então o mundo transforma-se neste ruído áspero
do amor. Enquanto em cima
o silêncio do amador e da amada alimentam
o imprevisto silêncio do mundo
e do amor.
Herberto Helder. A colher na boca. Edições Ática., p. 16/7
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«Falemos de casas como quem fala da sua alma,
entre o incêndio,
junto ao modelo das searas,
na aprendizagem da paciência de vê-las erguer
e morrer com um pouco, um pouco
de beleza.
Herberto Helder. A colher na boca. Edições Ática., p. 15
entre o incêndio,
junto ao modelo das searas,
na aprendizagem da paciência de vê-las erguer
e morrer com um pouco, um pouco
de beleza.
Herberto Helder. A colher na boca. Edições Ática., p. 15
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sexta-feira, 25 de novembro de 2011
quarta-feira, 23 de novembro de 2011
Cortejar as boas graças
«Cortejar as boas graças»: também isto é uma arte. A expressão deve ter sido inventada por alguém que teve a mesma sorte da raposa com as uvas. É verdade que, uma vez o cortejador com assento no gabinete, as coisas modificam-se. A massa é como a amante, que se entrega de bom grado ao senhor, mal se lhe abre a porta da sua alcova.»
Ernst Jünger. Eumeswil. Tradução de Sara Seruka com a colaboração de João Barrento para a Tradução dos Poemas. Editora Ulisseia., p. 14
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filósofo e entomologista alemão
«Os caçadores têm especial prazer em matar o belo.»
Ernst Jünger. Eumeswil. Tradução de Sara Seruka com a colaboração de João Barrento para a Tradução dos Poemas. Editora Ulisseia., p. 13
Ernst Jünger. Eumeswil. Tradução de Sara Seruka com a colaboração de João Barrento para a Tradução dos Poemas. Editora Ulisseia., p. 13
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«Se ficas a saber tudo, em pouco tempo pões-te velha.»
Leão Tolstoi. O poder das trevas seguido de O Cadáver vivo. Círculo de Leitores, Lisboa, 1980., p. 108
Leão Tolstoi. O poder das trevas seguido de O Cadáver vivo. Círculo de Leitores, Lisboa, 1980., p. 108
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20 de Janeiro ou 30 anos
A tua idade enche-me de medo
defende-te e acusa-me.
ignoras o vento da tormenta
com o seu fardo, mas paira sobre ti
o favor de uma musa que volto a encontrar
no rosto. Ao acaso iremos traduzir
amanhã alguns versos de Emily
em conjunto. E virás
com o teu casacão azul-cobalto.
Alma viva, sabes dar-me vida
a mim que ignoro e ando às cegas
num tempo que voa
com os teus trinta anos.
Eugenio Montale. Poesia. Selecção, tradução, prefácio e notas de José Manuel de Vasconcelos. Assírio&Alvim, Lisboa, 2004., p. 325
defende-te e acusa-me.
ignoras o vento da tormenta
com o seu fardo, mas paira sobre ti
o favor de uma musa que volto a encontrar
no rosto. Ao acaso iremos traduzir
amanhã alguns versos de Emily
em conjunto. E virás
com o teu casacão azul-cobalto.
Alma viva, sabes dar-me vida
a mim que ignoro e ando às cegas
num tempo que voa
com os teus trinta anos.
Eugenio Montale. Poesia. Selecção, tradução, prefácio e notas de José Manuel de Vasconcelos. Assírio&Alvim, Lisboa, 2004., p. 325
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terça-feira, 22 de novembro de 2011
Cedo ou Tarde
Desde criança acreditei que não é o homem
que se move mas o cenário, a paisagem.
Foi quando, imóvel, vi desenrolar-se
o lago de Lugano, no vaudeville
de um tal Dall ' Argine que provavelmente
em homenagem a si mesmo, nomen omen,
não deixou nunca a margem. Depois dei-me conta
do meu pueril engano e agora sei
que volante ou pedestre, estase ou movimento
em nada diferem. Há quem goste de
beber a vida gota a gota ou a jorros;
mas a garrafa é a mesma, não se pode
enchê-la quando se esvazia.
Eugenio Montale. Poesia. Selecção, tradução, prefácio e notas de José Manuel de Vasconcelos. Assírio&Alvim, Lisboa, 2004., p. 291
que se move mas o cenário, a paisagem.
Foi quando, imóvel, vi desenrolar-se
o lago de Lugano, no vaudeville
de um tal Dall ' Argine que provavelmente
em homenagem a si mesmo, nomen omen,
não deixou nunca a margem. Depois dei-me conta
do meu pueril engano e agora sei
que volante ou pedestre, estase ou movimento
em nada diferem. Há quem goste de
beber a vida gota a gota ou a jorros;
mas a garrafa é a mesma, não se pode
enchê-la quando se esvazia.
Eugenio Montale. Poesia. Selecção, tradução, prefácio e notas de José Manuel de Vasconcelos. Assírio&Alvim, Lisboa, 2004., p. 291
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A forma do mundo
Se o mundo tem a estrutura da linguagem
e a linguagem tem a forma da mente
a mente com os seus cheios e os seus vazios
é nada ou quase nada e não nos tranquiliza.
Assim falou Papirio. Estava já escuro
e chovia. Vamos para um sítio seguro
disse e apressou o passo sem se aperceber
que falava a linguagem do delírio.
Eugenio Montale. Poesia. Selecção, tradução, prefácio e notas de José Manuel de Vasconcelos. Assírio&Alvim, Lisboa, 2004., p. 281
e a linguagem tem a forma da mente
a mente com os seus cheios e os seus vazios
é nada ou quase nada e não nos tranquiliza.
Assim falou Papirio. Estava já escuro
e chovia. Vamos para um sítio seguro
disse e apressou o passo sem se aperceber
que falava a linguagem do delírio.
Eugenio Montale. Poesia. Selecção, tradução, prefácio e notas de José Manuel de Vasconcelos. Assírio&Alvim, Lisboa, 2004., p. 281
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sobre a felicidade
«Tem um preço demasiado alto, não é para nós e quem a tem
não sabe o que fazer com ela.»
Eugenio Montale. Poesia. Selecção, tradução, prefácio e notas de José Manuel de Vasconcelos. Assírio&Alvim, Lisboa, 2004., p. 255
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«Chove
de um céu que não tem
nuvens.»
Eugenio Montale. Poesia. Selecção, tradução, prefácio e notas de José Manuel de Vasconcelos. Assírio&Alvim, Lisboa, 2004., p. 247
de um céu que não tem
nuvens.»
Eugenio Montale. Poesia. Selecção, tradução, prefácio e notas de José Manuel de Vasconcelos. Assírio&Alvim, Lisboa, 2004., p. 247
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domingo, 20 de novembro de 2011
«ANISIA - É bem verdade o que dizem do pudor das raparigas: não passa da soleira da porta. Uma vez atravessada a porta, tudo se esquece! Que grande descarada!»
Leão Tolstoi. O poder das trevas seguido de O Cadáver vivo. Círculo de Leitores, Lisboa, 1980., p. 64
Leão Tolstoi. O poder das trevas seguido de O Cadáver vivo. Círculo de Leitores, Lisboa, 1980., p. 64
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8
«E o paraíso? Existe um paraíso?».
«Creio que sim, minha senhora, mas os vinhos doces
já ninguém os quer».
Eugenio Montale. Poesia. Selecção, tradução, prefácio e notas de José Manuel de Vasconcelos. Assírio&Alvim, Lisboa, 2004., p. 233
«E o paraíso? Existe um paraíso?».
«Creio que sim, minha senhora, mas os vinhos doces
já ninguém os quer».
Eugenio Montale. Poesia. Selecção, tradução, prefácio e notas de José Manuel de Vasconcelos. Assírio&Alvim, Lisboa, 2004., p. 233
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5
«Desci, dando-te o braço, pelo menos um milhão de escadas
e agora que já cá não estás é o vazio em cada degrau.
Mesmo assim a nossa longa viagem foi breve.
A minha ainda dura, mas já não me acontecem
as coincidências, as reservas,
as ciladas, os dissabores de quem crê
que a realidade é aquilo que se vê.
Desci milhões de escadas dando-te o braço
e não porque com quatro olhos talvez se veja mais.
Contigo desci-as porque sabia que nós os dois
as únicas verdadeiras pupilas, ainda que ofuscadas,
eram as tuas.»
Eugenio Montale. Poesia. Selecção, tradução, prefácio e notas de José Manuel de Vasconcelos. Assírio&Alvim, Lisboa, 2004., p. 233
«Desci, dando-te o braço, pelo menos um milhão de escadas
e agora que já cá não estás é o vazio em cada degrau.
Mesmo assim a nossa longa viagem foi breve.
A minha ainda dura, mas já não me acontecem
as coincidências, as reservas,
as ciladas, os dissabores de quem crê
que a realidade é aquilo que se vê.
Desci milhões de escadas dando-te o braço
e não porque com quatro olhos talvez se veja mais.
Contigo desci-as porque sabia que nós os dois
as únicas verdadeiras pupilas, ainda que ofuscadas,
eram as tuas.»
Eugenio Montale. Poesia. Selecção, tradução, prefácio e notas de José Manuel de Vasconcelos. Assírio&Alvim, Lisboa, 2004., p. 233
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«Dizem que a poesia no seu cume
glorifica o Todo em fuga,»
Eugenio Montale. Poesia. Selecção, tradução, prefácio e notas de José Manuel de Vasconcelos. Assírio&Alvim, Lisboa, 2004., p. 229
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ustório
adjectivo
1. | que queima |
2. | que inflama |
(Do latim ustu-, «queimado» +-ório)
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«Não sei como extenuada tu resistes
neste lago
de indiferença que é o teu coração; talvez
te salve um amuleto que guardas
junto ao bâton dos lábios,
à borla do pó-de-arroz, à lima das unhas: um ratinho branco,
de marfins; e é assim que existes!»
Eugenio Montale. Poesia. Selecção, tradução, prefácio e notas de José Manuel de Vasconcelos. Assírio&Alvim, Lisboa, 2004., p. 161
neste lago
de indiferença que é o teu coração; talvez
te salve um amuleto que guardas
junto ao bâton dos lábios,
à borla do pó-de-arroz, à lima das unhas: um ratinho branco,
de marfins; e é assim que existes!»
Eugenio Montale. Poesia. Selecção, tradução, prefácio e notas de José Manuel de Vasconcelos. Assírio&Alvim, Lisboa, 2004., p. 161
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extenuar
verbo transitivo
causar grande cansaço a; enfraquecer |
verbo pronominal
1. | debilitar-se |
2. | gastar-se |
(Do latim extenuāre, «enfraquecer; tornar
ténue»)
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verbos
«A tua agitação faz-me pensar
nas aves de arribação que vão contra os faróis
nas noites de tempestade:
também a tua doçura é uma tempestade,
rodopia e não aparece,
e as suas pausas são também mais raras.»
Eugenio Montale. Poesia. Selecção, tradução, prefácio e notas de José Manuel de Vasconcelos. Assírio&Alvim, Lisboa, 2004., p. 159
nas aves de arribação que vão contra os faróis
nas noites de tempestade:
também a tua doçura é uma tempestade,
rodopia e não aparece,
e as suas pausas são também mais raras.»
Eugenio Montale. Poesia. Selecção, tradução, prefácio e notas de José Manuel de Vasconcelos. Assírio&Alvim, Lisboa, 2004., p. 159
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poeta italiano
«regressa ao caminho onde contigo me entristeço,
àquele que apontou um chumbo seco
às minhas, às tuas noites:
volta às primaveras que não florescem.»
Eugenio Montale. Poesia. Selecção, tradução, prefácio e notas de José Manuel de Vasconcelos. Assírio&Alvim, Lisboa, 2004., p. 155
àquele que apontou um chumbo seco
às minhas, às tuas noites:
volta às primaveras que não florescem.»
Eugenio Montale. Poesia. Selecção, tradução, prefácio e notas de José Manuel de Vasconcelos. Assírio&Alvim, Lisboa, 2004., p. 155
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poeta italiano
«Hoje volto
até junto de vós mais forte, ou estarei enganado, se bem que o coração
pareça abrir-se em recordações ledas e atrozes.»
Eugenio Montale. Poesia. Selecção, tradução, prefácio e notas de José Manuel de Vasconcelos. Assírio&Alvim, Lisboa, 2004., p. 139
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