domingo, 27 de novembro de 2011


«Humildemente teço minhas palavras gratas
sobre a bela ferocidade
da vossa carne, ergo minha taça,
oiço o rumorejar oculto da fonte.
Humildemente dissipo a solidão, aceito o vosso apelo de
          esperma,
mereço a poesia.

Humildemente repudio a morte.»



Herberto Helder. A colher na boca. Edições Ática., p. 19

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