sábado, 6 de janeiro de 2018


(...)

«Queria perguntar-te, minha alma queria perguntar-te
por que anseias, para onde deslizas, para que vives.»

Dámaso Alonso. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 229

alimária

(...)
«fazem-me ser uma angústia que se aumenta a si própria,
fazem-me homem,
monstro entre monstros.»




Dámaso Alonso. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 228

«(...) como se com o arrancar do comboio lhe arrancassem a alma,»


Dámaso Alonso. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 225
(...)

«Oh!:
noites e dias,
dias e noites,
noites e dias,
dias e noites,
e muitos, muitos dias,
e muitas, muitas noites.»


Dámaso Alonso. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 224
(...)

«E passo longas horas perguntando a Deus, perguntando-lhe por que apodrece
                                                                                                                  [lentamente minha alma,»



Dámaso Alonso. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 223

Não existe nenhum acontecimento em si. O que acontece é um agrupamento de fenómenos seleccionados e reunidos por um ser interpretador. [KSA, 12, 38]
 «O nome está ligado a nós, ou somos nós que estamos ligados a um nome?»

Hermann Ungar
anulação trágica do Eu

oscilação identitária

ipseidade
ip.sei.da.de
ipsɐjˈdad(ə)
nome feminino
FILOSOFIA carácter daquele que é ele próprio, do existente humanoconsiderado como existência singular concretao próprio homem como existência

estar aquém-de

«Nenhum Eu se constitui sem um Outro, a  identidade só é compreensível em relação com uma, ou várias, alteridades. »

João Barrento

«Eu sou Outro/Outros»

''afirmação excessiva do Eu''


autonomear

O Espinho de Sócrates. Modernismo e Expressionismo. Lisboa, Presença,1987;

JOÃO BARRENTO
 ''Louvo-Te junto das pedras que são beleza no parapeito do meu quarto: Deus na escrita íntima de Maria Cecília Correia ''

Fulgorização

quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

segunda-feira, 1 de janeiro de 2018

''agulhas de lume''


(...)

« Ninguém dorme no mundo. Ninguém, ninguém.
Não dorme ninguém.
Há um morto no cemitério mais longínquo
que se queixa há três anos
porque tem uma paisagem seca no joelho
e o menino que enterraram esta manhã chorava tanto
que foi preciso chamar os cães para calá-lo.»

Frederico García Lorca. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 208

«Ninguém dorme no céu. Ninguém, ninguém.»


Frederico Garcia Lorca. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 208

laranjal

''olivais centenários''

« Se doem tuas entranhas de entranhável »


Juan José Domenchina. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 200

«Estás sozinho, sem Deus. E entreviste
o que é um homem só? Cabe assim tanta
solidão num só homem? Não te espanta
sentir a vida a sós? Eu - só existo.»

Juan José Domenchina. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 199

«Está tão triste tudo o que viveste:»


Juan José Domenchina. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 199

primícias


pri.mí.ci.as
priˈmisjɐʃ
nome feminino plural
1.
primeiros frutos da terra em cada ciclo vegetativo
2.
primeiros produtos de um rebanho
3.
figurado primeiras produções
4.
figurado primeiros efeitos
5.
figurado primeiras vantagens
6.
figurado começos

Las interrogaciones del silencio (1918)

Juan José Domenchina

«És minha. Mas outro
aparentemente é teu dono.»


Vicente Aleixandre. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 187

«(...); olha a minha lágrima
a beijar-te;»



Vicente Aleixandre. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 187

(...)

«Assim solucei sobre o mundo,
Que luz lívida, que espectral vazio vigilante,
que ausência de Deus sobre a minha cabeça derrubada
vigiava sem limites meu corpo convulso?
Oh mãe, mãe, só em teus braços sinto
minha miséria! Só em teu seio martirizado por meu pranto
rendo o meu vulto, só em ti me destruo.»



Vicente Aleixandre. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 186

«Um vazio de Deus senti na minha carne,»


Vicente Aleixandre. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 186

«Quero o amor ou a morte, quero morrer por completo,»


Vicente Aleixandre. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 182

«Tudo o que está suficientemente visto
não pode surpreender ninguém.»


Vicente Aleixandre. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 180

sábado, 30 de dezembro de 2017

‘’ teu invisível, imbeijável,
Inabraçável filho. ‘’


Gerardo Diego. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 177

‘’ as facas que doem no céu da boca’’

Gerardo Diego. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 174

Sucessiva

«Deixa-me acariciar-te lentamente,
deixa-me lentamente comprovar-te,
ver que és de verdade, um continuar-te
de ti mesma a ti mesma extensamente.»  


Gerardo Diego. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 171/2


«A guitarra é um poço
com vento em vez de água» 



Juan Larrea. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 168

«Onde há um morto há um remorso.»


Juan Larrea. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 162
«(…)
E agora à minha beira o mundo principia a despir-se

para morrer de árvores ao fundo dos meus olhos»   


Juan Larrea. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 159

Oscuro domínio (1934)

 Juan Larrea

«A criação é uma destruição.»


Jorge Guillén. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 155

COMO TU, LEITOR



«O homem cansa-se de ser coisa, a coisa que serve sabendo-se coisa, coisa de silêncio em sua potência de impulso irado. A hombridade do homem, de muitos homens cansa-se atrozmente.»


(…)


Jorge Guillén. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 152

‘’A morrer está a rosa.’’


Jorge Guillén. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 152

‘’Aceitaram o mal sem resistência. ‘’


Jorge Guillén. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 150

‘’A angústia insustentável’’


Jorge Guillén. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 144

«Tudo no ar é pássaro.»


Jorge Guillén. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 139
«Perdeu-se aquele tempo
Que eu já perdi? A mão
Dispõe, ligeiro adeus,
Desta lua sem ano.»


 Jorge Guillén. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 138

‘’A la altura de las circunstancias (1963)

Jorge Guillén

‘’margens do fracasso’’


rosal

«Não é ao chegar nem no encontro
que  o amor  tem o seu cume:
é na resistência a separar-se
que ele se sente,
nu, altíssimo, a tremer.»  

Pedro Salinas. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 129
«Serás, amor,
Um longo adeus que não acaba?


Pedro Salinas. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 129

«Onde os pensamentos suicidam?»

José Moreno Villa. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 119
«Sabem a rosa as laranjas
e as rosas ao corpo humano?»

  

José Moreno Villa. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 117

O SALTO


Somos como um cavalo sem memória,
somos como um cavalo
que já não se lembra já
da última vala que saltou.

Vimos correndo e correndo
por uma longa pista de séculos e obstáculos.
De quando em quando, a morte...
                                                                  o salto!

e ninguém sabe quantas
vezes já saltamos
para chegar aqui, nem quantas ainda saltaremos
para chegar a Deus que está sentado
no final da corrida...
à nossa espera.

Choramos e corremos,
caímos e giramos,
vamos de tombo em tumba,
dando pulos e voltas entre cueiros e mortalhas.


León Felipe. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 113

«Oh, esta dor,
esta dor de já não ter lágrimas;»



León Felipe. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 110

A TRANSPARÊNCIA, DEUS, A TRANSPARÊNCIA

«Eu não nasci nem hei-de morrer. Nem antes
Nem depois eu era nada, nem seria

nada senão em ti.»


Juan Ramón Jiménez. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 95

Iam morrendo as estrelas,

Juan Ramón Jiménez. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 89
«O Campo débil e triste
Acendia-se. Ficava
O canto gasto de um grilo,

a queixa escura de uma água.»



Juan Ramón Jiménez. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 89

domingo, 17 de dezembro de 2017

«No caminho para deus viu-se obrigado
a parar muitas vezes.»

João Miguel Fernandes Jorge. Antologia Poética  1971-1994, Editorial Presença, Lisboa, 1995

sábado, 16 de dezembro de 2017



« - Diz-me: virás comigo a ver a alma?
Chegou-me ao coração uma carícia.»


Antonio MachadoAntologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim., p. 71

«...O limoal florido»


Manuel MachadoAntologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim., p. 70

''tarde sem flores''


Antonio MachadoAntologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim., p. 68

''(...) a sede não se apaga''


Manuel MachadoAntologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim., p. 65


«Estou doente de ti;
da cura não tenho esperança: »



Manuel MachadoAntologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim., p. 65
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