Virás dentro do giz, adormecida em nuvens,
com esse fio de prata nos cabelos.
António Franco Alexandre
Outros virão mais capazes de gostar.
Morre-se sempre pelo lado do inverno
adormecido em nuvens
vindo dentro de uma árvore
metade das raízes,
a metade dos céus.
Este receio carregado de infância.
Alma pequena,
adormecida,
com esse fio de prata.
O vento as nuvens corpo estendido vencido
pela luz
não tenho mais a pedir
ervas aves e luz.
Vindo de tão perto.
João Miguel Fernandes Jorge. O Roubador de Água. Assírio & Alvim, Lisboa. 1981., p. 89
João Miguel Fernandes Jorge. O Roubador de Água. Assírio & Alvim, Lisboa. 1981., p. 89