sábado, 21 de outubro de 2017
«a vida se dá tão vazia»
João Cabral de Melo Neto. Poesia Completa 1940-1980. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda. 1986., p. 198
''estufas íntimas''
João Cabral de Melo Neto. Poesia Completa 1940-1980. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda. 1986., p. 178
''aspecto algodoento''
João Cabral de Melo Neto. Poesia Completa 1940-1980. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda. 1986., p. 163
quinta-feira, 19 de outubro de 2017
"Montaigne escreve que é doloroso ter de permanecer num lugar em que tudo o que a nossa vista alcança nos diz respeito e a nós se refere. E mais adiante: a minha alma movia-se, sobre as coisas que me circundavam formei eu o meu próprio juízo e assimilei-as sem ajuda alheia. Uma das minhas convicções era que a verdade não podia de modo algum ceder à coacção e à força. E mais adiante: eu estou ansioso por me revelar, em que medida é-me indiferente, só é preciso que realmente me aconteça. E mais adiante: não há nada mais difícil, mas também mais útil, do que a autodescrição. Cada um tem de se examinar, de se comandar a si próprio e de se colocar no lugar devido. A isto estou eu sempre pronto, pois descrevo-me sempre e não descrevo os meus actos, mas o meu ser. "
-"Autobiografia"
- Thomas Bernhard
- Thomas Bernhard
terça-feira, 17 de outubro de 2017
''Insolúvel: por muito o dissolvente;''
João Cabral de Melo Neto. Poesia Completa 1940-1980. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda. 1986., p. 152
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aniagem
nome feminino
1.pano grosseiro para envolver fardos; linhagem
2.figurado grosseria
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OS VAZIOS DO HOMEM
Os vazios do homem não sentem ao nada
do vazio qualquer: do casaco vazio,
do da saca vazia (que não ficam de pé
quando vazios, ou o homem com vazios);
os vazios do homem sentem a um cheio
de uma coisa que inchasse já inchada;
ou ao que deve sentir, quando cheia,
uma saca: todavia não, qualquer saca.
Os vazios do homem, esse vazio cheio,
não sentem ao que uma saca de tijolos,
uma saca de rebites; não têm o pulso
que bate numa de sementes, de ovos.
2.
Os vazios do homem, ainda que sintam
a uma plenitude (agora mas pertença)
contêm nadas, contêm apenas vazios:
o que a esponja, vazia quando plena;
incham do que a esponja, de ar vazio,
o dela copiam certamente a estrutura:
toda em grutas ou em gotas de vazio,
postas em cachos de bolha, de não-uva.
Esse cheio vazio sente ao que uma saca
mas cheia de esponjas cheias de vazio;
os vazios do homem ou o vazio inchado:
ou o vazio que inchou por estar vazio.
João Cabral de Melo Neto. Poesia Completa 1940-1980. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda. 1986., p. 150
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(...)
«as lentes negras, lentes de diminuir,
as lentes de distanciar, ou do exílio.»
João Cabral de Melo Neto. Poesia Completa 1940-1980. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda. 1986., p. 149
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OS REINOS DO AMARELO
(...)
2.
Só que fere a vista um amarelo outro:
se animal, de homem: de corpo humano;
de corpo e vida; de tudo o que segrega
(sarro ou suor, bile íntima ou ranho),
ou sofre (o amarelo de sentir triste,
de ser analfabeto, de existir aguado):
amarelo que no homem dali se adiciona
o que há em ser pântano, ser-se fardo.
Embora comum ali, esse amarelo humano
ainda dá na vista (mais pelo prodígio):
pelo que tardam a secar, e ao sol dali,
tais poças de amarelo, de escarro vivo.
João Cabral de Melo Neto. Poesia Completa 1940-1980. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda. 1986., p. 148
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''em suicídio permanente''
João Cabral de Melo Neto. Poesia Completa 1940-1980. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda. 1986., p. 144
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''atar a hemorragia''
João Cabral de Melo Neto. Poesia Completa 1940-1980. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda. 1986., p. 143
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OS RIOS DE UM DIA
João Cabral de Melo Neto. Poesia Completa 1940-1980. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda. 1986., p. 143
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RIOS SEM DISCURSO
João Cabral de Melo Neto. Poesia Completa 1940-1980. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda. 1986., p. 139
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sábado, 14 de outubro de 2017
SOBRE O SENTAR-/ESTAR-NO-MUNDO
João Cabral de Melo Neto. Poesia Completa 1940-1980. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda. 1986., p. 35
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«o hálito sexual da terra sob o arado.»
João Cabral de Melo Neto. Poesia Completa 1940-1980. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda. 1986., p. 135
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*
O que o canavial sim aprende do mar;
o avançar em linha rasteira da onda;
o espraiar-se minucioso, de líquido,
alagando cova a cova onde se alonga.
O que o canavial não aprende do mar:
o desmedido do derramar-se da cana;
o comedimento do latifúndio do mar.
que menos lastradamente se derrama.
João Cabral de Melo Neto. Poesia Completa 1940-1980. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda. 1986., p. 127
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A EDUCAÇÃO PELA PEDRA
João Cabral de Melo Neto. Poesia Completa 1940-1980. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda. 1986., p. 125Ã
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«incapaz de não decifrar-se
lida ou entendida por ninguém.»
João Cabral de Melo Neto. Poesia Completa 1940-1980. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda. 1986., p. 118
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''maçãs de vento''
João Cabral de Melo Neto. Poesia Completa 1940-1980. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda. 1986., p. 117
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A DOENÇA DO MUNDO FÍSICO
João Cabral de Melo Neto. Poesia Completa 1940-1980. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda. 1986., p. 116
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''o ácido de um sim negativo.''
João Cabral de Melo Neto. Poesia Completa 1940-1980. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda. 1986., p. 110
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«(...) o tempo
injeta em cada um seu veneno.»
João Cabral de Melo Neto. Poesia Completa 1940-1980. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda. 1986., p. 106
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«(...) , alma sujas de graxa;
todas são mais pesadas que o ar,»
João Cabral de Melo Neto. Poesia Completa 1940-1980. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda. 1986., p. 105
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(...)
É uma luta fantasma,
vazia, contra nada;
não diz a coisa, diz vazio;
nem diz coisas, é balbucio.
João Cabral de Melo Neto. Poesia Completa 1940-1980. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda. 1986., p. 103
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«nesse livro se inconfessou:
ainda se disse, mas sem vício.»
João Cabral de Melo Neto. Poesia Completa 1940-1980. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda. 1986., p. 102
ainda se disse, mas sem vício.»
João Cabral de Melo Neto. Poesia Completa 1940-1980. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda. 1986., p. 102
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''A linguagem: um falar com coisas''
João Cabral de Melo Neto. Poesia Completa 1940-1980. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda. 1986., p. 101
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''gaiola torácica''
João Cabral de Melo Neto. Poesia Completa 1940-1980. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda. 1986., p. 99
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''O sol com suas lâminas''
João Cabral de Melo Neto. Poesia Completa 1940-1980. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda. 1986., p. 95
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O ARTISTA INCONFESSÁVEL
Fazer o que seja é inútil.
Não fazer nada é inútil.
Mas entre fazer e não fazer
mais vale o inútil do fazer.
Mas não, fazer para esquecer
que é o inútil: nunca o esquecer.
Mas fazer o inútil sabendo
que ele é o inútil, e bem sabendo
que é inútil e que seu sentido
não será sequer pressentido,
fazer: porque ele é mais difícil
do que não fazer, e dificil-
mente se poderá dizer
com mais desdém, ou então dizer
mais directo ao leitor Ninguém
que o feito o foi para ninguém.
João Cabral de Melo Neto. Poesia Completa 1940-1980. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda. 1986., p. 90/1
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« o incapaz de tocar a massa
sem lhe mudar o fazimento.»
João Cabral de Melo Neto. Poesia Completa 1940-1980. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda. 1986., p. 87
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'' a alma de mãos caídas''
João Cabral de Melo Neto. Poesia Completa 1940-1980. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda. 1986., p. 86
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''fazer poesia com coisas.''
João Cabral de Melo Neto. Poesia Completa 1940-1980. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda. 1986., p. 82
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«O desábito de vencer
não cria o calo da vitória;
não dá à vitória o fio cego
nem lhe cansa as molas nervosas.
(...)»
João Cabral de Melo Neto. Poesia Completa 1940-1980. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda. 1986., p. 82
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''diarréias propícias''
João Cabral de Melo Neto. Poesia Completa 1940-1980. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda. 1986., p. 80
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quinta-feira, 5 de outubro de 2017
''cama de mulheres-da-vida''
João Cabral de Melo Neto. Poesia Completa 1940-1980. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda. 1986., p. 70
'' o Colar do Enforcado''
João Cabral de Melo Neto. Poesia Completa 1940-1980. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda. 1986., p. 65
''freirice de lírios''
João Cabral de Melo Neto. Poesia Completa 1940-1980. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda. 1986., p. 56
«Todos os verdes que há no verde»
João Cabral de Melo Neto. Poesia Completa 1940-1980. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda. 1986., p. 54
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«fala da peixeira, chave
de sua sede e de sua febre.»
João Cabral de Melo Neto. Poesia Completa 1940-1980. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda. 1986., p. 53
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''romances de cordel''
João Cabral de Melo Neto. Poesia Completa 1940-1980. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda. 1986., p. 37
domingo, 1 de outubro de 2017
Mulher Vestida de Gaiola
Prefácio Óscar Lopes
João Cabral de Melo Neto. Poesia Completa 1940-1980. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda. 1986., p. 24
João Cabral de Melo Neto. Poesia Completa 1940-1980. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda. 1986., p. 24
sábado, 30 de setembro de 2017
''Os olhos ainda eram muito lúcidos.''
Prefácio Óscar Lopes
João Cabral de Melo Neto. Poesia Completa 1940-1980. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda. 1986., p. 18
João Cabral de Melo Neto. Poesia Completa 1940-1980. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda. 1986., p. 18
''aterrissar de pássaros''
Prefácio Óscar Lopes
João Cabral de Melo Neto. Poesia Completa 1940-1980. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda. 1986., p.18
João Cabral de Melo Neto. Poesia Completa 1940-1980. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda. 1986., p.18
O Sim contra o Sim
Prefácio Óscar Lopes
João Cabral de Melo Neto. Poesia Completa 1940-1980. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda. 1986., p.15
João Cabral de Melo Neto. Poesia Completa 1940-1980. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda. 1986., p.15
« A poética do pouco, se não do mínimo, do inerte mineral (ou pelo menos vegetal), define-se em parte pela negação: é uma poética do não, do espinhoso cacto não, e do prefixo in - (inenfática, impessoal, inexcessiva, inemocional); agarra-se a vinte palavras, sempre as mesmas (provavelmente: pedra, osso, esqueleto, dente; gume, navalha, faca, foice, lâmina, cortar, esfolado; bala, relógio; seco, mineral, deserto, asséptico, vazio, fome; e, é claro, cana). Tendente à geometria certa de um cristal, deixa no entanto sempre à vista o material de que parte (...)»
Prefácio Óscar Lopes
João Cabral de Melo Neto. Poesia Completa 1940-1980. Escritores dos Países de Língua Portuguesa. Imprensa Nacional-Casa da Moeda. 1986., p.11
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crítica literária,
sobre a poesia
pensadores
«(...pensadores, aquilo a que os franceses chamam de bricoleur, pessoas “do it yourself” que conseguem ver um pouco mais à frente e vão abrindo caminho na direção certa.»
Philippe Van Parijs, defensor do Rendimento Básico Incondicional
terça-feira, 26 de setembro de 2017
Loaded Shine
Galeria Quadrado Azul, Porto
''Depois de ter integrado a secção oficial do PhotoEspaña com uma exposição na sala Goya do Círculo de Bellas Artes de Madrid, Loaded Shine assinala o regresso de Paulo Nozolino à cidade do Porto com uma exposição individual.
O trabalho reúne 20 fotografias balizadas pelo período temporal que vai de 2008 a 2013 e por uma geografia que percorre espaços tão distintos como Nova Iorque, Paris, Berlim e Lisboa, mas também a ruralidade de lugares no interior de França e de Portugal. Com uma sintaxe carregada de símbolos e ainda usando o filme de 35 mm, as fotografias do artista mantêm vincado o seu olhar consciente e atento sobre um mundo em decadência e abandonado à desolação, sem nunca deixarem de procurar a verdade e tudo o que há de mais puro no processo analógico.
“Não consigo deixar de olhar para o que estamos a perder, honra e dignidade. A palavra não é suficientemente forte para o dizer. Só a imagem o consegue. As variantes de modernidade que nos oferecem não me interessam. Procuro a pureza de tudo o que resiste à violência do progresso”, diz Nozolino.''
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fotógrafo português,
Paulo Nozolino
domingo, 17 de setembro de 2017
MaNyfaCedGod
[Intro: JAY-Z]
Yeah, uh
Vacay the pain away, uh
Smoking the pain away, uh
Drinking the–uh
[Verse 1: JAY-Z]
Look at all we been through since last August
Skating through the rumors like, "Aw, shit!"
Still came back, fucked up the red carpet
Shows how big your heart is
On the run, we took a hundred together
More than the money, it was the fact that we done it together
Uh, healing in real time
"Song Cry" to "Resentment", that was real crying
Bonnie and Clyde things, we hold it down
Had we surrendered then, that'd be the real crime
Got through it, got blessed times two with it
New Bel-Air estates with four pools in it
I told my bro, "You gotta go home," over vino
Goodfella, don't gamble with your life, this ain't Casino
Cost him two mill' plus the child support
We'll get the money back, but not the child support
It's getting too late, we can't afford mistakes
Woulda broke me down had you got away
It woulda broke me up had you took my child away
I'm glad we found a way
Sexin' the pain away
Vacay the pain away
Drinking the pain away
Smoking the pain away
Yeah
[Verse 2: James Blake & JAY-Z]
Too perfect not to wonder
If we created a flame that would warm us 'til October
We invented lovers from company for the summer
I was many faces, but at least I was willing to change
I was worried that the way I was would end me up alone
Shit feels so beautiful, don't you agree?
I was worried that the way I was would end me up alone
[Beat Change]
[Verse 3: JAY-Z]
Our external reality is an opportunity to heal our internal upset
Let's build a cathedral these evils couldn't fuck with
I wanna spend my Saturdays and my latter-days, eating sundaesand enjoying Mondays
Not worrying about what none say
Yoncé
All on this mouth like liquor
That my nigga, uh, that my nigga
Over everything, each of our mood swings
Whenever attitudes change, like a mood ring
Ain't nothing like somebody that get ya
Baby, I get ya
Let's go through this thing, come out stronger, the golden journey
Broken is better than new, that's kintsukuroi
You're fine china
I'm a bull and ball in a china shop
I promise to repair with gold each bowl I drop
Be grateful for whatever comes
Because each has been sent from a guy from beyond
That's what Rumi say
"Never go to bed mad," that's what my Ummi say
It always took her less to say more
I always thought she was an angel, now I'm sure
Sure
Yeah, uh
Vacay the pain away, uh
Smoking the pain away, uh
Drinking the–uh
[Verse 1: JAY-Z]
Look at all we been through since last August
Skating through the rumors like, "Aw, shit!"
Still came back, fucked up the red carpet
Shows how big your heart is
On the run, we took a hundred together
More than the money, it was the fact that we done it together
Uh, healing in real time
"Song Cry" to "Resentment", that was real crying
Bonnie and Clyde things, we hold it down
Had we surrendered then, that'd be the real crime
Got through it, got blessed times two with it
New Bel-Air estates with four pools in it
I told my bro, "You gotta go home," over vino
Goodfella, don't gamble with your life, this ain't Casino
Cost him two mill' plus the child support
We'll get the money back, but not the child support
It's getting too late, we can't afford mistakes
Woulda broke me down had you got away
It woulda broke me up had you took my child away
I'm glad we found a way
Sexin' the pain away
Vacay the pain away
Drinking the pain away
Smoking the pain away
Yeah
[Verse 2: James Blake & JAY-Z]
Too perfect not to wonder
If we created a flame that would warm us 'til October
We invented lovers from company for the summer
I was many faces, but at least I was willing to change
I was worried that the way I was would end me up alone
Shit feels so beautiful, don't you agree?
I was worried that the way I was would end me up alone
[Beat Change]
[Verse 3: JAY-Z]
Our external reality is an opportunity to heal our internal upset
Let's build a cathedral these evils couldn't fuck with
I wanna spend my Saturdays and my latter-days, eating sundaesand enjoying Mondays
Not worrying about what none say
Yoncé
All on this mouth like liquor
That my nigga, uh, that my nigga
Over everything, each of our mood swings
Whenever attitudes change, like a mood ring
Ain't nothing like somebody that get ya
Baby, I get ya
Let's go through this thing, come out stronger, the golden journey
Broken is better than new, that's kintsukuroi
You're fine china
I'm a bull and ball in a china shop
I promise to repair with gold each bowl I drop
Be grateful for whatever comes
Because each has been sent from a guy from beyond
That's what Rumi say
"Never go to bed mad," that's what my Ummi say
It always took her less to say more
I always thought she was an angel, now I'm sure
Sure
sábado, 16 de setembro de 2017
quarta-feira, 13 de setembro de 2017
domingo, 10 de setembro de 2017
''Os vossos ombros frágeis, estreitos, magoáveis.''
Tatyana Kuzovleva. Antologia da Poesia Soviética. Tradução directa do russo, selecção, prefácio e notas de Manuel de Seabra. Editorial Futura., Lisboa, 1973., p. 213
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«Não há épocas suaves.»
Naum Korzhavin. Antologia da Poesia Soviética. Tradução directa do russo, selecção, prefácio e notas de Manuel de Seabra. Editorial Futura., Lisboa, 1973., p. 203
«O gafanhoto fica calado na sua folha
com uma terrível angústia no rosto.»
Andrei Voznesensky. Antologia da Poesia Soviética. Tradução directa do russo, selecção, prefácio e notas de Manuel de Seabra. Editorial Futura., Lisboa, 1973., p. 179
com uma terrível angústia no rosto.»
Andrei Voznesensky. Antologia da Poesia Soviética. Tradução directa do russo, selecção, prefácio e notas de Manuel de Seabra. Editorial Futura., Lisboa, 1973., p. 179
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"A ditadura perfeita terá as aparências de uma democracia, uma prisão sem muros na qual os prisioneiros não sonharão sequer com a fuga. Um sistema de escravatura onde, graças ao consumo e divertimento, os escravos terão amor à sua escravidão."
Aldous Huxley
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''ver o mundo sem as suas capas,''
Andrei Voznesensky. Antologia da Poesia Soviética. Tradução directa do russo, selecção, prefácio e notas de Manuel de Seabra. Editorial Futura., Lisboa, 1973., p. 175
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«Não trocam palavra e esse encontro
É o primeiro e não há outro, não.»
Andrei Voznesensky. Antologia da Poesia Soviética. Tradução directa do russo, selecção, prefácio e notas de Manuel de Seabra. Editorial Futura., Lisboa, 1973., p. 173
É o primeiro e não há outro, não.»
Andrei Voznesensky. Antologia da Poesia Soviética. Tradução directa do russo, selecção, prefácio e notas de Manuel de Seabra. Editorial Futura., Lisboa, 1973., p. 173
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''Que seria do falcão sem a serpente?''
Andrei Voznesensky. Antologia da Poesia Soviética. Tradução directa do russo, selecção, prefácio e notas de Manuel de Seabra. Editorial Futura., Lisboa, 1973., p. 172
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''Sem estupidez não havia esperteza,''
Andrei Voznesensky. Antologia da Poesia Soviética. Tradução directa do russo, selecção, prefácio e notas de Manuel de Seabra. Editorial Futura., Lisboa, 1973., p. 172
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sábado, 9 de setembro de 2017
''não só não podem - tudo podem os grandes no mundo! -''
Yevgeny Yevtuschenko. Antologia da Poesia Soviética. Tradução directa do russo, selecção, prefácio e notas de Manuel de Seabra. Editorial Futura., Lisboa, 1973., p. 167
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Yevgeny Yevtushenko
Arrastavam-se Madalenas
e semeavam lágrimas,
Yevgeny Yevtuschenko. Antologia da Poesia Soviética. Tradução directa do russo, selecção, prefácio e notas de Manuel de Seabra. Editorial Futura., Lisboa, 1973., p. 166
Yevgeny Yevtuschenko. Antologia da Poesia Soviética. Tradução directa do russo, selecção, prefácio e notas de Manuel de Seabra. Editorial Futura., Lisboa, 1973., p. 166
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Yevgeny Yevtushenko
''Dá-me os teus lábios. Aperta-me e não penses.''
Yevgeny Yevtuschenko. Antologia da Poesia Soviética. Tradução directa do russo, selecção, prefácio e notas de Manuel de Seabra. Editorial Futura., Lisboa, 1973., p. 165
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Yevgeny Yevtushenko
Eu não choro. Já chorei tudo.
(...)
«Mas, vestindo a gabardina fina,
mostrando-me o anel no dedo,
uma portuguezinha diz: porque choras?
Eu não choro. Já chorei tudo.»
Yevgeny Yevtuschenko. Antologia da Poesia Soviética. Tradução directa do russo, selecção, prefácio e notas de Manuel de Seabra. Editorial Futura., Lisboa, 1973., p. 165
«Mas, vestindo a gabardina fina,
mostrando-me o anel no dedo,
uma portuguezinha diz: porque choras?
Eu não choro. Já chorei tudo.»
Yevgeny Yevtuschenko. Antologia da Poesia Soviética. Tradução directa do russo, selecção, prefácio e notas de Manuel de Seabra. Editorial Futura., Lisboa, 1973., p. 165
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Yevgeny Yevtushenko
''emigramos com os lábios de visita''
Yevgeny Yevtuschenko. Antologia da Poesia Soviética. Tradução directa do russo, selecção, prefácio e notas de Manuel de Seabra. Editorial Futura., Lisboa, 1973., p. 164
Etiquetas:
poesia soviética,
verso solto
''As estrelas olham com olhos de prisão,''
Yevgeny Yevtuschenko. Antologia da Poesia Soviética. Tradução directa do russo, selecção, prefácio e notas de Manuel de Seabra. Editorial Futura., Lisboa, 1973., p. 164
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verso solto
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