in Imitação de Cristo
Livro Terceiro. A Fonte das Consolações, p. 98
quinta-feira, 9 de abril de 2015
«(...) sobre este abismo de fragilidade que há em mim e que Vós conheceis melhor do que eu.»
in Imitação de Cristo
Livro Terceiro. A Fonte das Consolações, p. 97
Livro Terceiro. A Fonte das Consolações, p. 97
«Os homens e as suas palavras passarão como um relâmpago.»
in Imitação de Cristo
Livro Terceiro. A Fonte das Consolações, p. 91
Livro Terceiro. A Fonte das Consolações, p. 91
'' meus ossos estremecem de medo ''
in Imitação de Cristo
Livro Terceiro. A Fonte das Consolações, p. 90
quarta-feira, 8 de abril de 2015
"O homem é um ser paradoxal relativamente a si e ao mundo que o cerca: dominou a maior parte das forças que a natureza lhe opunha, criou e descobriu novas formas de energia, reduziu o espaço e o tempo pela velocidade, poupou as suas forças e diminuiu o seu cansaço, alongou o dia e encurtou a noite, embelezou o que não era belo, criou novas formas de vida, espiritualizou uma parte da sua conduta, mas esqueceu-se de si mesmo. O homem, na sua totalidade, nunca se fez tema para o homem.
- Delfim Santos, "Da Ignorância", in revista Aventura, 1943.
«(...), se o teu coração não estiver dividido contra ti.»
in Imitação de Cristo
Livro Terceiro. A Fonte das Consolações, p. 89
Livro Terceiro. A Fonte das Consolações, p. 89
«(...) se desejas que a tua carne também te obedeça.»
in Imitação de Cristo
Livro Terceiro. A Fonte das Consolações, p. 89
Livro Terceiro. A Fonte das Consolações, p. 89
«(...) a sua carne ainda não lhe obedece perfeitamente, mas resiste e murmura muitas vezes.»
in Imitação de Cristo
Livro Terceiro. A Fonte das Consolações, p. 89
Livro Terceiro. A Fonte das Consolações, p. 89
«Eu, amando-me desordenadamente, me perdi.»
«Não deves fiar-te muito na presente disposição do teu espírito, pois facilmente pode mudar-se em disposição contrária.»
in Imitação de Cristo
Livro Terceiro. A Fonte das Consolações, p. 83
in Imitação de Cristo
Livro Terceiro. A Fonte das Consolações, p. 83
Eu nada sou e eu não o sabia.
«As menores faíscas desta estimação presunçosa de mim mesmo serão extintas no abismo do meu nada, sem que jamais possam outra vez acender-se.
Neste abismo é que Vós me fazeis conhecer a mim mesmo; que me ensinais o que eu sou, o que fui e o estado de que saí. Eu nada sou e eu não o sabia.»
in Imitação de Cristo
Livro Terceiro. A Fonte das Consolações, p. 83
Neste abismo é que Vós me fazeis conhecer a mim mesmo; que me ensinais o que eu sou, o que fui e o estado de que saí. Eu nada sou e eu não o sabia.»
in Imitação de Cristo
Livro Terceiro. A Fonte das Consolações, p. 83
terça-feira, 7 de abril de 2015
«Clarisse baixou os olhos, humilhada.»
Fernando Namora. Domingo à Tarde. Editora Arcádia. 4ª Edição. p. 36
«Só quem ama é que pode compreender os gritos do amor.»
in Imitação de Cristo
Livro Terceiro. A Fonte das Consolações, p. 78
Livro Terceiro. A Fonte das Consolações, p. 78
«4. Quem ama voa, corre, vive alegre, é livre e nada o embaraça. Reparte tudo por todos e possui tudo em todos, porque descansa naquele bem único e soberano, que é superior a tudo e do qual procedem todos os bens.
Não atende às dádivas, atende só a quem as dá.
O amor, às vezes, não sabe limitar-se, pois vai além de todos os limites.
Não há peso que o oprima, não faz caso dos trabalhos; empreende mais do que pode; não se desculpa com a impossibilidade, pois crê que tudo lhe é possível e permitido.
É poderoso para tudo e executa acções impossíveis a quem não ama.»
in Imitação de Cristo
Livro Terceiro. A Fonte das Consolações, p. 77
V - OS ADMIRÁVEIS EFEITOS DO AMOR DE DEUS
«2. Mas, porque ainda sou fraco no amor e improfícuo na virtude, necessito de que me fortaleçais e consoleis. Vinde, pois, muitas vezes, à minha alma e ensinai-lhe a obedecer-Vos.
Livrai-me das minhas paixões e curai o meu coração de todos os afectos desordenados, para que, curado no meu interior, possa ser puro para amar-Vos, forte para sofrer e firme para perseverar em Vosso serviço.»
in Imitação de Cristo
Livro Terceiro. A Fonte das Consolações, p. 76
segunda-feira, 6 de abril de 2015
«(...) que Vos dignais amar a minha alma, quando vierdes ao meu coração,»
in Imitação de Cristo
Livro Terceiro. A Fonte das Consolações, p. 76
Livro Terceiro. A Fonte das Consolações, p. 76
«Escreve as minhas palavras no teu coração.»
in Imitação de Cristo
Livro Terceiro. A Fonte das Consolações, p. 74
Livro Terceiro. A Fonte das Consolações, p. 74
«Envergonha-te, Sídon, diz o mar.»
in Imitação de Cristo
Livro Terceiro. A Fonte das Consolações, p. 73
Livro Terceiro. A Fonte das Consolações, p. 73
INCLINAÇÃO NATURAL
"A fatalidade consiste
em não depender de nós não desesperar
embora possamos às vezes fazer o gesto necessário
para sairmos de uma sombra asfixiante
Outras vezes o dia amanhece como um barco de vidro
e a transparência aligeira-nos os músculos e as veias
O inesperado surge com a leveza do que já nem sonhávamos
e de novo podemos erguer a coluna da delicada confiança
ou projectar no dia a diagonal do desejo de ser
o que não poderíamos ser mas que seremos ainda que não sendo
O que é em si não é para nós
embora possamos apropriar-nos dele
e ser para nós um símbolo
uma palavra
um momento de contemplação
Mas o arco do seu ser
ultrapassa-nos
e deixa-nos atrás da sua presença inteira
Nós sentíamos os ramos do fogo nas veias
como um peixe lascivo
e a nossa perspectiva é conduzi-lo a uma forma ainda em gestação
para que ele irradie
ocupando o espaço com a indolência felina do seu volume verde"
-"Deambulações Oblíquas"
- Ramos Rosa
«EXT. POSTO DE GASOLINA/TRASEIRAS - DIA
Edgar está sentado numa grade de botijas de gás vazias, nas
traseiras do posto de abastecimento, a fumar um cigarro
enquanto desabafa com IDALINA. Esta é uma negra de cinquenta
anos, forte, e ouve-o com paciência enquanto fuma também.
EDGAR
Qualquer dia agarro numa pistola e
enfio-lhe seis referências AZ-42-
nove-nove-barra-37 pelos cornos
adentro.
Idalina não diz nada.
EDGAR (CONT’D)
Juro, Idalina. O tipo está a mexer-me
com os nervos.
Idalina atira a beata para o chão e levanta-se.
IDALINA
Tu não vais fazer nada, Edgar. Só
sabes é falar...»
O Dez: o Presente. Guião de João Nunes, 2008
Edgar está sentado numa grade de botijas de gás vazias, nas
traseiras do posto de abastecimento, a fumar um cigarro
enquanto desabafa com IDALINA. Esta é uma negra de cinquenta
anos, forte, e ouve-o com paciência enquanto fuma também.
EDGAR
Qualquer dia agarro numa pistola e
enfio-lhe seis referências AZ-42-
nove-nove-barra-37 pelos cornos
adentro.
Idalina não diz nada.
EDGAR (CONT’D)
Juro, Idalina. O tipo está a mexer-me
com os nervos.
Idalina atira a beata para o chão e levanta-se.
IDALINA
Tu não vais fazer nada, Edgar. Só
sabes é falar...»
O Dez: o Presente. Guião de João Nunes, 2008
Não eram palavras
o que escrevíamos nas paredes,
meu Amor.
Eram as tuas mãos e as minhas
entrelaçadas numa manhã fria
em que pombas voavam dos teus olhos
para me contarem liberdade.
Depois,
enquanto as acácias
vertiam folhas
sobre o teu rosto
para beijares a manhã,
surpreendias-te
com os meus dedos
em forma
de girassóis azuis
tangendo os teus cabelos
enrubescidos de prata
Não eram palavras
o que deixámos nas ruas,
meu Amor.
Eram as certezas plenas
dos nossos corpos
abraçados no infinito
duma qualquer madrugada de silêncio.
Pedro Abrunhosa
HUMANO, DEMASIADO HUMANO
"reza, à noite, antes de se deitar. E escreve. Tudo vem à superfície da sua solidão. Ela, pobre, só procura nas palavras compactas, na tinta que as escreve, os sinais indubitáveis da voz. No papel, frente aos olhos. Para que lhes respondam.
Debruça-se para o peitoril da janela. Na imensa proximidade, cresce a mancha esbranquiçada de um dejecto de pássaro. Um borrão cheio de fome. Diz: os meus olhos fazem crescer os objectos."
Debruça-se para o peitoril da janela. Na imensa proximidade, cresce a mancha esbranquiçada de um dejecto de pássaro. Um borrão cheio de fome. Diz: os meus olhos fazem crescer os objectos."
-"Grito"
- Rui Nunes
- Rui Nunes
domingo, 5 de abril de 2015
eximir
verbo transitivo
isentar; desobrigar; dispensar
verbo pronominal
1. esquivar-se
2. desobrigar-se
''(...) em muitas ocasiões serás pesado a ti mesmo.''
in Imitação de Cristo
Livro Segundo. O mundo interior, p. 64
Livro Segundo. O mundo interior, p. 64
«Prepara-te mais para sofrer do que para ser consolado;»
in Imitação de Cristo
Livro Segundo. O mundo interior, p. 59
Livro Segundo. O mundo interior, p. 59
«Na minha abundância jamais serei combatido.»
in Imitação de Cristo
Livro Segundo. O mundo interior, p. 58
Livro Segundo. O mundo interior, p. 58
«O nosso amor-próprio deturpa os nossos julgamentos.»
in Imitação de Cristo
Livro Segundo. O mundo interior, p. 23
Livro Segundo. O mundo interior, p. 23
«Mais facilmente se vence o inimigo quando não consentimos que entre pelas portas da nossa alma, mas logo que bate a elas lhe saímos ao encontro.»
in Imitação de Cristo
Livro Segundo. O mundo interior, p. 21/22
Livro Segundo. O mundo interior, p. 21/22
sábado, 4 de abril de 2015
COMO EU COSTUMAVA DIZER
"Como eu costumava dizer
o amor é mais difícil de nascer nos mais idosos
porque já percorreram
os mesmo velhos trilhos muitas vezes
e depois quando a manhosa agulha se apresenta
não tomam o desvio
e devoram a velha via errada enquanto
o alegre tandem segue em voo
e o maquinista da locomotiva a vapor não reconhece
as novas buzinas eléctricas
e os velhos correm sob o impulso ferrugento
cujo fim se encontra
na erva morta onde
as latas ferrugentas e as molas de colchão e as lâminas de barbear usadas jazem
e a via acaba abruptamente
ali mesmo
embora as chulipas de madeira continuem por uns metros
e os velhos
dizem para si próprios
Bem
Deve ser este sítio
onde temos de nos deitar
E deitam-se mesmo
enquanto a bela carruagem iluminada prossegue lá ao longe
no alto
no cimo da colina
com as janelas cheias de céu azul
e namorados
com flores
e longos cabelos ondulantes
e todos a rirem-se
e a dizerem adeus e
a perguntarem-se a si próprios o que aquele cemitério
onde a via acaba
é"
o amor é mais difícil de nascer nos mais idosos
porque já percorreram
os mesmo velhos trilhos muitas vezes
e depois quando a manhosa agulha se apresenta
não tomam o desvio
e devoram a velha via errada enquanto
o alegre tandem segue em voo
e o maquinista da locomotiva a vapor não reconhece
as novas buzinas eléctricas
e os velhos correm sob o impulso ferrugento
cujo fim se encontra
na erva morta onde
as latas ferrugentas e as molas de colchão e as lâminas de barbear usadas jazem
e a via acaba abruptamente
ali mesmo
embora as chulipas de madeira continuem por uns metros
e os velhos
dizem para si próprios
Bem
Deve ser este sítio
onde temos de nos deitar
E deitam-se mesmo
enquanto a bela carruagem iluminada prossegue lá ao longe
no alto
no cimo da colina
com as janelas cheias de céu azul
e namorados
com flores
e longos cabelos ondulantes
e todos a rirem-se
e a dizerem adeus e
a perguntarem-se a si próprios o que aquele cemitério
onde a via acaba
é"
-"Como Eu Costumava Dizer"
- Lawrence Ferlinghetti
- D Quixote, 1972
- Lawrence Ferlinghetti
- D Quixote, 1972
sexta-feira, 3 de abril de 2015
"Evolução
Fui rocha em tempo, e fui no mundo antigo
tronco ou ramo na incógnita floresta...
Onda, espumei, quebrando-me na aresta
Do granito, antiquíssimo inimigo...
tronco ou ramo na incógnita floresta...
Onda, espumei, quebrando-me na aresta
Do granito, antiquíssimo inimigo...
Rugi, fera talvez, buscando abrigo
Na caverna que ensombra urze e giesta;
O, monstro primitivo, ergui a testa
No limoso paúl, glauco pascigo...
Na caverna que ensombra urze e giesta;
O, monstro primitivo, ergui a testa
No limoso paúl, glauco pascigo...
Hoje sou homem, e na sombra enorme
Vejo, a meus pés, a escada multiforme,
Que desce, em espirais, da imensidade...
Vejo, a meus pés, a escada multiforme,
Que desce, em espirais, da imensidade...
Interrogo o infinito e às vezes choro...
Mas estendendo as mãos no vácuo, adoro
E aspiro unicamente à liberdade".
Mas estendendo as mãos no vácuo, adoro
E aspiro unicamente à liberdade".
- Antero de Quental, "Sonetos"
8.
«Se tiveres o coração recto e puro, tudo contribuirá para o teu bem e para o teu aperfeiçoamento.
Todas as tuas perturbações e desgostos vêm de que ainda não morreste perfeitamente para ti mesmo, nem te separaste das coisas da Terra. Não há que mais contamine e embarace o coração do homem do que o amor desordenado das criaturas.»
in Imitação de Cristo
Livro Segundo. O mundo interior.
3.
«Não deves pôr muita confiança no homem frágil e mortal, ainda que te seja útil e amável; e também não deves entristecer-te muito quando ele alguma vez se levanta contra ti e te mostra oposição. Os que hoje estão da tua parte, amanhã podem ser teus inimigos, amanhã podem ser teus amigos. Os homens variam como o vento.»
Livro Segundo. O mundo interior.
quarta-feira, 1 de abril de 2015
«Que mais te impede e perturba senão as angústias do teu coração não dominadas?»
in Imitação de Cristo
3.
«Quanto mais e melhor souberes, com mais rigor serás julgado se não viveres santamente. Não te desvaneças, pois, em alguma arte ou ciência, mas teme o saber que adquires. Se te parece que sabes muito, pensa que muito mais é o que ignoras. Não presumas de alta sabedoria, mas confessa francamente a tua ignorância. Para que te queres ter em mais que os outros, havendo tantos que de ti são superiores? Se queres saber e aprender alguma coisa com utilidade, deseja ser ignorado e tido em nenhuma conta.»
sexta-feira, 27 de março de 2015
«Não queremos ser obrigados a estender a mão. Temos vergonha de fazer isso. Queríamos apenas ser como os outros. Ter um lar, direito à vida...
VÍTOR (aborrecido) - Um orgulho estúpido. E ainda mais estúpido quando vem de uns miseráveis que não têm dinheiro para ter orgulho.»
Miguel Barbosa. O Palheiro. Editorial Futura, Lisboa, 1974., p. 142
«(...) Ao menos, não é preciso pôr uma máscara antes de sair à rua, dizer coisas que não se sentem, sorrir quando apetece chorar ou lamentar-se quando se tem vontade de rir. Miséria por miséria, que não precise de me curvar, de tirar o chapéu quando não me apetece.»
«Não podemos começar um mundo novo com analfabetos.»
Miguel Barbosa. O Palheiro. Editorial Futura, Lisboa, 1974., p. 127
«1.º VAGABUNDO - Quero uma mulher. E por que não? (Para o 2.º Vagabundo) tu sabes o que é a solidão? O que é uma pessoa ver-se só, sem ninguém?...Mesmo que seja para o chatear.
2.º VAGABUNDO - Mas tu sempre viveste só. És um vagabundo...
1.º VAGADUNDO - (indignado) - E que sabes tu de mim? Sou vagabundo por causa de uma mulher. Para fugir dela, para a esquecer, acabei por fugir de mim mesmo, e...
3.º VAGABUNDO - É o último desejo de um condenado. Acho que deve respeitar-se, doutor.»
Miguel Barbosa. O Palheiro. Editorial Futura, Lisboa, 1974., p. 123
2.º VAGABUNDO - Mas tu sempre viveste só. És um vagabundo...
1.º VAGADUNDO - (indignado) - E que sabes tu de mim? Sou vagabundo por causa de uma mulher. Para fugir dela, para a esquecer, acabei por fugir de mim mesmo, e...
3.º VAGABUNDO - É o último desejo de um condenado. Acho que deve respeitar-se, doutor.»
Miguel Barbosa. O Palheiro. Editorial Futura, Lisboa, 1974., p. 123
«Um conquistador de corações frágeis.»
Miguel Barbosa. O Palheiro. Editorial Futura, Lisboa, 1974., p. 101
«1.º VAGADUNDO (desconsolado ) - Mas continuo com fome. Antes queria ter ficado a dormir. Custa menos.
2.º VAGABUNDO - De que espécie é a tua fome? É uma fome assim...muito grande? (Faz o gesto.)
1.ºVAGABUNDO - É fome, fome...Só fome.
1.º VAGABUNDO -É fome de amor. É também fome de amor.»
Miguel Barbosa. O Palheiro. Editorial Futura, Lisboa, 1974., p. 94
PERSONAGENS
«1.º VAGABUNDO, 40 anos. Sonhador. Problema de solidão.
2.º VAGABUNDO, 50 anos. Descrente. É o que protesta.
3.º VAGABUNDO, 25 anos. Ingénuo e um pouco estúpido. Desejo de viver.
CRISÁLIDA, meia-idade. Inconsequente. Só pensa em festas e chás-canasta.
MARIA ANTONIETA a Rainha de França.
EDUARDO, químico amador. Meia-idade. O homem que está a fazer uma bomba.
COELHO, 50 anos. Banqueiro.
VÍTOR, 49 anos. O vidente.
JÚLIA, 45 anos. Parteira-enfermeira.
AMÉLIA, 38 anos. Doméstica.
TERESA, uma rapariga. Filha de Crisálida.
ALFREDO, uma personagem com três falas.
DIABO, bem-vindo como se fosse o tio Sam. Cheio de anéis.»
Miguel Barbosa. O Palheiro. Editorial Futura, Lisboa, 1974., p. 88
animal despolitizado
«O OPERÁRIO - Idiota! Não tem uma opinião política! Não sabe nada de nada. É como um animal despolitizado. Só sabe estender a pata.»
Miguel Barbosa. Os Carnívoros. Editorial Futura, Lisboa, 1974., p. 49
Miguel Barbosa. Os Carnívoros. Editorial Futura, Lisboa, 1974., p. 49
«O SUICIDA - Sim, suicidemo-nos todos. Podemos lutar com as varejeiras, gordas, inchadas? Mas eu vingo-me de quem posso. Sempre que as agarro corto-lhes o voo, prendo-as...Tiro-lhe as asas. Impossibilito-as de voar, de morder. O que me fizeram a mim. Cortaram-me as asas...(Começa a lançar a corda ao tecto.)
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