"O homem é um ser paradoxal relativamente a si e ao mundo que o cerca: dominou a maior parte das forças que a natureza lhe opunha, criou e descobriu novas formas de energia, reduziu o espaço e o tempo pela velocidade, poupou as suas forças e diminuiu o seu cansaço, alongou o dia e encurtou a noite, embelezou o que não era belo, criou novas formas de vida, espiritualizou uma parte da sua conduta, mas esqueceu-se de si mesmo. O homem, na sua totalidade, nunca se fez tema para o homem.
- Delfim Santos, "Da Ignorância", in revista Aventura, 1943.