quinta-feira, 19 de abril de 2018

''O espírito não se vende nem se aluga, por não existir medida nem cálculo que o avalie.''

Joaquim Manso. Pedras para a Construção dum Mundo. Livraria Bertrand, Lisboa., p. 45

roseamente

«Não é a Cruz que te pesa, mas sim os teus vícios que te pesam.»

Joaquim Manso. Pedras para a Construção dum Mundo. Livraria Bertrand, Lisboa., p. 43

''Hipótese inverificada''


«Morrer é acabar: o fim depois do princípio, a saída depois da entrada, o nada após o ser.»


Joaquim Manso. Pedras para a Construção dum Mundo. Livraria Bertrand, Lisboa., p. 38

«Como retirar à vida o que ela roubou à morte?»

Joaquim Manso. Pedras para a Construção dum Mundo. Livraria Bertrand, Lisboa., p. 38
«Mas é, porém, com a angústia, com as feridas gravadas no coração pelo inútil esforço das suas pulsações, que nós divisamos o ocaso - lá no fim da descrença e do tédio.»

Joaquim Manso. Pedras para a Construção dum Mundo. Livraria Bertrand, Lisboa., p. 36

''Deus e o diabo, a substância, a identidade, a eternidade.''

Joaquim Manso. Pedras para a Construção dum Mundo. Livraria Bertrand, Lisboa., p. 31







sábado, 14 de abril de 2018

«O passado diz: - Ainda não morri completamente!
   Principiam as ressurreições


Joaquim Manso. Pedras para a Construção dum Mundo. Livraria Bertrand, Lisboa., p. 35

hegemonia

he.ge.mo.ni.a
eʒəmuˈniɐ
nome feminino
1.
supremacia de uma cidade, povo ou nação sobre outras cidades, povos ou nações
2.
figurado supremacia
«Encarregou-se de comercializar a contemplação (...)»


Joaquim Manso. Pedras para a Construção dum Mundo. Livraria Bertrand, Lisboa., p. 31

''sob o estendal das ossadas''

Joaquim Manso. Pedras para a Construção dum Mundo. Livraria Bertrand, Lisboa., p. 31

sexta-feira, 13 de abril de 2018


«Nós dispomos duma porção de espaço e de tempo para preenchermos com os nossos actos e podendo ser com os nossos feitos. Se nos resignarmos ao egoísmo e à inércia, o pó das estradas não acusará vestígios das nossas ambições.
    Teremos o triste destino de viajante que se prepara diariamente para desvendar o segredo dos países ignorados, sem ter a coragem bastante para desatar-se da sua timidez, arriscando aos elementos a sua precária tranquilidade.»


Joaquim Manso. Pedras para a Construção dum Mundo. Livraria Bertrand, Lisboa., p. 25

cenóbita

«Assim que, ofendido, volta as costas aos que vão traindo a sua Palavra - a Dúvida, com os olhos doídos e ensombrados, pergunta:

- Porque me fugiste, visão divina, deixando-me entregue a mágoas que não se curam?»
   O Homem isolado é uma abstracção, um fantasma, a lutar com o nada.

Joaquim Manso. Pedras para a Construção dum Mundo. Livraria Bertrand, Lisboa., p. 23/4

«Aos nossos gritos, responde a solidão. Às nossas súplicas, a fria neve.»


Joaquim Manso. Pedras para a Construção dum Mundo. Livraria Bertrand, Lisboa., p. 23

«(...) o imenso mar onde cada onda tem uma história e cada história um enigma.»

Joaquim Manso. Pedras para a Construção dum Mundo. Livraria Bertrand, Lisboa., p. 23

''ardor creacionista''


«O mundo é inesgotável: o importante não consiste em abraçá-lo todo, o que seria vão e absurdo, mas em extrair dele alguns sumos delicados, (...)»

Joaquim Manso. Pedras para a Construção dum Mundo. Livraria Bertrand, Lisboa., p. 22

«Quantos enganos lhe armaste, (...)»

Joaquim Manso. Pedras para a Construção dum Mundo. Livraria Bertrand, Lisboa., p. 16
« - Conhecesses tu o que é ser homem - incerto, trémulo e desvairado, por vezes, mas renascente de cada golpe e de cada amargura, como astro que transcende a escuridão  - e logo compreenderias que vale mais uma mansarda que a corte de Neptuno.»

Joaquim Manso. Pedras para a Construção dum Mundo. Livraria Bertrand, Lisboa., p. 15/6

« - Por todas as paragens, fui teu hóspede: cantei, chorei e amei, segundo o meu coração e nunca a sabor dos teus caprichos.»

Joaquim Manso. Pedras para a Construção dum Mundo. Livraria Bertrand, Lisboa., p. 15

quinta-feira, 12 de abril de 2018


Do we Know what we are seeing?

''âncoras clínicas''

sedentarismo emocional

''Noivo de sangue''

''Vai, volta ao Egipto, porque todos os homens que estavam à caça da tua alma estão mortos.''

Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas. Tradução da Versão Inglesa de 1984 mediante consulta constante ao antigo texto hebraico, aramaico e grego - Revisão de 1986 - ., p. 81
«(..) sua mãe estava atacada de lepra semelhante à neve.»

Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas. Tradução da Versão Inglesa de 1984 mediante consulta constante ao antigo texto hebraico, aramaico e grego - Revisão de 1986 - ., p. 81

«(...) encurvará seu ombro para levar fardos »


Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas. Tradução da Versão Inglesa de 1984 mediante consulta constante ao antigo texto hebraico, aramaico e grego - Revisão de 1986 - ., p. 75

Progênie

''Por que devíamos morrer diante os teus olhos, (...)»

Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas. Tradução da Versão Inglesa de 1984 mediante consulta constante ao antigo texto hebraico, aramaico e grego - Revisão de 1986 - ., p. 72

''Quantos são os dias dos anos da tua vida?''

Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas. Tradução da Versão Inglesa de 1984 mediante consulta constante ao antigo texto hebraico, aramaico e grego - Revisão de 1986 - ., p. 72

«Por que retribuístes o bem com o mal?»

Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas. Tradução da Versão Inglesa de 1984 mediante consulta constante ao antigo texto hebraico, aramaico e grego - Revisão de 1986 - ., p. 67

''Foi a Pessoa que Adoeceu ou a Doença que se Pessoalizou?''

Fernando Bolina

quarta-feira, 11 de abril de 2018

Estro

nome masculino

1.entusiasmo artístico; veia poética; riqueza de imaginação
2.época do cio
3.ZOOLOGIA gusano

«Contemplo a tua negra cólera e adivinho, na pobreza do te estro, a desgraça de não teres um pensamento que te faça igual a mim.»


Joaquim Manso. Pedras para a Construção dum Mundo. Livraria Bertrand, Lisboa., p. 14/5

procela

pro.ce.la
pruˈsɛlɐ
nome feminino
1.
tempestade no martormentatemporal
2.
figurado grande agitaçãoexaltação de espírito
«Majestoso Oceano, vela errante das minhas esperanças - cada vaga com o seu mistério e cada quadrante com a sua barragem de nuvens - tu sabes como eu sou frágil e inquieto!»

Joaquim Manso. Pedras para a Construção dum Mundo. Livraria Bertrand, Lisboa., p. 13

segunda-feira, 9 de abril de 2018


A RAPARIGA

Falsas são as palavras que escrevo,
Que de verdade só têm o significado em si mesmo,
Aquele que não diz coisa alguma.

Assim passo os dias e as noites,
A inventar o tempo nesta altitude desmarcada.

Da janela do meu quarto ouço a vida a passar,
Barulhenta e impaciente, para chegar não sei onde,
Sempre a esta hora, às mesmas cores que vestem
o céu.

Aqui do alto só assomo telhados
Enquanto a vida, sei, corre lá em baixo
Mas nunca corri com ela.

Apenas a janela me dá alguma luz
Não durmo, nunca durmo,
Não por causa do brilho do dia ou da noite,
Porque não me canso de imaginar para além desta claridade.

Por isso finjo que sou escritora e poeta
E me contento a desenhar letra a letra
Sem narrar estória alguma.

Do nascer do sol ao lusco-fusco,
 E à noite, sempre que a lua é generosa,
 Verso coisa nenhuma sem certeza do que busco.


Susana Manteigas Sócia da ADEB nº 4190

"Mademoiselle Mabry (Miss Mabry)"

Miles Davis

terça-feira, 3 de abril de 2018

Futilidade Terapêutica

(Mestre Paulo Reis Pina)

Love Interruption


I want love to: roll me over slowly,
Stick a knife inside me, and twist it all around.
I want love to: grab my fingers gently,
Slam them in a doorway, Put my face into the ground.
I want love to: murder my own mother,
Take her off to somewhere, like hell, or up above.
And I want love to: change my friends to enemies,
Change my friends to enemies, and show me how it's all my fault.

And I won't let love disrupt, corrupt or interrupt me
I won't let love disrupt, corrupt or interrupt me
Yeah I won't let love disrupt, corrupt or interrupt me, anymore.

I want love to: walk right up and bite me,
Grab a hold of me and fight me, leave me dying on the ground.
I want love to: split my mouth wide open,
And cover up my ears and never let me hear a sound
I want love to: forget that you offended me,
Or how you have defended me when everybody tore me down
Yeah and I want love to: change my friends to enemies,
Change my friends to enemies, and show me how it's all my fault.

Yeah I won't let love disrupt, corrupt or interrupt me
I won't let love disrupt, corrupt or interrupt me
Yeah I won't let love disrupt, corrupt or interrupt me, anymore.

segunda-feira, 2 de abril de 2018

sábado, 31 de março de 2018


« a imprevisível presença de Deus em todas as coisas.»


Vicente Gaos. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 437

«Só em algumas tardes acontece
que Deus é evidente.»

Vicente Gaos. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 437

«Não te afastes de mim, vem cada dia
tornar-me triste, tornar-me homem, filho teu.»


Vicente Gaos. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 437

«Solitária te vejo,
insone, submissamente orgulhosa,
quase infinita, menina quase
alheia à impaciência
com que os séculos descansam sem frenesim em teu vulto.»

Vicente Gaos. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 436

«Dá-me a morte, oh Deus, dá-me o teu Nada,»


Vicente Gaos. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 434

(...)

«Olhar-te-ei outra vez com olhar de homem
e sentado a teu lado voltarei a estar triste
porque não se abrem em nós ditosamente as rosas que dormem a sonhar
                                                                                                                           [com beijos,»

Ricardo Molina. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 430

Rui Gomes e Isabel Ruth em Os Verdes Anos, de Paulo Rocha.














SESTA


Sangue de um deus resplandece nos lábios que cantam.
Um grito roxo de violeta endurece as pernas
dos que pisam asas cativas na terra abrasada.
Pedra e céu confundem sua deslumbrante pulsação
no duplo furor desta hora de Pã. A alma,
luminoso pólen do corpo floral, estala.
A formosura espera que alguém rendido a adore.
A música demora no sangue seus rios harmoniosos.
De sol em sol, de céu em céu, precipita-se soberba
a nebulosa potência do animal no cio.
Eternidade fulgurante cintila no instante nu.
A terra entreabre seus lábios nos vales escondidos.
As coxas da água abrem-se em rochas enamoradas
e sua lascívia espalha escândalo de reflexos e espumas.
Aguda fragrância de virgem plana aérea
sobre o ouro ondulante dos gramíneos prados.
Oh sedução dispersa pela solidão acesa!
O fauno vagabundo que suspira pelo vento
com viril ofego aviva o fogo azul
que o céu esparge, seminal, sobre o mundo.
Ditosa angústia faz ranger furiosos, tensos,
rígidos seres percorridos por sagrada energia.
Os irritados deuses da carne erguem-se, gloriosos,
e tudo subjugam à sua solar potência meridiana.



Ricardo Molina. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 429

VIDA SILENCIOSA

Da vida silenciosa das plantas
aprendo esquecimento. Ao céu
ergue o lódão seus ramos gementes
de rouxinóis.
Detenho-me um instante. A memória
adormece à sombra. De minha vida
passado nada quero, imagem vã
que foge como a água.

Na tarde outras tardes aprofundam
esta hora. O sossego que me invade
não altera minha mágoa.
Talvez a eternize. Tudo morre?
Morrerá minha dor?A minha vida
aparece-me agora como ânsia
frustrada de beleza.

                                        Claro lódão,
eleva entre os teus ramos lamentosos
meu coração silencioso até à lua.



Ricardo Molina. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 428/9

Lódão-bastardo

«Ao vosso amor eu dou quanto em mim ama.»


Ricardo Molina. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 428

“Um país sem cultura não é um país, é uma área mal ocupada”

 Nuno Lopes na gala dos Prémios Sophia 2018

quarta-feira, 28 de março de 2018

Antroposofia

significa “a sabedoria do homem enquanto ser composto por corpo, alma e espírito”

domingo, 25 de março de 2018

domingo, 18 de março de 2018

as ''dentadas'' na geringonça

''tiques burgueses''


“Estou acorrentado a este penhasco/ logo eu que roubei o fogo dos céus”

Cicero
Para onde vou, de onde vim?
Não sei se me acho ou me extravio.
 Ariadne não fia o seu fio
 à frente, mas atrás de mim.
Não será a saída um desvio
e o caminho o único fim?

Cicero
E por que não, por um momento,
 nem me lembrar que há sofrimento
de um lado e de outro e atrás e à frente
 e, ouvindo os pássaros ao vento
 sem mais nem menos, de repente,
 antes que a idade breve leve
 cabelos sonhos devaneios,
 dar a mim mesmo este presente?

Antonio Cicero

''êxtase quase orgasmático''

''corporificar a esperança''


a gratuidade da existência

“Helena jamais regressará”

                                            Tudo é
gratuito: as luzes cinéticas das avenidas,
o vulto ao vento das palmeiras
e a ânsia insaciável do jasmin;
 eterno silêncio dos espaços infinitos que
nada dizem, nada querem dizer e
nada jamais precisaram ou precisarão esclarecer.

 Antonio Cicero

“Deus não existe nem faz falta”

Antonio Cicero
E se me entrego às imagens do espelho
 ou da água, tendo no fundo o céu,
não pensem que me apaixonei por mim.
Não; bom é ver-se no espaço diáfano
do mundo, coisa entre coisas que há
no lume do espelho, fora de si:
peixe entre peixes, pássaro entre pássaros,
 um dia passo inteiro para lá.


Antonio Cicero 
Não se entra no país das maravilhas
pois ele fica do lado de fora,
 não do lado de dentro.
Se há saídas que dão nele,
 estão certamente à orla
iridescente do meu pensamento,
 jamais no centro vago do meu eu.


Cicero
«Whereas in the symbol destruction is idealized and the transfigured face of nature is fleetingly revealed in the light of redemption, in allegory the observer is confronted with the facies hippocratica [change produced in the countenance by death, long illness, hunger, etc.] of history as a petrified, primordial landscape. (Benjamin 1977: 166)  »

Origens do drama trágico alemão

Cafe Lehmitz 1967-1970


rupturas e descontinuidades

“The word ‘history’ stands written on the countenance of nature in the characters of transience.... In the ruin history has physically merged into the setting” (Benjamin 1977: 177- 78)
«Desse modo, a filosofia que negue a si própria a possibilidade de conhecer a verdade está, ipso facto, negando a si a própria potência. É importante que o faça, tanto para si própria quanto para a poesia, pois se esta constitui a afirmação radical e imanente do mundo fenomenal, imediato, aleatório, finito, aquela é o núcleo do empreendimento moderno de crítica radical e sistemática das ilusões e das ideologias que pretendem congelar ou cercear a vida e, consequentemente, congelar e cercear a própria poesia. (Idem: 129) »

Kant, Crítica do juízo

"a inutilidade das ruínas"

"A Smooth Exit from Eternal Inflation"

físico Stephen Hawkings

multiverso

existência de universos paralelos ao nosso

segunda-feira, 12 de março de 2018

“toda a arte é a conversão duma sensação numa outra sensação”


Não é no conteúdo da sensibilidade que está a arte, ou a falta dela: é
no uso que se faz desse conteúdo.

Fernando Pessoa  
Custa-me imaginar que alguém possa um dia falar melhor
de Fernando Pessoa que ele mesmo.

(Lourenço, 1993)
''Pessoa escreveu um poema «O amor é que é essencial», datado de 5 de abril de 1935, onde os seus versos falam do fenómeno amoroso como a consciência do fracasso:

O amor é que é essencial
O sexo é só um acidente.
Pode ser igual
Ou diferente.
O homem não é um animal:
É uma carne inteligente,
Embora às vezes doente. ''

'' a afectividade erótica''

“Cada um de nós não tem de seu nem de real senão a sua própria individualidade.”

 Fernando Pessoa 
As ordens sugerem hierarquia e categorização. As
categorias e as hierarquias sugerem propriedade.
A minha voz formada a partir da minha vida não
 pertence a ninguém. O que eu ponho em palavras
deixa de ser meu. Abre‑se a possibilidade.

Susan Howe, My Emily Dickinson

domingo, 11 de março de 2018

“... amor é sede depois de se ter bem bebido”

Guimarães Rosa 

traços identitários

singer-songwriters

Any reader can perform the written text of a poem, and indeed many poems need to be read out loud in order to make tangible the rhythm and sound patterning. But a poet’s reading of her or his own work has an entirely different authority. The poet’s performance, both live and recorded, poses an arresting issue for poetry, for the differences among the alphabetic, grammaphonic, and live are not so much ones of textual variance as of ontological condition.

(Bernstein 2009: 142)

‘Poetry is Dead’

 slogan
I came into music because I thought the presentation of poetry wasn’t vibrant enough. So I merged improvised poetry with basic rock chords. That was my original mission.

Patti Smith, Entrevista à Revista Spin Magazine

Pissin' In A River

Pissing in a river, watching it rise
Tattoo fingers shy away from me
Voices voices mesmerize
Voices voices beckoning sea
Come come come come back come back
Come back come back come back
Spoke of a wheel, tip of a spoon
Mouth of a cave, I'm a slave I'm free
When are you coming ? Hope you come soon
Fingers, fingers encircling thee
Come come come come come come
Come come come come come come for me oh
My bowels are empty, excreting your soul
What more can I give you ? Baby I don't know
What more can I give you to make this thing grow?
Don't turn your back now, I'm talking to you
Should I pursue a path so twisted ?
Should I crawl defeated and gifted ?
Should I go the length of a river
[The royal, the throne, the cry me a river]
Everything I've done, I've done for you
Oh I give my life for you
Every move I made I move to you,
And I came like a magnet for you now
What about it, you're gonna leave me,
What about it, you don't need me,
What about it, I can't live without you,
What about it, I never doubted you
What about it ? What about it ?
What about it ? What about it ?
Should I pursue a path so twisted ?
Should I crawl defeated and gifted ?
Should I go the length of a river,
[The royal, the throne, the cry me a river]
What about it, what about it, what about it ?

Letra da música de Patti Smith: Pissin' In A River
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